The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 47
Família “feliz”, claro...


Notas iniciais do capítulo

Oi. ^^
Eu só queria dizer... Obrigada pelo apoio pessoal, foi muito importante para mim. Estou melhor agora. Não irei esquecer, porque não se joga lembranças boas fora. Mas vou superar, afinal a vida não é feita só de ganhos.
Enfim, aqui está mais um capítulo. Espero que apreciem. o/
Essas novas notas do Nyah! ficaram tão bonitinhas...
Boa leitura.



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─ Queridos alunos. Com certeza estão se perguntando sobre esses três adolescentes ao meu lado. Eles chegaram agora a pouco para uma visita um tanto inesperada, eu admito. Eles na verdade não são de nosso tempo, são do futuro... ─ Ele faz uma pausa, dando espaço para os burburinhos recomeçarem. ─ Peço que não os incomodem com perguntas, pois eles não poderão responder todas elas. Apenas trate-os bem e tenha consciência de que alguns de vocês poderão ser pais ou familiares destes. E apesar da curiosidade, evitem pressioná-los. Agora, faremos a seleção deles antes do jantar, já que não sabemos por quanto tempo ficarão aqui. ─ Dumbledore termina, com um sorriso e vira-se para a professora McGonagall, entregando-lhe o chapéu.

─ Por favor, Minerva? ─ Ele pede.

─ É claro. ─ Ela assente. ─ Quem virá primeiro?

─ Pode ser eu. ─ Harry sugere. ─ Meu nome é Harry, Harry Potter.

─ Diga em voz alta, por favor, Sr. Potter. ─ Ela pede.

─ Eu sou Harry Potter. ─ Ele diz em voz alta e os alunos começam a olhar para a mesa da Grifinória.

─ Isso vai ser muito interessante. ─ Cochicho para Daphne.

─ Vai sim, com certeza. ─ Ela sorri de canto. ─ Para qual casa vai?

─ Sei lá. Vou deixá-lo decidir. ─ Aponto para o chapéu.

Harry coloca o chapéu na cabeça e todos prestam atenção para saber para qual casa o filho de James Potter iria. Demora uns minutos...

─ GRIFINÓRIA. ─ O chapéu grita e eu bufo.

─ Será que ele o ameaçou? ─ Questiono e Daphne dá de ombros. Apesar de meu comentário, não era surpresa Harry ir para Grifinória. Ele é um Grifinório nato assim como é um Sonserino de verdade.

─ Agora sou eu. ─ Ela sorri de canto. ─ Daphne Greengrass. ─ Diz simplesmente em um tom que dê para todos ouvirem.

O chapéu demora uns minutos também...

─ LUFA-LUFA! ─ Grita.

─ Hein? ─ Olho para ela incrédula e ela aponta para a mesa da Lufa-Lufa, onde uma garota igual a ela estava sentada a olhando curiosa. ─ Ah. ─ Murmuro, compreendendo. Sua mãe é da Lufa-Lufa, então.

Sorrio e vou até o chapéu.

─ Lyara Skyford. ─ Me apresento e coloco o chapéu na cabeça. ─ Oi, Dorival. ─ Digo a ele, mentalmente.

Meu nome não é Dorival, Lindsay. ─ Ele responde enfezado.

Quem se importa, Durvalino? ─ Desdenho e ele bufa.

É Orivalium, sua idiota. ─ Ele briga.

Que seja, Chuvalium. ─ Sorrio divertida. Claro que eu sabia que ele se chamava Orivalium, mas preferia Orival. Foi Helga que o nomeou, afinal. Eu apenas gostava de enfezá-lo.

Eu prefiro quando você está sendo educada e não cheia de gracinhas. Não é muito sábio me enfezar, Slytherin, mas disso você já sabe. ─ Ele ameaça. ─ Divirta-se na CORVINAL. ─ Termina gritando.

─ Isso não teve graça, Gabriela. ─ Digo a ele, indignada. Vejo que a professora McGonagall estava me olhando estranho e sorrio para ela. ─ Ele disse que é bi e que se chama Gabriela. Vai entender...

─ Certo... ─ Ela olha estranho para o chapéu. Caminho até a mesa da Corvinal e sento-me ao lado de um garoto que... Espera... Matt?

─ Oi... ─ Digo, avaliando-o. Será que é mesmo o Matt? Ele é mais velho do que eu pensava, hein? O Matt do passado apenas me olha com desdém e não responde. ─ Tsk. Quem diria que você seria um idiota no passado, Matt?

Ele desta vez olha-me chocado.

─ Me conhece? ─ Ele pergunta. ─ No futuro, eu quero dizer... Me conhece mesmo?

─ Não, apenas chutei seu nome. ─ Respondo sarcástica e ele me encara franzindo a testa.

─ Como alguém como você me conhece?

─ Alguém como eu? ─ Estreito os olhos, tentando esconder a mágoa. ─ Você não faz ideia de que eu seja, Matt. E pode acreditar, vai se arrepender de dizer isso. Eu sou muito mais do que você imagina e te conheço mais do que você pensa. ─ Dou um sorriso frio para a versão passado do meu namorado e olho para a garota ao meu lado.

─ Não foi isso que eu quis dizer, garota. É só que... ─ Ele tenta concertar, mas eu o ignoro.

Alguém como eu? O que ele quis dizer com isso? Não matar o Matt porque eu amo ele: esse tem de ser meu lema.

─ Oi. ─ Alguém fala comigo.

─ Oi. ─ Respondo olhando a garota.

─ Sou Diana Heartcrush. ─ Ela diz.

─ Prazer, Lyara Skyford. ─ Olho para ela. Ela se parece com a Luna... Será que...? ─ Conheço sua filha, a propósito. Não direi o nome dela, só direi isso. ─ Sorrio divertida.

─ Conhece? ─ Ela se empolga. ─ Ela vai se chamar Luna, eu acho. Gosto desse nome.

─ Bem, sendo assim... Acertou em cheio. ─ Dou uma risadinha.

─ Mesmo? Incrível! ─ Ela comemora.

Ainda sorrindo, olho para a mesa da Grifinória onde a maioria dos garotos está fazendo perguntas para Harry e em seguida olho para mesa da Lufa-Lufa, onde Daphne está conversando com a mãe.

─ Isso vai ser interessante. ─ Escoro minha cabeça em minha mão, sorrindo pensativa.

─ É. Vai... ─ Matt murmura e eu faço uma careta. ─ Vai ser mais interessante ainda descobrir quem diabos é você. Ou como me conhece... Ou porque é tão irritante...

─ Idiota. Não sei como eu pude... ─ Começo mas paro sem querer dar spoilers. ─ Vampiro velho. ─ Murmuro para ele entre dentes e ele me olha chocado.

─ Como é que... ─ Ele para no meio da pergunta e eu sorrio triunfante.

─ Não disse que te conhecia mais do que você pensava? ─ Vou me divertir muito por aqui.

─ Com licença? ─ Alguém diz, viro-me e me deparo com o Sean do passado que me olha franzindo a testa. ─ Você disse que seu sobrenome é Skyford?

─ Olá... Papai. ─ Dou um sorriso macabro. Minha vingança começaria agora. Quer algo melhor do que fazer Sean acreditar que é meu pai?

─ Você é mesmo minha filha? ─ Ele me olha incrédulo, mas depois parece pensativo. ─ Corvinal, hein? Nada mal. Inteligente como eu. Tem alguma ambição?

─ Muitas, mas não seria sábio divulgá-las. ─ Sorrio e ele sorri de volta.

─ Porque não está na Sonserina? ─ Ele pergunta.

─ Porque eu irritei o Orival e ele quis se vingar. ─ Dou uma risadinha.

─ Definitivamente minha filha. Quer sentar comigo na mesa da Sonserina?

Eu franzi a testa. Porque isso não foi como eu esperava? Era para ele ficar desesperado em ter uma filha, ou algo assim. Bem, não importa.

─ Eu suponho que não seria legal abandonar minha casa logo quando eu cheguei. Mas amanhã ou depois posso sentar lá rapidinho para conversarmos. ─ Sorrio para ele, que assente.

─ Certo. Você poderia me dizer quem é sua mãe?

Com um sorriso malicioso eu concordo. HAHAHA! Desculpa maninho, mas essa eu quero só ver...

─ O nome dela é Annia. ─ Digo satisfeita ao vê-lo empalidecer.

─ Annia Bellator? ─ Sean questiona em um fio de voz. ─ Vem comigo, agora temos definitivamente que conversar.

─ Que? Mas eu nem jantei? ─ Indigno-me. Mas ele me puxa pela mão, saindo do Salão comigo. ─ Qual é... É tão urgente assim?

─ Sim. ─ Ele replica. ─ Annia Bellator está comprometida, quer dizer, ela já tem um contrato de casamento. E eu realmente não consigo entender como ela teve você comigo. Jamais diga a alguém que é filha dela, ou o noivo dela me mata. Ele não alguém para se desafiar...

Eu fico pálida. Ele estava falando de meu pai? Ou seria outra pessoa? Mamãe deveria estar casada no futuro?

─ Quem é o noivo dela? ─ Encaro-o seriamente.

─ O nome dele é Tom. Tom Riddle. ─ Ele responde tenso e eu fico pálida.

Depois dessa, meu mundo caiu! Isso só podia ser brincadeira! COMO ASSIM MINHA MÃE ERA NOIVA DE VOLDEMORT? EM QUE MUNDO EU FUI PARAR, CARAMBA?

─ Tudo bem, tudo bem. Eu estava brincando. Você não é meu pai. É que você é o culpado por Harry, Daphne e eu estarmos aqui, então eu queria se vingar. Eu sinto muito! ─ Desespero-me, entregando o jogo. ─ Mas isso é verdade mesmo? Por favor, diz que não!

─ Era brincadeira? Não sou seu pai? Então porque perguntou quem era o noivo dela se ele é seu pai? ─ Ele franze a testa, parecendo curioso e um tanto frustrado. ─ Ele é seu pai, não é? Quer dizer... Tom deve ser seu pai.

─ Não, ele não é meu pai, Sean. Na verdade, minha mãe nunca se casou com ele. Eu nem sabia dessa história! Eu não consigo entender... ─ Digo com os olhos arregalados. Eu estava a ponto de desmaiar. Era um enorme choque para uma pessoa só aguentar.

─ Isso é estranho. Você não sabia mesmo? ─ Ele desconfia.

─ Não, eu não sabia. Eu sou filha de Hades, sua irmã. Eu nem sabia que minha mãe teve um namorado sem ser meu pai, caramba! ─ Respondo frustrada.

─ Minha irmã? ─ Ele parece chocado. Encaro Sean, irritada.

─ Será que dá para se colocar em meu lugar, caramba? Como assim minha mãe é noiva de Voldemort? ─ Murmuro entre dentes, com os olhos faiscando de raiva.

─ Merlin! O que será que aconteceu no futuro? ─ Ele se surpreende, aparentemente ignorando meu choque, raiva, pavor, insegurança, medo, curiosidade... Ou seja, o turbilhão de sentimentos que me dominavam.

─ Sean? ─ Alguém chama. Eu e ele nos viramos para ver quem falava com a gente. Era minha mãe. Droga, o que eu faço agora? ─ Ela é sua filha? Que incrível! ─ Ela sorri animada.

Parecia que eles eram melhores amigos... O que será que aconteceu? Era para minha mãe ser a esposa de Voldemort? Será que ela chegou a se casar com ele? Talvez quando ele “morreu” ela tenha fugido, ou ido embora para o Brasil... Mas como eu nasci então? Eram tantas perguntas, mas eu não encontraria as respostas aqui, afinal, ninguém as tinha.

─ Sim, ela é minha filha. ─ Sean mente e eu volto a prestar atenção ao meu redor.

─ Oi madrinha. ─ Sorrio, continuando a mentira de meu irmão.

─ Madrinha? ─ Ela arregala os olhos. ─ Eu tenho uma afilhada, isso é incrível! Diga-me, Tom deixa você chamá-lo de tio Tom?

─ Hm, bem... ─ A encaro desconfortável e ela ri, provavelmente entendendo errado o motivo de meu desconforto.

─ Deixe-me adivinhar... Ele não deixa, mas você o chama mesmo assim? ─ Ela sorri.

─ Er, tipo isso... ─ Respondo nervosamente, com um sorriso amarelo. Como foi que eu me meti nisso? EU PREFERIA MINHA IGNORANCIA ANTERIOR. MALDITO SEAN! EU TE MATO, SEU DESGRAÇADO!

O Sean do passado me dá um olhar feio, como se soubesse que eu estava falando, digo, pensando mal dele.

─ Não a olhe assim, Sean. ─ Minha mãe continua bem humorada, como se estivesse entendendo toda a situação. ELA NÃO FAZ IDÉIA DO QUANTO ELA FERROU MINHA VIDA! ─ Isso é tão legal. Acho que seremos uma grande família futuramente. Eu, Tom, nossos futuros filhos, você, sua garota e sua filha. Perfeito!

Depois dessa tenho vontade de me jogar no chão em posição fetal e apodrecer ali perante minha desgraça. Porque, Hades, por quê? Porque isso teve que acontecer comigo? Porque Voldemort tinha que se meter no meu final ─ nem tão ─ feliz?


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Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem, recomendem, sejam felizes... Afinal, isso me faz feliz também.
E só pra comemorar... Mais de 9000 visualizações. õ/ O que eu faria sem vocês? *-*
Um beijo. Amo vocês de coração! s2



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