Flor de Fogo escrita por Mione St


Capítulo 5
CAP. III


Notas iniciais do capítulo

No Cap. anterior...
Me mantive em silêncio, quem sabe ela não desistisse afinal?
“Se não falar-me vossa graça, terei de ficar aqui esperando o diabo chegar, acabar com ele e te levar embora deste covil!”
“Eliza Derus! Já soube o que queria!Agora vá!”
“Viu?Não lhe doeu nada... Quando quiser ir embora desse lugar, pode ir para as cachoeiras, lá é bem divertido as vezes...”
“Agora, vá!”
“Até a próxima...Eliza...”
“Adeus Ana!”



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Narração da Ana

Eliza havia seguido seu caminho, e eu tive de seguir o meu, mas a curiosidade que eu sentia por ela, não foi embora como minha amiga, eu queria saber quem ela era, e o que fazia ali, com os malditos vampiros, mas eu não podia fazer nada, não podia começar uma guerra entre meu povo e os vampiros, não por medo de perder minha vida, ela seria um preço pequeno a se pagar, mas eu temia pela vida de meu povo, que não merecia a rainha que infelizmente teriam...

 Segui meu destino, e o conselho que Eliza havia me dado, fui para meu caminho, meu “território”, só não podia imaginar o que me aguardava lá, ou melhor, quem me aguardava por lá...

 Ainda pensando em Eliza, senti, mas do que soube, que alguém que não devia se achava em minha cachoeira, e como em tantas outras vezes depois dessa, eu sabia que ali estava algo que eu precisava para ser feliz, um tesouro maior do que qualquer território, ou reinado.

 Se achava de costas para mim, apesar de meus olhos, eu não podia identificar-lhe a face, mas sabia, não, eu sentia, que quem quer que fosse não me faria mal algum...

“Quem é você, o que faz aqui?”

 A pessoa ainda se manteve de costas e não me respondeu, mas será que hoje era o dia de dar as costas para a bruxa? Mas eu não desistia tão fácil, não quando eu queria algo... E eu queria, naquele momento, saber quem era aquela pessoa...Me aproximava...

“Você não me ouviu? Quem é você?”

 Parecia que a minha aproximação rendeu resultados, se antes o ser não me respondia, quando me aproximei o suficiente para  encostar a ponta de meus dedos em seu ombro, ele se deu conta que não estava sozinho ali, e se dignou a responder-me.

“ Não se aproxime de mim! Não é seguro!”

 Eu precisava disso... Hoje era um dia realmente estranho, primeiro encontro uma nova e única amiga, que não quer ser minha amiga, porque tem sérios problemas com as infernais regras, é algo que eu não sei definir muito bem, vive com os vampiros, mas para mim parece uma humana, e depois eu volto a encontrar com o lobisomem que eu tinha uma forte atração, e que eu havia me
encontrado na semana anterior, e que eu salvei na Lua cheia, ahhh, eu mencionei que eu tive contato labial com ele?E se não, que eu sou uma bruxa e ele um lobisomem?Não? Mas que ótimo...Mas apesar de tudo, não posso negar que estava bastante feliz por tê-lo visto novamente.

“ Oh, claro, eu lhe conheço...É o garoto a quem eu salvei dos sangue sugas, no outro dia...Como estás? E não é por nada, mas não é seguro para ocê estar aqui, este aqui, é meu território.”
“Eu só...vim agradecer por ter salvo minha vida...”

 Ele era tão lindo, e ainda que encabulado, fazia parecer como um garotinho assustado prewcisando de proteção materna, ainda que ele nada de garotinho tivesse, eu ainda estava ansiosa por protegê-lo. Mas parecia que minha aproximação o assustava, pois cada vez que me aproximava, ele se afastava, até que depois de nosso primeiro contato visual, ele pareceu petrificar com o
fato de eu o estar encarando.

“Acalme-se, não lhe morderei...Não precisa temer.”
“Mas eu sim mordo, e você deveria me temer”

“Eu ter medo de você?Porque eu deveria? Você não me parece ser o tipo de pessoa que me faria mal.”
“Eu sou um lobisomem, isso já seria um motivo, além do mais, posso te colocar em apuros...”
“E eu uma bruxa, grande coisa! Hunpf! Isso realmente inporta? Pense por um instante, respiramos o mesmo ar, não podemos
ser tão diferentes assim...”
“Sim...Mas ...Conhece as regras.”
“Regras? Quem as ordenou?Elas nada significam para mim!”
“Deveriam, rainhas devem dar o exemplo.”
“Por isso mesmo!Estou cansada dessas regras absurdas! De não poder ser amiga de um, porque ou é vampiro, ou humano, ou...lobisomem! São todos iguais para mim, seres vivos, ou quase, E se não posso ter o que quero como rainha, quero ter como pessoa...Não me importa os titúlos ou as inúteis aparências!São coisas indiferentes para mim!”
“Não repita isso!Os sucessores não possuem direito de escolha, devemos seguir as decisões que melhor preservam nossa espécie!”
“Eu tenho sim escolha!”


 Eu estava a centímetros de distancia do rosto dele, quando me dando conta do que estava prestes a fazer, obriguei minha
boca a formular algo.

“Veio até aqui apenas para agradecer-me?”

No momento em que lhe dirigi minha frase me arrependi quase que instantaneamente, eu desejava que não fosse apenas por agradecimento, que ele sentisse verdadeiramente a atração que eu sentia por ele.


“Eu...Não paro de pensar em você, o quanto você é bela, decidida e o que você nem ao menos se importou com o que eu era, e ainda sim me defendeu.”

 Eu precisava manter o controle, parecia que o próprio estava surpreso por ter dito tais coisas, mas conseguia ver que era tudo real.

“Foi tão complicado falar isso?”
“Não vê como é complicada toda essa situação?”
“Por que?”
“O que você sente por mim?Me diga, se significo algo para você.”


 Me afastei dele por alguns instantes, olhei-o novamente e sentei em uma pedra próxima a cachoeira, colocando meus pés na água, olhando meu reflexo na mesma e o reflexo da Lua. Respondi naquele instante algo que eu soube quando o vi pela primeira vez.

“Diria que você é como a água para mim.”
“A água? Por que?”
“É ela quem me dá forças, e queres saber o que sinto por você... Também não paro de pensar em vós...Se o que sinto é mútuo...”
“Sim, o é.”
“Então diga-me...Por que és tão complicado?”


 Levantei-me, e de pé, ainda procurava meu reflexo na água cristalina da cachoeira.

“Juro, que não lhe entendo.”
“Nós quebramos as regras universais, as únicas sem saída...”
“Já lhe disse! Não me importam as regras!”


 Ele se aproximou de mim, e segurou meu pulso, e creio que sentiu o quanto estava descompassado, mas o contato que tinhamos feito naquele instante fora o suficiente para que eu me afastasse de onde estava e o seguisse, quase me aconchegando em seus braços.

“As reegras que vão para o inferno junto com quem as criou!Quero apenas ser feliz, mesmo que um pouco!É um crime tão bárbaro assim?”
“Mesmo que esta felicidade tenha um preço a ser pago? Mesmo que traga nossa desgraça? Já pensaste nisso?”


 Não sei se ele percebera, mas as palavras que me dirigira foram fortes o suficientes para acabarem com a minha esperança... Eu naquele instante, me senti morta, e foi assim, me sentindo, que me afastei e tornei a aproximar-me da cachoeira, colocando novamente meus pés naquela água fria como eu me sentia, agora que havia sido morta.

“Pagaria qualquer preço...Não importa!Qualquer coisa para ter um pouco de felicidade, ser ao menso um pouco...norma, talvez.”
“Algo que nunca seremos...Normais...”
“Talvez ache-me egoísta, por não importar-me com você, mas esta é a verdade.”


 Não sei se a ação dele foi impensada, ou a mentira que eu contei, o fez ter aquela ação, sim porque eu me importava, e muito com ele mais do que era seguro admitir.
Antes que eu pudesse me dar conta, ele em uma velocidade incrível se aproximou e mim, sentando-se do meu lado.

“Acredito que possamos ser egoístas juntos!”

 E me beijou.

Após o beijo...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem povo eu vou continuar, mas antes quero saber a opnião de vocês...

bjinhus!!



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