O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan
Notas iniciais do capítulo
Yo! E aí, pessoal? Tudo bem? Boa noite. ^^
Apenas passando aqui para avisar que quem quiser maiores descrições de Hirano Riki, é só ir lá no capítulo de características físicas dos personagens. Se não, a imaginação é por conta de vocês! :)
Boa leitura! ;)
Quase 18 anos antes...
― Você tem certeza de que isso vai dar certo, Luffy? ― quem questionava era o imediato do Rei dos Piratas, que se encontrava sentado. Ao contrário do dito cujo, que estava deitado num outro canto da cela escura.
― E por que não daria? ― respondeu com outra pergunta, ainda deitado sobre os dois braços cruzados sob a cabeça e o chapéu tampando parte de seu rosto.
Parecia admiravelmente tranquilo.
― Queria mesmo é saber quando que o idiota afobado do meu capitão se tornou tão calmo. ― zombou o outro, arrancando uma gostosa gargalhada do indivíduo que fora provocado.
― Relaxa aí, Zoro. Daqui a pouco eles aparecem e nos tiram daqui. Então pegamos o Rayleigh e vamos embora.
― Claro. Por que deveria me preocupar em estar preso num navio da marinha, não é mesmo? ― ironizou, enquanto também resolvera deitar por ali.
Mais uma risadinha divertida por parte do moreno fora ouvida e então o silêncio seguinte fora interrompido pelo som de chaves. Os dois prisioneiros olharam em direção à porta da cela, que agora estava sendo aberta.
― Desculpem a demora, mas tivemos que esperar todos irem dormir. ― um dos jovens marinheiros argumentou. Falava baixo, tomando cuidado para que não fossem flagrados.
― E foi difícil modificar a escala da vigia de hoje. Caso não tivéssemos conseguido mudar, vocês só sairiam daqui a dois dias. ― o outro completou no mesmo tom de voz, enquanto observava Zoro e Luffy se levantarem.
― Não esquentem com isso. ― o capitão pirata sorriu abertamente, demonstrando não se importar com a demora.
― Só vamos logo andar com isso. Faz dias que não damos notícia alguma. Os outros já devem estar surtando. ― lembrou o espadachim, que teve sua resposta num estralo de língua.
― Eles irão ficar bem. E a Nami não vai deixá-los vir, de qualquer forma. ― já andavam pelo corredor, em direção à cela do Rei das Trevas.
― O que te leva a pensar que ela não vai ser a primeira a querer vir? ― questionou de forma zombeteira, mas o outro apenas deu de ombros.
― Ela só não vai vir, oras. ― deu pouca importância ao assunto. O que fez Zoro menear a cabeça em negação com um sorriso divertido nos lábios.
― Achei que já estavam mortos! Seus lerdos. ― ouviu-se a voz debochada do terceiro prisioneiro do navio.
― E com quem você acha que está falando? ― brincou Luffy, fingindo indignação.
― Com um pirralho idiota que acha que pode falar assim com seu antigo mestre! ― respondeu em tom fingidamente repreensivo, se levantando. O que fez Luffy rir mais uma vez. Um sorriso gentil surgiu nos lábios do mais velho. ― Obrigado, Luffy. Por ter se arriscado por mim. ― agradeceu sincero.
― Shishishi. Não precisa agradecer, Rayleigh! Você é meu amigo! ― afirmou abrindo o sorriso que somente ele sabia dar. O sorriso tão iluminado e gracioso, conhecido por qualquer um que oferecesse sua amizade ao moreno.
― O reencontro tá emocionante e tudo mais, mas acho melhor irmos andando, não? ― cortou o imediato do atual Rei dos Piratas, alertando para o perigo que ainda enfrentariam.
― Zoro-sama tem razão! ― um dos revolucionários infiltrados concordou.
― Precisamos ir antes que os outros acordem. ― advertiu o outro.
― Então vamos de uma vez! ― o mais velho do grupo chamou, já caminhando em direção às escadas.
A fuga teria acontecido com sucesso se exatamente naquele momento, um terceiro marinheiro não tivesse entrado afobado pelo corredor escuro.
― Ouvi vozes e barulho aqui embaixo! O que está acontecendo?! ― exclamou, apressando-se em ligar as lamparinas do lugar. A cena que vira em seguida apenas o deixou em maior alerta.
Dois de seus companheiros estavam caídos, inconscientes, na madeira fria do andar. Luffy, Zoro e Rayleigh permaneciam de pé e agora em posição de ataque. Depois de passar o momento de choque para o pobre soldado, agilmente este correu para um lado e tocou o sino de tamanho médio pendurado por ali.
― Prisioneiros em fuga! Prisioneiros em fuga! Prisioneiros em fuga! ― gritava enquanto o som do objeto dourado badalava, ecoando o ruído alto pelo navio, acordando aos outros.
― Ótimo. Relaxa, Zoro. ― o espadachim resmunga para em seguida, agilmente, atacar o jovem, deixando-o também inconsciente. O comentário, contudo, apenas fez a risada do Chapéu de Palha ecoar pelo cômodo em lugar dos badalares do sino.
― Isso torna as coisas mais divertidas, não acha? ― perguntou, ainda sorrindo e já se encaminhando para as escadas, onde vários marinheiros de pijama já se encontravam. O caos pelo resto do navio a partir dali, somente cresceu e expandiu-se.
45 anos antes...
O fogo trepidava quente e barulhento à sua volta. A fina cortina de chuva que caía sobre a cidade não alterava em nada a intensidade das chamas e junto delas, era o único som ouvido por toda a extensão da cena de destruição. As gotas gélidas escorriam pela pele branca e fria do garoto, o único sobrevivente do que seria conhecido, a partir daquele dia, como o Massacre de Castle of Glass. A ilha país do South Blue conhecida por seu grande comércio de vidro e seus produtos.
As chamas que cercavam o distrito de Vênesis não assustava ao menino mais do que o silêncio que agora reinava no pequeno país. As lágrimas, que antes se misturavam à chuva, secaram-se e os olhos cor de âmbar haviam perdido o brilho que antes era soberano sobre a face do pré-adolescente. Junto do sangue que escorria, levado pela garoa, por suas vestes rasgadas e sujas, todo o medo e desespero deram lugar ao ódio e ao desejo de vingança. Nunca perdoaria àqueles que destruíram sua vida e terra natal. Jamais perdoaria qualquer desgraçado que se denominasse pirata.
Jamais.
(...)
Abriu os olhos e encarou o teto, enquanto ouvia as badaladas e a movimentação iniciando toda a algazarra que se seguiria por aquela noite. Levantou-se e tomando sua capa em mãos, vestiu-a, já se encaminhando para fora do quarto. E assim, com o logo de justiça desenhado caprichosamente em suas costas, rompeu pelo convés. Furioso e decidido.
Prometera jamais perdoá-los. E aquela nunca seria uma exceção.
(…)
Niger Flower, P.R.B Niger Flower
― Por que estamos invadindo o parque mesmo? ― sussurrou a princesa próxima ao espião, abraçando o corpo com os próprios braços, tentando evitar o frio que pairava sobre a cidade.
― Porque este é o único caminho até o teleférico. E não precisa ficar aos sussurros, princesa. Estamos sozinhos há mais de 2 km de circunferência. ― respondeu tranquilamente Hiasuki, que tinha as chaves do grande portão de ferro em mãos, as quais havia surrupiado do segurança que jazia inconsciente na calçada ao lado deles. ― A não ser que queira tornar as coisas mais sedutoramente divertidas. ― sorriu malicioso, o que fez a jovem se afastar imediatamente.
― A não ser que queira chegar atrasado, acho melhor deixar para flertar com a garota mais tarde, Hiasuki. ― Mabelly alertou, vestindo de forma elegante seu casaco de pele bege.
― Nunca pensei que fosse ficar tão excitado com uma mulher colocando uma peça de roupa, ao invés de tirá-la. ― voltou a sorrir, enquanto abria o portão, permitindo assim que Hana se esgueirasse o mais rápido possível para dentro, tentando se afastar da dupla.
Ela nunca saberia se conseguiria confiar nos mesmos ou não e aquilo a assustava de uma maneira bastante perturbadora.
― Sinceramente. Como você consegue transar com tantas mulheres diferentes com esse tipo de cantada? ― zombou a morena, entrando no parque.
― Ah. Nunca ouviu falar que elas sempre preferem os cafajestes? ― indagou já fechando o portão e o trancando, enquanto guardava o molho de chaves no bolso.
― Você extrapola os limites de um cafajeste, Hiasuki. ― retrucou calmamente enquanto se aproximava de Hana, que continuava a tremer de frio.
― Talvez seja por isso que elas amam tanto, não? ― sugeriu, sorrindo de lado. ― Quer provar para descobrir o porquê? Não me importo de me tornar objeto de estudo nas suas mãos. ― a malícia era tanta que o brilho nos olhos do homem pareciam com de um felino prestes a abocanhar sua presa.
― Talvez eu queira fazê-lo objeto de estudo sim. ― começou no mesmo tom anterior, caminhando graciosamente pelos ladrilhos do parque, Hana ao seu lado, muito quieta.
― Mesmo? ― animou-se, seguindo seus passos.
― Sim. Um estudo das mil formas de se torturar um pervertido sádico e psicótico. ― afirmou sombriamente, acompanhando o tom com um sorriso lateral e embora ela estivesse de costas para o homem, este sentiu mais uma vez um dos inúmeros arrepios na espinha que aquela mulher lhe causava.
Ah... como ele queria atacá-la ali mesmo, naquele instante.
Niger Flower, Cadeias Montanhosas
Não tinha tempo para pensar. Hirano já avançara mais uma vez, com a espada em posição, sem receio de perfurar os órgãos mais vitais do moreno. Seion desviara. Contudo, não rápido o suficiente para evitar o corte profundo em seu braço.
― Desgraçado! ― gritou em fúria, finalmente contra-atacando. O golpe embainhado em haki acertara o rosto do mais velho e, embora tenha sido forte o suficiente para fazê-lo cuspir sangue, não foi para diminuir sua agilidade.
Logo em seguida ao soco recebido, a espada de Hirano já rodava em suas mãos em sentido anti-horário, prestes a perfurar as costas do garoto, que percebendo o perigo rapidamente afastara-se, evitando o golpe fatal. Seion arfava, a dor em seu braço não ajudava em nada e a visão de Issa tentando conter o sangue de Nara também não permitia que o moreninho se concentrasse como devia na luta.
Ino e seu marido ainda permaneciam ao canto da sala, perplexos, mas agora sendo protegidos por Ken e Ayssa, que tentavam manter a concentração na luta e no oponente que tinham em frente.
― Seion! Eu preciso levar Nara daqui! Precisamos levá-la para um hospital agora mesmo! O pulso dela é praticamente inexistente! ― avisou desesperada, seu olhos insistiam em criar lágrimas e mais lágrimas.
― Como se eu fosse permitir. ― comentou tranquilamente o assassino, passando a língua pelo sangue de Nara que ainda restara em sua espada.
― Você vai pagar por isso, seu maldito! ― o Monkey novamente gritara furioso, embora não tivesse avançado novamente. Olhou para os dois companheiros atrás de si. ― Levem todos daqui. Encontro vocês na cidade. ― afirmou, sério, num tom de voz baixo, embora firme.
― O quê?! É claro que não! ― negou a atiradora do bando.
― Não vamos deixar você aqui sozinho com esse louco! ― completou o cozinheiro.
― Vão logo de uma vez, droga! ― gritou ordenando, de costa para os dois.
Os olhares espantados na face dos três companheiros refletiram o fato de nunca terem ouvido tal tom de ordem na voz do capitão. Ainda surpresos e perplexos, os jovens entreolharam-se e viram Ken afirmar positivamente em um meneio de cabeça, mesmo que todas as suas entranhas relutassem contra aquela atitude suicida do amigo.
Ken aproximou-se de Issa e Nara e suspendeu a morena em seus braços. Koota, o pai de Caleb, fez o mesmo com o filho e todos estavam prontos para saírem pela porta, quando o ruído de vidro se quebrando alcançou seus ouvidos. Hirano havia acabado de atirar sua espada contra uma das lamparinas que iluminavam a sala, partindo-a e permitindo assim que o querosene espalhasse-se pelo chão, junto às chamas que ofereciam antes sua luz. Tirando facas de seu casaco surrado e sujo, o psicopata passou a lançá-las contra cada uma das lamparinas do cômodo, formando assim um círculo de fogo no chão amadeirado, impedindo a entrada ou saída de qualquer ser que não quisesse morrer carbonizado, fazendo com que assim uma expressão ainda maior de desespero e perplexidade tomasse a face de cada um dos fugitivos.
Riki sorriu em meio à expressão sádica, trazendo novos arrepios aos presentes.
― Eu disse que ninguém sai.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo! ^^