O Assunto Ainda Não Acabou escrita por RookQueen


Capítulo 3
Sequestro




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“Onde há muito sentimento, há muita dor”

O jantar de sexta-feira foi bem desconfortante, enquanto as crianças brincavam entre si, os adultos tentavam se manter racionais ao seus comportamento. Senhora Weasley tentava a todo momento deixar o clima mais amigável, mas apenas Ginny e Luna a ajudava nisso, bem, a loira fazia comentários nada apropriado ou nada a ver com a ocasião, o que acabava deixando as pessoas presentes mais desgostosas.

Neville, Draco e Angelina – esposa de George – agiam naturalmente, envoltos em uma conversa sobre quadribol. De vez em quanto o casal Potter e o senhor Weasley realizavam algum mencionamento a respeito do assunto.

Já em outro canto da mesa uma guerra fria era realizada entre George e Hermione, que fazia criticas indiretas a ela, o que era rebatido à altura também. Enquanto Harry tentava, em vão, chamar a atenção da castanha. Ele desejava ter um momento em particular com a amiga, para poder explicar o “mal entendido” entre eles, porém Hermione ignorava todas as tentativas do Potter.

Todavia, fora disso, nada estava estranho. No entanto como a vida deles não era sacal, o ápice da noite estava por vir.

Tayla apareceu na cozinha, onde todos os adultos estavam, com um pergaminho nas mãos. Hermione sorriu vendo que ela queria mostrar seu lindo desenho, contudo seu coração parou de bater quando seus olhos perceberam que não se tratava de um desenho e sim de um bilhete, as coisas só piorou quando a castanha reconheceu aquela caligrafia garrafal.

A mesma dor que senti você sentira de outra forma, talvez essa seja a razão de estarmos conectados.

P.S.: Você possui uma linda filha, seria uma pena se você perdesse dois de uma vez...

O bilhete não tinha assinatura, entretanto a castanha sabia a quem pertencia àquela letra, sem pensar muito Hermione se retirou as pressas da cozinha, assustando seu marido. Ela correu para a sala onde as crianças estavam a se divertir com um presente dado por George, Ted, Hector, os irmãos Potter - James, Alvo e Lilian - e os Weasleys - Fred II e Roxanne - , mas nenhum sinal de Peter.

A castanha temia o pior, contudo antes de alarmar o restante do pessoal, queria ter certeza do que estava acontecendo. Estava controlando seu emocional ao máximo, deixando apenas a lógica trabalhar nesse momento, não podia entrar em desespero.

–O que foi Mione?- Perguntou a amiga ruiva, que veio ver o que havia de errado com ela.

Não se teve resposta, a castanha subiu como uma louca a escada da Toca, abrindo e fechando as portas de cada aposento. Sentia seu corpo começando a responder a realidade, mãos tremulas, olhos arregalados, nó na garganta, lagrimas prontas para escorrerem em sua face.

Hermione voltou a descer as escadas, agora as pernas bambas, e encontrou, além de Ginny que ainda permanecia na sala, Harry e Draco.

–Você está bem?- Falou o loiro estranhando a expressão no rosto dela.

E mais uma vez ficaram sem obter uma resposta, Hermione atravessou a sala correndo, o que acabou atraindo a atenção do restante das pessoas na casa. Seu marido logo foi atrás preocupado, só tinha visto ela assim somente em duas ocasiões, e em nenhuma delas eram em momentos bons.

–Peter! Peter! Peter!- Gritou aflita, o procurando em volta da casa- Peter! Peter!

–Hermione, meu amor, se acalme- Pediu o loiro a segurando pelos ombros.

–O-O P-Peter, e-ele o l-levou, m-meu f-filho- Disse com a voz bamba.

–O que?- Falou pasmo.

Draco não soube o que dizer apenas a abraçou com força, enquanto ela se derramava em lágrimas, naquele instante todos já haviam entendido o que tinha acontecido. Molly estava nervosa abraçada ao marido, os Potters olhava aquela cena sem acreditar, o casal mais novo dos Weasleys se mantinha sérios diante da situação, e o casal Longbotton haviam voltado para dentro da casa, a fim de ficarem de olho nas outras crianças.

Harry se aproximou receoso da amiga que chorava nos braços do seu marido, tentava buscar a melhor coisa a se falar, mas ser bom com as palavras nunca havia sido o seu forte.

–Draco, traga-a para dentro, Molly irá preparar um chá para ela- Pediu senhor Weasley.

Todos retornaram para a sala, George e Angelina levaram as crianças para o seu antigo quarto, na intenção de entretê-las. Senhora Weasley e Ginny foram para a cozinha preparar o chá, durante o tempo em que os outros permaneciam na sala com uma Hermione soluçante.

–Não podemos achar que foi ele, não sabemos de nada ainda, talvez Peter esteja por ai se escondendo- Respondeu Arthur.

–Não sabemos de nada?! Isso prova alguma coisa para você?!- Berrou a castanha, jogando o pedaço de pergaminho que Tayla lhe entregou minutos atras- Você acha que Peter seria capaz de escrever esse tipo de coisa?! Ele nem sabe do que se trata, e por que ele se brincaria de se esconder sem o James, pergunte para o seu ele- Continuou- Tenha certeza que seu neto poderá confirmar o que estou dizendo. Pergunte.

–Não pode ser- Respondeu sem acreditar após ler o bilhete, passando o pergaminho ao genro.

Harry teve a mesma expressão, não havia mais duvida, por mais que eles não quisessem acreditar. Ele entregou o pergaminho ao Malfoy, que não tinha visto antes esse detalhe, Harry se ajoelhou de frente para ela.

–Eu prometo que vou trazer seu filho de volta, dou minha palavra- Disse ele.

(...)

Depois de todos esses anos sem ver seu pai, Peter ficou feliz em reencontra-lo, no primeiro momento em que o notou, pensou ser algum fantasma perdido após a sua renete morte ou algo do tipo, pois Rony está totalmente diferente do que ele podia se lembrar.

Estava magro, com os ossos aparente, marcando a face. Os cabelos e a barba estavam cumpridos, lhe dando um ar desleixado, mas foi pelos olhos verdes, carregados de sentimentos que Peter o reconheceu.

No segundo seguinte já estava em seus braços o abraçando, ele possuía inúmeras perguntas a fazer ao seu pai, contudo a única coisa que passou na sua pequena cabeça foi contar para a sua mãe que Rony havia voltado e que então eles poderiam voltar a ser novamente uma família. Entretanto seu pai o impediu a tempo, dizendo que queria fazer uma surpresa a ela, e com toda a inocência de criança Peter acabou acreditando. Antes de eles partirem, mandou que a caçula de Hermione entregasse um bilhete que a deixaria um tanto assustada, essa seria a tal surpresa.

Após isso, pai e filho entraram na lareira e foram engolidos pelas chamas verdes, só voltaram a aparecer em um local completamente sombrio e funesto. Rony o levou até um parte daquele lugar, que, particularmente, era três vezes pior do que o resto do local. Peter pode perceber que se tratava de um quarto, ele analisou o cômodo, não tinha janelas, nem um papel de parede que lhe agradasse, só uma cama velha e poeira. Muita poeira.

–Fique aqui e não faça barulho- Respondeu Rony.

–Pai, eu queria lhe fazer algumas perguntas- Comentou Peter torcendo o nariz igual a sua mãe em sinal de desaprovação com o estado deplorável do quarto.

–Não tenho tempo de respondê-las, somente fique aqui, calado.

–Mas, pai, e...- Rony o interrompeu.

–É melhor você obedecer, se não as coisas poderão piorar para o seu lado.

Ele soltou um sorriso sinistro para Peter que recuou alguns passos assombrado, quis saber o que significava tudo aquilo, Rony bateu a porta se divertindo com a expressão atônico dele. Depois de alguns minutos tentando raciocinar sobre que realmente estava acontecendo, Peter caminhou até a porta, porém sua tentativa de abri-la foi fracassada.

A porta havia sido trancada, voltou a não entender a razão disso, foi então que ele ligou os pontos, tinha sido raptado, e pior, pelo seu próprio pai.


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