All of Me escrita por PerfectBeOdd


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e por favor, comentem, assim posso saber se estão gostando ou não. E o que eu devo melhorar.



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—Mel, o que você tanto escreve e sorrir aí? –Rose perguntou, fazendo com que eu me sobressaltasse e fechasse o caderno na hora. 

—Ah, nada não. É só uma coisa que encontrei na biblioteca da minha casa. –respondi e sorri para disfarçar o meu embaraço. Rose franziu o cenho e, por fim, concordou. Eu suspirei aliviada e passei os dedos levemente pela minha sobrancelha direita por estar envergonhada, sempre que isso acontecia, meu reflexo inicial era esconder o rosto. 

Quando Rose voltou a se concentrar no seu dever de Transfiguração, eu voltei a abrir o caderno e lá havia o comentário do Potter. 

“Me ignora não! Sei bem que tu curtia Backstreet Boys” 

“É uma banda trouxa! Acha mesmo que eu iria ouvir?” 

“Claro que eu acho.” 

Tell me whyI never wanna hear you say. I WANT IT THAT WAY” 

“ HAHA! Sabia que ouvia! Esse teu sobrenome de puro-sangue é só fachada. “ 

“Eles são uma lenda. Cala a sua boca! Todos tem a obrigação de conhecê-los. “ 

“Ih, ficou raivosa. “ 

Contive o riso e fechei o caderno para que eu pudesse me concentrar no trabalho que estava feito pela metade. Desde o dia em que eu entreguei o caderno para Albus a gente não parou de conversar e falar coisas idiotas por aí, o que estava sendo um pouco complicado porque isso já estava começando a chamar a atenção dos meus amigos. 

—Rose, não olha agora. –Sam sussurrou de repente e se colocou na frente da ruiva. 

—O que há? –perguntei olhando discretamente pra trás e me deparando com Scorpius Malfoy agarrado com alguma outra menina. Percebi que Rose começou a ficar tensa e Sam tentava de todos os jeitos animá-la. –Não te entendo, Rose, se gosta tanto dele, por que simplesmente não fala? 

—Você está louca, Melissa?! –Rose se sobressaltou. –Acha mesmo que vou me humilhar a esse ponto contando para um galinha daqueles sobre os meus sentimentos? 

—Você não tem nada a perder, tem? –arqueei a sobrancelha direita e pelos cantos dos olhos pude ver Sam balançando a cabeça e concordando comigo. –Pode ser que ele sinta algo. 

—Você sempre fala a mesma coisa, Melissa. Já está na hora de trocar a fita. –com isso, Rose guardou os pergaminhos e se retirou a passos longos, quando passou pela porta, que era onde Scorpius estava com a menina, a ruiva esbarrou nele com força e continuou seu caminho. 

—Mel... –Sam me chamou e eu levantei os olhos para que pudesse encarar a loira. Sam era o tipo de menina que era alta, magra e com os cabelos escorridos. Ela tinha os olhos escuros e um lindo sorriso. –Acho que você está sendo um pouco dura com a Rose. 

—Você acha? Porque eu não acho. –comentei enquanto começava a guardar as minhas coisas. –Eu só estou um pouco cansada de como as coisas estão indo, Sam. Rose poderia muito bem se declarar e acabar com esse parto, mas não, prefere sofrer no silêncio como se isso fosse resolver alguma coisa. Eu sei que o Scorpius gosta dela, mas o que ela tem é medo e isso é quase que inadmissível para alguém da casa da Grifinória. –Joguei a mochila por cima do ombro e ajeitei o cabelo com a mão livre. –Cansei que as pessoas têm a chance de ser feliz e simplesmente não a aproveitam. 

Sam ficou me encarando estática e depois acenou, concordando com a cabeça. Antes que eu me retirasse, a loira tornou a falar. 

—Acho que você deveria começar a ter um pouco de cuidado também, Melissa. –franzi o cenho, sem saber sobre o que a loira estava falando. –Sei que anda conversando com o Potter, e se eu fosse você tomaria bastante cuidado. Ele sabe ser charmoso quando quer e espero que você saiba o que ele faz. 

—Ninguém precisa me dizer porque o próprio já me diz, entendeu? –minha voz mudou e eu sabia que automaticamente havia recuado para a defensiva. –Eu sei quem e como ele é. Não precisa se preocupar. 

Sai da biblioteca irritada sem nem mesmo saber o porquê de tanta irritação. Caminhei para perto do lago e larguei as coisas no chão enquanto eu tentava puxar o ar com toda a dificuldade do mundo. Agachei-me e abracei as pernas enquanto passava a observava meu reflexo. 

—Sei bem como ele é... Sei bem até demais. –resmunguei e escondi o rosto. Há quem diga que não teve qualquer história entre mim e Albus, mas a verdade, é que no ano passado (no meu sexto ano) nós nos aproximamos estranhamente. Foi bem por acaso, e aos poucos tomou outras proporções. Eu me sentia atraída por Albus, mas o que aconteceu foi que uma de suas ex voltou e eu acabei cedendo pra ela, deixando que ela levasse o Potter sem nem mesmo contestar. Nas férias, que acabei passando com Rose, nós voltamos a nos encontrar e preferimos esconder nosso contato, mas como havia dito, não éramos os melhores nisso. 

Larguei meu corpo no chão e fiquei na posição de lótus, esperando me acalmar e a começar a refletir sobre o que fazer. Olhei para frente e foi quando reparei que do outro lado do lago, o Potter estava abraçado com alguma garota que eu não conseguia identificar. Sorri cínica e peguei o caderno na mochila e escrevi: 

“Acho que alguém tem que começar a ser mais discreto. Merlin está vendo essa pegação aí” 

Fiquei um tempo lá o observando, pensando o que nele me atraía tanto. Seriam seus cabelos rebeldes? Ou o fato dele ser um pouco encorpado? Ou ser bom em DCAT? Ou dele ser completamente louco pelo mundo trouxa? Eu simplesmente não conseguia entender o motivo. E mesmo quando eu o encontrava com outras meninas, eu não conseguia sentir tanto ciúmes pelo simples fato de saber que ele nunca me pertenceria. 

Balancei a cabeça tentando tirar esses pensamentos e me levantei para que conseguisse chegar à próxima aula. Sentei-me ao lado de Dominique e a Weasley loira sorriu pra mim e sorrateiramente pegou a mochila e tirou um pote dela. 

—Minha cara Alphen, trago para você um bolo de banana enviado dos elfos. –Dominique falou de maneira pomposa e me entregou um pedaço de bolo e pegou outro pra si. Nós escorregamos pela cadeira para tentar disfarçar ao máximo que não estávamos comendo. 

—Pelos céus, Weasley, esse bolo está muito bom! –retruquei. A garota riu e tratamos de comer o mais rápido possível antes que o professor de poções entrasse. 

O Potter entrou no último momento na sala junto com Bianca Houck que tentava ajeitar o cabelo da melhor forma possível. O garoto sentou na bancada da frente junto com Scorpius e o Zabini, e tentou ao máximo conter o sorriso sacana. 

A aula prosseguiu lenta e sem muitas coisas interessantes, o professor era tão velho que parecia que havia morrido e ninguém se deu o trabalho de avisá-lo. Com uma expressão entediante eu jogava os ingredientes do caldeirão sem me importar muito em procurar a maneira mais correta para terminar a poção para curar mordida de gnomo. Quando estava preste a amassar a ameixa que seria quase que a última peça, eu deixei a faca cair de maneira estrondosa no chão e quase como uma maldição me abaixei para buscá-la. 

Alguém pegou a faca antes de mim e quando olhei pra frente me deparei com olhos tão azuis quanto o céu no verão, e estes pertencia a ninguém menos que Albus Severus Potter. 

—Estava com ciúmes, Alphen? –o sonserino sussurrou enquanto me entregava à faca. 

—Nunca, Potter. –mostrei a língua para o garoto e voltei a me ajeitar na cadeira. Olhei pra frente e aquela imensidão azul ainda me encarava e foi então que eu percebi que o que me puxava sempre para o Potter eram seus olhos. Seus olhos que pareciam conter segredos, que pareciam me dizer palavras que ninguém mais era capaz de entender, seus olhos que simplesmente atraíam os meus. 


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Notas finais do capítulo

Então? Como está indo?



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