O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 32
Capítulo 30 - Arco de Izra: De Presente Para o Mundo


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novo atrasado, pessoas! Muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender. :p Td de bom pra nois! O/
Aí está mais um capítulo, pessoal. Acredito eu que vou postar apenas um capítulo por semana mesmo. Comecei a assistir um anime e não acho que devo prometer mais que isso, se é que me entendem. ahueahuehauehaue'
Boa leitura! ;)



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Ilha de Izra, Novo Mundo

― Um dos meus marinheiros foi pegar a recompensa de vocês. ― Orlumbs acabara de se sentar à sua mesa e encarava os jovens, extremamente curioso. ― Hum... Sabo-san. Você é realmente tio desse garoto? Não sabia que tinha irmãos... ― Perguntou receoso.

― Mas é claro que sabia. Tive dois, o mundo inteiro sabe disso. ― Respondeu enquanto sentava-se de frente para o capitão da base.

― Mas... ― Orlumbs revisava seu olhar entre Sabo, que permanecia tranquilo, embora estivesse com pressa, e Seion, que ria de algo engraçado que Ayssa acabara de falar. ― Pelas barbas de Merlim! ― Gritou sobressaltado, ficando de pé no mesmo instante.

O grito fez com que os garotos encarassem Walter, curiosos, e o marinheiro que trazia uma pequena maleta, se assustar e derrubá-la, espalhando todo o dinheiro que nela continha pelo chão.

― Mas não pode ser! Como? Ninguém nunca soube disso, Sabo-san. Não é possível... É?!

Ayssa, Ken, Issa e Nara passaram a ajudar o marinheiro a catar o dinheiro que estava no chão enquanto Seion ainda ria do tombo que o mesmo havia levado ao escorregar nas notas. Nara não sabia se ria junto do primo ou o xingava por não estar ajudando. Estavam totalmente alheios à conversa de Orlumbs e Sabo.

― Tire suas conclusões você mesmo, Walter. ― O loiro pediu, tranquilamente. Ignorando completamente o tom de surpresa do marinheiro.

Orlumbs passou a observar melhor o garoto que ainda gargalhava ― agora pelo fato de Ken e Nara não pararem de discutir quem iria cuidar do dinheiro, ele ou Issa: a aparência física, o chapéu, a risada contagiante, o modo de agir...

Orlumbs fora um dos poucos marinheiros que teve a oportunidade de conversar amigavelmente com o temido e perigoso Rei dos Piratas Mokey D. Luffy. Era um revolucionário infiltrado na marinha e em certo momento, alguns anos atrás, encontrou com os Mugiwaras naquela mesma ilha em que se encontravam no momento. Na época era recém-nomeado capitão da base e, sob ordens do próprio loiro que estava agora à sua frente, procurou o Chapéu de Palha para passar algumas informações importantes.

Com certeza, Luffy do Chapéu de Palha não era, nem de longe, o monstro pirata terrível e cruel que as pessoas do mundo todo diziam ser. Na verdade, era a pessoa mais divertida e tranquila que conhecera na vida. E ali estava... Um garoto exatamente igual a ele.

Era inacreditável.

― Então ele é mesmo... Filho do Luffy-san? ― Orlumbs questionou ainda admirado.

Sabo sorriu mais uma vez.

― Sim. Mokey D. Seion. Filho do Luffy. E aquela ― apontou para a jovem espadachim que agora se levantava com os companheiros, ajudando o marinheiro a fechar a maleta ― É Roronoa Nara.

― Oh! Então o Zoro-san também teve filhos? ― Era uma surpresa atrás da outra.

― Sim. ― O ex-revolucionário respondeu simplesmente.

― Mas como... Como esses anos todos ninguém nunca ouviu falar sobre isso? Digo, esse garoto deveria ser realmente famoso! ― Exclamou Orlumbs voltando a encarar Seion que se aproximava da mesa.

― Oe, tio Sabo. O que você está fazendo aqui? ― Seion interrompeu a conversa dos dois se sentando na cadeira ao lado da de Sabo, cruzando suas pernas sobre a mesma, ficando em posição de lótus. Parecia deveras curioso.

― Vim aqui para pedir ao capitão Orlumbs um favor.

― Que favor?

― Seu pai não era tão intrometido assim. ― O loiro implicou.

― Mas a mãe é. ― Nara completou, sorrindo provocativa.

― Oe. Não fique falando da mamãe assim, Nara. Deixa só eu contar pra ela. ― Ele sorriu sapeca.

― Hum. Hum. ― Orlumbs interrompera. ― É... Ãh... Eu poderia lhe fazer uma pergunta, garoto?

― Faz, ué. ― O moreninho deu de ombros.

― Hum... Quem seria sua mãe? ― Ele questionou curioso. Na época em que conheceu Luffy, ele não parecia estar muito interessado em mulheres. Então como e com quem diabos arranjou um filho?

― Minha mãe é minha mãe, oras.

― Não seja idiota! ― Ken ralhou. ― Ele quer saber se a conhece.

― E eu é que vou saber se ele a conhece ou não? ― Seion respondeu impaciente.

― Gata Ladra, Nami. ― Sabo resolvera responder de uma vez e não pôde segurar o riso diante da expressão espantada do velho marinheiro.

― A N-Nami-san é mãe desse garoto?! Quero dizer... O Luffy-san e ela...? Eim?! ― Era informação demais.

Orlumbs estava perplexo e confuso. Não se lembrava de qualquer indício de que existia algo entre o Rei dos Piratas e sua navegadora. Seion, no entanto, tinha certo brilho nos olhos e então encarou a face de Walter, admirado.

― Oe, tio. Você conheceu meu pai?! ― Exclamou animado.

― E quem não conheceu seu pai, Seion? Já lhe disse isso! ― Ayssa girou os olhos para o teto.

― Não estou falando disso! ― Retrucou o moreninho aborrecido. ― Quero saber se ele conheceu o papai pessoalmente.

― Bem. ― Orlumbs sorriu. ― Tive algum contato com ele quando ele esteve em Izra.

― O papai esteve aqui?! ― É óbvio que a euforia do garoto aumentava a cada informação ganha.

― Claro que esteve! ― A essa altura, Walter também não podia conter sua animação em falar sobre aquilo. ― E vou te dizer, viu... Você não poderia ser mais parecido com ele! ― Sorriu gentil. ― Apenas seus olhos que não negam ser herdados de sua mãe.

O sorriso de Seion se alargara consideravelmente. Ele não conseguia medir a alegria que sentia toda vez que ouvia isso. Ser parecido com seu pai, tanto na aparência quanto na personalidade, com certeza era um de seus maiores orgulhos.

― Mas confesso que estou surpreso de saber que ele teve um filho e ainda mais com a navegadora dele! ― Walter sorriu num misto de diversão e euforia. ― Não fazia ideia...

― Quando você teve contato com os Mugiwaras eles ainda não tinham nada além de uma grande amizade, Walter. ― Sabo explicou. ― Na verdade, se não me engano, Luffy e Nami começaram a se relacionar romanticamente cerca de um ano antes dele falecer. Então é óbvio que você não fazia ideia. Ninguém fazia, nem eles mesmos. ― O loiro riu baixinho. Antes de ter conhecimento sobre o namoro do irmão, nunca imaginara que aquilo fosse acontecer.

― Oh sim. Agora compreendo. Mas... Céus! Isso é notícia para primeira página de jornal por vários dias seguidos! ― Seion e Nara fizeram uma careta engraçada ao mesmo tempo, o que fez Orlumbs rir.

― Olha, realmente não quero interromper sua animação em conhecer Seion, Walter, mas eu estou com um pouco de pressa e gostaria que resolvêssemos o quê vim resolver de uma vez. ― Sabo interrompera, antes que o marinheiro começasse a falar novamente.

― Oh! Claro, Sabo-san. Perdoe-me, por favor. ― Pediu tornando ao seu tom mais formal e subordinado. ― Diga, em que posso ajudar?

― Você está ciente dos vários ataques que vêm nos acometendo nas últimas semanas, certo?

― Ataques? Que ataques? ― Seion interrompera mais uma vez.

― Não interrompa, idiota! ― Ken ralhou, fazendo o moreninho dar língua para o mesmo.

― Você não soube, Seion? ― Sabo questionou surpreso. ― Bem, faz sentido. Se você soubesse, teria procurado seu avô assim que o penúltimo ataque aconteceu... ― Refletiu pensativo. ― Enfim, depois lhe conto. ― Voltou a encarar o capitão da base. ― Preciso que você reúna todas as informações sobre o paradeiro de todos os antigos marinheiros que no momento se encontram como fugitivos nessa região. Região a qual inclui Izra, Mont Noir, Niger Flower e Kokonattsuairando. Poderia fazer isso por mim?

― Sabo-san... Vocês suspeitam que os ex-marinheiros... ― Orlumbs encarava o Primeiro Conselheiro, pasmo.

― Ainda não temos certeza de nada, Walter. ― Cortou de forma ríspida. Não era seu costume agir daquela forma, contudo, aqueles dias estavam sendo um pouco estressantes. ― Pode fazer isso, por favor?

― Claro! Estou às ordens do Governo. ― Fez uma reverência respeitosa.

― Deixe disso. ― O loiro sorriu, agora um tanto mais gentil. Não gostava de todo aquele tratamento.

― Posso ajudar em mais alguma coisa, Sabo-san? ― O capitão voltou a se sentar, enquanto observava Seion conversar com os companheiros, depois de desistir de saber o que o tio estava fazendo ali.

― Nada mais, Orlumbs. Apenas peço que entre em contato diretamente comigo quando conseguir reunir as informações que pedi. Diretamente comigo, entendeu, não dê informação a nenhuma outra pessoa.

― Sim, senhor.

― Obrigada. ― Um suspiro cansado exalou de seu pulmão e então o loiro se levantou, se direcionando ao sobrinho.

― Vamos?

Os garotos estavam tentando resolver o que fariam com o dinheiro ― e no final de tudo acabaram se decidindo que guardariam por enquanto, pois o que eles já tinham dava para mantê-los no mar por mais algumas ilhas ― quando ouviram Sabo os chamarem.

― Yosh! Vamos. ― O moreninho voltou-se para Orlumbs sorrindo. ― Até mais, tio do bigode!

Aquilo foi o ponto crucial para Orlumbs gargalhar mais uma vez.

― Até mais, garoto. Foi realmente maravilhoso conhecer o filho do Luffy-san! Mas eu tenho a mera impressão que ainda vou ouvir falar muito de vocês.

Um sorriso radiante surgiu no rosto de Walter enquanto Seion saia acompanhado de seu tio e seus companheiros porta a fora.

Era bom saber que Luffy se fora, mas deixara um ser tão raro quanto ele mesmo de presente para o mundo.

Ilha De La Vuelta, North Blue

Já era hora de deixar o conforto da casa daqueles que lhe acolheram tão bem e agora Hana caminhava em direção ao porto principal da ilha. De fato, estava um pouco adiantada. O navio no qual ela iria zarpar só sairia dali à uma hora e meia.

Resolveu parar em uma lanchonete, já no litoral da cidade, para comer alguma coisa ― a viagem da casa de Keiko-san ao litoral era consideravelmente longa ―, quando uma manchete no jornal do dia de um dos clientes lhe chamou a atenção.

“Mais um ataque. Onde será que querem chegar?”

Assim que passou pela mesa do dito freguês, sem muita hesitação, se aproximou.

― Com licença, eu poderia dar uma olhada?

O homem vestido num terno azul marinho levantou seus olhos da prancheta que lia concentrado para encarar a dona da voz e só então percebeu que ela apontava para o jornal repousado sobre um canto de sua mesa. Acenou afirmativamente simplesmente e Hana pegou o jornal, passando a ler a notícia atentamente.

“Mais um ataque aconteceu. As vítimas da vez foram os integrantes da família Konock, cujo patriarca, Konock D. Ishoou é dono da grande rede de fábricas bélicas Fenikkusu no Buki, situada no País de South Park, no North Blue. Sua rede de indústrias é conhecida mundialmente por fornecer munição bélica para a marinha, assim como uma porcentagem considerável de todo o Kairouseki que a mesma utiliza em suas algemas e balas especiais. O ataque ocorreu nesta madrugada, por volta das duas da manhã. A casa da família foi incendiada e Ishoou, sua esposa e dois filhos foram assassinados em meio ao incêndio.

Esta é a quinta chacina no North Blue nos últimos dois meses, embora outras duas foram registradas no mesmo mar. Uma delas ocorreu há cerca de cinco meses e a primeira fora dez meses atrás. Os assassinatos têm destaque pelo terrível fato de aparentemente todos os alvos terem o famoso D. em seus sobrenomes. A cidade natal de Ishoou e sua família se encontra em luto total...”

Um aperto acometeu o peito de Hana, fazendo-a parar de ler na mesma hora.

Mais uma família havia sido assassinada. Mais uma família havia sido destruída por simples vingança.

Agora, mais do que nunca, a chama que mantinha acesa a determinação de seguir para o Novo Mundo e contar ao mundo todo quem estava por trás dos ataques estava pulsando em sua alma.


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Notas finais do capítulo

Até mais! *u*