POV OLIVER

Eu não me arrependo de ter feito o plano para pegar Ramires, eu me arrependo de não ter protegido a mãe de Felicity, foi por causa desse plano que ele esta preso, e ela livre das mãos dele, e se o meu castigo é ficar longe dela, tudo bem eu fico, desde que ela esteja livre.

– Ei Ollie esta na hora. – Thea entra no meu quarto com um enorme sorriso na boca. – Nem acredito que depois desse julgamento você vai voltar a ser policial. – Ela se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha, dei um sorriso murcho para ela. – Pensei que seria um dia feliz para você. – Falou se sentando na minha cama.

– E é. – Claro que era um dia alegre e especial para mim, mais quem eu queria que estivesse lá, não ia estar, foi por causa das provas de Felicity que eu ia poder ter meu emprego de volta, e tudo que eu queria era que ela estivesse lá.

– É por causa da Felicity não é? – Thea me fitou séria, e com certa expectativa.

– Sim. – Me sentei ao lado dela. – Felicity é diferente de todas as mulheres que conheci, ela é um pouco maluca e tagarela, mais eu nunca me senti assim. – Respirei fundo lembrado de alguns momentos que tive com ela, minha irmã sorria.

– Ai Ollie você está apaixonado por essa moça. – Olhei com desdém para Thea, que se divertia com a situação.

– Não estou. – Me levantei e coloquei minha jaqueta, estendi a mão para ela. – Vamos, não posso me atrasar.- Thea me deu a mão, nós saímos para o tribunal no carro dela, maldita hora que fui falar com ela sobre Felicity, por que ela foi o caminho inteiro até o tribunal dizendo que eu estava apaixonado, e eu afirmava que não, mais será mesmo que estava apaixonado por ela, pensei.

POV FELICITY.

Estava em meu quarto escolhendo uma roupa para ir até o tribunal, chegou o dia de responder por meus atos, estava livre de Ramires mais não da justiça, notei minha mãe parada na porta, me olhando alegre.

– Vai dar tudo certo filha. – Falou se aproximando de mim e me dando um abraço.

– Via sim mãe. – Falei apertando as duas mãos dela.

– Você sabe que tem o julgamento daquele seu amigo policial. – Estava tentando esquecer Oliver, mais estava sendo difícil, minha mãe falava dele toda a hora, e quando não era ela, era meus pensamentos trapaceando.

– Ele não é meu amigo mãe, ele usou você. – Não conseguia esquecer o fato de Oliver ter usado minha mãe como isca para pegar Ramires.

– Ainda essa desculpa Felicity, olha filha se ele viesse falar comigo sobre esse plano, eu concordaria, você estava em perigo, eu faria a mesma coisa que ele. – Olhando por esse lado, percebi que o que minha mãe dizia fazia sentido, tudo que Oliver fez foi para me proteger, como as outras vezes, e eu não o agradeci por isso, ele se tornou meu anjo da guarda, e que anjo. – Filha você nunca se envolveu com ninguém, sempre afastou todos os caras que se interessaram por você, eu sei que você tem medo de ser abandonada, mais você não pode dizer não para o amor, nem todos os homens são como seu pai. – Minha mãe me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto, fiquei pensando no que ela tinha me falado, lembrei de todos os rapazes que eu afastei de mim, assim como afastei Oliver por um motivo bobo, mais Oliver era diferente eu queria estar com ele, e estava arranjando desculpas, vesti um vestido vermelho, que decote v, e um sapato com um salto baixo, peguei as chaves do mustang 99 da minha mãe e sai, 1 hora antes do meu julgamento, quando cheguei no fórum, o julgamento de Oliver já tinha começado, entrei de fininho e sentei bem escondida na ultima fileira, não tinha muitas pessoas, vi Oliver sentado com uma bela mulher ao lado dele, deve ser sua advogada, fiquei escutando a mulher mostrar as provas que inocentariam ele para o juiz, depois de longa meia hora o juiz tinha o veredito, quando ele falou que Oliver era inocente, em um impulso eu pulei e soltei um gritinho, todos me olharam inclusive Oliver, que sorriu, levantei para ir dar um abraço nele, mais duas belas mulheres já estavam agarradas em seu pescoço, sai de fininho.

POV OLIVER

O julgamento estava correndo perfeitamente bem, Laurel estava se saindo uma ótima advogada, mostrava as provas com determinação e profissionalismo para o juiz, depois de uma longa meia hora que passava como uma lesma, o juiz tinha um veredito, olhou sério para mim e falou que eu era inocente, não tive tempo de esboçar nenhuma reação, e um gritinho suave ecoou pela sala, olhei rapidamente para trás, e não acreditei quando vi Felicity, com um lindo sorriso na boca, meu dia não podia estar melhor, ansiava de vontade de ir até ela e abraçá-la, mais quando me levantei Thea e Laurel, estavam entrelaçadas em meu pescoço, me livrei delas e olhei para onde estava Felicity, ela tinha sumido, sai atrás dela, e a vi sentada em uma cadeira, de cabeça baixa.

– Felicity. – Chamei, ela ergueu a cabeça e penetrou aqueles lindos olhos azuis nos meus, não evitei o sorriso enorme que se desenhou em minha boca, me aproximei dela. – Que bom que você veio. – Parei na frente dela que continuava sentada.

– Eu tinha que lhe agradecer, se não fosse por você, eu ainda estaria fugindo de Ramires. – Ela esboçou um sorriso leve no rosto. - Obrigada Oliver. – Estendeu a mão para mim.

– Você veio aqui só pra me agradecer? – Perguntei olhando bem em seus olhos.

– Não, quer dizer sim, também vim te dar apoio, mais vi que você tem dois belos apoios, digo duas belas mulheres para lhe apoiar, não que eu esteja com ciúmes. – Felicity passou as mãos no cabelo, parecia que estava em conflito com sua própria boca. – Você entendeu. – Assenti com a cabeça, depois disso permanecemos em silencio, nos olhando. – Eu tenho que ir. – Eu simplesmente não podia deixá-la ir.

– Uma delas é minha advogada e outra minha irmã. – Felicity se virou para mim de novo. – Antes de eu chegar no tribunal eu falei com minha irmã sobre você, ela me falou uma coisa que eu custei acreditar, mais quando vi você hoje dando aquele grito, e agora vendo você dar as costas, eu vejo que o que ela falou era verdade. – Dei uma pausa e aproximei meu corpo do dela, ela me olhou um pouco confusa. – Eu estou completamente apaixonado por você. – Por muitas vezes eu tive vontade de dizer isso a uma mulher, mais nunca achei a certa, e agora eu achei, Felicity era a mulher da minha vida.

– Isso é verdade? – Felicity me olhava confusa e ao mesmo tempo com um olhar sereno.

– Eu posso te provar. – Falei cobrindo o pouco da distancia que tinha entre nossas bocas, selei um beijo apaixonado na boca dela, que retribuiu. – Acredita agora? – A fitei com expectativa, ela abriu a boca para falar, mais meu celular tocou na mesma hora, o peguei e vi que era uma mensagem de texto de Diglle.

– O bebe esta nascendo. – Murmurei.