Nosso Direito Divino escrita por Ju Mellark


Capítulo 12
Capítulo 12: Finnie De Volta; Novo Status De Relacionamento; O Tratamento De Andy; E... Grávidos!


Notas iniciais do capítulo

Heey, gente!!! Tudo bem??
Bem, vou tentar ser breve aqui!
Finalmente eu estou de férias o/ u.u TUTS TUTS TUTS
Por mais q isso seja maravilhoso, hoje não é tão bom dia, neh?? Hoje vou usar as notas finais novamente pra um caso especial! Não, não são spoilers, eu só queria deixar uma mensagem!
Bem, gosto bastaaaante desse capítulo, e aposto que vcs também vão e.e
Mrs Horan, pelo amor de Deus! Vcs são simplesmente incríveis, pessoal! A terceira recomendação de NDD! Fico muuuuito, muuuuito feliz por vcs gostarem tanto da história! Acho q ainda tenho q melhorar muito pra chegar num patamar digno desse carinho todo de vocês. Muito obrigada, eu amei a recomendação, o capítulo é dedicado a você, especialmente.
Bem, eu já vou, até lá em baixo!
Comentem e favoritem!
Beijoos ;D



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– Onde vocês estão? - Pergunto.
– Desembarcamos agora. Vamos fazer assim: a gente se encontra no Subway, pode ser? Aí já comemos um lanche, Annie está morrendo de fome.
– Tudo bem. Já vamos pra lá. - Aviso.
– Ok. Até daqui a pouco. - Desligo o celular.
– E aí? - Kat pergunta ansiosa.
– Vamos encontrá-los no Subway.
– Ah, ok. - Ela saiu na frente.
Annie e Finnick estavam voltando da lua-de-mel, então vimos buscá-los no aeroporto.
Katniss e eu não estávamos namorando, mas nossa relação passou apenas da amizade. Meio que não discutimos sobre isso.
– Vamos sentar, acho que eles ainda não chegaram. - Sugiro. Ela sentou do meu lado na mesa alta e redonda, e esperamos o casal chegar. De repente, alguém cobriu meus olhos, e sabia que era Annie. Eu ri e tirei suas mãos que tapavam minha visão, me levantando para abraçá-la.
– Peeta! - exclamou animada, pulando no meu pescoço.
– Annie! - disse rindo. Ela rapidamente se afastou, beijou meu rosto e foi para cima de Katniss, a abraçando muito forte.
– Eu também quero um abraço! - Finnick caçoou fazendo bico. Nós nos abraçamos brevemente.
– E aí? Como foi? - pergunto enquanto Finn ia abraçar Katniss.
– Incrível! A melhor viagem de todas! - disse Annie pulando. Ela logo se sentou, olhando o cardápio. - Finn, amor, pega um lanche pra mim. - Pede.
– O que vai querer nele?
– Hm. Eu quero pão italiano de 15 centímetros, com carne e queijo chedar, alface, tomate, rúcula, hm, cebola, pepino, maionese, barbecue... E uma coca zero. - O olhou piscando os olhos verdes.
– Tá bom. Eu vou pegar, amor. Já volto. - Avisa.
– Você quer alguma coisa, Kat? - Pergunto.
– Quero um igual de Annie, mas sem rúcula, cebola e pepino. E um suco de uva.
– Tá bem. Só um segundo.
– Obrigada, Peeta.
Fui atrás de Finnick na fila da lanchonete, observando sua expressão pensativa, que o fazia juntar as sobrancelhas.
– Que foi, cara? - pergunto.
– Annie está estranha. - Responde apenas.
– Em que sentido?
– Sei lá. - Deu de ombros. - Ela comeu um café da manhã completo no avião e já estava com fome. Além de que odeia pepino, rúcula, barbecue e maionese. Mas deixa quieto.
– Está pensando o que eu acho que está pensando? - Ele riu um pouco.
– É uma possibilidade. Mas, como eu disse, deixa quieto. - Terminou o assunto quando chegou sua vez na fila.
Comprei um lanche para mim e outro para Katniss, seguindo para voltar à mesa atrás de Finnick.
Annie devorou o seu em poucos minutos, junto do refrigerante. E ainda pegou um pedaço do de Finn, de Katniss e do meu. Ela estava realmente estranha.
Dei a chave do Land Rover para meu amigo, sentando com Kat no banco de trás. Ele dirigiu para o apartamento rápido, a pedido de Annie. A outra morena alegava estar extremamente apertada para ir ao banheiro.
– Por que você não foi ao do aeroporto? - Perguntou ele.
– Como se fosse muito higiênico. - Ela revirou os olhos. - Agora vai logo, Finn! - Annie mais mandou que pediu.
– Tá, já vou! - ele acelerou, tomando cuidado. Quando estacionou dentro do prédio, Annie pulou do veículo e correu para o saguão. Era engraçado vê-la correndo de saltos, juntando as pernas por estar apertada e desesperada.
Ajudei o loiro bronzeado a levar as malas para o apartamento, enquanto Katniss cantarolava alguma música atrás de nós.
– Bem melhor. - Annie suspirou assim que saiu do banheiro. - Estou tão cansada. - Ela se jogou no sofá.
– Ah, eu e Peeta vamos deixar vocês descansarem, ok? - Disse Katniss.
– Não precisa, gente... - ela começou a protestar.
– Não, a viagem deve ter sido longa, voltamos outra hora.
– Então venham jantar com a gente amanhã. - Annie pediu.
– Claro, voltamos amanhã. - Digo abrindo a porta para Katniss. - Até mais. - Acenamos e saímos.
– Annie está estranha. - a morena disse a mesma coisa que Finnick.
– Eu sei. - mordi o lábio.
– Ela tá grávida. - Concluímos juntos, nos encarando depois e rindo.
– Que horas são? - Pergunta.
– Hm, uma e meia. - Olho o relógio de pulso.
– Vamos dar uma volta?
– Claro. - Estendi meu braço para ela. Katniss riu e o pegou, usando como apoio enquanto segurava a alça da bolsa no outro ombro.
Nós fomos para dentro do parque no centro. Ficamos debruçados na ponte em cima do lago, olhando o reflexo de cada um na água.
– Fico feliz por eles. - Comentou ela.
– Hm? - virei a cabeça.
– Finnick e Annie estão começando uma nova família. Uma família só deles. Fico feliz por isso. - Explicou.
– Eu também.
– Você acha o amor tolo?
– Como assim? - Junto as sobrancelhas.
– Bem, há várias pessoas que dizem que o amor é tolo e enganoso. Mas é porque nunca tiveram amor realmente. Pelo menos é isso que eu acho. - Diz.
– Não. O amor não é tolo. É necessário. Por mais que essas pessoas não admitam, eles querem ter o mínimo de amor e carinho. - sussurro suspirando no final. - Só um pouco é suficiente, faz diferença. Amar é uma virtude que poucos têm.
Katniss não disse nada. Apenas se aproximou e encostou a cabeça em meu ombro.
– Katniss. - A chamei.
– Sim? - Me virei totalmente para ela, ficando à sua frente.

– Quer namorar comigo? - questiono. Minha pergunta não parece tê-la pego de surpresa. Ela sorriu docemente, me olhando nos olhos.
– É claro que quero. - A morena ficou na ponta dos pés para beijar minha boca gentilmente.
Eu queria seguir uma vida normal de novo.
Eu queria Katniss sempre comigo. Agora, depois e pelo resto da minha vida.
******
Abri meus olhos devagar, tentando não fechá-los novamente com a claridade que tomou conta da minha visão. Não tínhamos puxado a cortina para cobrir a janela, obviamente estávamos ocupados demais com outra coisa.
O lençol branco cobria do meu quadril para baixo, meu braço rodeava a sua cintura e suas pernas estavam no meio das minhas. Seus cabelos estavam espalhados pelo travesseiro, com as pontas fazendo cócegas no meu nariz.
Me movimentei o mais devagar possível para sair da cama. Coloquei outra cueca, fechei a cortina e encostei a porta.
– Shi, shi, não. Hoje você também não pode fazer barulho. - Sussurrei para meu cachorro fazendo sinal para ele parar quando estava prestes a avançar sobre mim.
Ele me seguiu até a cozinha, quieto. Peguei a receita de panquecas que Annie havia dado grudada na geladeira com um ímã de estrela.
Comecei a misturar tudo no refratário, enquanto Coronel lambia meus pés e me provocava cócegas. Pousei as massas nos pratos, colocando cauda de chocolate por cima e frutas vermelhas.
Os braços de Katniss rodearam minha cintura por trás, e sorri. Ela ficou na ponta dos pés para colocar a cabeça sobre meu ombro e beijar um ponto um pouco abaixo da minha orelha. Era inevitável eu não me arrepiar com o contato de seus lábios em minha pele.
– Bom dia. - Sussurrou roucamente. Meu sorriso aumentou, e me virei para ela, segurando sua cintura.
– Bom dia. - Beijei sua boca levemente e puxei a cadeira para Katniss se sentar. Ela estava usando minha camiseta do dia anterior, seus cabelos estavam desalinhados e bagunçados, mas ela continuava bonita.
Coloquei o prato em sua frente e me sentei.
– Ah, eu amo panquecas! - exclamou dando uma garfada.
– Não conte essas. São as primeiras que eu faço. - Admito.
– Não ficou tão ruim. - diz. - É brincadeira, ficaram ótimas.
– Para uma primeira vez... - completo.
– É. Vem, vamos para a sala. - Chamou levando seu prato e sentando no sofá. Peguei uma caixa de suco e sentei ao seu lado.
Katniss ligou a TV, deixando em um programa cultural.
– Vamos ao asilo hoje? - Pergunta.
– Claro. Aí vamos ao hospital e depois voltamos para ir jantar na casa de Annie e Finn.
– Acha que até lá já vão ter descoberto a gravidez? - Ela leva a caixa até a boca, bebendo o suco.
– Hm, sim. - Balanço a cabeça.
– Eu acho que não. Uma aposta? - Estende a mão.
– Uma aposta. - Concordo. - O que está em jogo? - pego a caixa da sua mão e bebo.
– O que quer? - desafia.
– Hm... Você vai fazer o jantar amanhã aqui. - Digo aleatoriamente. O que tínhamos para apostar?
– E se eu ganhar... Vice-versa. Ok?
– Ok. - pego seu prato e levanto para colocar na pia. - Ah, Coronel, esse lugar é meu! - tirei o cão do lado de Katniss assim que voltei. Ela começou a rir.
– Vem aqui, grandão. - O chamou. - Esse seu dono só tá com ciúmes. - sussurrou para ele encostando os narizes um do outro.
– Não estou com ciúmes. - Digo. Por que teria ciúmes, ainda mais do meu cão?
– Não? E essa carranca? - tocou o vinco entre minhas sobrancelhas. - Peeta, você tá com ciúmes do Coronel. - Ela riu. - Que bonitinho. - Caçoou. Então me aproximei e a beijei intensamente. Tanto que acabamos deitados no sofá - o que me provocou uma sensação de Déjà Vu da noite anterior.
Coronel latiu, tentando chamar nossa atenção.
– Não, agora não. - O empurrei cuidadosamente para o chão sem tirar os olhos dos de Katniss. Ela riu ainda com seus lábios colados aos meus.
Voltei a beijá-la, subindo a camiseta minha que ela estava usando.
Algo me dizia que nos atrasaríamos um pouco para chegarmos ao asilo.
******
– Awn, que fofo! Que gracinha! Os dois juntos! Eu sabia, sabia! Estava torcendo por vocês! Vão ser muito felizes juntos! - As idosas exclamavam enquanto nos parabenizavam. Eu e Katniss estávamos um pouco envergonhados com a atenção excessiva à notícia do nosso namoro, mas eram bom ver o quanto as pessoas que conhecíamos estavam nos apoiando.
– Ei, garoto. - Billy me chamou tocando meu ombro. Virei-me para ele. Todos os outros estavam atrás, me olhando.
– Oi...?
– Só te diremos uma coisa. Machuque a nossa menina e você não terá mais filhos, dependendo de nós. - Arregalei os olhos. - Fomos claros?
– Mais que as águas do Caribe. - respondo rapidamente.
– Muito bom.
– Eu só preciso dizer uma outra coisa, Billy. Eu não seria capaz de machucar Katniss nem se quisesse. - digo honestamente. - Eu gosto muito dela. Quero tentar fazê-la tão feliz quanto ela me faz todos os dias com seu sorriso. - Eles sorriem para mim.
– Isso era o que precisávamos ouvir, Peeta. Não é qualquer um que merece essa menina. Cuide muito bem dela.
– Eu vou. - Assinto.
– Agora venha aqui. Meus parabéns. - Nos juntamos num abraço coletivo.
Eu finalmente achara meu lugar no meio de tudo que vivi.
Era em qualquer lugar, desde que com Katniss.
******
– Vocês estão namorando? - pergunta Prim boquiaberta. - Nossa, Peeta. Só demorou um pouquinho. - Sussurrou para mim e ri. - Eu sabia que vocês ficariam juntos.
– Ah, você é uma garota esperta. - Katniss tocou a ponta do nariz da pequena. Ela sorriu.
– Kat... - começou de cabeça abaixada.
– Fala, meu amor. - Niss acariciou seu rosto enquanto eu apenas assistia.
– Agora que eu já fiz a cirurgia da medula, não vou ter que fazer mais o tratamento, não é? - Perguntou. Admito que fui pego de surpresa. Uma criança falando daquilo desse jeito?
– Não é assim, pequena. Os médicos vão analisar suas reações, se vai ter uma melhora considerável no seu quadro... E então vão ver como vai ser. Provavelmente você terá que continuar com o tratamento, sim, mas com uma intensidade menor. - Responde suspirando.
– Tudo bem. Estou com sono... - murmurou com as pálpebras pesando e cobrindo os olhos azuis devagar.
– Então durma. - A morena a cobriu.
– Você vai voltar semana que vem, não é? - pediu antes de se render ao cansaço.
– Como sempre. - Kat sussurrou.
Nós saímos do quarto que Prim estava devido à cirurgia que havia feito a pouco menos de cinco dias.
– Como ela fala disso tão tranquilamente? - pergunto enquanto vamos pegar um café.
– Peeta, quando eu disse que Prim era esperta, eu não estava brincando totalmente. Ela entende tudo que está acontecendo com ela ou o que aconteceu. As palavras difíceis dos médicos, as fichas com descrições estranhas... tudo. - Dá de ombros. - Prim é uma criança, é difícil falar algo do tipo com ela.
– Eu imagino. - dou um copo para ela.
– Katniss, Peeta! - Dr. Paylor nos cumprimenta sorridente.
– Oi, doutora. Está tudo bem? - Niss pergunta.
– Não dava pra ficar melhor! - exclamou. - Tenho uma outra boa notícia para vocês. - Diz. - Uma notícia ótima, na realidade.
– O quê?
– É o Andy. Ele vai fazer o transplante!
– Ah meu Deus! Isso é maravilhoso! - Minha namorada me abraçou. A abracei de volta, ainda em choque com a notícia.
Tudo, exatamente tudo, estava dando certo.
******
– Estamos grávidos! - Annie e Finn dizem juntos, animados e se abraçando.
Olhei Katniss, como se dissesse "Está me devendo um jantar", e ela revirou os olhos discretamente.
– Parabéns! - Ela se levanta da cadeira para abraçar os dois, e fiz o mesmo, o que resultou num abraço coletivo.
– E queremos apenas avisar que vocês serão os padrinhos dessa coisinha dentro de mim. Não é um convite, é uma intimidação. - Annie diz.
– É claro que vamos! - Exclama Katniss. - Temos outra coisa para falar também. - Ela me olhou.
– O quê? - o meu amigo retira os pratos da mesa.
– Estamos juntos. - Falo pegando sua mão debaixo da mesa.
– Ah meu Deus! Sério? Eu fico tão feliz por vocês! Tinha certeza que ficariam juntos! - Annie começa a chorar. - Ignorem isso. Esses hormônios estão me deixando louca! - ela secou as lágrimas.
– Eu que o diga. - Sussurra Finnick.
– O que disse, amor?
– Nada. - Ele responde apressadamente, e eu e Katniss rimos baixo. - Parabéns, casal!
Nós não demoramos para ir embora, talvez uns quinze minutos, já que Annie começou a reclamar de como estava cansada. Hormônios, de novo.
Eu e Katniss caminhamos até em casa de mãos dadas, e paramos na calçada.
– Fica comigo hoje de novo. - Peço.
– Amanhã eu trabalho... - deixo um beijo em seu pescoço.
– Por favor? - deixo outro.
– Peeta... - resmunga ela.
– Por favor... - e outro.
– Como me convence tão fácil? - Se rende. Eu rio e a coloco sobre meu ombro, a levando para dentro de casa. Ela gargalhava enquanto eu subia as escadas.
Talvez estivéssemos levando nosso relacionamento em um ritmo acelerado demais.
Mas não estávamos fazendo nada que não quiséssemos.


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Notas finais do capítulo

Bem, deixo aqui minha homenagem a Roberto Bolaños!
Um gênio, um herói, um cara simplesmente foda!
Eu cresci o assistindo, e receber a noticia que ele se foi assim é muito triste, eu realmente estou com meu emocional lá em baixo.
E pra ser tornar alguém tão querido, ele só precisou de um cenário feito de papelão, isopor, amigos, e um humor puro, sem apelo.
Eu só tenho a agradecer por ele ter existido!
"Não contavam com a minha astúcia!"
"Mas como é burro, dá zero pra ele!"
"Pipipipi..."
Hoje o céu está em festa! Vá com Deus, herói, que há sempre uma criança em seu interior! ;D