O Depois de Draco Malfoy - DRASTÓRIA escrita por Sónoanonimato, Vic Scamander


Capítulo 9
Bar do Hagar


Notas iniciais do capítulo

Oie Puf Pufs! Esse cap está meio tedioso na parte do Draco, se quiserem pular para o Pov da Astória, tudo bem. Mas cara! Eu adorei escrever o Pov da Ast!
Beijos e boa leitura!



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BAR DO HAGAR

POV DRACO

– Então, vamos nos conhecer melhor! – fazia umas duas horas que caminhávamos por uma trilha ao redor do Lago Negro. Ninguém falava nada, só se ouviam nossos passos, o que estava começando a me deixar nervoso. – Que tal você começar, Julian?

O centauro olhou para trás, ele que estava guiando o grupo. Ele deu de ombros e olhou para frente.

– O que quer saber, humano?

– Não sei, eu só estou querendo puxar papo mesmo.

– Bem, sou Arnold Julian, tenho 45 anos, leciono na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts na matéria de Adivinhação. Fui convidado para trabalhar lá pela professora McGonagall desde que Firenze teve que partir para comandar nosso clã. Cuidado aqui, a terra está um pouco escorrega...- o centauro parou abruptamente.

– Por que parou, Julian? – perguntou Neville.

– Choverá daqui a pouco, sugiro que nos embrenhemos na mata pois a terra irá ficar uma lama por aqui, se entrarmos mais na floresta, as árvores não deixarão passar muita água através das folhas.

– Julian, você não acha que nos perderemos? Não será difícil achar o lago depois?

– Meu caro Rolf, a lama retardará nossa caminhada.

– Tudo bem! Você que manda! Ai que interessante! Sempre quis andar pela Floresta Proibida! Ainda acho que os bufadores de chifre enrugado moram aqui! – o Scamander estava bem alegre atrás de mim, Luna realmente achou alguém que a entendesse.

Virei para trás e vi Neville sorrir de canto. Começamos a nos embrenhar pela floresta até que a chuva começou, ouvimos trovoadas e de relance, vi um raio através de um espaço deixado por uma árvore caída. Pelo eco da floresta, a chuva estava forte, mas as árvores juntas eram uma boa proteção contra a chuva.

Ninguém quis conversar e eu estava com receio de tentar iniciar uma conversa novamente.

– Você estudou em Hogwarts não é, Draco?- Rolf quebrou o silêncio.

– Ah, sim. Mas fiz meu último ano em uma escola dos Estados Unidos. E você, Rolf? Não lembro de vê-lo em Hogwarts.

– Cursei a Academia Beauxbatons, que ao contrário do que muitos pensam, aceita meninos. Lá eles tem um ótimo programa de Estudo das Criaturas Mágicas! Me formei na Hungria e fiz um intercâmbio para a Inglaterra, onde conheci a Luninha, dois anos depois nos casamos. – estava explicado o forte sotaque, que não havia conseguido identificar. – Por falar nisso, como anda a senhorita Astória?

– Bem. É por causa dela que estou aqui.

Rolf deu um riso contido e Julian também, Neville parecia estar no mundo da lua, pensando. Estava absorto na conversa.

– Então, você já leu algum dos meus livros?

– Claro! Você é famoso na América! Um dos melhores biobruxiólogos, segundo o pessoal de lá. Achei interessante quando descreveu a anatomia dos grindlows e de que a gordura deles é semelhante aos dos testrálios, contém aquela substância chamada...

E eu e Rolf conversamos sobre os testrálios, grindlows e dos testes sendo feitos em criaturas no Ministério da Magia. Rolf também havia feito curso de medibruxaria e recusara substituir um antigo bruxo que estava no lugar de Astória.

– Ah, eu gosto daqui da Inglaterra e no Ministério da Magia há bons equipamentos para fazer minhas pesquisas. Mas se precisar de alguma ajuda ou conselho, pode me contatar!

Julian também quis entrar na conversa e o rumo foi se dirigindo para Adivinhação, esse cara, ou devo dizer centauro, realmente entendia das coisas. Sibila Trelawney mais parecia uma charlatã!

Neville volta e meia fazia alguns comentários, mas só. Nossas varinhas estavam acesas há bastante tempo, pois a floresta estava escura e já tínhamos até parado para fazer um lanche.

– Acho melhor descansarmos um pouco, senhores. Pela manhã, retomaremos a caminhada e iremos retornar à trilha ao redor do lago.

Montamos as barracas em uma clareira, Julian estava sem nada, apenas com uma mochila carregada de suprimentos, pois centauros dormem em pé. Concordamos em fazermos vigílias, primeiro é Julian, depois Rolf, então é Neville e por fim eu.

Entro na minha barraca e durmo rapidamente. Eu não estava muito acostumado com o fuso horário e como acordo cedo, não precisei que Neville viesse me chamar. Saí da barraca e ele estava um pouco distante, sentado e com a cabeça apoiada em uma árvore. Ele nem percebeu quando eu me aproximei.

– Acho que já está na minha hora de fazer a vigília.

– Oh, certo. Já estou indo para a barraca.

Longbotton se levantou e me fitou. Ele abriu a boca para falar mas logo fechou e negou com a cabeça. Ele começou a andar quando eu decidi perguntar.

– O que foi? Neville?

Ele parou quando eu chamei seu nome e eu fui em sua direção. O rapaz estava com a cabeça abaixada e estava gaguejando.

– Es-esque-esquece.

– Pode falar.

Neville respirou fundo e fechou os olhos.

– Eu estava me perguntando, você está trabalhando com bruxos excepcionais no ramo da medibruxaria, então eu fiquei pensando se...

– Continue.

– Você sabe se algum deles está trabalhando para a recuperação de memória ou algo do tipo?

Ah.

Lembro-me de ter visto Neville em uma ala do St.Mungus e quando perguntei à um colega de trabalho, ele me disse que Frank e Alice Longbotton eram pacientes há décadas da sessão psiquiátrica. Verifiquei a ficha deles, ficaram doidos depois que Bellatrix Lestrange usou várias vezes a maldição Cruciatus neles. Eles não conseguem se lembrar de muitas coisas e não guardam novas memórias.

É triste. Mas logo a medibruxaria avançará a um novo patamar.

– Neville, eu sinto muito. Mas são poucas coisas que temos. Há antibióticos sendo testados lá, muitas pesquisas estão avançando mas nada muito concreto ou comprovado. Olha, se quiser, eu posso te avisar quando começarem a testar o que for em pacientes. Pode ser?

– Uhum. Erh, obrigado Draco. De verdade.

Ele foi para sua barraca e eu fui montar guarda.

POV ASTÓRIA

O laboratório estava tranquilo. A sala ao lado foi restaurada rapidamente e eu estava dando uma olhada em algumas anotações de Draco. Eu havia pego os papéis do armário dele, se ele podia mexer nas minhas coisas, eu poderia fazer o mesmo certo?

Não consegui entender o objetivo de algumas coisas, como por exemplo: ele usou bezoar em uma poção sendo que bezoar serve para praticamente todos os males! Por que fazer uma poção à base de bezoar? Como assim?

– Cof, cof.

– Ah, oi senhor Staniswaff. O que faz aqui?

Ele rolou os olhos e bateu o rodo que segurava no chão.

– Ui. Vai passar o rodo em quem Stanis? – Gabriela apareceu dando um susto em nós dois. O velho homem ficou vermelho e entrou na sala. Oh, como eu havia esquecido! Mais cedo Tom deixara cair veneno de acromântula no chão e avisou que chamaria o zelador para limpar, já que ele não saía com magia.

Enquanto Staniswaff limpava o chão com o rodo que cada vez mais brilhava, era um rodo mágico para substâncias perigosas, eu arrumei as coisas enquanto Gabi me esperava na porta, o expediente já terminou a pouco.

– Então, quer sair?

– Claro! Vamos afogar as mágoas! Para o Bar do Hagar! Tu turu Ru!

– O que aconteceu? – segurei a mão dela, que aparatou para uma ruela estreita, onde um bar com luzes de LED na frente era a única coisa que iluminava.

– Digamos que aquele meu ficante que eu te falei não me ligou faz uma semana! E lembra que combinamos que uma semana era um prazo extenso! E ele não atende minhas ligações!

– Poxa, Gabi,sinto muito.

– Mas poxa! Por que eu não consigo entrar num relacionamento sério? No máximo um namoradinho de dois meses! E por que o Josh não atende minhas ligações? A gente costumava se encontrar duas vezes por semana!

– Como você disse, ele é um ficante, o Josh não devia achar que era sério também e partiu para outra, pensa assim!

– Não o defenda, Ast! Ele não merece advogada!

– Tudo bem. Idiota! Cafajeste! Idiota! Imbecil! Idiota! Não sabe o que está perdendo! Idiota!Vai se arrepender! Idiota! Sem noção! Eu já disse o quanto ele é idiota?

Consegui arrancar uma risadinha dela.

Já estávamos entrando no bar e sentamos em uma das cadeiras em frente ao balcão. No bar do Hagar tinha uma pista de dança, mesas de pôquer e de sinuca, uma decoração cheia de peles de animais ou peixes empalhados e algumas lareiras embutidas nas paredes. Era aconchegante no fim das contas, além do mais, o dono Hagar era bruxo e super simpático.

– Vou querer uma cerveja amanteigada. – ah e o Hagar vende bebidas bruxas, fazem sucesso entre os trouxas.

– Três doses de uísque de fogo. Aliás, traz uma garrafa de vodca junto com o uísque!

– A Gabi teve outra desilusão? – sussurrou Hagar, ele era alto e gordo, se assemelhava muito com aquele viking que mancava e que era amigo do pai do Soluço no filme “Como treinar seu dragão”.

– Sim. Olha, eu sei que não vai adiantar falar com ela que está exagerando, mas traz uma garrafa com pouca vodca misturada com bastante água, ela vai sentir um gostinho mas não vai perceber que está com muita água por ser bebida trouxa. Você sabe que ela não sabe ver muita diferença se tratando de bebidas trouxas.

– Pode deixar! – olhamos Gabriela ir até a mesa de sinuca e começar a jogar com uns homens. – E o Tom?

– Ele não toma coragem para falar nada. – suspirei – É uma pena. E hoje ele nem está aqui para ajudá-la, pegou três dias de folga, parece que uma prima vais se casar amanhã e ele é o padrinho.

– Ah. Eu vou indo. Tenho que preparar as bebidas, daqui a pouco a gente conversa mais, queridinha.

Fiquei reparando Gabi por bastante tempo. Ela era um pouco cega por não perceber Tom. Mas eu acho que ela percebe sim, só não acha que ele poderia querer algo com ela. Ele pensa o contrário, o coitado acha que Gabi é areia demais pro caminhãozinho dele.

– Ast, ela me chama até de Simon! As minhas irmãs são as únicas que me chamam assim e ela sabe disso, está claro que por mim ela sente apenas um amor fraternal, como se fôssemos irmãos! Nunca que ela me veria como um possível pretendente!

Tom já até tentou dar umas indiretas, mas Gabi não consegue perceber! Será que é coisa de brasileiro? Não perceber indiretas? Porque um dia falamos sobre casamentos enquanto almoçávamos:

– E aí, Simon? Você vai estar lá sentando no dia em que eu me casar?

– Não, Gabi. Eu vou estar do seu lado, no altar.

– Own, Ast! Ouviu? Ele vai ser o meu padrinho! Olha que depois eu tenho testemunha se você der alguma desculpa para não ir na cerimônia!

Pois é. A garota deu uma mancada graaaaande naquele dia.

Depois que a dita cuja bebeu tudo o que tinha que beber, deu umas cantadas ridículas em diversos homens do bar, eu e Hagar fomos para o segundo andar do bar arrastando Gabriela até uma lareira que estava ligada à rede de pó de flu e Hagar me ajudou a levá-la para a casa dela. Amanhã a morena terá uma forte ressaca. Deixei até uma poção para ressaca em cima da mesa de cabeceira ao lado da cama dela.

Quando fui para minha casa pensei no que Draco poderia estar fazendo agora. Espero que esteja bem pois se eles se desviarem do caminho podem até ir parar em um ninho de acromântulas! Espero que isso não aconteça!


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Notas finais do capítulo

Vocês apoiariam Gabi e Tom? Mas a história deles seria beeeem secundária, talvez com UM capítulo dedicado só aos dois, já que a fic é DRASTÓRIA.
Podem dar opiniões e sugestões!
E eu gostaria que vocês comentassem seus shippers favoritos da Nova Geração! Quando eu terminar esta fic, farei uma com os filhos dos nossos divos!
EU AMO: Rose+Scorpius; Lily+Hugo (lembrando que é comum casamento entre primos no mundo bruxo); Alvo+Roxanne e Dominique+James (Thiago, mas prefiro o nome dele na versão em inglês)
Comentem!!!!!!!