Fogo ou Gelo? escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 2
A despedida


Notas iniciais do capítulo

Me adiantei um pouquinho, mas aí está um novo capítulo.
Espero que gostem.
bjs



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*Lucy Heartfilia*

Hoje é um dos dias mais bonitos que eu já vi, o sol brilhando, poucas nuvens no céu com formado de algodão, vento suave, cheirinho de chocolate no ar, por que toda sexta a fábrica de chocolate faz produção em massa, e a construção ficava ao lado da nossa universidade, Fairy Tail. Mas enfim, toda vez que e o clima está assim, eu e Natsu saímos para a colina no período da tarde, e estou contando os minutos para sair da sala de aula.

Estou no meio da minha aula da faculdade, com muita dificuldade em prestar atenção no conteúdo, fico pensando nas coisas da vida, como por exemplo minha família, tenho a melhor mãe do mundo, é carinhosa, gentil e firme também, quando decide algo é impossível convencê-la do contrário. Layla Heartfilia era uma mulher determinada, espirituosa, brava quando necessário, mas sempre sorrindo para os outros, nunca tratou alguém com desprezo, muito pelo contrário, mamãe era indiferente quanto à raça, classe social, idade ou preferência sexual, ela respeitava e conversava com todos da mesma maneira. Ela sempre me indicou a fazer o mesmo, e é o que eu faço até hoje. Afinal por baixo da nossa pele, somos todos iguais, temos ossos, nossos órgãos, um coração que bate como qualquer outro e no final os bens matérias de cada um ficarão para apodrecer na terra.

Meu pai é um homem um tanto rude, um pouco arrogante, de certo modo egocêntrico. Jude Heartfilia, o pai da nossa família, proprietário da funerária Heartfilia, isso mesmo, minha família tem um negócio de morte, acho que foi por isso que mamãe se apaixonou pelo homem que meu pai era, é ele era gentil quando eles se conheceram e montaram a funerária, Layla ama qualquer coisa relacionada a vida após a morte, espíritos, outras dimensões, anjos e demônios, não sei dizer, mas minha mãe tem um pensamento um pouco sonhador. Mas meu pai também era assim e eles lucraram muito com essa ideia, pois quando eles inauguraram foi na época de um grande desastre, várias pessoas estavam morrendo em pouco tempo, diria que umas 20 por dia, meus pais me contaram que todos estavam aterrorizados com o fato, pois tantas pessoas morrerem por dia em apenas uma cidade não era muito comum. Então eles decidiram abrir uma funerária, na época não era por lucro, era para ajudar, pois não estavam dando conta para enterrar ou cremar os falecidos. Mas depois de um tempo, meu pai passou a cuidar dos negócios e deixou mamãe fazer o serviço braçal junto com outros funcionários contratados. Depois que começamos a ganhar dinheiro, que o sobrenome Heartfilia ficou famoso e conhecido, papai se tornou um homem de negócios e deixou se ser um pai de família.

Bom fora meus pais, não conheço mais pessoas da família, mas posso dizer que mesmo meu pai não sendo o melhor pra mim, eu o amo, sei que tem trabalho a fazer, e respeito sua exigência quanto ao meu futuro. Jude quer que eu case logo e comece a aprender a administrar os negócios da funerária, porém não é o que eu quero, e tentei falar disso com ele, mas ele acha que ser escritora é brincar de ser mãe, que meu futuro é mais do que contar histórias para crianças. “Papai não sabe o que diz”, foram as palavras de minha mãe para me consolar e me motivar a seguir com meu sonho.

Sinto saudade deles, e de toda a mansão Heartfilia, estou fora a 5 meses, exatamente o período que começou minhas aulas na universidade, vim com Natsu e outros amigos, moramos no prédio aonde temos nossas disciplinas e outras atividades acadêmicas. Minha cidade natal, fica a umas 6 horas de viagem de Magnolia, é uma cidade grande e muito bem habitada, tenho tantas lembranças de lá, a praia, o parque, a praça, o cinema, os vizinhos, a escola e também o senhor Igneel, o pai de Natsu, é como um segundo pai para mim, sempre me tratou bem e nos ajudava quando precisávamos, também damos muito apoio a família Dragneel, depois da morte da mãe de Natsu, foram dias muito tristes, mas estivemos ao lado deles.

Natsu era outra pessoa que não saia dos meus pensamentos, nossas brincadeiras, nossas brigas, nossas bebedeiras, sim eu bebia e meu amigo de cabelo rosa me acompanhava, mas sempre chegávamos inteiros em casa, e outro detalhe, começamos a beber apenas na noite que eu completei 18 anos, foi no ano passado, ele fez aniversário 2 meses antes que eu.

_Feeeeeeeeeeeeeeliz aniversááááário loirinhaaaaaaaaa! – acordo aos berros no sábado, e já imagino quem seja meu despertador. Natsu entra aos berros no meu quarto, por que mamãe tem que deixar ele entrar em casa desse jeito? Não pude pensar nisso, pois ele pula em cima de mim na cama e puxa a coberta jogando no chão. No mesmo instante ele para de gritar, fico preocupada e abro os olhos e vejo o rapaz totalmente vermelho, ele estava me olhando, percebo seus olhos descer até as cochas.

Quando olhei para meu corpo para saber o motivo da reação dele, eu paralisei, tinha me esquecido completamente que dormia apenas de roupa intima, eu estava usando um conjunto vermelho cor de sangue, que comprei pra mim ontem. Minha cabeça também, inaugurar meu sutiã e calcinha novos pra dormir, mas também eu ia adivinha que meu melhor amigo ia aparecer logo pela manhã no meu quarto?

_Ahhhhhhhhhhhh, Natsu sai daqui seu tarado! – gritei e joguei meu travesseiro nele, que acertou em seu rosto fazendo ele acordar, fica mais vermelho ainda e começa a gaguejar.

_Sin.. sinto muito Lucy, eu.. eu não.. sabia que você.. dormia desse jeito. – falou olhando para os meus peitos.

_E como você poderia saber? Apenas pare de ficar me olhando e saia pra mim poder me trocar! – retruquei.

_Está bem. - ele se virou e foi indo em direção a porta.. antes de tocar na maçaneta olhou para mim novamente. – Você é linda!

Puxei a coberta do chão e me enrolei nela, fiquei sem saber o que dizer, ele havia me elogiado uma vez assim, e era do meu sorriso.

_Obrigada Natsu!

_Ah dessa vez você não vai dizer que é só pra mim? – falou sínico com os olhos um pouco fechados e um sorriso malicioso.

_Saia daqui seu pervertido! – gritei mais vermelha do que nunca, ele riu alto e saiu do quarto, fechou a porta e me deixou sozinha, com o coração acelerado, as pernas bambas e o rosto quente e tingido de vermelho.

Por que isso estava acontecendo, eu sabia que estava apaixonada por Natsu, sabia disso, mas por que ele fazia isso, do nada ele soltava uma dessas, mas eram apenas fragmentos de esperança, por que ele não iria retribuir os meus sentimentos, eu queria tanto dizer a ele como me sinto, mas tenho medo de estragar tudo o que juntos nós construímos, todos esses anos de amizade, como poderia fazer isso? Por que eu tive que me apaixonar por ele? Como se eu tivesse escolha, o garoto que sempre estava ao meu lado, que me salvava das confusões da escola, que esteve comigo nos melhores e piores momentos da minha vida, que sorria pra mim com simpatia e quando seus olhos encontravam os meus, era como ver através dos olhos de um anjo. Se bem que Natsu está mais para um dragão, feroz, forte, sua voz mais grossa, sua atitude mais firme, sua determinação e seu temperamento de fogo, e hoje essa criatura aparece para fazer mais uma data ser inesquecível pra mim, meu 18° aniversário.

Hoje, ele prometeu que iríamos numa festa onde ele me compraria a nossa primeira bebida, nós fomos criados para beber só depois dos 18 anos, e foi o que fizemos, Natsu completou 18 anos à dois meses, mas ele disse que iria me esperar, então lá estávamos nós as 21:00 no clube da cidade, Quatro Cerberus, o dono se chamava Bacchus, ele era namorado da nossa amiga Kana, que adorava beber, mas nunca ficava bêbeda, era incrível.

_Pronta? – Natsu me pergunta, olhando em meus olhos, ele ergue um copo de saquê, eu brindo com o meu copo e sorrio. – vamos lá!

Juntos viramos o copo e engolimos rápido, aquela bebida era forte, mas muito boa, decidimos gastar bastante e tomar todas, aquela noite passou rápido, mamãe sempre disse pra mim não beber muito quando saía, mas eu estava com Natsu, sei que ele vai cuidar de mim. Então aproveitei. Fomos pra pista de dança, eletrônica, dançamos bastante, já era 04:00 da manhã de domingo, eles decidiram desligar as luzes e deixar apenas algumas lanternas vermelhas e azuis, aquilo parecia uma zona, mas a música que tocou era romântica e mudou meu pensamento.

Natsu me puxou pela cintura e começamos a dançar, fiquei impressionada da habilidade que ele tinha, era um ótimo dançarino, consegui acompanhá-lo pois fiz alguns cursos. Ele encostou a testa na minha e fechou os olhos, fiz o mesmo, só sentindo o perfume dele, Uzon Fogo.

_Lucy? – Ele me chama, eu abro meus olhos mas não afasto nossas testas. – Feche os olhos, só quero que me ouça.

_Tudo bem. – falei meio tonta, mas fechei os olhos novamente e esperei por suas palavras.

_Eu não sei como foi acontecer uma coisa dessas, mas me sinto mal por ter acontecido, me sinto mal pelo que pode acontecer se eu te disser isso, mas me sinto pior ainda se não te dizer... Lucy lembra daquele dia que você sorriu pra mim como nunca antes tinha feito? Que você cuidou do meu machucado? Desde aquele dia eu tenho me sentido estranho e querendo te falar como me sinto... – Ele falava ofegante, mas senti que estava com os olhos fechados assim como eu, não sei por que mas meu coração estava acelerado, me senti nervosa e ansiosa por suas palavras, o que será que ele ia me dizer? - Sinto seu coração Lucy, está acelerado, não sei se é pelo mesmo motivo que o meu acelerou, mas minha amiga, não posso mais esconder isso... eu... eu estou ap...

_EEEEEE O PRÊMIO DE MELHOR DANÇARINO DA NOITE VAI PARA NATSU DRAGNEEL, o de cabelo rosaaaaaaa! – anunciou o Dj do clube interrompendo Natsu de me falar algo importante. – Por favor senhor venha aqui pegar seu prêmio.

Natsu olhou pra mim e sorriu, foi até o Dj e recebeu uma caixinha pequena, depois apertou a mão do rapaz e na volta foi aplaudido por todas as pessoas que estavam presentes no clube.

_O que você ganhou? – perguntei super curiosa quando ele se aproximou.

_Deixa eu ver. – ele abriu a caixinha e havia uma miniatura de uma dragão vermelho, mais ou menos de 5 cm de altura, ele abriu um sorriso, acho que ele havia gostado do prêmio, ele tirou da caixa e segurou próximo ao rosto. – não é a minha cara?

_Hahahaha! É sim, lembra muito você. – sorri pra ele, Natsu me retribuiu o sorriso e logo depois pareceu se dar conta do que falei, pois o sorriso em seu rosto desapareceu. – Nat..

_Quero que fique com isso! – ele me estendeu o dragão, olhei da criatura para ele e depois novamente para a criatura, ainda não entendo, olhei para ele esperando uma explicação. – Não te dei nada de aniversário!

_Natsu por favor, sabe que não quero coisas matérias de aniversário, você me trouxe aqui no clube, compartilhou da minha primeira bebedeira, me acordou cedo e me viu seminua, você me deu o melhor presente, sua companhia e sua amizade. Por tanto não posso aceitar esse dragão, é sua cara, combina muito com você! – ele escutou atentamente tudo o que eu disse, mas não abaixou a mão. – O que foi?

_É exatamente por isso Lucy, quero que você fique com isso pra sempre lembrar de mim! – ele sorriu, e deu um passo em minha direção, colocou o dragão em minha mão e a fechou. Depois disso se aproximou mais e me abraçou. – Eu já tenho seu sorriso e agora a imagem de você só de roupa íntima na minha cabeça, eu quero que fique com uma lembrança minha também.

Fiquei sem palavras, mas não recusei mais o presente, apenas abracei ele de volta. Iria lembrar pra sempre do gosto daquele saquê, da dança, das palavras de Natsu que ele nunca mais tocou no assunto para me dizer o que ele queria, e também do dragão que ganhei de um doce dragão de fogo.

TRIM TRIM TRIM’

_Bom turma, espero que tenham aproveitado bem a aula de hoje, pois a escrita é o nosso poder de nos expressar sem falar! – Acordo com o barulho do sinal finalizando a aula e a belíssima frase do professor. – Ah Lucy, poderia vir aqui um minuto... Ahm bom fim de semana turma!

_Igualmente professor. – Alguns responderam.

_O que foi Professor Makarov? – perguntei em frente a sua mesa.

_Lucy, minha pequena, estou inexplicavelmente orgulhoso de você! – seu sorriso era quase maior que o do coringa. – Você fez um romance excelente, muito melhor do que muitos que já li, está de parabéns, quero ajudá-la a publicar.

_Nossa, obrigada, pensei que você não teria tempo para ler essa semana, fico muito feliz que tenha gostado, e eu aceito sim sua ajuda, nossa muito obrigada professor, é muito importante isso. - não sabia mais como agradecer, lhe dei um abraço muito forte. – Obrigada!

_Arãham... – ouvi um barulho parecido com um engasgado de gato e olhei para a porta, Natsu estava parado com uma expressão de poucos amigos e olhava para Makarov como se quisesse fuzilá-lo. – Interrompo alguma coisa?

_Natsu, oi nós vamos na colina? - perguntei sorrindo, apertei a mão do professor e fui falar com meu amigo na porta, ele nem me esperou chegar até a porta e foi indo já pelo corredor. – Hey, o que houve? Me espere.

_Talvez eu convide minha professora pra ir a colina comigo! - ele disse sem me olhar, estava irritado e descontando em mim.

_O que? – eu parei em sua frente e olhei bem para seus olhos, eles estavam brilhando de raiva e seu rosto estava vermelho, olhei para seus punhos, estavam cerrados e brancos. – o que aconteceu com você?

_Porque você estava abraçando o Makarov daquele jeito? – ele falou sem me olhar, estava ficando assustada, por que isso tinha importância? – Lucy?

_Porque quer saber? O que isso tem de tão importante? – respondi, senti que ele ficou com mais raiva, então respondi. – Ok, ele leu meu livro e gostou, vai me ajudar a publicá-lo. Só isso, eu fiquei extremamente feliz e o abracei como gesto de gratidão.

Sua mão abriu, ele respirou mais devagar, sua bochecha estava voltando ao tom normal de sua pele. Ele então me olhou nos olhos e me abraçou. Estranhei sua reação, mas o abracei de volta.

_Natsu, está tudo bem? – perguntei.

_Desculpe, é que eu estou puto hoje, meu pai veio me dar uma notícia maravilhosa, mas ao mesmo tempo não tanto, estou em conflito, aí eu fico estressado, queria falar com você, e daí te vejo aos abraços com um cara. – ele desabafou ainda abraçado a mim.

_Tudo bem, não era um cara, era meu professor, e era um abraço normal, sem sentimentos alheios. Quanto a essa notícia, vamos na colina e você me conta o que aconteceu. – falei, senti ele me soltar e sorrir de novo pra mim, pegou minha mão e foi me arrastando pro lado da saída. – hey, estamos esquecendo alguém.

_Era brincadeira da professora Lucy, eu não vou levá-la na colina... – ele riu de mim.

_Idiota, não estava falando disso, estava falando do Happy! – lembrei do seu gatinho de estimação, Natsu deixava o animal no seu quarto enquanto estávamos em aula e quando íamos passear ou na colina, sempre levávamos Happy junto.

_Meu Deus! Olha o que você me faz esquecer. – Natsu fala e vai pro seu quarto buscar o gato, depois de uns 10 minutos, nos encontramos na colina.

Happy era um gatinho azul, não sei como Natsu achou ele, mas se apaixonou pelo gato, e trouxe ele junto para a universidade. Nós deixamos o animal solto correndo atrás das borboletas e eu aproveitei e deitei na grama, logo Natsu deita ao meu lado.

_Lucy, eu vou ficar fora por um tempo. – o rapaz fala sem devaneio. – meu pai vai viajar e pediu se eu queria ir junto. Vamos rodar o mundo e eu quero muito ir com ele, mas também não queria deixar as pessoas que eu amo pra trás.

Eu me deito de lado e olho pra ele, ele percebe e faz o mesmo, ficamos a uns 20 centímetros de distância um do outro.

_Natsu, tenho certeza que as pessoas que você ama, vão entender, é um sonho seu, você tem que ir, aproveitar um tempo com seu pai, conhecer novos lugares, fazer novas amizades, vai ser bom. – eu sorri e passei a mão em seu rosto. – Eu apoio você!

_Obrigada Lucy, mas eu gosto dos meus velhos amigos! – ele fez beicinho.

_Eu não estou dizendo para desfazer alguma amizade seu bobo, estou dizendo para abrir as portas e conhecer novas pessoas. Amigos se forem amigos de verdade, nunca são demais.

_É por isso que gosto tanto de você loirinha, você é tão fofa! – ele sorriu e passou a mão nos meus cabelos. – então eu vou, mas vou te mandar um carta toda semana!

_Carta? Isso não é um pouco velho? Temos tecnologia Natsu, sabia? – ri do atraso dele.

_Eu sei, mas quero fazer isso a moda antiga, é mais emocionante e romântico! – ele falou isso e depois virou o rosto vermelho. – Ahm, vamos lá, quero contar pro pessoal... Happy, vamos amigo!

Me levantei um pouco sem entender o que ele havia dito, romântico? Natsu era uma garoto que em confundia muito, me deixava fora da casinha.

Ah noite eu fui no dormitório dele me despedir. Parei em frente a porta e bati, estou nervosa pois não queria ficar longe dele. Mas vou ter que conviver com isso.

A porta se abriu e revelou um Natsu de pijama, e descabelado.

_Lucy? O que você está fazendo aqui tão tarde? – pergunta inocentemente.

_Hahahahha tarde? São 21: 00, caramba, eu vim me despedir, mas já que você estava dormindo, eu deixo quieto. – fui me virando para voltar para o meu quarto mas ele segurou minha mão e me fez voltar.

_Entre. Só não repara na bagunça... – avisou, eu olhei para o quarto, estava uma zona, meias e outras peças de roupa para todo o canto, a mala dele estava quase pronta, havia lixo, papeis e embalagens de comida por toda parte.

_Bem, você é caprichoso. – falei ironicamente.

_Eu disse pra você não reparar! – resmungou.

_Impossível quando você é intimado a não fazer. – retruquei, ele me olhou e deu risada, sorri e fui pra perto dele e o abracei. – Não vim aqui pra reparar em suas meias, eu vim pra me despedir e lhe desejar boa viagem. Tenha cuidado com tudo, não fale com pessoas suspeitas, mesmo que estiver na companhia de seu pai, jamais aceite algo de estranhos, sempre me mantenha informada do que acontece, converse bastante com seu pai e aproveite cada segundo.

_Ok, Lucy você está parecendo minha mãe... – ele ficou em silêncio, eu me senti mal.

_Me desculpe, não tive a intenção...

_Não precisa se desculpar, eu quero que me prometa que vai se cuidar sem mim loirinha, que vai se sair bem na aula, vai se manter uma aluna aplicada como sempre foi, e sem abraços com professores ok? – Ele me abraçou ainda mais forte. – Vou sentir sua falta!

_Eu também! – o abracei mais forte. – volte logo pra mim!

Ele ficou me silêncio, eu não devia ter dito isso..

_Quando eu voltar vou dizer “eu voltei pra você Lucy”.

Suas palavras causaram um efeito inexplicável em mim, fiquei feliz e triste ao mesmo tempo, esse abraço era pouco para uma despedida desse jeito, senti que precisava dizer a ele como me sentia, mas novamente fiquei com medo de perdê-lo, ele já ia passar um tempo longe de mim, na aguentaria que ele se afastasse para sempre.

Mas com certeza, como essa despedida decidi uma coisa, depois que ele voltasse, eu direi a ele como me sinto, vou dizer que estou apaixonada pelo meu melhor amigo, que estou apaixonada pelo meu dragão de fogo.


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Notas finais do capítulo

Quando eu puder eu posto um novo capítulo.
té mais.



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