Tell me a secret... I promise to keep it escrita por Fallen Angel


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oii leitores, terminei esse capítulo de madrugada, porém só resolvi postar agora.
Estou pensando em fazer 14 ou 15 capítulos, antes de terminar a fanfic. Por enquanto, nada certo para se dizer.
Espero que gostem do capítulo.
Kisses - F



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Tarde de mais...

Ele começou a fazer cócegas na minha barriga.

– Você ainda fica excitada quando fazem cócegas na sua barriga ? - Ele perguntou.

– Háhá - Empurrei ele quase sem ar. - Como como você sabia disso ?

– Li seu diário uma vez, sem querer.

– Como é que se lê um diário sem querer ?

– Não sei, só que eu consegui. - Ele deu um sorriso sapeca.

– Foi errado isso que você fez, ter lido meu diário, algo que é pessoal meu. - O sorriso dele sumiu. - Quero uma explicação, ou não vou falar com você o acampamento inteiro.

– Ally, você não está falando sério, né ?

Nada disse, apenas virei de costas indo na direção da porta, só que ele me pressionou na parede, deixando seu rosto bem próximo do meu; Conseguia sentir seu hálito, tinha cheiro de bala de cereja.

– Desculpa. - Sussurrou ele no meu ouvido e depois me soltou e saiu.

O que foi aquilo ? Como ele saí assim sem dar nenhuma explicação. Desgraçado, invadiu minha privacidade e não tem nem coragem de falar o motivo.

– PESTE! - Gritei.


***

– Hanna, coitada da Ally. - Spencer segurava um prato de comida esperando pela sua vez. Estávamos em uma fila para pegar o almoço, Spencer na frente, em seguida Hanna, depois Emily e por último eu. - Austin pode ser um gato, só que não basta te que suportar ele em casa, ela tem que suportar aqui também ?

– Está vendo ? - Disse - A Spencer me entende.

– Ally, se você quiser eu troco com você. - Disse Spencer.

– Ei! - Disse Emily. - Eu sou sua parceira de quarto, eu não vou ficar com a Ally. - Aquilo doeu - Desculpa, amiga, só que você parece ser meio chatinha para viver no mesmo quarto.

– Emily, aprenda a não julgar um livro pela capa, pois você pode se surpreender com o que tem nele. - Falei pegando um pudim.

– Toma - Disse Spencer rindo da Emily.

– E tenho certeza que a Spencer deve ser mais chata. - Falei.

– Essa doeu. - Spencer fez uma cara de ofendida. - Mas é verdade.

– Ally, está tudo bem ? - Perguntou Hanna.

– Para dizer a verdade, não. - Soltei um suspiro pesado. - Descobri que Austin leu o meu diário.

– Que cachorro!- Disse Emily.

– Cachorro é pouco. - Disse Spencer.

– Por que ele fez isso ? - Perguntou Hanna.

– Ele não me disse, apenas saiu do nosso quarto.

– O que ele leu.

– Não sei direito, só sei que ele descobriu que fico excitada quando fazem cócegas na minha barriga. - Fiquei admirando a colher e só depois fui perceber o que tinha acabado de falar. - Eu não quis dizer iss...

Era tarde demais, elas já estavam rindo.

– Ally, só você mesmo. - Disse Spencer soltando uma gargalhada.

– Meninas, vamos testar para ver se é verdade ? - Disse Hanna e logo as três estávam correndo na minha direção. Tive que saí correndo, deixando meu pudim para trás. "Tchau, bebê. Mamãe te amava muito" pensei quando vi meu pudim afastado da minha boca, ficando em cima da mesa.

Uma mão me puxou, e assim me livrei daquelas doidas.

– Obrigad... Sai de perto de mim! - Gritei. - Não me toque Mike.

– Desculpa, só estava te ajudando. - Disse ele.

– Não quero saber, agora mantenha essa sua boca bem longe da minha. - Antes dele tentar falar ou fazer qualquer coisa, saí dali.


***

Resolvi andar um pouco pelo acampamento, era grande e bonito, mesmo com o céu ainda um pouco nublado. As cabanas onde os alunos estavam eram feitas de madeiras, e tinha muitas árvores e lagos por perto. Ali perto de um dos lagos, vi uma cabeleira loira, fui até ela e sentei do seu lado.

– Oi peste. - Falei calma olhando os patos nadando.

– Oi. - Disse ele também olhando os patos. - Desculpa, Ally.

– Você só fala isso.. - Suspirei - Porém nunca diz o por quê ?

– Por ter lido o seu diário ? - Disse o óbvio.

– Você é lerdo assim ou se faz ? - Perguntei.

Ele deu uma risada um pouco calma, estou acostumada com uma risada mais escandalosa dele. Só que eu gostei dessa risada um pouco tímida dele, me faz esquecer do jeito galinha dele.

– Eu estava curioso para saber se estáva certo sobre uma coisa, e pensei que você podia saber a resposta. - Ele dizia sem olhar para mim, ao contrário de mim que encarava ele. - Não queria invadir sua privacidade, só que aquela dúvida estava me matando.

– Que dúvida ?

– Queria saber se nossos pais já tinham falado algo sobre mim que nunca tivessem me dito - Fiz uma cara de que ainda não estava entendendo - Ally, olha pra mim! - Disse ele, agora me encarando com aqueles olhos castanhos fixos nos meus. - Encontre qualquer semelhaça entre mim e você ou em mim e o papai.

– Não entendi.

– Não me pareço em nada.

– Austin, nem sempre os filhos são idênticos os pais.

– Você não entende. - Austin disse voltando seu olhar para o lago. - Ele não me vê como um filho.

– Austin, você está doido ? Ele te ama.

– Ele tenta. Só consegue quando você está próxima. Era assim quando a mamãe estáva viva - Lágrimas queriam sair dos olhos de Austin. - Quando está apenas eu e ele, parece que o silêncio domina o lugar, por isso agradeço quando você aparece para tomar café da manhã, tudo muda naquela mesa.

– Austin.. - Queria falar, só que não sabia o que deveria dizer. Então apenas deitei minha cabeça em seu ombro e fiquei acariciando sua mão. - Ele continua sendo seu pai, Austin. Não importa se ele demostre ou não. Ele te ama.

– Ally, você já viu alguma foto minha de infância ?

– Sim, mamãe tem um monte.

– Bebê ?

Agora fui pega de surpresa, realmente nunca tinha visto uma foto do Austin quando bebê.

– Aceito o seu silêncio como a resposta.

– Deve ter motivos, nossos pais passaram por situações difíceis. - Tentei encontrar uma resposta. - Talvéz eles não tivessem dinheiro naquela época para comprar uma câmera.

– Talvéz.. - Disse Austin. - Ou talvéz eu tenha sido adotado.

Não acreditei no que escutei.

– Chega! - Gritei. Não queria ouvir aquelas besteiras. Como o garoto que cresceu comigo, brincou comigo, o qual me protegeu nas horas que mais necessitei, que eu chamei de irmão, estava querendo acreditar que não era meu irmão de verdade. - Você é meu irmão, meu pai é seu pai e minha mãe é sua mãe! - Falei tudo aquilo rápido, minha voz ganhava o tóm de choro. - Você é meu irmão mais velho, Austin. - Agarrei seu corpo. - E eu te amo desse jeito, peste!

Ele não disse nada, apenas me abraçou. - Desculpa, Ally. - Ele tentou sorrir. - Não deveria ter falado sobre isso com você. - Ele se separou do abraço e se levantou. - E sobre o diário, eu só li duas páginas e depois parei. - Então ele saiu, fiquei confusa sobre tudo que acontece, como sempre.

Ali estava eu, olhando meu reflexo no lago, eu e Austin podiamos ser diferentes, só que não consigo imagina do por que ele acreditar que não éramos irmãos. Olhar os patos era relaxante, só que não era o suficiente para acalmar meus pensamentos.


***


Entrei na cabana e lá estava ele deitado, dormindo com a barriga virada para cima. Fui na direção da minha cama e deitei e fiquei olhando para o teto. Ter Austin ali do meu lado me fazia pensar muito em como eu me sentir quando ouvir ele falar aquelas coisas, porém também me fazia pensar em como Austin se sentia, no momento que ele era sincero comigo, vi a tristeza em seus olhos, será que meu pai realmente era seco com Austin ? Devo admitir que é sempre um silêncio de manhã, tanto que o único barulho que escuto é do depertador. Então, Austin deveria está sofrendo muito, tanto por não ser amado pelo seu próprio pai, da maneira como desejava e por não conseguir mais acreditar se aquela é realmente sua família..

Sentei na cama, ele estava tão calmo dormindo. Como ele conseguia ? Qual era o segredo ?

Levantei e fui na direção dele, meu coração estava agoniado. Queria entender tantas coisas, que nem mesmo lembraças do meu passado poderiam responder.. Naquele momento eu só queria entrar em paz. Deitei na cama do Austin, abraçando ele.

Ele abriu os olhos e me encarou, não parecia surpreso, era como se ele já esperava isso. Abriu um sorriso e disse - Não consegue dormir, anjo ?

– Austin, como você consegue ? - Perguntei e ele me olhou confuso.

– O quê ? - Perguntou ele.

– Ficar tão tranquilo, mesmo com tanta coisa em sua mente ? Me conte! Conte-me o segredo, eu prometo guardá-lo!

– Apenas olho para algo que me faz sentir melhor.

– O quê é ?

– Isso. - Ele mostrou um colar, eu lembro daquele colar, era meu...


–- FlashBack --

9 anos atrás...

– Austin, o que foi ? - Perguntou a garotinha, para seu irmão mais velho.

– Nada. - Disse o loiro, com a cara rabugenta.

– Me fala, prometo que não vou falar para ninguém.

– Você é chata ás vezes Ally. - Disse o loiro.

– Desculpa, só não queria que você ficasse triste. - A garotinha sentou do lado do irmão que estava no chão. - Não gosto quando você está triste.

– Não ?

– Não. Você tem um sorriso tão bonito e alegre. Sempre que você fica triste, ele some e eu fico com saudade dele. - Aquelas palavras da pequena, foram o suficiente para deixar o loiro constrangido.

– Me deixa em paz, Ally. - Disse o loiro encarando o outro lado para esconder o vermelho que seu rosto tinha ganhado.

– Não até você me falar o por que está triste. - Disse a pequena agarrando o braço do irmão, mostrando que não largaria ele tão fácil.

– Eu só estou bravo, pois o papai e a mamãe, esqueceram do meu aniversário. - Disse o menino derrotado pela insistência da irmã.

– Você disse que não queria festa. - Disse a pequena.

– Só que eles nem me deram um presente ou me desejaram feliz aniversário... acho que eles não se importam comigo. - A pequena deu um tapa na cara do loiro - Por que me bateu, sua doida ?

– Pois você fala muita besteira, eles te amam e ponto final. Chega de drama. - Disse a pequena ficando de joelho na frente do irmão. A pequena começou a mexer no seu pescoço até conseguir tirar o colar de ouro que tinha ganhado de presente de sua vó falecida. - Fique com isso. Aceite como presente de aniversário.

– Não posso, foi um presente da vovó para você.

– Ela me deu, pois disse que eu era um garota fraca e que esse colar iria me manter forte. - Disse a pequena olhando fixamente nos olhos de seu irmão. - No momento o fraco é você, então toma.

O loiro queria rir, achando que era alguma brincadeira da pequena. Só que o olhar fixo dos olhos da pequena mostravam que ela estava falando sério. Ele olhou para o colar e segurou e ficou olhando fixamente para o colar de ouro em sua mão.

– Ele vai te manter forte, bem aqui. - Disse a pequena apontando para o coração do loiro. - Agora eu estou com fome, me alimente, vá buscar chocolate. - Disse a garotinha.

– Eu não. - resmungou o loiro.

– Se não buscar, vou falar para os seus amigos que você é mais sentimental que uma garotinha.

– Sua boba.

– Meus deus, vou falar para mamãe que você falou palavrão. - Disse a menina correndo na direção do telefone.


–- Fim do FlashBack--


– Quando lembro daquele dia, começo a rir. - Disse ele ainda encarando o colar. - Qualquer palavra para você era um palavrão.

– Não era assim, era a maneira que você falava, fazia parecer uma palavra feia.

– E hoje em dia, aquela menininha, usa a plavra "dane-se" como palavra para tudo. Tá rebelde.

– Dane-se. - Falei.

– Tá vendo.

Ficamos rindo ali. Lembrar de certos momentos bons do passado ajuda mesmo a melhorar o animo, só que essa lembraça me fez perceber que desde pequeno Austin já não se sentia amado por nossos pais. Ele realmente deve ser bem forte, para aguentar tudo isso.

– Eu te daria esse colar para te manter forte, Ally. - Disse Austin. - Só que não consigo, ele é importante para mim.

– Tudo bem, eu quero que fique com você. - Sorrir.

– Ally..

– Diga.

– Eu ouvir por ai que perto desse acampamento tem uma cidade chamada Fallen City.

– Uma cidade chamada cidade caída ?

– Calma, de caída só tem o nome. Ouvi dizer que a cidade foi destruida uma vez, só que os próprios moradores a reconstruiram e hoje atrai muitos turístas e amanhã vai ter um festival lá, eu queria saber se você...

– Eu aceito.

– Sério ? Então você vai perguntar para Hanna se ela quer ir comigo ?

– Claro que si... Espera ai.. Como assim Hanna ?? - Pulei em cima dele e comecei a fazer uma cara de assassina.

– Calma. - Ele puxou meu braço, fazendo eu deitar na cama e ficou por cima de mim, me encarando, com seu rosto bem próximo do meu, estava tão próximo que eu podia sentir seus lábios quase enroscando nos meus, só que a peste quando eu cheguei em um momento de leveza pelo corpo todo, imaginando o toque daqueles lábios nos meus, mudou a direção e mordeu o meu pescoço.

– PESTE! - Gritei.

Ele ria, satisfeito por conseguir o que queria. Por um momento eu iria me entregar, eu realmente quase me entreguei... Eu desejei o Austin! E com toda certeza ele percebeu isso.

Ele tirou a camisa e a calça ficando apenas de cueca box preta. O que ele pretendia com aquilo, se era fazer meu corpo estremecer, ele conseguiu. Ele deitou do meu lado deixando seu corpo colado ao meu.

– A sua cama é aquela lá. - Disse ela apontando para minha cama. - Pode voltar para ela, que eu vou dormir.

Aquela peste estava querendo me provocar ? Pior que conseguiu, só que eu não iria admitir.

– Tudo bem, boa noite. - Me levantei. Só que ele puxou meu braço e me envolveu em seus braços.

– Não, fique aqui comigo. - Disse próximo do meu ouvido. - Ainda estou fraco emocionalmente, necessito de você, Ally. - Ele me virou fazendo encarar seus olhos. Eu sou agora uma boneca de pano, pois o povo fica me movendo pra lá e pra cá. - Fique comigo, só hoje.

Sentia meu rosto queimar, senhor! O que estava acontecendo ? Eu vou endoidar.

– Tudo bem... - Disse tímida, quase que não saiu a minha fala.

Ele sorriu e se aproximou mais uma vez do meu ouvido, deixando eu cheirar aquele pescoço dele, só que sou resistente e segurei a minha respiração. Mentira, cherei aquilo como se minha vida dependesse disso, só que disfarçadamente.

– Sabe como isso poderia ficar melhor ?

– Como.. ? - Por que diabos eu perguntei ? Ally ? O que está acontecendo com você ?

– Se você colocá-se uma daquelas camisolas. - Disse ele apontando para minha mala de roupas com uma cara pervertida.

– PESTE!! - Não pensei duas vezes e acertei um tapão na cara daquela peste loira.

Só que mesmo com tal brincadeirinha, dormir ali. O por que ? Não sei, só sei que me sinto bem dormindo com ele. Meus pensamentos ficam quietos por completo e consigo dormir como um bebê.
Agora só resta fazer uma coisa...
Boa noite, leitores.. Até a próxima.

Continua...


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