Summer Paradise escrita por Little Swiftie


Capítulo 10
10. Like a Bitch


Notas iniciais do capítulo

6 de 71 pessoas comentaram '-' Porra gente
Enfim, é triste, masok.

O capítulo ta super bosta, MAS TEM PERCABETH!
Não me matem por causa do final
Boa Leitura!



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O resto do dia passou incrivelmente rápido. Eu não queria admitir, mas até que eu ficara animada com a festa. Quando Katie me chamou para ajudar na decoração do refeitório, percebi que as pessoas levavam aquelas festinhas à sério. Luzes; máquinas de fumaça; enormes caixas de som; comida e bebida, muita bebida. E não havia pessoa que ousesse me perguntar onde eles arranjaram aquilo tudo, porque eu também não sabia. A única coisa que foi deixada de lado, foi o gelo.

— Alguém pediu o gelo? — gritou Katie assim que abriu as portas do refeitório. Ninguém se manifestou. — Droga.

— Eu vou pedir agora. Calma — falou Travis aparecendo de repente, já com o telefone na mão.

— Tudo bem — murmurou Katie. — Então eu acho que está tudo pronto.

Algumas pessoas começaram a caminhar em direção ao refeitório para ver como ficou o resultado final do trabalho de praticamente todos ali. Enquanto isso, Katie andou em minha direção e sorriu, começando a falar:

— Hey, vamos começar a nos arrumar no chalé 1 — virou-se e olhou os campistas dentro do refeitório. — Aproveitar que lá está vazio agora. E também já está escurecendo.

Eu não vi problema, então decidi seguir seu conselho. Enquanto as garotas se admiravam com a decoração do refeitório, nós nos arrumávamos.

...

— Eu não tenho uma roupa decente para vestir! — falei fuçando minha mala.

Agora o chalé já estava cheio de garotas. Os dois banheiros estavam sempre ocupados, mas agora não havia mais ninguém neles. Todas estavam se arrumando ali mesmo.

— Faz assim — Katie parou de se maquiar e encarou minha mala. — Vista qualquer blusinha que tiver ai, depois eu te empresto uma saia preta e um saltinho.

— Mas não vai fazer falta pra você? — perguntei.

Ela riu.

Ao invés de me responder, puxou uma mala que estava debaixo de nossa beliche, e depois a colocou em cima de minha cama. Abriu a mesma e mostrou o que havia dentro: muitos, mas muito pares de sapato mesmo.

— Meu Deus! — falei. Nunca pensei que veria tantos pares de sapato numa mala só.

— Toma essa saia — disse pegando um pano preto de sua mochila. — E esses saltos — me entregou um par de sapatos pretos, com um salto parcialmente grande.

Peguei uma blusa qualquer e as coisas dadas por Katie e me arrastei para o banheiro. Vesti a blusa, depois a saia e depois coloquei o salto. Em minha opinião, ficou meio bosta, mas tudo bem. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e acreditei que fez com que minha aparência melhorasse um pouco.

— Só tem uma coisa errada... — murmurou Katie assim que eu sai do banheiro. Ela se aproximou de mim e prendeu a blusa num nó um pouco a cima do umbigo, depois puxou a saia um pouco para cima. — Pronto. Agora sim!

Olhei para mim mesma e visualizei as roupas que eu usava. Eu não era muito fã de usar saia, mas eu tinha que admitir que combinou bastante com o resto das coisas.

— Estou parecendo meio vadia — falei, ainda me observando —, mas dá pro gasto.

— Cale a boca — Katie riu. — E venha aqui para eu te maquiar.

...

A festa já estava acontecendo. Eu me lembrava de poucas coisas, talvez por causa da bebida, já que assim que cheguei, Travis foi me dando uma garrafa de cerveja, e assim que acabei a primeira, me deu outra. E bem, eu mesma tratei de pegar mais garrafas durante o resto da noite.

O refeitório estava bombando. Luzes para todo o lado, de todas as cores. A fumaça produzida pela máquina que eles levaram, davam o efeito de que estávamos numa balada, e não num refeitório de um acampamento. A música soava alta. Tudo que tocava vinha do notebook de Katie, que estava conectado nos cabos das caixas de som.

Começou a tocar "I Gotta a Felling" e alguém me puxou para dançar. Eu não vi quem, mas não foi isso que me impediu de começar a dançar ao ritmo da música; ou não.

O tempo foi passando, bebidas e mais bebidas. Eu não estava entendendo praticamente nada, e nem me importava com isso.

— Annie! — ouvi alguém gritar meu nome e percebi que foi Katie. Assim que a vi atrás das caixas de som, fui correndo para puxá-la para dançar comigo.

— Vamos dançar — gritei, levantando a garrafa que estava em minha mão. Eu não esperava, mas as pessoas ali ouviram, e gritaram de volta. Ai que legal cara!

— Não, agora não dá! — ela ria e gritava ao mesmo tempo. — Preciso que você busque gelo para mim, as bebidas estão aquecendo muito rápido lá na cozinha.

— Onde estão? — também estava rindo, mas não sabia o porquê.

— Na varanda da Casa Grande! — ela disse. — Peça alguém para te ajudar.

— Tchau.

Sai dali ainda rindo. Dei mais um gole na garrafa de cerveja que estava em minha mão e olhei em volta, procurando a casa com varanda. Ué, cadê? Caminhei cambaleando pelo local onde fazíamos fogueiras todas as noites, procurando a casa, mas ainda não tinha a achado.

Vi Percy se aproximando do refeitório e andei até ele sorrindo.

— Percy! — gritei, fazendo com que ele se assustasse.

— Ah, meu dedo... — pude o ouvir sussurrar. Será que ele quis dizer "meu Deus"? Ah, foda-se.

— Percy, eu sou uma inútil — o abracei e comecei a choramingar. Eu não sabia por que estava fazendo isso. Parecia que não era mais eu que controlava meu corpo, e sim outro tipo de poder. — Eu estou igual uma vadia. E acho que vadias não podem ver a casa com varanda! — terminei de falar sussurrando, como se fosse um segredo.

Ele riu.

— Annie — falou segurando meu rosto. — "A casa com varanda" fica depois da curva. Não dá para vê-la daqui!

— Mas lá está escuro — olhei com medo para curva. — Vai comigo?

— O que quer fazer lá?

— Katie — dei uma pausa para beber mais um gole da garrafa. — Aquela menina bonitinha, sabe? Com cabelos castanhos e que namora o Connor... Quer dizer, Trevor... Quer dizer...

— Hey, eu sei quem é Katie — falou rindo.

— Ela pediu pra eu buscar gelo — tentei explicar, mas tudo saia como uma piada já que ele ria e eu também ria. — Também pediu para que eu chamasse alguém para ir comigo — sorri e pisquei.

— Você está muita bêbada, cara — Percy disse me olhando de cima para baixo. — É melhor eu ir com você, senão vai acabar quebrando algum osso ou coisa do tipo. Mas primeiro, largue essa garrafa.

Eu olhei a garrafa e pensei, ou tentei pensar. Se eu largasse a garrafa, ela ia cair e quebrar perto de mim... Levantei o braço esquerdo e joguei a garrafa longe.

— Pronto, vamos.

Percy fez como se fosse falar algo, mas desistiu. Caminhamos até a curva e, bem, ela estava muito escura! Já pensou um bicho aparecesse ali? Continuamos andando e logo chegamos até nosso destino. Eu não estava entendo mais nada. Eu jurava que a casa com varanda ficava do outro lado da estrada. Eu hein.

O moreno de olhos verdes me ajudou a subir as escadas, e elas eram tão bonitinhas! Quando chegamos na varanda, percebi que não havia nenhum gelo ali.

— É invisível? — perguntei.

— Não — riu e balançou a cabeça. — Eu coloquei aqui dentro. — então tirou uma chave do além e abriu a porta.

Encostei-me no apoio de madeira que a varanda tinha e comecei a encará-lo. Ele parecia mais gostoso do que o normal. De certo modo, eu sabia que eu estava bêbada, mas acho que esse pensamento escapou da consciência da Annie normal, não da Annie bêbada. Ele puxou uma caixa de isopor para a varanda e eu fiquei pensando... Ele não se importava com o fato de eu e de praticamente todos os outros campistas estarem bêbados?

— Percy — o chamei. — Você realmente não está ligando para essa festa?

— Normalmente, eu ligaria — falou se aproximando de mim. Seus olhos verdes pareciam me hipnotizar. Eu não conseguia parar de encará-los! — Mas acho que de vez em quando temos que tentar coisas novas...

Ficamos em silêncio nos encarando por alguns segundos. Eu estava bêbada demais para tentar entender o que ele quis dizer com aquilo. E por algo parecido com um impulso, eu me inclinei, o beijando.

Seus lábios eram quentes e macios. Assim que nos tocamos, eu pensei que ele se afastaria, mas fez exatamente o contrário, ele retribuiu.

De um beijo calmo e concentrado, aquilo se tornou algo voraz e tentador. Nossas línguas se tocavam e causavam um tipo de eletricidade entre nós que eu não conseguia desvendar. Minhas mãos foram parar em sua nuca, acariciando desesperadamente. Ele me puxou mais para si, e me levantou, me apoiando no sustento de madeira entre os dois apoios da varanda. Pude sentir, dessa vez, suas mãos em minha cintura, que subiam e desciam por minhas coxas.

— Annie — de repente ele parou e se afastou, assim como eu havia pensado que o mesmo faria. — Não podemos fazer isso, você está muito bêbada e... Bem, acho melhor voltar ao refeitório. Eu levo o gelo à Katie.

— Tudo bem — desci do sustento, me arrumando e o encarando. — Eu preciso de outra garrafa.

Comecei a caminhar para longe dali, mesmo a curva estando escura e com a possibilidade de eu ser atacada por um monstro. Eu devia me importar com o que aconteceu agora, porém algo não deixava. Queria me divertir, e eu estava conseguindo, só restava voltar à festa.

Não esperei Percy e corri rindo, torcendo para que eu não caísse por causa do salto alto. Cheguei de volta ao refeitório e entrei o mais rápido que pude. Estava tudo do mesmo jeito ali dentro, porém pior - ou melhor. As luzes continuavam piscando e havia mais fumaça. Eu reconhecia música que tocava: "Blame".

Avisei, euforicamente, Katie que Percy estava trazendo o gelo, e a puxei para pista de dança. Nós esbarramos com Connor e Trevor, quer dizer, Travis; ou Travis e Connor. Katie deveria ser a única que não estava bêbada ali, pois era a que mais parecia normal.

Meus cabelos não estavam mais presos, e eu não era mais eu. Dançava de maneira louca em volta de Katie até ser puxada por alguém para um canto do refeitório. Percebi que esse alguém era um dos gêmeos. Certamente, era Connor.

— Annie — ele gargalhava e gritava — Você está gata pra caralho hoje!

— Para de mentir — falei, continuando a dançar. — Estou como uma vadia.

— Uma vadia linda — sorriu e se aproximou, encostando seus lábios nos meus.

A sensação foi totalmente diferente da sensação de beijar Percy. Eu sabia que não deveria ficar com Connor, porque eu não estava em sã consciência nessa altura de tudo que estava acontecendo. Mas eu não era eu, era outra pessoa, e acabei por retribuir seu beijo.

Hoje, eu estava vestida como uma vadia. Hoje, eu estava agindo como uma vadia. Hoje, eu era uma vadia.


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Notas finais do capítulo

GENTE, quero fazer um cap. bônus de algum shipp, vcs querem? Eu estava pensando entre Thaluke e Tratie. Qual vcs preferem? Mandem nos comentários, o shipp que tiver mais votos, ganha um cap. especial!
Vcs podiam fazer um mutirão e tipo, umas 30 pessoas comentarem, né? Poxa gente, SETENTA E UMA (71) pessoas acompanhando e nem dez conseguem comentar ;-;
To triste, adeus

O próximo só sai quando eu achar que o número de comentários está bom.
Amo vcs

FAVORITEEEEEEEM e recomendem tbm, bjs *3*