A Sangue-ruim escrita por Babi Perrone


Capítulo 2
Os espinhos da rosa


Notas iniciais do capítulo

Hey babys,
o que acharam ?



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"A sombra age na surdina a revelia .Conflitos não resolvidos, são espectros que continuarão nos tirando para dançar conforme sua musica, nos conduzindo ,qual marionetes ,á eternos“ finais infelizes”.

–Miriam waltrick

1995,Rua Filadélfia , Inglaterra

Um raio cortou o céu iluminando toda a rua, que por ser quase nove horas da noite se encontrava deserta ,com exceção de uma garota. Ela caminhava apressadamente olhando para os lado e segurando fortemente contra o corpo seus livros. De vez enquanto olhava em seu relógio o horário, sabia que estava atrasada .E Jane odiava atrasos.

Outro raio cortou o céu, dessa vez sendo seguido por chuviscos. Praguejando baixinho a garota apertou o passo, enquanto começava a se molhar. Mais a frente ela já conseguia ver sua casa -uma pequena construção de dois andares como todas as outras da rua -com um jardim cheios de rosas, que sua mãe se empenhava tanto em cuidar. Ao passar pelo portão ouviu mais um raio e se sobressaltou acabando por derrubar a chave de casa que se encontrava em suas mãos, soltando mais meia dúzia de xingamentos depositou os livros que carregava no chão para procurar a chave.

–Sempre tão desastrada-ouviu uma voz fria dizer

Quando levantou a cabeça se deparou com uma mulher de cabelos loiros platinados emoldurando feições aristocráticas. Sua Mãe, Jane.

–Me pergunto de quem puxei isso-respondi seca enquanto me levantava

Jane caminhou até mim como se não se importasse de se molhar ,e observou atentamente meu rosto. A mais velha quando terminou sua inspeção começou a caminhar para dentro da casa ,quando parou na porta e se virou.

–A chave esta ali-apontou para perto das rosas - só, tome cuidado com os espinhos, estão bem afiados-completou maliciosa atravessando a porta.

Assim que saiu de vista me virei para onde ela apontou, e passando a mão em meu rosto para tentar enxergar com a chuva que ficava mais forte a cada minuto ,caminhei ate o lugar. Quando achei a chave coloquei a mão sem o mínimo cuidado, e em seguida senti algo me furando ,fazendo-me saltar a chave. Ao olhar para minha mão vi uma gota de sangue no dedo indicador, que por instinto coloquei nos lábios como se fosse diminuir o ardor da picada. Peguei as chaves com cuidado dessa vez e corri para dento da casa já completamente molhada.

[...]

Ao chegar em meu quarto joguei meus livros em cima da cama e começo a tirar meu tênis quando sou interrompida por um pigarreio e me virei lentamente vendo Jane sentada na penteadeira me olhando com a sobrancelha arqueada.

–O que esta fazendo aqui?-perguntei grossa

– Trouxe chocolate quente-disse indicando com a cabeça a penteadeira criando mais duvidas em minha mente.

–Não perguntei isso, Jane.

–Eu sei-falou enquanto se levantava e indicava o banheiro. -mas precisamos conversar antes de seu pai chegar .O que será impossível com tamanha é sua lerdeza-conclui debochada . Sinto meu sangue ferver e se concentrar em minhas bochechas. Fechando as mãos em punhos enquanto pensamentos eram criados em minha mente da minha querida mãe se debatendo sobre o aperto das minhas mãos em seu pescoço. Respirando fundo e balançando a cabeça olho novamente Jane, vendo-a sorrir a o perceber a consequência de seu comentário.

­­-Não pense que terá êxito em suas provocações .Não sou mais uma de suas marionetes, que você puxa as cordas e elas fazem o que você bem entender-As palavras que saem dos meus lábios são ditas da forma mais lenta possível, contendo ameaças silenciosas.

–Você não é uma marionete .Você é my porcelain doll ,não preciso de cordas para manipula-la ,não, eu posso quebra-la , xinga-la...-sentia sua respiração em meu ouvido e suas mãos apertavam dolorosamente em meus ombros.-...Ou até mesmos destruí-la COMPLETAMENTE, destroçar sua frágil alma.- respirando fundo ela acariciou minha face com falso carinho e pressionando seus lábios frios em minha testa dizendo lentamente –E não queremos que isso aconteça não é ,Hermione ?

– Não perdoe-me mamãe .Irei tomar banho e desço para a sala pra conversaremos-sorri ternamente no final, vendo Jane sorrir em concordância observando a submissão que minha palavras demonstravam, diferente dos meus pensamentos.

Vou até a meu armário para pegar uma roupa para usar após ao banho e pego discretamente o telefone que ganhei de natal da minha vó, e deis de então guardo para situações que precisaria urgentemente entrar em contato com alguém e não pudesse usar um patrono .Coloco o aparelho entre minhas roupas e caminho de cabeça baixa até o banheiro.

Quando entro no banheiro rapidamente tranco a porta, apoiando minhas costas nela escoro até o chão e pressiono minhas mãos no rosto sentindo lagrimas de descendo pelo meu rosto. Pego o telefone discando, sobre o temor das minhas mãos ,a mansão Budapeste. Começo a roer o resto da unha que sobrou, aguardando alguém atender .

Mansão Budapeste ,em que posso ajudar ?-Uma voz polida pergunta educadamente do outro lado da linha .

–Alfredo? sou eu Hermione, neta ...

–Madame Luan ?! Que bom ouvir sua doce voz! Como esta passando senhorita?

Sorrir internamente enquanto enxugava as lagrimas restantes e tentava neutralizar minha voz .Lembro de Alfredo cuidando de mim quando mais nova e até hoje em dia, De como ele me chamava de madame mesmo contra meus protestos, dele dizendo como seria grandiosa ,da sua lealdade a mansão Budapeste e minha família. Suspirando percebo que imersa em meus pensamentos deixei Alfredo sem uma resposta.

–Senhorita?

Não-Uma simples palavra, que para muitos poderia não significar nada .Mas Alfredo ,era um dos poucos que me conhecia bem ao bastante para saber o que tinha acontecia.

Suponho que tenha sido Jane–Concordo com a cabeça mesmo sabendo que ele não veria-Comunicarei a Madame Granger da sua chegada e mandarei um carro para busca-la ,que estará a aguardando a duas quadras da casa como todas as vezes

–Obrigada Alfredo. Não tem noção do quanto sou grata

–Não a nenhuma necessidade de agradecer senhorita. Meu prestígio é servir a família Granger .Só peço que não cometa nenhuma atitude irreversível sem o positivo de Madame Granger.

–Claro. Só peça que ela de seu veredito o mais rápido possível, não sei quanto tempo vou aguentar.

Sim Madame, agora tente pensar em banalidades .Aguardo ansioso sua chegada senhorita .

–Então nós vemos mais tarde – assim que me despeço desligo o telefone ,o colocando em cima da pia para começar a me despir. Como prometido comecei a pensar banalidades ou seja Hogwarts .Enquanto lavava o cabelo começava a pensar em Harry e Ron. Já estava farta desses garotos eles eram egoístas e fúteis ,perfeitas crianças ,que agora resolveram começar a levar a tira colo a pequena Wesley para todo lugar .Bufei com o pensamento que terei que aturar os três até completar os estudos, e consequente ter que fazer suas tarefas já que são mais burros que uma porta .Não, pelo menos as portas abrem e fecham, e sabem guardar segredos. Estou pensando seriamente a começar a andar com os gêmeos Wesley ou com a Luna. Ri internamente de como seria se começasse a andar com os gêmeos ,a cara de choque de todos a ver a Santinha Granger andando com os encrenqueiros da Grifinoria.


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