Digi-Moments. escrita por Hikari


Capítulo 2
Silêncio – Daisuke Motomiya.


Notas iniciais do capítulo

Olá! ^^
Eu sei, eu sei. Eu ando muito desaparecida aqui do Nyah, mas também não me culpem. Não tenho tido tempo nenhum para nada... Agora com o Natal e o Ano Novo muito mesmo. Escrevi este capitulo porque precisava de descontrair e assim, abstrair-me de algumas coisas.
O que mais tenho a dizer pera...
Estou muito contenta porque saiu um poster de Digimon Adventure Tri *-* OMG mais perfeito não poderia estar. Eu gostei imenso do novo design, esta mais adulto e isso é bom. É como se eles tivesse crescido connosco. E a história em si também deve estar mais adulta, visto que eles cresceram, tal como todos nós que eramos crianças quando vimos pela primeira vez o anime.
Mais uma coisa que me deixou muito contente: A Bia Star Fic voltou! Finalmente! Estou tão contente por isso ^^ Ainda bem que ela continua a escever, estava ansiosa por esta volta.
Agora sobre o capitulo: Esta história é sobre o Daisuke, um capitulo curto sim, mas até gostei do resultado final. Todos os capitulos serão focados em um ou mais personagens, com visões do futuro, passado e presente. O anterior foi sobre o Futuro da Hikari e do Takeru, com uma visão do passado do Takeru pelo facto dele não ter a família unida. Este são reflexões do Daisuke sobre o Presente e o que ele esperado do futuro.
Espero que gostem e bom leitura ^^



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Silêncio.

Era o que reinava naquela casa naquele momento. Embora ele fosse um miúdo um tanto ao quanto barulhento, era isso que lhe fazia bem agora, e era assim que queira estar.

No silêncio.

Os seus pais tinham saído para algum lado, e o seu fiel parceiro digimon, Chibimon, estava dormido aos pés da cama onde ele estava deitado. Nesse momento era só ele e os seus pensamentos.

E o silêncio.

Tentava dormir, a todo custo, mas os fantasmas dos seus problemas pessoais o atormentavam de tal forma que era impossível abstrair-se deles.

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Escola...

Um dos seus maiores problemas. O que punha em causa o seu futuro.

Ele não era um aluno brilhante, verdade seja dita, não o era. Neste momento estava entre a espada e a parede, passar ou não de ano... Aff, quem lhe dera ser como o Ken, pensava. Como o Ken, ou como a Miyako, já nem pedia para ser como o Koushirou, o grande génio mental. Só queria que o seu esforço fosse recompensado.

Por mais que estudasse, que lesse e relesse as matérias... nada funcionava. Tinha sempre uma nota nada favorável. E depois vinham os sermões e discursos intermináveis dos seus pais e professores, que ele quase já sabia de cor de tanto ouvir as mesmas coisas. As vezes só queria desistir, desistir de tudo.

Mas ele não podia.

Tinha um sonho. Um sonho que o movia e que o motivava a seguir em frente. A única coisa que o fazia tentar de novo em relação aos estudos. Visto bem... Era o seu futuro que estava em jogo.

Família...

Não se pode dizer que tinha a chamada “ Família Perfeita.” Não tinha.

Porquê?

Porque se sentia um peso. Um peso enorme naquela casa. Sentia que não era o filho que aqueles pais mereciam ter.

Eles deveriam ter um rapaz focado, achava ele, bom aluno, um que não haja por impulso e que pense mais antes de fazer qualquer coisa. Tudo o que ele não era. E sentia-se mal com isso.

Toda a vez que se seus pais o comparavam com o Ken, ou até mesmo com o Takeru, ele se sentia um nada. Queria ser mais como eles, mas não consegui. Ele não era assim, nunca foi, nem nunca seria. Era ele. Especial a sua maneira. Mas ninguém via isso.

Nem mesmo a sua irmã Jun.

Eles não tinham a relação de irmãos que o Takeru e Yamato tinham, nem mesmo que Hikari e Taichi. Estes irmãos brigavam, discutiam, gritavam um com o outro vezes e vezes sem conta por coisas as vezes sem sentido. Mas ele gostava dela. Era sua irmã, como não amá-la? E rezava, para que ela o ama-se assim também, como ele era, e não como gostaria que ele fosse.

Relações pessoais...

No mínimo, isso era o que lhe dava alegria, e sentia-se sortudo com os amigos que tinha. Se tinha sido destino encontra-los? Se calhar. Depois de tudo isso pouco importava, destino ou não. Tinha os melhores amigos que ele alguma vez desejou.

Quando conheceu o seu companheiro V-mon, sentiu logo uma conexão especial com ele. Desde esse momento, era ele que o puxava para cima sempre que estava em baixo. Ria com ele, chorava com ele, lutava com ele em todas as batalhas... Tudo o que ele queria e precisava num amigo...ele era.

E depois tinha, Taichi, Yamato, Sora, Mimi, Jou, Koushirou, Hikari, Takeru, Miyako, Ken, e Iori. Os seus melhores amigos e a quem ele mais agradecia por tudo. Pelos conselhos, pelos momentos de alegria, pelos risos, por estarem com ele quando ele mais precisava... por tudo.

Taichi era o seu exemplo. Quantas vezes ele não desejou ser assim... quantas. Mas ele sabia que apesar das parecenças, eles não era iguais. Mas mesmo assim, ele era a sua inspiração, tanto em questão do futebol, como das aventuras no digimundo.

Até mesmo Takeru. Com quem ele já teve discussões intermináveis sobre assuntos muito deles parvos, com quem já andou a porrada, nem sabe ele bem porquê. Mas no final de tudo, apesar dessas coisas, eles cresceram muito com isso. E são bons amigos. E sempre assim será. As diferenças não impedem as amizades, fortalecem-nas e ajudam-te a que cresças com isso.

Aprendeu o valor da amizade e da compreensão com todos eles. Com todos eles.

Antes das aventuras do Digimundo, ele não sabia o que era a amizade. Mas agora sabe. Sabe que amizade é sinónimo de compreensão, de entreajuda, de apoio, de amor apesar de tudo... Amizade era a coisa mais valiosa que ele tinha na vida. E nunca queria perder isso.

Amor?

Acho que ele ainda não sabia o que era isso. Apesar de sentir alguma coisa pela Hikari, a sua amiga, ele não sabia ao certo se era amor. Podia apenas ser amizade forte por ela ser a irmã mais nova de Taichi, um reflexo do seu medo de perder a sua amizade... Ele sabia que, mesmo que ele sentisse essa coisa chamada Amor por ela, nunca seria correspondido. Sinceramente? Isso já não importava tanto assim...

Até o deixava contente. Se ela estava contente, ele estava contente também.

Se ela ficasse com Takeru? Era bom para eles, de certeza que se iriam dar bem como algo mais que amigos. Ele não iria impedir nada, não era esse tipo de pessoa que ele era.

Ele era boa pessoa, uma pessoa interiormente sincera e compreensiva, de certeza que, se algum dia isso acontecesse, nada iria fazer, a não ser felicitar os amigos.

No fundo ele sabia... desejava... que algum dia, fosse encontrar alguém para ele. E esse dia iria chegar. Possivelmente não naquele dia, não naquela semana, ou ate mesmo não naquele ano... Mas um dia seria...

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E com esse pensamento, ele adormeceu.

Em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, comentem o que acharam e... acho que não tenho mais nada a dizer. Se nã vos falar mais até lá, um bom Natal e um Feliz Ano Novo!
Beijoos ^-^