O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 9
Capítulo 8 - Promessa


Notas iniciais do capítulo

E vamos caminhando devagar! A cada capítulo trazendo novas informações. ^^
E uma dica da autora, pessoas, prestem bastante atenção em cada palavra de cada capítulo pq às vezes têm informações que não são muito destacadas no capítulo, porém que mais a frente será um foco bastante grande do enredo. :3
Bem... Boa leitura! ;)



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17 anos e 9 meses antes...

― Oe, Chopper. Quantos dias você deixará o Luffy sem o coquetel dessa vez? – Usopp perguntava à mesa.

Estavam todos tomando o café da manhã, exceto o capitão, que se encontrava dormindo na enfermaria. Havia sido uma noite bastante difícil.

 Chopper suspirou cansado, enquanto mexia o açúcar colocado em seu leite.

― Não vou poder deixar ele limpo por mais de dois dias. Os sintomas estão mais fortes por conta do nível avançado que a doença alcançou. Afinal... já fazem cinco anos desde que descobrimos. – Usopp apenas concordou em um meneio de cabeça.

Chopper havia conseguido chegar a um coquetel de medicamentos feitos por ele mesmo que impedia o avanço rápido da doença. Não curava, mas conseguia retardar uma doença que levava à morte dentro de cinco meses em cinco anos. O coquetel devia ser ingerido todos os dias e isso fazia com que Luffy permanecesse como se não tivesse doença alguma. A mistura inibia completamente os sintomas da mesma. No entanto, a maior desvantagem acerca do tratamento era o fato de que se necessitava de uma interrupção uma vez a cada dois meses de no mínimo dois dias.

Se não fosse feito isso, o organismo de Luffy agiria com anticorpos sobre o coquetel por ser uma droga forte e que em excesso pode levar ao desequilíbrio total do metabolismo. Depois de dois meses, substâncias tóxicas geradas pela absorção dos medicamentos se acumulavam e era necessário deixar Luffy limpo por esse tempo para que o acúmulo deixasse de existir e assim o sistema imunológico não agisse de forma violenta, piorando ainda mais o avanço da doença.

Era complicado e um tratamento que exigia muita atenção do médico. Mas por seu amigo ele faria tudo.

― Nós temos que conseguir chegar ao Dr.Vegapunk durante a guerra ou não terá o que se fazer. – Chopper alertou preocupado, fazendo todos concordarem em silêncio.

Já era um feito e tanto descobrir um tratamento. Porém, isso não iria salvar seu capitão. Precisava de ajuda para descobrir de forma mais rápida a cura para aquela doença. Sua única alternativa era conseguir contato com o maior cientista do mundo: Dr.Vegapunk. O cientista do governo era a última esperança dos Mugwiaras.

Bastante contraditório: um cientista do governo salvar o Rei dos Piratas. No entanto, sabiam que Vegapunk não seguia a justiça absoluta de Akainu. Era um homem justo e bondoso, além de ter um bom relacionamento com a família de Garp. E se não ajudasse por bem, ia por mal mesmo. O desespero naquela situação era tão grande que eles não se importavam mais de ter que obrigar um cientista a entregar suas pesquisas.

Afinal, eles eram piratas, certo?

Depois de fazerem o desjejum, cada Mugwiara seguiu sua rotina diária. De vez em quando um deles ia até a enfermaria ver Luffy e bater papo com o mesmo. Por mais que os sintomas o deixassem em um estado bastante precário, ele permanecia sendo o Luffy de sempre. Aquilo com certeza era o que mais animava os Mugwiaras em dias como aqueles. O capitão não perdia seu sorriso característico nem mesmo quando se encontrava tão debilitado. Por mais que os dias em abstinência do coquetel fossem angustiantes por conta das dores fortes e sintomas pesados, Luffy não deixava de resplandecer sua luz natural.

― Você está com uma cara horrível. – o espadachim comentou divertido, encostando-se ao batente da porta da enfermaria.

Chopper aproveitara a visita do companheiro para ir tomar um refresco. Eram dias bastante cansativos aqueles, porque tinha que ficar atento à Luffy quase 24 horas por dia.

― A sua sempre foi péssima. – o capitão devolveu no mesmo tom, embora com a voz mais fraca que o normal. Depois de 9 anos¹ juntos, brincadeiras e deboches como aquele eram rotina.

― Como estão os sintomas? – perguntou sem demonstrar sua preocupação, mas realmente preocupado.

― A febre diminuiu, mas as dores não fizeram a mesma coisa. Mas dá pra levar. Já tivemos dores muito piores em algumas de nossas batalhas. – sorriu tranquilo. Estava sentado na cama da enfermaria, parecia muito bem com tudo aquilo e isso não deixava de surpreender o de cabelo verde.

― Nós estaremos em guerra em 10 dias, então trate de melhorar, idiota. – exigiu firme, mas ainda em um tom descontraído.

―  Shishishishi. Pode deixar. – respondeu de seu modo característico.

O espadachim, por sua vez, já havia se virado para retirar-se do cômodo quando ouviu a voz do capitão pronunciando seu nome, fazendo-o voltar a encarar o moreno.

― Sim?

― Eu quero te perguntar uma coisa. – sua feição se tornara um pouco mais séria.

― Diga de uma vez, oras.

― Caso eu realmente não consiga vencer essa batalha...

Zoro, entretanto, não o deixara terminar de falar. Interrompera-o antes.

― Tsc. Pare de falar besteira. Vai mesmo deixar uma doença idiota te vencer assim? Meu capitão costuma ser mais forte que isso. Aliás, nós já te prometemos, não é? Que eu me lembre, um Mugwiara nunca deixou de cumprir sua promessa. – o homem encarava Luffy esperando uma resposta. Resposta essa que foi um sorriso de canto.

― Eu confio na promessa de vocês e sei que irão encontrar a cura pra essa doença. Chopper vai curar todas as doenças do mundo, lembra? Mas se isso não acontecer a tempo, eu quero te perguntar agora... o que vai acontecer com o bando?

Zoro sem dúvidas estava surpreso.

Então, mesmo sabendo que poderia morrer, a única preocupação de Luffy era o futuro dos Mugwiaras. Realmente, aquele cara era diferente de qualquer outra pessoa que já havia conhecido na vida.

― Bem... Eu não sei ao certo. Todos nós estamos no mar porque você nos trouxe pra cá. Eu, Robin, Nami, Franky e Usopp já alcançamos nossos sonhos. O ero-cook e Brook os alcançarão em alguns dias, Chopper com certeza sempre terá novas doenças pra descobrir a cura, então será uma busca constante... acredito que cada um seguirá seu caminho de forma separada. - deu de ombros. ― Provavelmente manteremos contato, mas não estaremos mais todos juntos. Mas por que isso agora?

― Eu quero que me prometa uma coisa... sabe, a Nami pode ser maluca e saber se defender muito bem sozinha, mas eu não quero que um dia o que aconteceu com ela no passado volte a acontecer... – o tom de preocupação era notado em sua voz e sua expressão estava realmente séria. ― Então... será que você poderia cuidar dela por mim?

Mais uma vez, o espadachim se surpreendeu. Nunca imaginou que seu capitão fosse pedir algo assim a ele. Fora pego realmente de surpresa.

Encarou o chão por um instante antes de fazer o mesmo com Luffy, em silêncio. Então virou-se novamente em direção à saída.

― Eu não vou precisar fazer isso. Você mesmo fará. – advertiu, caminhando em direção ao convés, deixando um sorriso no rosto do moreno.

Sabia que aquilo havia sido a resposta para seu pedido. Confiava a vida da pessoa que ele mais amava nas mãos do amigo. Tinha certeza que ele não falharia.

― Obrigado... Zoro.

­(...)

― Caramba, Seion! Não precisava pegar tão pesado, cara. – Ken reclamava sentado no chão. Issa enfaixava o braço do amigo.

― Desculpa mesmo, Ken. Depois que paramos aqueles 15 minutos eu não percebi que estava usando o fio da espada. – Seion pedia desculpas, preocupado com o ferimento que causara. –Ele vai ficar bem, Issa?

― Claro que vai. Foi apenas um corte superficial. Ken está reclamando exageradamente. – tranquilizou o companheiro.

― Viu? Eu disse que você não aguentava lutar contra um de nós dois. – Nara gozava de Ken deitada com a cabeça sobre seus braços na grama, à margem do rio da clareira em que eles treinavam.

― Cala a boca, sua espadachim mimada. Não fique aí se achando. – deu a língua para a morena, que riu da irritação do loiro.

―Eu não me acho. Eu tenho certeza. – continuou se gabando. ― Ou esqueceu que fomos treinados pelo melhor espadachim do mundo?

― Mas você não é o Zoro-san, baka! Tem que comer muito arroz com feijão pra chegar até seu pai. – Ken gritou já completamente irritado com a amiga. Essa gargalhava de forma aberta.

Adorava implicar com o garoto, principalmente pelo fato dele ser o mais estressado da turma.

― Relaxa, Ken. Até parece que você não conhece a psicopata com quem vivemos. – Seion comentou divertido.

― Oe! Assim você me ofende, idiota. – Nara se pronunciou fingindo indignação.

― Foi a intenção, idiota. – riu com a careta da prima de consideração.

― Seion, você está bastante feliz com a visita dos seus tios, não é? – Issa sorria alegre pelo ar descontraído e feliz que voltara, pois havia sumido do garoto por alguns dias desde a confusão com Koroshima.

― Sim! Muito! – o moreninho se sentou junto aos amigos com um sorriso grandioso. Sorriso esse que Nami dizia ser característica marcante de seu pai. ― Nunca estiveram todos reunidos aqui. Todos eles sempre vieram nos visitar, vocês sabem disso, mas nunca juntos.

― Imagino que ter a oportunidade de ver todos eles interagindo entre si deva ser uma experiência única, considerando a personalidade peculiar de cada um deles. – Issa comentou rindo, fazendo que os outros três a acompanhassem.

Os Mugwiaras eram o grupo de pessoas mais diversificado e louco que já conhecera em toda sua vida. Por mais que ela e seus amigos não fossem muito diferentes. Tinha certeza de que seriam um bando pirata bastante estranho, levando em conta o gosto de seu futuro capitão e as personalidades exóticas de cada um deles.

Seria realmente divertido ser médica de um navio assim.

1: Considerei o ano em que eles se conheceram + os dois de TS + dois anos Pós - Time Skyp + os cincos anos após Luffy ter se tornado Rei dos Piratas. :)


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Notas finais do capítulo

E então?
E essa foi a promessa do nosso marimo. *u*
Até o próximo! s2