Despedaçada escrita por GiGihh


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

A base de ameaças (como eu levei seu comentário, viu, Gih?) voltei beeem mais cedo do que esperava; perdoeem qualquer errinho, okay amores?



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Capítulo dez –

Estavam cada um em uma ala diferente naquele hospital gigante. Dália estava ligada a diversos aparelhos; estava viva, mas levaria bastante tempo para se recompor. Grover além daquele corte/rombo em seu ombro havia quebrado o braço. Rachel tinha tubos de oxigênio nas narinas. Jackson e Chase havia sido diagnosticados com pressão baixa; em palavras mais acessíveis, estavam ambos fracos e cansados, desmaindo a qualquer segundo. Nico estava imóvel sentado sobre uma maca branca, uma enfermeira gorda limpava seus cortes e outra lhe oferecia um saquinho com gelo para sua cabeça. Amber e Priscila estavam tomando soro nas veias. Castellan espera na sala de espera; dois psiquiatras haviam dito que ele estava sofrendo de stress e depressão, mas não se importou.

Quando passou em frente ao vidro que lhe mostrava os pacientes viu alguns de seus amigos naquela situação. Correu para um dos banheiros mais próximos e vomitou tudo o que pode. Tirou uma tesoura do bolso (havia roubado-a de uma enfermeira que passava por ele no caminho),retirou a luva de couro e cortou a pele dos pulsos de novo. Os cortes havia sido maiores e mais fundos dessa vez e, por ter jogado fora todo o pouco que tinha no estômago, sua visão escureceu e bem rápido. Abrir ou fechar os olhos não fazia diferença; tudo era um grande vácuo negro. Estava sim consciênte, mas... O toque morno, quase frio, em seus dedos fez com que voltasse a abrir os olhos. Escuro. Apenas escuro, mas ele não precisava de seus olhos para saber que sua mente o iludia outra vez. O toque de Thalia era bem conhecido dele.

–Quantas vezes eu preciso ver você fraquejar, Luke? – sua voz, baixa e suave como um vento perfumado da primavera, mas tão carregada de dor – Não faça mais isso, não faça, não faça...

Ela estava abraçando-o, ele apoiando as costas na parede, o corpo já no chão. Ele sentia apenas o toque dela, tão pouco para ser real... O colar esquentou a ponto dele ouvir as duas vozes, da criança e da menina, pedindo que ele parasse. Era como se elas sentissem tanta dor...

Um médico entrou na sala e chamou por outros quando viu Castellan naquela situação. Ele foi levado, com bastante resistência da parte dele, mas não era grave como pensaram logo de início. Fugiu da sala onde estava e encontrou Priscila, a caçadora que antes era “muda”. Os cabelos curtos e castanhos não chegavam nem ao ombro, os olhos eram porfundos da mesma cor das madeichas. Era bonita e temível assim como as outras caçadoras.

–Não precisa se culpar por tudo, sabe disso não? – ele olhava-a com receio, não sabia como reagir; ela olhava para seu pulso ensanguentado – Se não quiser, não conto nada a ninguém.

–Por que... – ele não precisou terminar a pergunta, ela havia entendido.

–Thalia. As caçadoras não precisavam ser tão ariscas, ela nos ensinou isso, inclusive a nossa deusa. Ela é maravilhosa e você sabe disso. Sabe o quanto você a afetava? Antes e depois da Batalha de Manhatan você perturbava os sonhos dela.

–Ela também perturbava os meus.

–Não dúvido. – ela sentou-se e convidou-o a sentar-se ao seu lado – Eu quero que ela seja feliz, é minha irmã não importa o que aconteça, não importa o que faça. Eu vou ter que conviver com as escolhas dela, mas isso não significa que vou fraquejar. Preciso ser forte por ela e por mim, entende o que digo? – ele entendia e muito bem onde ela queria chegar – Você vai ter que fazer o mesmo. Isso... – ela segurou-lhe o pulso com cuidado para não encostar nos cortes – Luke, você a ama, a deseja, sou uma caçadora, mas não cega e já vi os dois lados dessa moeda.

Um silencio pesado ficou.

–Se ela escolher largar a Caçada, serei forte, mas nunca vou deixar de amá-la como minha irmã. Mas se ela escolher ficar... – a frase ficou no ar pesando na consciencia do homem; a sua frente ela estava ali, olhando com dor, tristeza. Sentiu os braços da caçadora ao seu redor em um abraço desajeitado, mas bem vindo – Seja forte por ela, ela merece isso de você – o sussurro quase o destruiu.

Faltava três dias para o suposto fim das outras três partes. Estavam assustadissímos e quase todos estavam incapazes de viajar e enfrentar outro demônio daqueles... Dália, já estava acordada e seu rápido recuperamento os médicos e enfermeiros não sabiam explicar (Castellan e Priscila colocaram Néctar dentro do saquinho de soro da menina), mas estavam fazendo um último exame em todos os nove e, logo, eles partiriam para uma próxima Thalia.

Luke foi o primeiro a passar e o primeiro a adormecer na sala de espera aguardando os outros. Não podia evitar de sonhar com ela.

O inverno era bastante cruel com eles. Haviam acampado na calçada sob um toldo de plástico de uma loja qualquer. Thalia estava adormecida sobre o pouco papelão seco que encontraram e enrolada na única coberta que conseguiram em uma doação. Ela estava tranquila ao que parecia a ele. Luke Castellan estava sentado, os membros rígidos pelo frio, mas estava sossegado vendo-a quase serena. Tirou uma das mãos do bolso e lhe acariciou o rosto. Ela abriu os olhos devagar e ele se culpou por ter as mãos geladas e acordá-la dessa maneira não intensionalmente cruel.

Ela segurou-lhe a mão e o puxou para deitar ao seu lado. Conversando penas com os olhos, ele dizia que devia ficar de vigia, ela dizia não se importar com isso. A moça venceu. Luke deitou ao seu lado enquanto ela o cobria e o puxava para mais perto de si. Aquelas mãozinhas pequenas e quentes encontraram a barra da blusa que o menino usava; Thalia começou a aquecê-lo de uma menira bastante íntima, mas extremamente agradável a um Luke surpreso. Suas mãos percorriam, o abdômem e o peito deixando sua eletricidade aquecê-lo de uma maneira não incomoda. Luke decidiu que queria o mesmo; queria tocar a pele alva e macia da menina, descobriu que era tão aveludada quanto pêsego, tão macia quanto possivél e morna. Estavam os dois corados, de frio e constrangimento, mas felizes e quase aquecidos trocando carícias debaixo do cobertor. Luke não pode evitar beijá-la suavemente; um beijo quente e carícias “picantes” eram o suficiente para frio ir embora. – Eu te amo – ele dissera quando a garota já estava adormecida.

Quando abriu os olhos, estavam todos ali; Dália vinha caminhando devagar para junto dos amigos.

–E então? – perguntou a moça de beleza exótica – Para onde vamos?

–Luke? – Annabeth chamou – Como você sabia para onde ir nas outras vezes?

–Sonhos. – não precisaram de mais uma explicação – Vamos primeiro sair daqui; hospitais não me fazem bem.

Todos concordaram. Foram para um parque florestal ali perto apreciar o começo de uma tarde de verão. Grover e Dália sentaram-se lado a lado sobre a grama verdejante e, conforme os minutos passavam, eram banhados pelo sol e refrescados pela brisa perfumada. Aquilo parecia ser o melhor remédio para ambos.

–Sou filha de uma ninfa – Dália respondia a pergunta da curiosa Annabeth; Jackson e Nico atiravam pedras no lago próximo a eles.

Luke sentou-se a sombra de uma árvore e ficou pensando daquela lembrança em forma de sonho. Ele lembrava que, no começo da manhã, ele estava bem e aquecido ainda abraçado a ela, mas haviam dois policiais tirando-os da rua. Foram levados para um orfnato meia hora depois. Ele podia ver o medo nos olhos da amiga, não queria que ela sentisse medo e segurou-lhe a mão. “Nós vamos sair dessa, eu prometo!” sussurrou para ela.

Mas o sonho não lhe mostrara essa parte. Mostrara apenas suas carícias e as dela em meio a uma tempestade de neve, um verdadeiro inferno gelado...

–Nico! – chamou o mais novo naquela missão; não tinham tempo e estava aflito com a conclussão a que chegara...

–O que é?

–Um sinônimo de inferno seria...

–O Tártaro, óbvio! – ele disse com descaço; Luke sentiu a pouca cor sumir-lhe do rosto. A resposta estava clara: parte de Thalia estava no Tártaro. Por todos os imortais! Como sairiam vivos dessa vez?


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Notas finais do capítulo

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