A Garota Que Me Tornei escrita por Anne


Capítulo 5
IV - Long Island : Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, MIL PERDÕES PELA DEMORA!
Trabalhos de escola, curso e etc., me impossibilitaram de postar antes, mas esta capitulo começa a revelar algumas coisinhas.
Nos vemos nas notas finais.



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Com passos firmes e decididos vou em direção ao portão da escola, passando pelo mesmo apenas aceno levemente com a cabeça para o porteiro, o qual eu conheço, mas não me recordo seu nome. Olho sobre os ombros para Peter, que ainda está parado me olhando.

— Vai ficar parado ai feito um idiota? Anda logo, não tenho o dia todo a sua disposição não. — Não sei dizer nem como nem por que, mas mesmo sem conhecê-lo direito esse garoto me irrita pelo simples fato de respirar.

Continuo andando e dessa vez ele me segue, sei disso por conta do barulho que seus sapatos fazem sobre o calçamento molhado. Sigo em direção à biblioteca que fica no andar de cima do pavimento central, subo as escadas, viro para a esquerda e andando mais um pouco para a direita e assim para em frente a uma porta ampla de vidro. Chegamos à biblioteca

Ao entrar não vejo a bibliotecária em lugar algum, então, apenas me vou até uma das mesas mais ao fundo que fica perto de uma enorme janela e da saída de emergência.

— Pronto, agora que já chegamos pode começar a me contar tudo o que sabe sobre essas duas ligas de assassinos. — Digo decidida, porém tentando disfarçar a curiosidade e a empolgação em minha voz.

— Dizer tudo o que sei seria um tanto quanto arriscado não acha?! — Seu sorriso de sarcasmo é evidente, e até mesmo idiota.

— Ah! Claro! E que “riscos” informações como as que você tem para um aluno de ensino médio?

— Nenhum. — Ele sorri fraco se ajeitando na cadeira, deposita o caderno sobre a mesa, abrindo o mesmo e anotando o cabeçalho. — Seu nome todo para colocar no trabalho?

— Sarah Johnson Collins, mas pode colocar só Sarah Collins. Acho melhor você não colocar o número de chamada já que você ainda não tem um.

— Johnson? Filha do Robert Johnson? — Pergunta ele um pouco surpreso.

— Sim. Como você sabe quem é meu pai? — Pergunto desconfiada.

— É que seu pai é um grande arquiteto, e eu vi belíssimas construções com a assinatura dele pela cidade.

— Sim, não é porque é meu pai, mas ele é um arquiteto muito talentoso. — Sorrio orgulhosa. Quando ouço alguém falando de papai fico realmente feliz, ele é talentoso, ele é um homem trabalhador e de fibra, por mais que nós não possamos passar o tempo que ambos queremos juntos ele sempre foi muito amoroso. Ele sempre me deu carinho por ele e por mamãe, ele nunca foi do tipo que ficava se lamentando pra vida e choramingando pelos cantos por ter perdido a esposa. Ele me criou desde que nasci, e sou muito grata a isso.

Minha mãe morreu no momento em que nasci. Talvez seja um pouco irônico, pois no momento em que eu dava meu primeiro choro em sinal de vida, mamãe deu seu último suspiro se esvaindo da sua. Não pude nem ao menos sentir o calor de seu corpo, mesmo que eu não me lembrasse hoje, tudo o que eu queria era ter recebido seu doce beijo em minha testa. No dia em que eram para estar comemorando o meu nascimento estavam enterrando alguém que eu nunca vou conhecer, alguém que esteve comigo por 7 meses, e alguém que por minha causa, por causa de um nascimento prematuro, abriu mão de sua própria vida.

Papai me contou que antes de eu nascer, ela sentava na cama todas as noites, acariciava sua barriga e conversava, ela me chamava de “My Little Angel”. São simples detalhes, pequenos momentos de carinho, para mim que depois que nasci não tive isso, pelo menos não dela, se tornaram grandiosos. Ele diz também que seu sorriso era espetacular, e que tinha lindíssimos cabelos vermelhos como os meus.

Sou despertada de meu devaneio por um Peter com um olhar curioso e preocupado.

— Tudo bem com você? Você estava aqui conversando normal e de repente ficou com um olhar longe, pensativo e perdido.

— Nada, apenas lembranças... Lembranças sobre minha mãe, na verdade lembranças que nunca serão minhas. — Lhe lanço um sorriso amarelo.

— Se são lembranças de sua mãe por que nunca serão suas? — Ele me pergunta um pouco perdido em meio a minha frase que aparentemente não possui nenhuma informação que faça sentido.

— Talvez um dia eu te conte. Talvez. — Levo a mão até o bolso do meu casaco para tirar o meu celular de dentro do mesmo, ao puxar meu telefone jogo minhas chaves de casa em baixo da mesa, me abaixo para pegar e quando vou me erguer novamente bato com a cabeça na mesma. Recomponho-me massageando o local da batida e me deparo com Peter segurando o riso, tento fazer cara de zangada, ou magoada, seja lá o que for, mas não sai nada convincente e me vejo obrigada a rir também. Jogo minhas chaves de casa dentro do meu estojo de lápis e deposito o mesmo em cima da mesa.

— Tudo bem. Bom, vamos começar o texto?

— Claro. Estou ansiosa para ouvir a história sobre as ligas de assassinos, parece ótima. — Sorrio gentilmente, e tenho a leve impressão de essa ser a primeira vez que faço isso depois que o conheci.

— Então... — Ele começa. — Na Europa, Croácia para ser mais exato, em meados do século XII surgiu um pequeno grupo, com uma nova crença, uma espécie de seita. Acreditavam que a morte é um símbolo de honra para alguns, mas a tortura antes da morte a punição para outro. Alojz Kovač, foi o fundador e presidente dessa seita até sua morte, ele defendia e honrava a ideologia da morte com tudo o que podia, caçava e matava dolorosamente aqueles que professavam em auto som palavras contra sua “religião”.

“ ’O bom homens será honrado no momento de sua morte, mas o homem mal deve ser punido por tudo o que fez antes de ir para o inferno’, essas eram as palavras de Alojz, mas depois de sua morte seu filho “herdou” a presidência e com isso algumas mudanças foram feitas. Alojz Kovač II começou a aceitar “serviços”, se podemos assim dizer, recebendo em troca quantias abusivas da moeda da época ou até mesmo pela eterna lealdade de quem encomendava a morte.”

— Então foi por isso que começaram a chamar de Liga de assassinos? — Pergunto, agora já não escondendo o interesse no assunto.

— Sim, na verdade com a ascensão de Alojz Kovač II na presidência a liga começou a tomar forma e nome. Passou a ser chamada de “Razaranje”, que no nosso idioma significa “Destruição”. A liga foi criando raízes em cidades especificas por toda a Europa, apesar de atuar em outras cidades. Pelos últimos dados que vazaram, - sim vazaram, isso não pode ser divulgado, como eu disse isso é uma guerra silenciosa – As cidades que tem sedes da Razaranje são: Croácia; Bucareste; Cracóvia; Rússia; Berlim; Holanda; Londres; Munique e por fim Pisa, na Itália. Atualmente não se sabe quem está na presidência, somente que é uma mulher, e nem se tomaram criaram mais algum grupo em outra região da Europa.

— UAU! — Digo como que sem fôlego. — Isso é fascinante. Isso é demais. — Sorrio, de fato, fascinada. — Mas, agora me diga. E qual é a liga de assassinos rivais?

— Bom... — Um largo sorriso se abre em seus lábios e um brilho perverso percorre seu olhar.


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo ia ficar bem maior, mas como já esta tarde e minha mãe já está mandando eu desligar o pc fica pra próxima terça, e dessa vez sem atrasos. Prometo.
E por favooor comenteeem seus lindos, juro que não dói.
Nem que seja pra dizer "oi, tá péssimo".
Beijos até terça :*