No Need to Say GoodBye escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 19
Dia de folga? Sei!


Notas iniciais do capítulo

Esse eu tentei deixar maiorzinho....



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Pov Rainha Lúcia

– Não, não sabe! - eu ri.

– Sei sim! - Tirian cruzou os braços, olhando para mim.

– Não sabe, não! - eu insisti.

– Sei, é claro que eu sei! - ele retrucou.

– Pois eu duvido! - eu ri outra vez. Tirian fechou a cara, emburrado.

Hoje, eu decidi *a ideia foi do Pedro!* *quieta, autora!* dar um dia de folga para todos, inclusive para mim mesma. Aurora não vai se importar se a gente ficar em casa hoje não é mesmo? Todos estão tão cansados... Foi melhor deixar eles aqui em casa pra descansarem, sem precisar se preocupar com os preparativos da Festa da Colheita. Todo mundo merece.

Entãooooooo, como eu também mereço uma folguinha, saí pra passear, e acabei encontrando Tirian, meu melhor amigo. A gente ficou conversando e rindo o dia inteiro, e quando menos percebemos, nossos pés nos levaram para os arredores do Jardim Externo, justamente no local onde Cristal fora encontrada.

– Eu sou romântico, sim! - ele insistiu.

– Pois então prove! Mostre o quanto você é romântico! - eu arqueei a sombracelha.

– Hum... - ele pensou um pouco, analisando meu desafio. De repente, um sorriso bagunceiro se abriu em seu rosto, e seus olhos brilharam. - Já sei!

Ele se levantou do meu lado, e saiu correndo, desaparecendo por entre as árvores. Estou me divertindo mais do que o normal com essa situação... Acontece que estávamos conversando, e ele comentou o quanto Pedro era cavalheiro com a Cristal, Caspian com Aurora, e até mesmo Edmundo, que que em raros lampejos de simpatia e gentileza, conversava com Valentiny. Um assunto levou a outro, e quando percebemos, estávamos discutindo se ele poderia ou não ser romântico como eles. Sabe que, pensando bem, Tirian saiu correndo, e me deixou sozinha aqui. Abandonar uma moça é falta de cortesia. Ganhei! Ele não é romântico!

Depois de uns breves minutos, as árvores começaram a se agitar, dando passagem para a cena mais inusitada que eu já vi. Uma dríade, que tinha cabelos verde escuros e compridos como os de um salgueiro chorão, cheio de florzinhas brancas, bem como seu vestido. Tinha a pele verde clara, craquelada como um tronco, e expressões agressivas. Ela vinha se aproximando, e arrastava Tirian, puxando-o pela orelha.

– Não me importa se o senhor é rei ou não! - ela esbravejou - Ninguém arranca flores dos meus galhos, entendeu? NINGUÉM!

E ela o soltou, derrubando-o no chão, e retornando à floresta. Tirian se levantou, esfregando a orelha machucada e vermelha, e sentou do meu lado no banco de madeira. E eu, é claro, caí na risada.

– Não teve graça! - ele resmungou - Ela puxou minhas duas orelhas! As duas! Parecia até que ia arrancar!

– Pobre Tirian! Não consegue nem apanhar flores num jardim! - eu gargalhava.

– Não tem graça! - ele insistiu.

– Ah, tem sim! - eu mal podia respirar de tanto rir.

– Existem outras formas de ser romântico, tá! - ele cruzou os braços, ofendido.

– Só diz isso porque sabe que não consegue cortejar uma garota! - eu o provoquei.

– Mentira sua! Eu consigo! - ele insistiu - Quer ver? Eu sei que a senhora tem os olhos mais lindos de toda a Nárnia, e que são mais azuis que os Mares Orientais!

– Isso até eu! - eu debochei - Você tem os olhos castanhos como o mais puro e doce chocolate, que nenhum confeiteio poderia fazer. Viu?

– Tudo bem, hum.... - ele pensou por um tempo - Ah! Eu sei que a senhora é uma moça corajosa e valente, que nunca fugiu de uma batalha. Não é em vão ser A Destemida.

– Eu também posso! - cruzei os braços - Você foi o rei mais leal que Nárnia já teve, e lutou por ela até seu último suspiro de vida. Fácil!

– Hum.... - ele pensou - Ah! Eu sei que a senhora é doce e gentil. Sei que adora vermelho porque lembra a cor de Cair Paravel quando o sol poente brilha atrás dele, nos pores do Sol que somente Aslan poderia ter feito. Sei que gosta de cachorros, embora nunca tenha tido a oportunidade de ter nenhum, e que fica linda toda vez que prende os cabelos em trança. E ainda sei - ele respirou fundo - que tem o sorriso que faria qualquer rei derreter.

Eu apenas fiquei olhando para ele. Essa era a primeira vez que ele me tirava as palavras da boca. E isso, na verdade, ninguém nunca tinha conseguido fazer antes.

– Acha mesmo? - gaguejei.

– Cada palavra. - o sorriso no rosto dele fez se abrir um no meu.

– Rainha Lúcia! Rainha Lúcia! - a voz grave do Sr. Tumnus se fez audível por todo o jardim, quebrando o clima que havia se formado.

– Estou aqui! - eu gritei.

Ele se aproximou de onde estávamos, e olhou todo o jardim, nos procurando.

– Aqui, Sr. Tumnus! - eu gritei, fazendo-o se virar e me encarar.

– Rainha Lúcia! - ele disse, assim que me viu - Lady Cristal convoca sua presença na sala dos tronos. Urgentemente.

Eu e Tirian trocamos um olhar rapidamente, e nos dirigimos ao local indicado. Ao chegarmos, nos deparamos com uma situação assustadora: Guaia estava deitada, no meio do salão, desacordada e toda machucada. Cristal estava senada ao lado de sua cabeça, e passava um pano em suas têmporas, logo o umidecia, na bacia de água que Pedro segurava, sentado ao seu lado. Edmundo, mais atrás, rescostava o ouvido na barriga de Guaia, de modo a ouvir sua respiração.

– Vamos, minha amiga, acorde... - Cristal falava - Acorde...

– O que houve? - eu perguntei.

– Guaia caiu do céu... - Cristal explicou, desesperada - Eu e Pedro vimos, e Rilian e Edmundo nos ajudaram a trazer ela pra cá... Pluma já foi chamado, mas ela não está respirando direito...

De repente, Guaia bateu as asas, arremessando Ed contra uma coluna. Ela se debateu, e se levantou, derrubando Cristal e Pedro, que deixaram cair a bacia de água. Guaia tentou voar, mas ao sentir as asas machucadas, gemeu. Tentou cavalgar, mas as patas feridas a forçaram a deitar.

– Socorro! - ela gritava - Socorro!

– Calma, Guaia! Somos nós! - eu me aproximei dela - Somos nós...

– Rainha.... Lúcia.... - ela olhou nos meus olhos, e então se acalmou.

– Você tá legal? - Pedro ajudou Cristal a se levantar.

– O Edmundo! Vai ver o Edmundo! - ela o empurrou, assim que já estava de pé.

Edmundo estava bem, e já se recompunha, levantando-se.

– Guaia, o que foi que houve? O que aconteceu com você? - eu perguntei outra vez.

– Ah, rainha... foi terrível... - ela chorou - mas eu não posso contar, ou ela me matará!

– Quem vai te matar? - Pedro perguntou.

– Valentiny.


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Notas finais do capítulo

Lúcia e Tirian não são tão fofos juntos?



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