Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 4
Capítulo 4: Voluntariado; Minha segunda família; Dia incrível


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! E aí? Td bem com vcs?
Bem, vamos lá. Antes de tudo, agradeço aos comentários do capítulo passado. Teve uma grande melhora, mas ainda peço que comentem, gente. O número de tais está desproporcional à quantidade de acessos e acompanhamentos! Por favor, ajudem, é importante pra mim e para a fic!
Segundo, as favoritações:
— Sandra Longbottom;
— Bruna Colline;
— pennelloppe.
Muuito obrigada, lindas, sério!
Bem, devo dizer q amo esse capítulo! Mostra outro lado da Kat q eu tbm simplesmente amo, amo e amo :3
Eu tô na expectativa q vcs tbm gostem, então comentem pra ver o que acharam!
Acho q é isso! Enjoy!
Comentem e favoritem ;)
Beijos ;D



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– Sorria! - Katniss diz no segundo que abro a porta, com a câmera apontada para mim. O faço involuntariamente e ouço o "clic". - Eu disse que as pessoas ficam mais bonitas sorrindo. - Mostra a foto e entra. - Quero te levar pra um lugar, vamos. - Ela acena. - Ah, leva um casaco. - Guarda a câmera na bolsa.
– Por quê?
– Você vai saber. - Pego um moletom pendurado e tranco a porta depois de Katniss se despedir de Coronel.
Eu não sabia para onde estávamos indo, só sabia que era a direção do centro da cidade.
Here comes the sun... Here comes the sun and I say... It's all right.– Ela cantarolava enquanto andava. - Gosta de Beatles? - me olha.
– Sim.
Continuamos caminhando e eu ainda ouvindo a voz de Katniss cantando Beatles baixinho. Segui ela quando atravessou uma praça e entrou num grande estabelecimento. Era um asilo.
Descobri porque ela disse para trazer um casaco. O ar condicionado estava numa temperatura extremamente baixa e dentro estava gelado.
– Bom dia, Billy. - ela deixou um beijo na bochecha de um velhinho.
– Bom dia, Niss! Como vai?
– Bem, e você?
– Melhor.
– Isso é ótimo! - ela sorriu. - Esse é Peeta, meu amigo. - Estendi a mão para ele e sorri. Ele a pegou.
– É um prazer, garoto.
– Igualmente.
– Oi, Bob!
– Oi, Niss.
– Hey, Sally.
– Bom dia, Kat!
– Sophie! Cortou o cabelo?
– Sim, o que achou, menina?
– Acho que vai arrasar corações. O Billy não para de olhar pra você. - Sussurra a última parte.
– Sério?
– Com certeza. Joseph! E aí? - Ela faz um toque com ele.
– Hey, Kat. Como tem andado?
– Muito bem, e você?
– Ótimo! Minha dose de remédios diminuiu, graças a Deus.
– Uau, fico feliz por você! Tenho certeza que daqui a pouco você não vai precisar de mais nenhum! - diz com um tom confiante e pisca.
– Assim espero, garota.
– Onde está a Mary? - pergunta.
– Foi pegar mais pudim pra gente.
– Vou lá ajudá-la. Ah, esse é o Peeta, meu amigo.
– E aí, garoto. - Ele também faz um toque comigo. - Seja bem-vindo ao mundo dos velhos! - abre os braços e ri. Katniss também começa a rir e eu só sorrio.
– Qual é, Joseph, você tá ótimo pra sua idade! - dá um beijo em sua bochecha. - Eu já volto, ok?
– Tá bom, Kat.
Segui ela por um corredor e chegamos a uma cozinha grande. Uma mulher com cabelos brancos e poucas rugas organizava copos de pudim de chocolate numa bandeja.
– Mary! - Katniss a abraçou por trás.
– Katniss? - ela se virou e a abraçou apertado.
– Oi. Como você tá? - segurou suas mãos.
– Você sabe que sempre estou bem. Mas e você? Como andam as coisas na redação? - sorriu.
– Perfeitas. Tudo correndo bem.
– E esse rapaz bonito? Quem é? - olho para mim com um sorriso bondoso.
– O Peeta. Meu amigo.
– Como vai, querido? - eu me abaixei um pouco para ela beijar meu rosto.
– Bem, e a senhora?
– Oh meu Deus, por favor, não me chame de senhora! Me sinto mais velha do que sou! Só Mary.
– Vê se pode! Essa senhora tem cara de 72 anos, Peeta? - pergunta segurando o rosto de Mary entre as mãos. Realmente, ela não parecia ter 72 anos.
– Querida, você pode levar esses pudins pra mim? - perguntou rindo.
– Não precisa falar nem duas vezes! - se prontificou pegando uma bandeja e me dando outra. Mary saiu na frente. - Eu sou voluntária aqui desde meus dezessete anos. - Explicou. - Eu vinha apenas para distraí-los, mas nos tornamos amigos. Todos aqui são como meus avós postiços. - Ela sorriu.
– Isso é muito legal. - Digo sinceramente.
– Obrigada. Ei, gente! Quem quer pudim? - Ela gritou para todos.
– Eu! - eles o fizeram de volta.
E começamos a distribuir os copos com pudim de chocolate. Nós também pegamos um comemos junto com eles.
Katniss fez um pequeno campeonato de jogo da velha. A final foi ela contra Billy e só dava "velha". Por um descuido dela, Billy conseguiu ganhar em outra partida.
– Rá! Ganhei, pequena! - ela comemorou alto.
– Isso não vale! Eu me distraí! - Reclamou ela.
– E perdeu! - ele mostrou a língua. - Bate aí! - todos estenderam as mãos para ele ir batendo. Foi engraçado ver Katniss com uma carranca e ainda mais Billy esfregando em sua cara que havia ganhado.
– Vem, você vai me ajudar a fazer o almoço. - Ela pegou minha mão e voltamos à cozinha. - Hey, Anna, pode deixar comigo hoje. - Falou para a mulher que começava a preparar a comida. - Vai sair com o Drew. A Sam vem à tarde, não é?
– Sim. Muito obrigada, Kat. - Ela pegou sua bolsa e abraçou Katniss.
– Até mais. - Esperou a Anna sair. - Hm, vamos ver o que podemos fazer. - Ela olhou as prateleiras. - O pessoal adora macarrão. - Pegou vários pacotes e colocou em cima da bancada. - Pega os tomates na geladeira. - Disse e o fiz. - Eu faço o molho branco e você o vermelho, tudo bem?
– Claro.
Ela colocou o macarrão no fogo com a água enquanto cada um preparava os molhos. Eu piquei a cebola, os tomates e as azeitonas, colocando na panela junto com a polpa.
– Não coloque pimenta. Tony, Ben, John, Elizabeth e Elen são alérgicos. - avisou.
– Claro. - Coloquei um pouco na boca para provar. Estava bom. Katniss também pegou um pouco.
– Está ótimo. Prove. - Colocou a colher com molho branco na minha boca.
– Está muito bom.
– Obrigada! Me ajuda a levar isso pra lá. - Serve tudo em travessas e colocamos em cima da mesa extensa da sala de jantar. - Tá na mesa, pessoal! - Ela gritou. Aos poucos, começaram a se sentar, conversando alto e cada um se servindo. - Suco sem açúcar para o Joe, Bob, Benjamin, Lizzie, Anthony, Andy, Sophia, Julie, Katherine, Kate e Cece. - ela serviu os copos. - Billy, aqui seu remédio. E o do Joseph. Sally. Elen. John. E Tony. - Distribuiu um por um.
Sentamos lado a lado e comemos também. Era legal ouvir histórias do Joseph. Ele era engraçado.
– Gente, eu já vou. Mas volto semana que vem! Tchau, pessoal! - falou abrindo a porta.
– Tchau, Kat. Tchau, Peeta. - Alguns falaram. Achei legal. Acenei e saí.
– Até mais, Sam. - Ela falou para a mulher que entrou.
– Até, Kat.
– Tem mais um lugar pra ir.
– Onde? - pergunto tirando o casaco.
– Só me siga. Você vai gostar. - Ela sorriu.
Andamos por mais dois quarteirões e entramos em um hospital. Katniss conversou um pouco com a recepcionista e me guiou para o elevador.
– Vem. - ela me puxou para uma sala quando saímos. - Cato!
– Kat! - o loiro alto a abraçou. Ele estava com um jaleco.
– Cadê a Clove?
– No banheiro. - Deu de ombros - Aqui. - Ele deu um jaleco para Katniss com seu nome bordado e embaixo, "Dra. Espuleta".
– Obrigada. - ela o vestiu.
– Katniss! - Uma morena baixinha apareceu a abraçando.
– Oi, Clo. Gente, esse é o Peeta, meu amigo e vizinho.
– É um prazer. - Clove se ergueu para plantar um beijo na minha bochecha e Cato apertou minha mão perguntando um "Como vai, cara?".
– O pessoal já tá lá? - Katniss pergunta.
– Sim.
– Então vão. - Eles foram. - Vem, Peeta, deve ter mais acessórios aqui. - Ela começou a procurar.
– Você também é voluntária num hospital? - perguntei sorrindo.
– Sim. É um hospital com prioridade no tratamento de câncer. Eu e mais uns amigos alegramos as crianças. - Me deu um jaleco e tirou um nariz de palhaço do bolso, colocando. E colocou outro em mim, depois amarrou uma bandana vermelha na minha cabeça. Katniss pegou potinhos coloridos de maquiagem e fez em nós, que ficamos parecendo palhaços. - Preciso de uma foto disso. - riu e pegou a câmera. Ela tirou uma foto e voltou a máquina para o lugar. - Vem! - correu pelo corredor, e a segui. Colocou o dedo na boca em um sinal de silêncio. Katniss abriu a porta devagar. - Hey, o que uma garotinha tão linda faz aqui sozinha?
– Katniss! - gritou uma voz fina de dentro do quarto.
– Em carne e osso. Ah, também trouxe um amigo.
– Quem? - a garota perguntou. Nós entramos.
– Prim, esse é o Peeta. - Sorri. Prim tinha olhos bem azuis, era magra e não tinha mais cabelo.
– Oi, Prim. Você é linda, sabia? - digo e ela sorri.
– Obrigada. Você também é muito bonito. É seu namorado, Kat? - pergunta. Katniss apenas ri.
– Não, ele é só meu amigo, Prim. - Diz. - O que você vai querer fazer hoje?
– Escolhe você.
– Hmm... vamos ver... - ela pensou. - Já sei! - Ela me puxou para fora da sala e pegou sua bolsa, tirando maquiagens de dentro. - Eu vou brincar um pouco com ela. Tem um garoto no quarto 327. Ele é um pouco deprimido porque... Bom, acha que não tem cura. E só tem dez anos. Por que não vai lá com ele? - pergunta sussurrando. Ela parecia triste por falar daquilo.
– O que ele tem? - Olho a porta com o número.
– Ele... - respirou fundo. - É como Prim, tem leucemia. - Explica triste. - Eu normalmente leio para ele. - Dá de ombros levemente. - Tenta. Ele é bem legal, mas muito triste. Os pais trabalham muito.
– Tudo bem, eu vou falar com ele.
– Obrigada. - Ela agradece, mas não entendi por que. Katniss entra no quarto de Prim de novo, e bato na porta do menino, abrindo minimamente em seguida. Ele estava lendo um livro, mas levantou a cabeça para me olhar. - Oi. - Digo sorrindo. - Posso entrar?
Ele apenas assente, e entro.
– Como é o seu nome?
– Andrew. - Diz com a voz fraca. Andrew também era bem magro e não tinha cabelo. Seus olhos eram castanhos esverdeados.
– Posso te chamar de Andy? - ele assente de novo. - O que você está lendo?
Ele me mostra o livro. "Pequeno Príncipe".
– Eu gosto muito desse livro.
– Eu também. - Respondeu ele. Me sento na beirada da sua cama.
– Sabe... eu sou meio que "novo" aqui. Uma amiga me trouxe pra conhecer. Você não quer ser meu amigo?
– Tudo bem. Mas eu não sei seu nome. - Ele tomba a cabeça.
– Ah, claro! Eu sou o Peeta. - Estendo a mão para ele. Ele a pega meio hesitante.
– Falaram pra você vir aqui? - Andy pergunta de cabeça baixa.
– Bem, minha amiga comentou, sim. Mas não estou aqui só por isso. Quero realmente ser seu amigo, você parece ser muito legal. - Segredei-lhe. Ele levantou a cabeça.
– Mesmo?
– Mesmo. - Respondi confiante.
– Quem é sua amiga?
– A Katniss. Ela disse que lê pra você.
– Verdade. Às vezes ela canta também. - eu não sabia que Katniss cantava. - Posso te contar uma coisa? Mas você não pode falar pra ela. - Me olhou advertindo.
– Com certeza.
– Eu acho ela muito bonita. - Suas bochechas se avermelharam rapidamente. Ri um pouco de sua ingenuidade.
– Também tenho que te contar; eu também acho. - sussurro e pisco. - Mas isso fica entre a gente. - Estendo o mindinho. Ele sorri e entrelaça o seu com o meu.
– Quer ler comigo? - ele se refere ao livro.
– Claro.
Ele abriu um espaço e sentei ao seu lado na cama. Comecei a ler a parte que ele havia parado, quando o pequeno príncipe está no planeta do vaidoso. Em algum momento, Andy encostou a cabeça em meu ombro e percebi que ele dormia.
Saí do seu lado com cuidado, deixando o livro ao lado na cama. O cobri com o lençol e saí do quarto, entrando no da frente depois de três batidas na porta.
Katniss desenhava uma borboleta na bochecha de Prim, enquanto a garota mantinha um sorriso no rosto.
– Estou quase acabando... - murmurou ela passando o dedo com a maquiagem rosa para preencher a asa. - Pronto. O que você achou? - pegou um pequeno espelho.
– Adorei! - exclamou. - O que achou, Peeta?
– Você tá linda, Prim. - digo e Katniss se vira.
– Senta aí, vou fazer um desenho em você também. - Sentei e ela começou a desenhar algo com uma lápis preto. E depois a vi pintar com amarelo e vermelho. - Pronto. - deu o espelho. Era um raio. Eu ri.
– Adorei.
– Hey, gente, vamos lá pra sala? - Cato apareceu todo pintado.
– Vamos. - Katniss respondeu. Descobri que a "sala" ela um espaço só para as crianças brincarem. Havia estofados vermelhos em todas as paredes, pufes no meio com almofadas, uma TV e um baú de brinquedos.
Todos fizeram uma roda, e eu fui apresentado. Também conheci todas as crianças. Elas ficaram empolgadas com os desenhos que Katniss tinha feito, e acabou que ela fez em todo mundo. Cada um tinha um desenho diferente. Até Andy acordou e se juntou à nós, com uma estrela na bochecha.
Quando dissemos que já iríamos embora, todos murmuraram um "ahhhhh" desanimado, mas Katniss prometeu que voltaríamos rápido.
– Gostou? - perguntou ela enquanto me ajudava a tirar a maquiagem no banheiro.
– O que você faz é incrível.
– Obrigada. O pessoal do asilo, essas crianças... São como uma segunda família. Eu os amo. Ajudar é outra coisa boa no mundo, eu acho. Vê-los sorrindo enquanto passam por uma coisa tão difícil que ninguém no mundo merece... trás uma sensação de missão cumprida. - Ela sorriu. - Pronto. Já está sem maquiagem. Vamos embora?!
– Claro, obrigado.
Nos despedimos dos outros voluntários; Cato, Clove, Gloss, Cashmere, Blight e Johanna, e fomos embora. Eles eram muito legais.
Deviam ser três e meia da tarde. Passamos pelo parque perto de casa e Katniss saltitou para o balanço.
– Me empurra? - pede. Sorri e fui para trás dela, a empurrando. - Peeta, pra que serve essa força toda? Vamos! - Revirei os olhos e a empurrei mais forte. - Mais alto! - mandou infantilmente.
Depois de alguns minutos brincando, voltamos pra casa. Acompanhei Katniss até a frente da sua.
– Tchau, Peeta. - Beijou minha bochecha e entrou.
– Tchau. - Dei de ombros e segui as pedras para não pisar na grama. Entrei em casa e imediatamente Coronel correu em minha direção. Ele não estava mais com a pata machucada. Abaixei para acariciar sua cabeça - Hey, amigo. Você nem sabe meu dia hoje. Foi incrível.


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