“A liberdade e o amor são incompatíveis. Quem ama é sempre escravo.”

06 anos depois...

Harry estava sentado em sua cadeira, atrás de uma mesa no escritório do Quartel General dos Aurores, estava de forma relaxada, analisando seu batucar da pena sobre o pergaminho em branco. Depois que fez o que meses vinha planejando, se sentia estranho. Como se aquilo não tivesse sido o certo, mas ele acreditava que era.

Após todos saberem da noticia muitos o questionou, outra parcela condenaram o ato de Harry desleal, dizendo que estava a usar a sua influencia para conseguir algo. Entre outros e milhares de boatos que surgiram em seguida.

Em uma das ultimas noites, ele não consegui dormir, se retirou de ser quarto indo em direção à cozinha, onde havia tomado aquele cômodo como lugar de por as ideias em ordem nos últimos tempos. Monstro apareceu em seguida, atento aos barulhos inaudíveis do seu senhor.

Potter pediu para que o elfo preparasse um chá e a criatura obedeceu sem protestar, percebeu que havia algo de estranho com Harry, mas preferiu não questionar. Quando o liquido quente foi depositado em uma caneca na frente do Potter, o elfo saiu sem esperar por uma ordem de despesa.

Antes de entrar de cabeça em seu novo “projeto”, Harry tinha a impressão que o mundo e o destino esta sendo injusto, se sentiu na obrigação de fazer algo para mudar a situação. Ele quase enlouqueceu nessa busca incessante, contudo, depois de meses de investigação em todos os meios possíveis e instantes intermináveis de espera, havia conseguido.

Entretanto agora, se sentia vazio, culpado. Queria entendo o porquê de senti essas sensações, Potter apenas tinha feito o que acreditava ser certo. Então porque possuía o desejo de voltar atrás em sua escolha?

De repente a porta de seu escritório foi escancarada, o assustando, sabia que mais cedo ou mais tarde Hermione apareceria para querer explicações. Era aparente a fúria que irradiava dela, a amiga jogou um exemplar do Profeta Diário sobre a sua mesa, não precisou olhar para saber do que se tratava. Aquela matéria estava muito bem gravada em sua memoria, “Ronald Weasley está livre”, tinha que confessar que Rita Skeeter havia se superado dessa vez.

–Me explique o que significa isso?- Disse Hermione colocando as mãos na cintura.

–Você não é burra, sabe muito bem o que significa- Falou voltando a sua postura desleixada.

–Não acredito que você fez isso, pensei que éramos amigos.

–Rony também é meu amigo, e me senti na responsabilidade de fazer algo, você teve o seu final feliz- Respondeu começando a ficar irritado- Ele também merece o seu.

A castanha não sabia se sentia raiva ou pavor naquele instante, sentia se traída pelo seu amigo, ele havia a apunhalado pelas costas e nem se importava. E sentia medo por ter Rony livre.

–Onde ele está?

–Hermione, não comece a bancar a insensata, onde você acha que Rony esta?!- Disse Harry- Ele esta com sua verdadeira família.

–Se algo vier acontecer comigo ao algum membro da família Malfoy, fique sabendo que a culpa foi sua- Falou saindo do escritório pisando duro.

–Mione espere... Mione!... Hermione!- Gritou, mas ela não parou sua saída triunfante do Quartel General dos Aurores.

(...)

–Oh, querida, que surpresa- Disse senhora Weasley ao se deparar com Hermione na porta de sua casa- Deveria ter me avisado que vinha, teria preparado algo.

–Não é necessária, minha visita será rápida- Sem esperar um convite, ela adentrou a casa.

–Bem, fique a vontade- Falou desconhecendo esse comportamento estranho da castanha.

–Onde ele está?- Perguntou sem rodeios.

Senhora Weasley tinha sido pega desprevenida, desde que seu genro havia conseguido a liberdade de seu filho, ela temia a visita de sua ex nora. E Molly sabia que Hermione não estava ali para enrolação, conhecia aquela menina desde os onze anos de idade, tinha conhecimentos de sua intenções.

–Querida, eu conversei com Rony e ele disse que se arrepende de todo o mal que lhe fez, que queria voltar no tempo e corrigir seus erros.

–Por mais que eu queria acreditar, não posso, apenas eu sei realmente o que seu filho me causou.

– Rony está verdadeiramente sentido, dê uma nova chance para ele.

–O Rony que conhecia não existe há muito tempo, me diga onde ele está, quero apenas dar um recadinho para o seu filho.

Molly engoliu em seco, compreendia os motivos dela, também entendia os de Rony. Contudo, não podia deixar que ambos se encontrassem, não nesse momento, receava pelos dois.

–Desculpe querida, porém não será possível.

–Por que não?- Falou a castanha irritada.

–Por que ele não esta aqui.

–Onde está seu filho?- Perguntou Hermione de forma autoritária.

Senhora Weasley estava começando a estranhar esse lado audacioso dela, acreditava que a castanha queria muito mais do que conversar com Rony, sua voz estava carregada de crueldade, gostaria de saber o que haviam transformado esses jovens em algo que nunca pensou que seriam.

–Ele foi para a Romênia trabalhar com o Carlinhos- Respondeu Molly.

–Romênia?!

–Sim, estava sendo difícil para Rony permanecer na Inglaterra depois dos últimos acontecimentos.

–Quando ele foi?- Disse a questionando incessantemente.

Hermione poderia parecer irritante, entretanto o que queria era somente a certeza que seus caminhos não voltariam a se cruzarem, queria manter distancia do ruivo. Queria manter sua família segura. Pois sabia do que o Weasley era capaz de fazer, e ela tinha medo.

–Faz umas duas semanas- Falou senhora certa que aquilo era o correto a se fazer.

–Tudo bem, obrigada, vejo você no jantar de sexta-feira- Respondeu mudando totalmente a conduta.

–O-Oh, sim, farei o prato preferido de Peter.

–Okay, até sexta-feira- Despediu a castanha, deixando a senhora Weasley com uma sensação desagradável.

(...)

–Onde você esteve?- Perguntou Draco minutos depois de sua esposa ter chegado em casa.

–Estava resolvendo uns assuntos- Respondeu sentando na cama para retirar seu sapato alto que a estava a incomodando o dia inteiro.

–Que assuntos?

–Amor, não precisa se preocupar, não é nada de mais.

Hoje mais cedo eles haviam discutido sobre esse assunto, ele queria que Hermione esquecesse a matéria do Profeta Diário, que não fosse pedir explicação ao Potter, muito menos que fosse procurar o Weasley, todavia a castanha era teimosa. Malfoy tinha a segurado que nada de mal os aconteceriam, no entanto, como sempre, Hermione gostava de ter suas próprias certezas. Apesar de confiar na palavra de seu marido.

–Você foi atrás dele, não foi?- Comentou o loiro.

–Sim!- Disse, ela não gostava de mentir para Draco.

–Nós não tínhamos conversado sobre isso hoje de manhã, você prometeu.

–Me desculpa, mas tinha que fazer isso.

Ele se aproximou a pegando de surpresa, o loiro a deitou na cama, Hermione apenas obedecia aos seus comandos automaticamente, como se tudo que ele fizesse, ela sabia como responder.

–Você falou com ele?- Perguntou o loiro.

–Não, ele não esta no país, foi para a Romênia trabalhar com o irmão- Respondeu escrava de seus toques.

Ele adorava ver a castanha submissa, Draco após a torturar com inúmeras caricias calientes, por fim a beijou. Eles faziam isso com uma frequência além do normal, os anos que ficaram separados estavam sendo compensados por esses, o loiro largou seus lábios e foi em direção ao seu pescoço.

–Amor, deixe me tomar um banho primeiro, estou toda suada e suja- Comentou Hermione sem conseguir se largar dele- Vamos fazer isso mais tarde.

–Gosto de você de qualquer jeito- Disse alisando as pernas dela de forma feroz- A menos é claro, se você preferir fazer isso em outro lugar.

Sugeriu de maneira maliciosa, o que fez a castanha estremecer de excitação, Hermione nunca imaginou que seu casamento seria assim. Sexo todo dia. Três vezes ao dia. Duas vezes em cada transa.

Achava que seria aquela monotonia, dividiria seu tempo em trabalho, casa, filhos, marido, e quando desce tempo ao seu prazer. Contudo estava sendo melhor do que o esperado.

Draco se mostrava interessado nela cada dia mais, realizando juntos – na maioria das vezes o loiro a ensinada – experiências novas. Basicamente os dois estavam a reinventar o Kama Sutra, e com uma novidade, com novas posições.

–O que você propõe? – Falou Hermione de jeito sexy, do modo que o loiro gostava.

–Vamos tomar um banho, e lá eu te mostro.

–O que estamos esperando então- Respondeu o arrastando em direção ao paraíso.