Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 13
Capítulo 13: Um Ponto de Vista Diferente; "Cadê ele?"; Fotos, Vídeo e Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oi pra vcs, meus gatos!
Eu sei, eu sei. Eu deveria ter postado antes, BEM antes. Afinal, eu tô de férias, tempo livre, jogada no sofá... Qual a razão da Ju ter demorado??
Eu respondo, meus caros, lindos e divos leitores: Essa semana passada - e uma parte da anterior - foi meio perturbada. Aconteceram coisas. As mais importantes, q me impediram de q postasse: Eu estava com uma overdose de computador, dps de ter quase virado a noite editando um vídeo pra minha tia. Eu simplesmente me recusava a sentar nessa cadeira de novo. Segundo, há um par de dias minha família entrou em luto. Então...
Sem mtos detalhes, o capítulo tá aí.
Hoje, como presentinho, nossa querida, doce e maluquinha Katniss é quem narra. Espero q gostem! Eu tava ouvindo Photograph, do Ed Sheeran enquanto escrevia, me inspirou, e é especial pra mim, eu gosto verdadeiramente dele, mostra mais um pouquinho do Peeta - vulgo meu eterno marido.
Ainda estou arquitetando outras surpresinhas pra vcs u.u ~ninguém vai descobrir, lalalalalala~
— Ferjv;
— Mari Rogers Uzumaki;
— Bia Souza
Obrigada pelas favoritações, animou meu dia ;D capitulo dedicado a vcs u.u
Comentem e favoritem!
Até mais, beijoos ;D



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Pov. Katniss

5 Semanas depois

– A cada dia te vejo mais sorridente. - Comenta Mags ao meu lado como se não quisesse nada.
– Só estou feliz. - Dou de ombros fazendo a edição no computador.
– Aquele garoto está te fazendo um bem danado. - Ela sorriu. Me rendo e desligo a tela do computador, girando a cadeira em sua direção.
– Ah, Mags, você não faz nem ideia. - Suspiro. - Ele tá sendo tão fofo. - Digo.
– Eu me lembro de me apaixonar assim. Jordan ainda faz eu me sentir assim. – Comenta sorrindo.
– Eu estava achando que... Não sei, que seria diferente. Peeta era alguém sozinho, achei que as coisas fluiriam naturalmente, devagar, mas não. Estão até rápidas, mas queremos que seja assim, entende? - coloco o cabelo atrás da orelha.
– Vocês são jovens, façam o que der na telha. - Ela abanou a mão. - Já foram pra cama juntos? - Pergunta.
– No dia em que ele me pediu em namoro. Foi incrível, Mags. - suspiro de novo mordendo o lábio. Era tão ridícula a forma que eu estava agindo.
– E depois disso?
– Digamos que estou dormindo na minha casa três vezes por semana. - Olho para a porta coçando a cabeça.
– Meu Deus! Então o negócio é bom! - exclama e sinto minhas bochechas quentes. Mesmo sendo uma senhora de idade, Mags não tinha pudor algum. - Não fique com vergonha, menina.
– Mags, não são todas as vezes que vamos realmente para a cama. - Dou ênfase. - Assistimos TV, um filme, damos uma volta no parque, ou simplesmente só dormimos. Não sabe o quanto eu gosto disso nele. Algo me diz que se tivéssemos uma vida juntos, não seria rotineira ou coisa do tipo.
– Isso é ótimo!
– Eu sei! Ele não é nada meloso ou grudento, carente. E nem do tipo que não se preocupa com nada. Peeta sabe me dar espaço e, ao mesmo tempo, ser carinhoso. E quando conhecê-lo, Mags... Vai ver o quanto é bonito. - Ela riu.
– Bem, já são cinco e meia, pode ir encontrá-lo. - Me liberou.
– Obrigada, Mags. - Me levanto pegando minha bolsa. Soprei um beijo para ela e saí da sala. Ela riu e o pegou no ar.
Desde que tinha começado a namorar Peeta, parecia que o mundo estava conspirando ao meu favor. Tudo ao meu redor estava às mil maravilhas.
O táxi encostou-se à guia depois de eu ter dado um breve aceno, e entrei explicando o caminho de casa.
O motorista gentilmente deixou o rádio ligado na minha estação preferida, e cantarolei algumas músicas enquanto ele dirigia.
– Obrigada. - Dei-lhe o dinheiro e saí do carro.
Não entrei em casa, fui direto bater na porta da casa de Peeta e esperar ele abrir.
O estranho foi que ele não apareceu. Dei uma espiada pela janela. Coronel ainda estava lá dentro, e a porta estava aberta.
Não fazia a menor ideia de onde Peeta poderia estar, pois ele sabia que eu chegava a essa hora e me esperava para jantarmos juntos.
Peguei meu celular. Nenhuma mensagem ou ligação. Então liguei para ele. Uma, duas, três, quatro vezes. Cada vez ficava mais estranho, afinal, ele sempre atendia.
– Alô?
– Finn?
– Oi, Kat.
– Peeta está aí? - pergunto.
– Não está, não.
– E você sabe aonde ele está?
– Não, por quê?
– Bem, ele não está em casa, não disse nada e nem atende o celular.
– Que estranho... Ele sempre atende e sempre tá te esperando quando você chega.
– Pois é, eu sei. - Puxo o cabelo para trás. Uma luz se acende na minha cabeça no exato segundo. - Finn, que dia é hoje? - fecho os olhos enquanto as palavras saem da minha boca.
– Ahn, onze de... Setembro. - Sussurra a última palavra. - Puta que pariu. Katniss, hoje faz treze anos. Merda, merda, merda! - O ouvi batendo forte em algo. Eu apostava na parede.
– Finnick. - o chamei, mas ele continuou praguejando. - Finn!
– Fala. - Diz com a voz séria urgente
– Eu tenho uma ideia de onde ele pode estar. Deixa comigo. Eu te ligo depois. - desligo antes que ele proteste.
Era um pouco difícil correr de saltos, saia, e ainda carregando uma bolsa, mas fiz um esforço, por Peeta.
Só pra ajudar, começou a chover. Qual é, não chovia fazia seis semanas, por que logo hoje? Por que logo quando meu namorado desaparece?
Atravessei a rua para entrar no parque correndo o que podia correr.
– Peeta! - gritei quando o vi sentado no balanço. Tirei os saltos e corri pela grama, indo até ele.
– Katniss, o que você tá fazendo aqui? Vai ficar doente com essa chuva, ainda mais andando descalço. - Repreendeu me segurando pelos ombros e me olhando preocupado.
– Não, não é pra você ficar preocupado comigo! Eu que estou preocupada com você! Como você some assim, seu idiota? - dei-lhe uma bronca.
– Eu só... Precisava de um tempo sozinho, só isso. - Deu de ombros como se aquilo não significasse nada.
– Peeta, não faça isso comigo! - peço o abraçando. - Eu posso te ajudar, só não faça isso. - Ele me abraçou de volta. - Fale o que você está pensando ou sentindo, me deixa te ajudar, você não pode tratar essa sua dor com indiferença e nem guardar só pra você.
– Tudo bem. - Ele suspira e voltar a me abraçar.
– Vem, vamos pra casa. - Peguei sua mão.
– Deixa que eu levo isso pra você, mas é melhor colocar os sapatos. - Ele pegou minha bolsa.
– Obrigada. - Calcei os saltos e agarrei seu braço. Ele me abraçou de lado, me puxando para perto e fomos andando rápido para sua casa.
– Vem, você precisa de um banho quente. - Ele me guiou para o segundo andar e me deixou no banheiro.
– Você precisa mais que eu. - Digo mais alto.
– Não, não preciso. - Peeta me deu um de seus agasalhos e um short que eu havia deixado outro dia aqui. Depois, segurou meu queixo e me beijou brevemente.
Tomei um banho rápido e quente, colocando a roupa e descendo.
– O que tá fazendo? - Chego perto dele. Ele havia tirado a camiseta molhada, e, daquele modo, sua tatuagem ficava inteira à mostra. Eu era encantada pela sua tatuagem.
– Chocolate quente.
– Vai tomar banho, eu termino isso pra você. - Digo.
– Tá bem. Eu já volto. - Avisou e subiu as escadas.
Terminei a bebida e servi em uma caneca azul, indo para a sala. Em menos de quinze minutos Peeta já tinha descido, com uma calça de moletom e uma camiseta cinza.
Ele pegou uma caneca para ele e sentou ao meu lado soprando-a.
– Sabe, eles te amariam se tivessem a conhecido. - diz depois de minutos em silêncio.
– Eu também teria amado conhecê-los. - falo contornando o desenho da sua tatuagem em volta do seu pulso, sem olhá-lo. Sorrio entrelaçando nossos dedos. - Você não tem nenhuma foto deles ou com eles? - pergunto.
– Ahn, tenho. Tenho, sim. Você... Quer ver? - pergunta um pouco hesitante.
– Claro. - tento confortá-lo.
– Vem. - Ele me chama para o quarto.
Me sento em sua cama, e ele começa a revirar o guarda-roupa. De dentro deste, ele tira uma caixa e senta do meu lado com ela em seu colo.
– Vamos começar com essas. Eu tinha seis anos, estava saindo do jardim de infância. - Me deu algumas fotos.
– Awn, você era tão fofo! - rio da sua vermelhidão e cruzo as pernas em cima da cama, ficando mais à vontade. Ao lado da mini-versão de Peeta, estava um casal lindo. Loiros, sorridentes, com olhos magníficos. - Uau. Eles eram tão bonitos... - comento num sussurro.
– Aqui eu tinha oito anos, fui a um jogo de baseball com meu pai e minha mãe não parava de tirar fotos minhas. Me lembro daquele dia tão claramente. - riu e entregou outras. Nessas, Peeta estava com um boné vermelho, que fazia com que seus orbes ficassem escondidos. Suas bochechas estavam coradas, e seu sorriso estava banguela. Seu pai o carregava no colo, e o olhava de um jeito caloroso e carinhoso. - Essa é a que eu mais gosto. A última que tirei com eles. Tinha treze anos. - Antes que eu falasse algo, ele me cortou. - Sim, na mesma época que eles tiveram que fazer a viagem para Nova York e o atentado aconteceu. Meu pai estava... Estava me ensinando a fazer a barba. - Ele riu gostosamente. - Minha mãe invadiu o banheiro nos filmando, eu tenho o vídeo, e depois apontou a câmera para o espelho, tirando uma foto nossa bem no momento em que meu pai a sujou de espuma para barbear. - Riu de novo, tirando as lágrimas dos olhos antes que pudessem deslizar pelo seu rosto. Peguei a fotografia da sua mão e o puxei para um abraço, encostando sua cabeça em meu ombro. Meus olhos começaram a queimar e se encher de lágrimas.
– Vai ficar tudo bem. - Sussurrei sobre sua pele. - Essa foto tá tão bonita. - Eu me afastei para olhá-la. Uma lágrima desceu pelo meu olho esquerdo. - Por que não coloca em uma moldura? Ia ficar legal, talvez ali em cima do criado-mudo. - sugiro.
– É uma boa ideia - concordou balançando a cabeça.
– Vai, continua. - Peço. Ele sorriu minimamente.
– Essa estávamos no parque. Minha mãe tinha me comprado um algodão-doce azul, e sentamos debaixo de uma árvore pra comer. Eles me disseram que me amavam e brincamos de pega-pega. Estava com sete anos. - Explicou apontando o doce na foto. - Nessa, eles tinham me levado para a Disney. Tinha cinco anos. - Peeta estava com orelhas do Mickey Mouse, ficando absurdamente fofo. Seus pais estavam um de cada lado seu, também com orelhas dos personagens. Atrás, havia o famoso castelo do parque.
– Ah Meu Deus. - Sussurrei encantada. A família de Peeta tinha tudo para ser perfeita.
– Essa... Eu nem sabia que estava aqui. - Diz em choque. - Essa foi no meu aniversário de treze anos. Lembro-me deles entrando no meu quarto me acordando, com um bolo de chocolate e cantando "Parabéns". Os dois me esmagaram em abraços e minha mãe me sufocou de beijos. - Ele riu. - Então, se sentaram na cama e ficaram me olhando tão atenciosamente que eu estava ficando assustado. Minha mãe sussurrou: "Esse é seu presente, querido", e me deu um envelope branco. Eu fiquei confuso, mas o abri. Quando vi o que tinha, fiquei mais confuso ainda, e eles riram da minha cara. Meu pai esclareceu: "Peeta, você vai ter um irmão". - A esse ponto, meu namorado já havia deixado a foto de lado, apoiado os cotovelos sobre os joelhos e escondido o rosto entre as mãos. Peguei a fotografia e arregalei os olhos.
Era uma daquelas fotos de ultrassom, onde o embrião estava como uma sementinha, em fase de desenvolvimento.
– Peeta, eu sinto tanto por isso. - Digo colocando meu queixo sobre seu ombro e passando a mão pelas suas costas.
– Eu também lembro que foi um dos momentos em que eu sonhava todas as noites depois da morte deles. E acordava pedindo pra que eles voltassem. - Fala com um pouco de dificuldade por causa do choro. Suspiro.
– Peet, vamos deixar isso pra outro dia. Você não tá bem... - começo.
– Não. - Ele balançou a cabeça e a levantou rapidamente. - Eu estou bem, sim. - Contrariou. - Katniss, eu preciso fazer isso agora. - disse decidido.
Depois de dois minutos em silêncio, Peeta pegou a caixa novamente.
– Aqui eu tinha onze anos. Tinha participado de uma competição de natação e ganhei. Nesse dia eu estava extremamente feliz. Fomos tomar milk-shake, só que eu acabei tomando mais dois sorvetes. Fiquei todo lambuzado e dormi no carro. - Riu um pouco. - Parece tão longe quando vemos tudo em fotos. - Comentou.
– Eu sei. É um momento congelado para sempre. - Na foto, Peeta levantava um troféu e beijava uma medalha de ouro, sorridente.
Peeta se deitou na cama e me puxou junto para que eu ficasse com a cabeça na mesma altura que a sua.
– Nessa... Foi quando eu ganhei minha bicicleta. Cheguei em casa todo ralado, mas foi divertido. - Relembrou sorrindo. - Aqui, foi quando meu pai tinha construído uma casa na árvore pra mim. Eu passava a maior parte do meu dia lá. Quebrei uma perna uma vez porque estava brincando que era um pirata. - Dessa vez, eu ri.
– Vamos ver o vídeo que você disse? - peço.
– Vamos. - Concorda pegando um Dvd do fundo da caixa.
Voltamos para a sala, e ele colocou o Cd no aparelho, se sentando ao meu lado logo depois.
"Mas você tem que tomar cuidado, filho..."
"Digam oi! Oh, eu interrompi, não é? O momento 'pai e filho'
– a mãe de Peeta fez uma voz engraçada -. Desculpem. Own, meu bebê está virando um homem!"
Nessa parte, o garoto loiro riu. Seu rosto estava repleto de espuma para barbear, assim como o do homem mais velho ao seu lado, com quem dividia a pia.
“Por que está com essa câmera, querida?"
"Ah, acredita que eu a achei no sótão? Nem me lembrava dela. Será que está gravando mesmo?"– Eu sorri.
"Acho que sim, amor. A luz vermelha está ligada."– disse o homem.
"Oh! Oi!– Ela apareceu na filmagem pela primeira vez. A Sra. Mellark era linda e parecia ser alguém alegre. - Diga oi, querido!"– pediu ela.
"Oi!"– ele exclamou. O Sr. Mellark parecia ser um homem totalmente extrovertido e brincalhão.
"Sua vez, meu amor. Diga oi."– Diz para Peeta.
"Oi."– Ele sorriu timidamente.
"Querido, eu estava me olhando no espelho, não parece que minha barriga está maior?"– ela virou a câmera para o espelho. Com o reflexo, dava para vê-la acariciando a barriga um pouco já protuberante.
"Você está linda, meu anjo."
"Vou poder escolher o nome dela, mãe?!"– Peeta pergunta.
"Se for um nome bonito..."– brincou.
"Que tal... Jennifer?"– ele sugeriu.
"Oh, assim você pode, sim, escolher o nome dela!– sua mãe consentiu sorridente. - Ah, acho que a bateria está..."
O vídeo acabava aí. Me virei para ver alguma reação de Peeta, mas ele estava apenas sorrindo.
– Quais eram seus nomes? - Pergunto.
– Chris e Michelle Mellark. - Ele suspirou. - Ela era um pouco parecida contigo, sabia? - me olhou. Eu não esperava uma comparação daquelas.
– Hm. Ela era bonita. - Comentei sem graça.
– Sim. Outro ponto em que você me lembra ela. – Sorriu e me puxou para seus braços mais uma vez. Aquele havia se tornado meu lugar favorito no mundo.


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