Fogo ou Gelo? escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 5
Dias Frios!


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha, desculpe a demora.. mas ta aí o 5° capítulo :)



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*Gray Fullbuster*

O barulho de chuva dificultava meu despertar, que ótimo, seria mais um dia chuvoso, isso só podia significar uma coisa, Juvia estava a minha procura. Que Deus me de muita paciência hoje, bom vamos começar o dia então, tento levantar, mas não consigo, tem algo em cima do meu peito, mas não havia reparado antes, por que estava extremamente confortável, olhei, e vi cabelos loiros, espera aí, o que diabos a Lucy estava fazendo no meu quarto, deitada em cima de mim e dormindo? Esqueci de mencionar que ela estava nua também? O que diabos...

_Gray.. ? – ela sussurra e olha para mim, seus olhos mostravam a inocência e a meiguice que ela guardava em seu coração. Ela estava linda. - Obrigada pela noite...

Ai meu Deus, o que eu fiz com a Lucy, ela estava sorrindo serenamente, será que...

_Gray! Gray! Gray! – Lucy me chamava, abro os olhos, ela estava em pé ao lado da cama.

_AHHHHHHHHHHHHHHH! – gritei. – O que diabos você está fazendo nua no meu quarto?

_O que ? – ela ergue uma sobrancelha e olha para si mesma, ela estava completamente vestida, uma saia azul, regata branca, bota marrom, um rabinho de lado e segurava em seus braços o gato de Natsu. – é desculpe entrar sem roupa aqui num sábado de manhã pra te acordar.

A garota riu e sua voz soou zombando de mim.

_Deus... você me mata loirinha. – eu coloquei a mão na testa e deitei na cama olhando para o teto.

_Por que achou que eu estava sem roupa? – Lucy chega mais perto da cama e olha mais atentamente para mim.

_Ah esquece.. tive apenas um sonho. – falei e virei para o lado com as bochechas vermelhas e quentes, a imagem de Lucy nua deitada no meu peito estava guardada na minha cabeça para sempre. – O que você quer?

_Ok, não vai me contar né, então não vou te mostrar a carta do Natsu... – ela negociou.

_E por que você acha que eu quero ver essa carta? – eu olhei para ela esperando um bom argumento.

_Ah, só está escrito algumas coisas meio reveladoras aqui. – no momento em que ela mencionou isso, corri pra cima dela para pegar o papel que ela segurava. Ela escapou da minha mão e depois gargalhou, corri novamente para pegar, mas ela pulou em cima da cama e desceu do outro lado, pois fiz o mesmo movimento, ela riu e correu em volta da cama, mas eu previ seus movimentos e a agarrei pela cintura a jogando na cama em seguida, ela caiu deitada rindo a beça, eu subi em cima da mesma e segurei suas pernas com as minhas e suas mãos logo a cima de sua cabeça. Ela riu mais um pouco e foi diminuindo o tom, até apenas olhar para mim com um grande sorriso no rosto, o mais belo e carinhoso que já vi na minha vida. – O que foi que você fez que ficou tão doido pra ler?

_Aff, me da aqui! – peguei da mão dela e deitei ao seu lado. Logo nas primeiras palavras já me senti desconfortável.

“Minha querida Lucy!”

Lucy por acaso era propriedade dele? Que desnecessário escrever isso.

“Não há palavras para descrever o quanto sinto sua falta, os dias sem você não tem graça, ver o sol me traz lembranças do seu cabelo dourado e de seu calor, sentir o vento me lembra do seu toque suave, e ouvir uma música não é possível sem lembrar da sua voz.”

Caraca, o rapaz estava mesmo apaixonado pela loira, mas pra que tudo isso? O que ele queria, que a garota abandonasse os estudos e fosse correndo até ele?

“Como você disse, estou conhecendo novas pessoas e também fazendo novas amizades. Papai está sempre ao meu lado, vivemos altas aventuras, compramos várias coisas e vimos gente famosa. Quero te mostrar tanta foto quando voltar, espero ansioso por esta data, vai ser de grandes revelações.”

O que ele quis dizer com isso? Ele vai se declarar pra ela? Por que? Lucy vai se sentir estranha, tenho certeza.

“Espero que todos estejam cuidando bem de você, em especial o geladinho. Confio nele e sei que você está em boas mãos, mas tome cuidado, ele é ligeiro. Hahaha.”

O que? Eu? Natsu não me conhecia, se bem que acabei de sonhar com Lucy nua na minha cama, e particularmente eu gostei. Ai ai ai, sem esse tipo de pensamento Gray.

“Saudades, de seu Natsu.”

_Acho que sei por que ele demorou tanto pra escrever. – Lucy me olhou não entendo. – está muito acima da capacidade dele.

_Idiota, hahaha, o Natsu tem seu jeito. – ela riu e depois pegou a carta de volta. – Bem vou deixar você se arrumar, até mais tarde geladinho, hahaha.

_”Até garota nua.” - cochichei depois que ela fechou a porta. – preciso de um banho gelado!

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, fui lembrando da noite passada, oras sim eu durmo cedo, mas a loira conseguiu me tirar o sono, por isso fui acordado por ela esta manhã. Lucy havia mencionado que eu deveria arrumar uma namorada para escapar da Juvia, mas isso não faz muito sentido, fiquei horas pensando nessa proposta, é ridículo. Se bem que Juvia realmente iria parar de me perseguir se me visse com outra garota, mas eu iria magoar ela, só que se eu ficar pensando nos outros vou me ferrar e vou continuar vivendo infeliz, opa, pera aí, eu sou infeliz? Quem disse isso, tenho uma vida ótima, estudo, tenho bons amigos, uma ótima irmã, mas isso me faz realmente feliz? O que é felicidade? Droga, por que essas coisas vem na minha cabeça nessas horas? Foi ela, Lucy, essa garota mexe com meus pensamentos de uma forma que ninguém nunca fez, mas não há nada de especial nela, é uma garota qualquer, opa, qualquer? Não, ela não é, ela é a Lucy, mas quem é essa moça? Simplesmente a garota mais louca e estranha que já vi na minha vida, mas toda essa loucura é irresistível, a garota desperta o meu interesse, ela me faz querer passar meu tempo livre com ela, ela é uma companhia insubstituível, sem falar que é linda, inteligente, engraçada, meiga, essas qualidades foram o que provavelmente despertaram o amor de Natsu por ela. Falando nisso, o rapaz iria dizer pra ela como se sentia quando voltasse, e ela estando apaixonada por ele, iria correspondê-lo e finalmente iriam virar um casal, será que Lucy iria mudar comigo depois disso? Será que ela ainda iria ser minha amiga? Será que ela ainda iria ser a Lucy que eu tanto gostava? Droga, isso é realmente uma droga, por que diabos estou pensando nessas coisas. É melhor eu parar de olhar pro nada e me lavar, estou desperdiçando água e tempo.

Me lavei, depois de muito tentar consegui tirar a menina da minha cabeça e me concentrei no banho, me sequei, me vesti, uma calça preta com correntes, all star preto e camiseta branca com um colete preto por cima, prontinho, saio do banheiro, pego meu celular, olho a hora, são 11:45, o que? Meu Deus! Fiquei mais de uma hora no banho. Caraça, tenho que descer pro salão e depois encontrar um bom lugar pra almoçar.

Saio do quarto, passo a chave e desço as escadas correndo, no final do corredor, encontro a menina da chuva.

_Juvia... o que você está fazendo aqui? – perguntei indignado, esse era o dormitório masculino.

_Gray! Desculpe, eu preciso muito falar com você. – ela olha nos meus olhos, será que era mais um poema que ela havia decorado?

_O que você quer? Estou meio atrasado. – falei andando já.

_Você ama a Lucy? – Ela pergunta me fazendo parar de andar.

_O que? – me viro pra ela e vejo lágrimas nos seus olhos. – Por que está chorando?

_Por que Juvia não quer mais amar Gray, ela não quer sofrer. – a garota estava repetindo minhas palavras quando tinha pedido se eu nunca havia sentido amor. Eu havia dito pra ela que não queria sofrer.

_Foi você mesmo que disse que não era só sofrimento. – retruquei. – O que te fez mudar de ideia?

_Você, amar você machuca. – sua voz saiu cheia de tristeza. – espero que Lucy não o ame, não quero que ela sofra como eu. Mas se você realmente gosta dela, por favor não desperdice essa oportunidade de ser feliz.

A garota soluçou e depois saiu do dormitório, fiquei ali olhando pro chão, Juvia realmente era maluca, mas o que diabos ela estava querendo dizer com tudo aquilo? Me viro para sair do dormitório, quando vejo a moça correndo em minha direção.

_Graaaaaaaaaaaaaaaaaaaay! – ela estava chorando, quando chega em minha frente, ela me abraça. – eu te amo. Desculpe por tudo o que eu disse, nunca mais a Juvia vai falar assim. Eu te amo. Graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaay a Juvia te ama.

Eu tiro os braços dela do meu pescoço e vou andando. Não acredito. Ela nunca muda. Mas no seu surto de maturidade, ela disse palavras que ficam ecoando na minha cabeça.

“... não desperdice essa oportunidade de ser feliz.”

Garotas, só servem para ocupar nossos pensamentos e nos estressar.

Chegando ao salão da Fairy Tail, encontro alguns colegas do meu curso.

_Opa Gray! Ah cara nós vamos almoçar no Plaza, que ir? – David pergunta, o Plaza era o restaurante mais chique na cidade, simplesmente a comida era maravilhosa.

_É, acho que v.. – eu ia aceitar o convite, quando vejo Lucy conversando com Erza na porta da universidade, elas estavam discutindo o almoço também. Pelo jeito Erza iria almoçar com Jellal e estava convidando Lucy pra ir junto e a garota estava recusando para não atrapalhar o casal. A menina estava com uma cesta de piquenique e uma grande sacola com o que parecia uma lona dentro, sem mencionar o enorme guarda-chuva que ela carregava nos ombros. Repito, ela é louca.

_Gray..? – David me chama esperando uma resposta.

_Ah, é, só um instante. – digo isso e vou falar com a Lucy que acaba de se despedir da amiga ruiva. – Você vai almoçar aonde?

_Bom dia pra você também! – ironizou ela fingindo-se de ofendida. – ah, eu acho que vou almoçar na colina, tenho uma cesta que preparei. Quer ir comigo?

Ela pede e depois olha por cima do meu ombro, olho também e David e os outros rapazes estavam me chamado.

_Ah que pena, você já tem companhia, tudo bem, nos vemos mais tarde. – ela sorri e se vira, vai andando em direção a colina, a garota era louca? Estava chovendo. Pelo menos isso explica toda a tralha que ela levava.

Eu olho para os rapazes e dou um tchau pra eles, David apenas me acena de volta e vai com os outros pro Plaza. Me viro novamente e traço o mesmo caminho que a loira traçou.

Subo a colina pegando chuva, estava gelada, a temperatura caia a cada instante, quando chego ao topo, vejo Lucy arrumando seu almoço, ela havia estendido uma toalha xadrez azul e branca e estava tirando as coisas da cesta, o curioso e imenso guarda-chuva que ela carregava, agora estava cobrindo toda a parte da toalha e ela havia posto por cima da lona para não molhar o pano.

_Será que tem comida pra mim também? – pergunto parando em pé ao lado da toalha. Ela se vira surpresa e quando me reconhece ela abre um grande sorriso.

_Ora ora, pensei que ia almoçar com os seus amigos. – ela retrucou.

_E estou fazendo isso, vou almoçar com minha melhor amiga. – falei pra ela.

_Ok, bem vindo, mas você não se incomoda de almoçar na chuva? – ela ergue um sobrancelha.

_Olha, admito que nunca fiz isso e a ideia me parece idiota, mas vou almoçar com você então compensa. – por que eu estava sendo tão legal? Aquilo estava parecendo uma cantada. Lucy me olhou estranho, como se estivesse pensando o mesmo que eu. – isso não foi uma cantada.

_Hahahahahahaha! – ela deita no pano e coloca a mão na barriga. – Meu Deus, você é muito engraçado.

Sentei na toalha e ela continuou rindo, Lucy fazia um som engraçado quando ria.

_Você é estranha! – eu disse pra ela.

Ela para de rir e me olha com cara de choro, seus olhos estavam lacrimejando, ela estava prestes a chorar. Eu não queria fazê-la chorar, droga.

_Hahahahahaha! Você caiu nessa, eu sei que sou estranha e estou feliz com isso! – ela limpa as lágrimas que na verdade eram da risada e abre um grande sorriso.

Eu fiquei com a boca aberta, não sabia mais o que falar, ela era extremamente imprevisível, uma garota doida e sempre disposta a fazer tudo.

_Então você vai querer o que de almoço? – ela pergunta e fica me olhando esperando por uma resposta. Mas não consigo falar nada, ela me deixou sem palavras, seus olhos estavam atentos aos meus passos e os meus olhos estavam olhando para os seus. Não conseguia desviar, o que ela estava fazendo afinal de contas? Por que ela tinha que me fazer ficar fora do ar de novo? – Gray?

_Desculpe! – eu esfrego os olhos e me concentro nela, mas... – o que você pediu?

_Deus! Pedi o que você que comer. – ela riu de novo como minha pergunta.

_Ah certo, certo. O que você tem aí? – olho para a cesta que ela estava esvaziando.

_Sanduíches, pastéis, suco e pra sobremesa, sorvete. – ela sorriu.

_Posso pular para sobremesa? – perguntei e sorri.

_Ah não, já que você vai almoçar comigo quero que experimente minha comida. – ela fez beicinho, como posso recusar?

_Você fez os pastéis e os sanduíches? – perguntei impressionado, havia mais de 10 anos que eu não comia comida caseira, sempre almoçava fora depois da morte dos meus pais. Pois minha irmã não sabia cozinhar e ela também passava o dia inteiro fora trabalhando.

_Sim. – ela sorriu e depois me estendeu um pastel. Eu peguei com um guardanapo que ela me alcançou e mordi. O gosto era incrível, Lucy era uma ótima cozinheira, era estranhamente familiar com a comida da minha mãe. E a cada mordida o gosto melhorava, nossa isso era incrível.

_Lucy, me vê uns pra viagem? – perguntei de boca cheia, esquecendo totalmente os meus modos.

Ela arregalou os olhos e começou a rir de novo, dessa vez engoli e comecei a rir também, por que ela estava com carne no meio dos dentes e vê-la daquele jeito foi estranho.

Ela limpou os dentes depois que conseguiu parar de rir e me olhou.

_Se você quiser eu posso fazer pra você todo dia comida, você não precisa ir almoçar fora. – ela ofereceu.

Olhei pra ela, impressionado com sua gentileza, estava ficando cada vez mais maravilhado com Lucy, jamais pensei que conheceria uma garota tão diferente e gentil quanto ela.

_Não quero te dar trabalho. – olhei para o sanduíche e o peguei da cesta. – Mas se não for incômodo...

Ela sorriu e concordou com a cabeça.

O almoço passou rápido, nos divertimos falando bobeira, rimos das bobagens que fazíamos, Lucy era a melhor companhia que eu já tivera para um almoço. O Plaza podia ser chique e você se servia do que você queria, mas o gosto da comida de Lucy e a sua presença não tinha comparação.

_Lucy? – a chamei depois que ela terminou de guardar o lixo. – você almoçava assim com o Natsu?

Ela me olhou estranhando a pergunta.

_As vezes, por que? – ela senta do meu lado e me olha esperando uma justificativa.

_Nada, só uma pergunta. – olho pra frente. – ele é um homem de sorte.

Percebo que Lucy sorriu do meu lado, com isso eu sorrio também, não podia parar de notar que foi o melhor almoço que já tive na universidade. Do outro lado do campo que se estendia em frente a colina o sol começou a aparecer entre as nuvens de chuva, e um arco-íris se formou.

_Eu até me esqueci que estava chovendo. – mencionei. – é o primeiro dia de chuva que tenho sossego.

–Juvia não o achou hoje? – Lucy pergunta olhando maravilhada para o arco-íris.

_Na verdade, ela me atacou hoje antes que eu saísse do dormitório. – eu deitei na toalha e olhei para a chuva que caía. Lucy me olhou preocupada e logo depois deitou ao meu lado esperando que eu continuasse. – ela me xingou..

_Espera, a Juvia te xingou? – Lucy se apoiou no cotovelo e olhou espantada pra mim.

_É eu também fiquei com essa cara. – olhei mais atentamente para Lucy, seus olhos estavam arregalados.- tudo bem, menos feia, mas a mesma cara.

_Idiota! Continue. – ela riu e se deitou novamente.

_Ela disse que eu estava apa... – droga não podia dizer que Juvia falou que eu estava apaixonado por Lucy. – ahm.. que eu estava a parte dos sentimentos dela. Daí ela disse que estava sofrendo demais e que todas as garotas que no futuro me amariam também sofreriam... disse que torcia para que eu achasse uma pessoa que me mudasse...

_Nossa, Juvia se declarando dessa forma, ela mostrou o seu verdadeiro eu pra você... isso foi lindo... – Lucy parou de elogiar Juvia e olhou pra chuva, ela devia estar pensando que gostaria de ter a coragem de Juvia pra se declarar a Natsu.

_Você devia parar de desejar ter a coragem da Juvia, ela me espanta, você deve continuar sendo você mesma, Natsu se apaixonou por você pela Lucy tímida e louca, não pela garota que quer ter 30 filhos. – Lucy ergueu uma sobrancelha e riu.

_Bem, obrigada Gray, mas eu não estava pensando exatamente isso. – ela disse e sorriu, olhou para a chuva caindo novamente, a grama da colina molhada, o vento fresco e depois olhou para o céu. – Estou pensando que Juvia errou em dizer que você é frio e que machuca ela, oras as pessoas se machucam por que querem, admiro a insistência de Juvia, mas ela tem que ver, que você não retribui esses sentimentos, então ela deve parar de se provar tanto e procurar outro caminho que a leve a felicidade. Quanto a você Gray, você é frio sim, mas e daí, você nunca se importou com isso, se um dia uma garota gostar de você pelo que você é, não pedir pra você mudar e ela fazer o seu coração acelerar, ela é a garota certa. Então acho que devia tirar esses pensamentos desnecessários de sua cabeça.

Fiquei pasmo, Lucy é uma garota inteligente e super legal, me ouviu e soube exatamente o que falar para me fazer sentir melhor. Eu preciso parar de pensar que Juvia vai estar todos os dias me perseguindo, e daí uma hora ela vai perceber que o melhor pra ela não sou eu.

_Eu invejo a coragem de Juvia. – Lucy confessou olhando para o horizonte. – Mas ultimamente não tenho pensado tanto nisso. É claro que eu quero falar para o Natsu como me sinto, mas acredito que terá uma hora certa.

Ela estava mais confiante agora, nossa conversa ajudou a ambos, para Lucy o destino estava incerto sobre o tempo, mas certo sobre o futuro. O meu destino estava todo incerto, mas eu só estava pensando na melhor amiga que ganhei e essa eu terei pra vida toda.

_Você quer sobremesa? – Lucy despertou de seus sonhos e sorriu pra mim.

_Sim. – aceitei e ela arrumou um sorvete de menta com chocolate para mim. – Por que você escolheu esse sabor de novo?

_Oras, é meu preferido, e tenho a impressão que é o seu também. – ela piscou pra mim e me enfiou uma colherada de sorvete de menta na boca, aquilo gelou e doeu a cabeça.

_Ah não você não fez isso. – disse isso, e peguei sorvete e tentei colocar na boca dela também, mas a loira virou a cara na hora e enroscou no nariz, ficou lambuzada de sorvete de chocolate.

Ela riu e começou a tentar jogar sorvete em mim de novo, mas dessa vez era guerra, ambos estávamos com um pote de sorvete e uma colher cada.

_Chega chega! – ela gritou levantando as duas mãos se rendendo. Eu dei um sorriso vitorioso então a peguei no colo estilo noiva e a levei para chuva, ficamos lá até nos encharcarmos. Coloquei ela no chão, mas ela acabou escorregando e me puxou junto, caí em cima dela na grama molhada. Fiquei a cinco centímetros do rosto de Lucy, ela estava rindo e seus olhos estavam nos meus, ela levantou a mão molhada e passou no meu rosto levemente, seu toque era quente mesmo debaixo da chuva gelada, fechei os olhos e deixei-me levar pela sensação. – Gray...

Abri os olhos e vi um sorriso disfarçado e cativante de Lucy, seus cabelos pingando, seus olhos brilhando, sua pele brilhante por causa da água. O frio do dia foi pouco notado graças a companhia da garota. Se todos os dias frios forem assim, por mim, pode chover todo dia de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

Valeu por chegarem até aqui, até o próximo capítulo.
bjs



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