Let it snow? I don't think so escrita por Alexandra Watson


Capítulo 4
"Garantindo uma festa"


Notas iniciais do capítulo

Bem, gente, não vou dizer que os resultados dessa fic foram bons, no sentido de aceitação do público. Talvez seja realmente que só poucas pessoas viram ou que só poucas pessoas gostaram, mas a questão é que, mesmo que poucas, eu sei que tem algumas que leram e que podem estar esperando pelo final dela. Elas podem não ter marcado a opção "acompanhar essa fic" ou "favoritar essa fic" (talvez por não terem uma conta ou mesmo não quiserem), mas elas podem ter salvo na barra de favoritos de seus computadores. Não vejam isso como uma pressão em alguém, mas só como uma exposição da realidade.
Então, a aqueles que querem saber como isso termina, vai ser tipo uma "maratona de capítulos". Já que estão todos realmente prontos e finalizados, postarei um atrás do outro, para que, mesmo que poucos, possam concluir uma coisa antes iniciada.
*Divirtam-se*



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Eu disse a senha pra ele. Ele digitou e entrou no seu facebook.

Então ele clicou num inbox de uma das meninas de minha sala. Aqui vai a conversa que eles tiveram.

“Ron: oi, Katherine. Tudo bom?

Katherine: tudo sim, lindo. E você?

Ron: tudo. Então eu queria saber se aquele convite para as festas de vocês ainda está de pé?

Katherine: por que? Está pensando em aceitar?

Ron: está começando a me parecer uma boa ideia. Então?

Katherine: espera só um minuto que eu vou ter que sair, mas daqui a pouco eu volto e converso com você, ok?

Ron: claro. Eu espero.”

Ela ficou off e ele olhou para mim com um sorriso.

– O que foi? Você ainda nem tem certeza se vai poder ir.

– Deixa eu te explicar uma coisa, Mi. A única diferença entre nós dois é que você é uma garota e eu sou um pouco devagar pra algumas coisas, mas isso não vem ao caso. O que conta é que eu sou um menino que a maioria das meninas daquela sala quer ficar e isso abre portas para a vida social.

– Nossa, obrigada por jogar na minha cara de que ninguém me quer, valeu.

– Não foi isso o que eu quis dizer, Mi. A verdade é que eu estava conversando com alguns dos meninos da sala e, durante o recreio, eles começaram a perguntar com quem cada um ficaria da sala e, quando eu disse que ficaria com você – ele me deu um sorriso vitorioso – eles também confessaram, menos o Gab porque ele tem namorada e tals, mas eles todos confessaram que pegariam você. Quando eu perguntei porque ninguém havia tomado nenhuma atitude, eles disseram que era porque se o fizessem, as meninas populares iriam acabar com a popularidade deles porque elas não gostavam de você e coisas do tipo. Olha, ela voltou.

“Katherine: então, Ron, sim, é claro que você pode ir, só não falei antes porque estava confirmando com o pessoal pra ver se cabia mais gente.

Ron: então eu posso ir mesmo?

Katherine: pode sim.”

Ele olhou pra mim e eu dei de ombros.

“Ron: escuta, Katherine, será que eu posso levar alguém? É que eu ainda não conheço o pessoal direito e queria levar um amigo que eu conheço pra me sentir mais confortável.

Katherine: pode sim, Ron. Se for pra você se sentir melhor, lindo, pode levar quem você quiser.”

Devo admitir que fiquei incomodada com ela chamar ele de lindo. Ele é? Sim, mas ela não precisa enfatizar isso.

“Ron: muito obrigado, Katherine. Quando vai ser a próxima festa?

Katherine: o pessoal viu na TV que o tempo vai estar frio amanhã, mas não tão frio, então vai ser amanhã na casa da Mari.

Ron: pode me passar o endereço, por favor?”

Ela passou o endereço e o horário para ele, se despediu e ficou off. Ele desligou o notebook e colocou-o em cima do outro sofá.

– Viu? Eu disse, ela me quer.

– Ok, senhor sedução. Me desculpe.

Ficou um pequeno silêncio, no qual estava numa parte fofa do filme.

– Ron, o que se veste numa festa dessas?

– Você está me pedindo dicas de moda?

– Não, Ron, eu estou te perguntando o que as meninas usam nesse tipo de festa.

– A maioria usa aqueles vestidos tubinhos, mas eles são horríveis e vulgares, não fazem o seu tipo.

– O que você sugere?

– Mi, eu não sei. Uma saia com uma blusa, ou um vestido que não seja tubinho.

– Tá bom. Espera um pouquinho e não coma toda a pizza.

Me levantei e fui para meu quarto. Abri o guarda-roupa e fui ver o que tinha ali. Eu tinha alguns vestidos e tudo, mas não achava que eles era apropriados pra uma festa. Precisava comprar roupas novas. Minha mãe ia estranhar a minha ligação do tipo “mão, fui convidada pra ir numa festa, posso pegar o cartão de emergências.” Nunca havia falado isso.

Voltei para a sala e já haviam dois pedaços a menos na pizza. Me sentei novamente ao lado dele.

– Eu não tenho nada pra vestir, Ron. Você pode ir comigo no centro amanhã?

– Será uma honra senhorita Granger. Agora no momento eu só gostaria de terminar de comer essa pizza e depois o bolo de minha mãe.

– Vá em frente que eu o acompanho.

Depois de termos comido nada menos do que dois pedaços e meio cada (tínhamos que guardar espaço pro bolo) e dois pedaços de bolo cada um decidimos deixar o desenho pra outro dia e irmos dormir. Mas o destino estava a favor de nossa “relação”, eu acho. Além de ele nos ter colocado novamente na mesma escola, ter feito a mãe dele ser minha babá, ter feito nevar e deixar nós dois sozinhos, e ainda por cima ter feito eu me esquecer do fato de que a cama de Maya é daquelas de criança, ou seja, não cabia nosso querido Ron e o único colchão disponível no momento era um que ficava embaixo de minha cama e que só abria e não saia de lá ou seja, se você ainda não entendeu, ele ia dormir no meu quarto. Valeu, destino, eu já entendi.

– Mi, se você quiser eu posso dormir no sofá e ...

– Ron, aquele sofá é duro se você tem mais de dez anos e vai tentar dormir lá, confie em mim. Não tem problema você dormir ai.

– Ok, vou pegar minhas coisas no quarto de sua irmã.

– Tá bom. Bata na porta antes de entrar que eu vou por meu pijama.

– Tudo bem.

E ele saiu. Fui rapidamente em direção as roupas que havia tirado para colocar as "necessárias" para ir á pizzaria. Quando estava pra colocar a blusa, ele bateu na porta.

– Posso entrar?

– Um minuto – vesti a blusa e mandei ele entrar. Arrumei o colchão pra ele deitar e fui até o guarda-roupa pegar um cobertor pra ele. – Você acha que um cobertor só dá pra você?

– Relaxa, Mi. Qualquer coisa eu grito.

– Ok, então – me deitei. – Boa noite.

– Boa noite.

Apaguei a luz do abajur. Dormi imediatamente e acho que Ron também. Em determinado momento da noite, acordei pra ir beber um copo d’água e, ao olhar para o lado, vi que Ron estava tremendo de frio e ... suando? Preocupada, sai de debaixo das cobertas e me sentei no colchão de baixo (que era meio grande já que a cama era de casal).

– Ron? – sacudi-o. Sua pele estava fervendo. – Ron!

Ele acordou e olhou pra mim.

– Pensando bem, acho que vou aceitar aquela outra coberta que você ofereceu.

– Ron, você está queimando de febre! Eu não sei o que fazer.

– Bom, eu preciso eliminar calor ...

– E isso significa ...?

– Que eu preciso de mais um cobertor.

Me levantei e peguei o último cobertor que havia ali. Mas não adiantou porque ele continuava a tremer.

– Talvez um dos seus pais ajude.

– Meus pais trancaram o quarto quando saíram, Ron. Senão minha irmã ficaria entrando lá pra mexer nas coisas da mamãe.

– E sua irmã?

– Os cobertores dela também são de criança.

– Ok, então, eu posso sobreviver, relaxa.

Ai meu deus. O que eu faço? Eu não posso dar o meu cobertor pra ele senão eu morro de frio. A não ser que ...

– Calor humano – eu disse quase num sussurro.

– O que disse?

– Calor humano. Essa é uma forma boa de eliminar calor.

– Então você está sugerindo que ...

– Sim, Ron, eu estou sugerindo que você durma comigo essa noite. Acho que minha mãe não ligaria (é claro que ligaria, que tipo de mãe não ligaria?) já que você está doente. E além do mais, nada aconteceria mesmo.

– Não? – mesmo doente ele ainda conseguia dar um sorriso nada inocente.

– Não! Agora deita ali e seja um bom menino.

– Sim, senhora.

Ele deitou-se na cama e eu coloquei os outros cobertores por cima. Depois, deitei-me ao seu lado, ainda meio longe.

– Eu não mordo, sabia?

– Será que não?

– Você quer me ver morrer de febre?

– Isso não é justo e você sabe disso – mas me aproximei mesmo assim e deitei encostada nele. Ele passou um dos braços por baixo de mim e com o outro me puxou mais pra perto dele. Nossos rostos ficaram a literalmente dois centímetros de distância.

– Viu? Já estou me sentindo mais aquecido.

– Também, você praticamente me grudou a você.

– Se você não quiser eu posso ... – ele disse afrouxando a mão que estava em minhas costas.

– Não! – eu quase gritei, agarrando sua camiseta. Vergonhoso, mas eu não queria que ele se afastasse. – Quer dizer, eu não quero que você morra de febre.

Ele sorriu e voltou a me apertar. Em determinado momento, quando a respiração dele se estabilizou e eu achei que ele estivesse dormindo, me atrevi a olhar pra cima. O destino agiu de novo. Ele não havia dormido e, por a distância ter sido mínima, acabei encostando meus lábios nos dele. Me afastei rapidamente, corando.

– Desculpe.

– Mas desculpe por que? – ele perguntou se aproximando novamente de mim e me beijando.

Segurei seu rosto com as duas mãos e ele saiu de debaixo dos cobertores e ficou em cima de mim. E eu deixei porque sim. Com os cobertores já a certa distância, nós deveríamos estar sentindo frio, certo? Errado. A prova disso é que, quando eu comecei a puxar a camisa dele para cima, ele não fez nenhuma objeção e vice versa.

“Eu não devia estar fazendo isso.” – eu pensei, mas só pensei mesmo, porque naquele momento meus instintos femininos estavam gritando mais alto. Mas ai a porcaria da minha lógica interior me deu um tipo de tapa e me levou pra realidade bem a tempo.

– Ron ... eu não tô pronta pra fazer isso ... – eu disse me sentando e ele fez o mesmo ao meu lado. O fato de estarem os dois sem camisa foi esquecido. Ele passou a mão no cabelo e se deitou, cobrindo os olhos.

– Mi, me desculpa, tá legal? Onde é que eu tava com a cabeça?

– Eu acho que você sabe muito bem onde estava com a cabeça – eu disse passando a mão no cabelo dele. Ele se sentou novamente. – Não fica assim, não é porque é você, mas é porque eu não tô pronta pra isso, eu só tenho quinze anos e, sei lá, ainda tenho um pouco de medo.

– É, sei como se sente, Mi – ele deu um beijo em minha testa e se levantou, dando a volta na cama e indo em direção ao colchão.

– O que vai fazer?

– Me deitar no colchão.

– Mas Ron, sua febre só vai piorar.

– Eu sei, mas você não ...

– Ron, deita aqui logo antes que eu mude de ideia.

Ele fez o que mandei e eu peguei os cobertores.

– Não está se esquecendo de nada? – ele perguntou.

– Não, o que?

Ele olhou para si mesmo e depois pra mim. Entendi o recado e puxei a coberta.

– Vai achar minha blusa agora, senhor Weasley.

– Só se você achar a minha, senhorita Granger.

Olhei em volta do quarto. A minha estava em cima da poltrona e a dele perto do guarda-roupa. Disse a ele onde elas estavam e ele foi pega-las. Ele jogou a minha e eu a vesti por baixo do cobertor. Ele voltou e se deitou ao meu lado, de novo.

– Boa noite, Mi.

– Boa noite, Ron.

Ele passou o braço sobre mim novamente e nós dormimos.


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Notas finais do capítulo

É, eu poderia ter escrito uma pequena ceninha por aqui, mas não achei típico de Hermione isso, então me perdoem.
Beijinhos.
— A



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