Let it snow? I don't think so escrita por Alexandra Watson


Capítulo 6
Nos conhecendo melhor


Notas iniciais do capítulo

Maratona final de fic.
*Divirtam-se*



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– Bom, quando nós éramos pequenos nós éramos melhores amigos e gostávamos um do outro. Mas ai eu me mudei de escola e pouco tempo depois sofri um acidente no qual perdi parcialmente minha memória. Acontece que, só coisas que tiveram um grande significado emocional para mim foram esquecidas e Ron teve esse significado. Enfim, ontem começaram as aulas e ele entrou na mesma escola que eu, mas eu não me lembrava dele, até que eu me lembrei dele e ... – a garçonete chegou.

– Vão querer alguma coisa, queridas?

– Eu vou querer um cappuccino. E você Annie?

– Dois cappuccinos, por favor. E alguns cookies também – ela olhou pra mim pedido minha aprovação e eu assenti.

– Dois cappuccinos e uma dúzia de cookies, tudo bem garotas?

– Sim, senhora. Obrigada.

Ela sorriu e saiu.

– Então – Annie começou – o que mais aconteceu?

– Bom, antes de me lembrar dele, ele me beijou – ela abriu a boca num "anw" perfeito e depois sorriu. Corei, mas continuei falando mesmo assim. – Então, depois de ele me beijar foi que eu juntei os pedaços e me lembrei dele. Então ele me beijou de novo. Depois nós ficamos conversando sobre o que havia acontecido durante os anos em que ficamos separados e eu comecei a contar pra ele sobre o bulling e tudo.

– Bulling? Isso é sério, Mione?

– É, mas enfim, não era de agressão física, só verbal.

– Mas é horrível do mesmo jeito.

– Você não faz ideia – falei baixinhos. – Mas, enfim, depois disso eu comecei a dizer como nunca havia ido a uma festa e coisas do tipo e ele disse que ia resolver isso. Conclusão: estamos aqui agora.

– Uau. Quem diria?

– É, quem diria.

– Mas Mi, vocês não estão namorando?

– Bom, não. Acho que é cedo demais pra isso. Quer dizer, eu gosto dele e tudo, mas nós acabamos de nos reencontrar.

– Entendi. Mas vocês são amigos por enquanto, certo?

– É. Ele é ótimo. Mas e você? Como conheceu o Percy?

– É uma longa história, Mi. Quer mesmo ouvir?

– Quero.

– Tá bom. Tudo começou quando eu fui até a biblioteca, aos sete anos. Minha mãe precisava pegar alguns livros e me levou junto. Eu fui para a sessão infantil, peguei um livro e comecei a ler. Minha mãe apareceu ali me chamando pra ir embora e eu pedi pra ficar. Ela disse que passaria no banco rapidinho e em dez minutos apareceria pra me buscar. Concordei e ela saiu.

“Continuei a ler meu livro e acabei pouco depois, pois era pequeno e infantil. Fui até a prateleira pegar outro livro quando alguém ou alguma coisa pulou em cima de mim e me derrubou. Assustada, e gritei, mas minha boca foi tampada e eu só pude bater na coisa que estava em cima de mim.”

– Coisa? – eu ri. – O nome disso não seria Percy?

– Então, coisa – ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, mas senti o sarcasmo em sua voz. – Enfim, ele continuou tampando minha boca e começou a dizer pra eu ficar quieta ou os monstros iriam me pegar.

“Ele me ajudou a me levantar e descobriu minha boca. Perguntei de que monstros ele falava e ele apontou para a bibliotecária e disse que ela não suportava nenhum barulho que já ficava brava e o "atacava". Disse pra ele que ela estava com razão porque aquilo era uma biblioteca e era um lugar de silêncio. A expressão de sincero entendimento que passou por seu rosto era inestimável.”

Nesse momento tanto ela quanto estávamos rindo, mas ela estava rindo muito, lembrando-se da cena. Nossos pedidos chegaram, assim como os garotos, com duas sacolas cada um.

– Voltamos e já temos diversão garantida para toda uma semana – Percy disse levantando as sacolas e sorrindo para Annie.

– Bom saber. O que vocês tem ai?

Eles nos mostraram seus jogos e pediram cafés para eles e nós começamos a tomar o nosso.

– Então Annie?

– Ah, Percy, conta pra ela.

– Claro – ele parou e olhou pra ela. – Contar o que?

Ela tirou o copo de café da boca e apontou pra ele.

– Viu? É disso que eu tô falando. Eu estava contando pra Mi de quando nós nos conhecemos.

– Já contou da biblioteca?

Trocamos um olhar e demos risada.

– Até hoje eu ainda não entendo o porquê de você rir quando fala disso.

– Já contei sim – ela disse se recuperando e pegando um cookie. – Conte o dia da mudança.

– Tá bom. Enfim, depois do desastroso dia da biblioteca, como a Annie deve ter feito questão de dizer e você deve ter entendido – ele olhou, ao que pareceu, bravo pra ela, mas ela mandou um beijinho pra ele e continuou. – Meus pais decidiram que era hora de se mudar. Então nós nos mudamos para a casa ao lado da de Annie e em frente à de Ron. Nesse dia, que foi nas férias, Ron e a maioria dos vizinhos estava viajando e, além de Annie, só uns dois na rua estava em casa.

“A mãe de Annie foi em nossa casa, junto com ela e com o irmão mais novo, Rick, para dar as boas-vindas para nós. Minha mãe convidou eles pra entrarem e fomos pra sala. A mãe de Annie disse pra ela me apresentar o parquinho ali perto. Ela concordou e nós saímos de casa. Ela foi quieta durante todo o percurso até o parquinho, até que eu perguntei porque ela estava quieta. Ela olhou pra mim e depois pro chão, então ela perguntou se eu era o menino da biblioteca e eu confirmei. Então ela começou a fazer perguntas aleatórias da minha família e tudo. Então nós ficamos amigos e aqui estamos.”

– Você vai deixar de lado todas as brigas e discussões? – Annie perguntou a ele.

– Bom, nós brigamos algumas vezes porque eu sou um pouco lerdo e ela ficava me provocando. Não que isso tenha mudado, mas superamos um pouco.

Ela sorriu pra ele e pegou sua mão.

– E eu sou vela a três anos e meio – Ron disse olhando pra mim.

– Três anos? Quantos anos vocês tem?

– Dezenove – eles disseram juntos.

– Ah, pensei que vocês namorassem aos onze anos, sei lá. Vocês fazem faculdade?

– É – Percy disse. – Eu faço advocacia e a Annie faz letras.

– Letras? Você quer ser professora, Annie?

– Não, eu pretendo ser uma escritora. Eu escrevo desde os quinze anos e já comecei a escrever alguma coisa mais séria agora.

– Sério? No dia do lançamento do seu livro, quero ser uma das primeiras a comprar, ler e ter autógrafo.

Ela deu um sorriso pra mim e nós terminamos de comer.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.
Beijinhos.
— A



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