All of Me escrita por PerfectBeOdd


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540669/chapter/4

–Certo Mel, preste bem atenção. –estávamos sentados no fundo da biblioteca, escondidos de todos os nossos amigos que por algum motivo resolveram ter crise de relacionamentos e resolveram nos sobrecarregar. –Está prestando atenção? –Albus resmungou e eu apenas arqueei a sobrancelha direita.

–Já disse que estou! Mostre-me logo. –cruzei os braços impaciente e o moreno sorriu antes de levantar uma foto que estava na sua mão. –Era isso? A Tartaruga do Nemo?

–Ah, o que foi? Ela é muito legal! –ele fez beicinho e eu não contive o riso. –Você só critica, cara.

–Você me chama para a parte menos habitada da biblioteca em pleno domingo para me mostrar a tartaruga do Nemo e você não quer que eu tenha uma reação “negativa”? –continuei gargalhando depois do que eu falei e apenas vi o Albus bufando e guardando a foto antes de me empurrar. –Deixando as brincadeiras de lado, posso te perguntar uma coisa?

–Claro, pode mandar. –nós estávamos sentados no chão da biblioteca, usando a prateleira atrás de nós como apoio. Eu fiquei um pouco calada olhando para os meus pés e o garoto me cutucou no ombro. –É sério, pode falar.

–Ah, foi mal. –eu ri. –O que você espera da vida? Sabe, lá na frente? –o moreno mordeu o lábio inferior e olhou pra frente enquanto parecia estar pensando. Eu fiquei o encarando e vi como seus olhos azuis ficaram nublados, eles pareciam o céu.

–Eu espero uma família, Mel. E espero ser feliz. –quando ele enfim respondeu, eu me surpreendi.

–Sabiam que vocês é um casal muito fofo? –arregalamos os olhos e olhamos para esquerda onde se encontrava uma garota loira de óculos grandes e um sorriso bonito. Eu e Albus nos encaramos com cara de assustados e depois voltamos a olhar para a misteriosa garota. –Estou indo. Tchau.

–Tchau, menina estranha que brotou aqui... –murmurei e depois voltei a olhar para Albus. Ele continuava com a mesma cara e depois de um tempo começamos a gargalhar.

–Eu sou a parte com a beleza do casal. –Albus comentou fingindo jogar o cabelo e continuamos a rir.

–Claro que não, eu que sou. Eu sou sempre a parte boa. –retruquei mostrando a língua pra ele.

–O que você quer dizer com isso? Eu sou uma ótima pessoa.

–Sua mãe fala isso pra você quando está em casa? –alfinetei.

–Claro que fala, que tipo de mãe ela seria se não falasse? –continuamos a rir e quando dei por mim o tempo já havia corrido. A noite já estava chegando e eu teria que voltar para a realidade que normalmente não o envolvia.

Quando cheguei ao Salão Principal fui metralhada de perguntas e apenas revirei os olhos tentando evitá-las ao máximo. Enquanto comia percebi que Dominique não estava muito animada e apenas bagunçava a comida no prato e quando pensei em me aproximar a mesma levantou e saiu correndo. Curiosa do jeito que sou, corri atrás dela e a encontrei perto do lago.

–O que foi, Domi? –murmurei.

–É o Zabini, Mel. –ela limpou as lágrimas e eu me sentei ao seu lado. –Eu sinto a falta dele. –Dominique e Zabini haviam namorado por uns seis meses antes do garoto de repente ter rompido com ela nas férias, mas isso só havia um mês. Eu sabia que os sentimentos da Weasley loira pelo sonserino eram grandes e que o amontoado de acontecimentos que os levou até o namoro foram imensos.

Eu a abracei com força e deixei com que ela chorasse o quanto quisesse, quando terminou ela apenas ficou com a cabeça deitada no meu colo olhando para o lago.

–Mel, tem alguém que você olhe e te traga paz? Não importa o que tenha acontecido. –ela me perguntou de repente. Eu fiquei quieta por um tempo pensando se eu tinha uma pessoa assim, mesmo sabendo que eu havia amado uma vez, a primeira coisa que me veio foi os olhos do Albus.

–Tem sim, Domi. –sussurrei.

(...)

Eu estava encostada na porta da entrada da minha sala comunal sem saber o motivo de não ter coragem o suficiente para adentrar. Na verdade, apenas estava sem vontade. Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos e resolvi que merecia um passeio pela escola.

Quando já estava na metade do caminho para o pátio me deparei com o Potter e uma sensação estranha dominou meu estômago e o meu coração. Eu respirei fundo e caminhei até ele.

–Não consegue dormir? –indaguei e me sentei ao seu lado no banco.

–Na verdade, nem consegui entrar na minha sala comunal. –Albus passou a mão pelos cabelos o bagunçando e eu quase levantei a mão para que pudesse arrumá-lo de novo, mas me contive.

–Sei bem como é. –ficamos em silêncio depois disso, um silêncio que não estava me incomodando nem um pouco.

–Albus.

–Melissa. –falamos ao mesmo tempo e rimos. –Pode falar você primeiro. –ele permitiu.

–Você sabe que nós... hm... já “tivemos algo”, né? –murmurei e ele concordou. E sem perceber eu estava começando a sentir uma vontade absurda de chorar. –E eu não sei o que estamos fazendo durante esses dias. Até mesmo durante as férias. Só pode ser brincadeira, não tem um nexo sabe? Todos sabem como você é, e como eu sou. E todo mundo implica e ...

–Melissa! –eu me calei assim que ouvi meu nome, mas não tive forças o suficiente para poder encará-lo. Percebi que Albus se levantou e depois se abaixou na minha frente para que conseguisse me encarar nos olhos. –Sabe por que estamos fazendo isso? –eu neguei com a cabeça. –Porque eu gosto de você.

Meu coração parou. Meus pensamentos pararam. Merlin parou. Até o mundo parou quando ele se confessou. Uma lágrima escorreu dos meus olhos e eu simplesmente não sabia o que eu deveria dizer. Com as mãos trêmulas levei até o rosto dele o acariciei.

–Quando descobriu isso? –indaguei quando encontrei a minha voz.

–Quando você parou de falar comigo e eu senti falta. –o que ele estava se referindo havia acontecido no ano passado quando nós havíamos dado errado, mesmo que nunca tenhamos nos tocado. Eu deixei que ele fosse embora e voltasse para outra sem nem ao menos lutar por ele, e os restos dos dias foi passado com a gente se ignorando pelos corredores. Depois tudo voltou.

–Você sabe que já me fez chorar, não sabe? –comentei.

–Eu sei disso e era por isso que eu não queria contar. Mas eu já não estava conseguindo guardar, uma hora eu iria falar. –eu fiquei encarando aquela imensidão azul clara como o céu quando amanhece e percebi que ele era o meu céu. Quando dei por mim já estava aproximando meu rosto do dele e devagar encostei meus lábios nos dele como se estivesse com medo que aquele momento fosse feito de sopro e se esvaísse pelas minhas mãos.

Seu beijo era doce e tinha um gosto também de saudade e curiosidade. Quando o beijo cessou, eu o abracei com força e engoli toda a vontade de chorar. Albus Severus Potter era o meu céu e era a incógnita na minha vida, pois eu não sabia se conseguiria fazer durar ou quando ele iria partir. Eu tinha medo o que o destino havia reservado para nós, mas eu estava ignorando esse medo porque naquele momento eu o tinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All of Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.