The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 46
Um, Nove, Sete, Quatro.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente, postei ele super rápido porque não queria deixar vocês sem capítulo. Mas nem encontrei ânimo pra revisar nem nada. Estou super triste com a morte de meu papagaio, que eu cuidava dele desde pequena. Nem dá pra acreditar. Pode parecer banal, mas ele era muito especial para mim.
E minha mãe só me avisou agora, dá pra acreditar? Estou me acabando em lágrimas, mas mesmo assim, estou aqui.
#Luto.
Se encontrarem algum erro, por menor que seja, me avisem, por favor.
Amo vocês. Beijos e até o próximo!



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Após todas as confusões em que nós nos metemos no segundo ano, finalmente chegou as férias. Eu mal podia acreditar. Eu estava quase no terceiro ano! O tempo passa.

E eu ainda não conseguia esquecer aqueles malditos números que Sean me disse: um, nove, sete, quatro. Tentei ignorar e começar a planejar o próximo ano. E com isso comecei a lembrar de que este era o ano em que Sirius Black fugiria de Askaban. Lembrei também que Pettigrew estava no Gringotes. A isenção de Sirius não podia passar desse ano. Ele tinha que ser julgado e inocentado.

Mas eu sabia que se o Gringotes não conseguisse de imediato, ele fugiria por si só. Então só teríamos de nos concentrar em livrá-lo da morte. Prometi a mim mesma que não o deixaria morrer.

Era um dos últimos Marotos vivos. Remus e ele iriam viver e Harry teria sempre sua família com ele. Meu irmão merecia isso. A vida dura que ele teve nos Dursleys seria esquecida e ele seria feliz com nossa família.

─ Lya, o que acha que vai acontecer esse ano? ─ Perguntou Mione, deitada ao meu lado. ─ Ainda estou com aquela sensação estranha.

─ Sei lá, Mione. ─ Dei de ombros, pensativa. ─ Lembre-se que...

─ A culpa é do Sean. ─ Ela completou, rindo.

Eu, Matt, Sean, Harry, Gina, Mione, Ron, Daphne, Luna, Draco e minha mãe viemos passar as férias na Alemanha, assim como eu tinha pensado. Estávamos hospedados em uma das propriedades de Daphne, como uma forma dela se desculpar pela irmã dela nos dar um susto. Não que ela precisasse fazer isso, mas como ela insistiu, nem recusamos.

A mansão de Rowena Ravenclaw que era localizada na Alemanha, era na verdade um enorme palácio, o Palast der Weisen. Então não estávamos perdendo nada, afinal. Era uma réplica exata, tanto dentro como fora, do magnífico Castelo de Neuschwanstein.

Aproveitamos para visitá-lo também, mesmo sendo igual. Tirar fotos do original era mais legal. Além disso, visitamos o Palácio do Reichstag e a pedido de Mione, o Muro de Berlim. Mas nossos melhores tours foram para os locais mágicos da Alemanha, como a universidade mágica de lá, a Universität von Magie Starke.

Mione adorou conhecer o museu bruxo, Geschichte der Zauberei. Mas o que eu realmente gostei de conhecer foi o Himmel Hexfestung Furt, o maior shopping bruxo. Nossas férias estavam sendo incríveis, até mais do que eu pensava.

Enquanto eu estava deitada no carpete fofinho de um dos quartos do Palast, Harry entrou e se jogou no chão ao meu lado.

─ E aí? ─ Sorri para ele.

─ O que está fazendo? ─ Ele perguntou. Curioso, hein, Harry?

─ Estava pensando na vida e observando aquelas esculturas de elefantinhos de marfim. ─ Respondi.

─ Hey, vocês dois. ─ Daphne entrou sorridente. ─ O que estão fazendo deitados no chão? Sean pediu para que eu procurasse vocês...

─ É mesmo? ─ Harry franziu a testa. ─ Engraçado, ele mandou eu procurar a Lya...

─ Hein? ─ Estreitei os olhos. ─ O que será que ele está planejando?

─ Porque acha que ele está planejando algo? ─ Daphne perguntou curiosa.

─ Porque ele andou me dizendo umas coisas estranhas.

─ Tipo? ─ Harry perguntou confuso.

─ Tipo uma sequencia de quatro números: um, nove, sete, quatro. Tentei ver qual o nexo nesses números, mas nada explica. Parece algum tipo de código, mas se ele está esperando que eu resolva algum enigma ele está ferrado. Não estou com a mínima vontade de pensar em mistérios. Isso já me deu muitos problemas! ─ Suspirei.

─ Bem, esses números parecem não ter nenhuma ligação com isso. ─ Daphne se frustrou. Uma Mione 2, estamos perdidos!

─ Sabe, se fosse um, nove, nove, quatro, poderia até ser 1994, o ano em que estamos. ─ Harry ponderou.

Sentei-me subitamente, congelada.

─ Que foi? ─ Harry se assustou.

─ Ano? Ah, não... Ele não faria isso... Faria? ─ Pensei. ─ Droga, ele faria! ─ Conclui.

─ Do que você está falando? ─ Daphne perguntou sem entender.

─ Eu acho que Sean quis dar uma data, ou melhor, um ano. 1974. Agora eu só não sei o motivo. ─ Expliquei.

─ Meus pais estavam no quarto ano... ─ Harry murmurou.

─ Os meus também. ─ Daphne comentou, sentando-se no chão. Harry levantou o tronco, sentando-se também.

─ É Sean e minha mãe também. ─ Dei de ombros. ─ Será que isso tem a ver com nossos pais?

─ Vem cá, você não disse que não tinha interesse nenhum em resolver algum mistério? ─ Harry arqueou uma sobrancelha.

Eu apenas dei de ombros e Daphne riu.

─ Agora me interessei. Qual o problema? ─ Mostrei a língua.

─ Nenhum. Mas agora estou curioso também... ─ Ele murmurou.

Um barulho soou atrás de nós e nos viramos ao mesmo tempo. A porta tinha sido trancada por fora.

─ Que diabos? Sean? Sei que é você, imbecil. O que está fazendo? ─ Questionei olhando para a porta.

─ Vocês descobrirão em breve. ─ Disse ele e pelo seu tom de voz, ele estava sorrindo. ─ Uma contagem regressiva está começando. Um... Nove...

─ ISSO NÃO É CONTAGEM REGRESSIVA? SEU SEM NOÇÃO! ─ Gritei levantando-me do chão junto com Daphne e Harry.

─ Nada tem noção por aqui, Lya. Achei que soubesse disso! ─ Ele riu. ─ Sete...

─ EU VOU TE MATAR SEAN! ─ Ameacei.

─ Quatro... Boa viagem! ─ Ele terminou.

─ O QUE QUER DIZER COM ISSO? ─ Daphne se pronunciou.

─ PARE COM ISSO! ─ Harry gritou. ─ SEJA LÁ O QUE FOR...

Ele não conseguiu terminar, pois a sala começou a girar. Ouvi o som dos elefantinhos de marfim se espatifar no chão e quis chorar, porque eles eram tão bonitinhos. Antes mesmo que a aventura começasse, eu já tinha aprendido uma nova lição, bater em seus irmãos sempre pra eles nunca aprontar com você.

Senti Daphne e Harry segurar meu braço, mas eu não conseguia vê-los. Acabou que eles acabaram soltando-se de mim, o que me fez entrar em pânico.

─ Mas que merda! ─ Gritei ao cair no chão. Ergui os olhos para observar meus arredores e constatei que eu estava em Hogwarts. ─ Filho da mãe! ─ Murmurei entre dentes, levantando do chão.

─ Hey, você... O que está havendo aqui? Ouvi um barulho estranho... ─ Alguém perguntou vindo pelo corredor. Olhei para a pessoa e não a reconheci. Ele estava com o uniforme da Lufa-Lufa.

─ Er... Eu tropecei. ─ Respondi me encolhendo. ─ Pode me responder uma pergunta?

─ Tropeçou? ─ Ele prendeu o riso e eu o olhei feio. ─ Claro, pode sim. ─ Disfarçou ter achado graça.

─ Em que ano estamos mesmo?

Ele me olhou incrédulo.

─ Você tropeçou, certo? Não me diga que perdeu a memória...

─ Responda-me e eu te digo. ─ Sorri de lado.

─ 1974, é claro. ─ Ele revirou os olhos.

Congelei por uns segundos, antes de improvisar.

─ Certo. E seu nome é...?

─ Nikolai Edgecombe. ─ Respondeu desconfiado.

─ Ok, Edgecombe. Mais uma coisa... Você poderia dizer-me onde fica o escritório do diretor? ─ Perguntei direta.

─ Não. ─ Retrucou. ─ Pelo visto, você não é daqui, então eu não...

Lembrei-me na hora de que provavelmente o escritório de Dumbledore ainda era no mesmo lugar.

─ Não importa. Já lembrei! ─ Dei de ombros e fui a sua direção, passando por ele e indo para a direção em que ficava o escritório do velhote.

─ Espera... ─ Ele gritou vindo atrás de mim. ─ Qual é o seu nome, garota? Não pode ir assim direto pro escritório de Dumbledore... Escute, eu sou um monitor.

─ Escute você, estúpido. Não ligo pro que você é nessa budega, eu quero falar com Dumbledore, então apenas deixe-me. Obrigada pelas informações, mas agora não preciso mais de você. Suma! ─ Respondi sem olhar para ele.

─ Mas... Mas nem ir comigo para Hogsmead você quer? Quer dizer, hoje é sexta... Sabe, amanhã é sábado... ─ Ele se embolou, constrangido. Olhei para ele incrédula e depois bufei, prendendo o riso.

─ Desculpe Edgecombe. Eu sou comprometida. E mesmo se eu não fosse, você não faz meu tipo. ─ Fui direta sem nem ao menos fingir estar com pena. Eu não estava mesmo...

─ Lya! ─ Alguém exclamou, vindo até mim. Era Daphne e Harry. ─ Tem algo muito estranho acontecendo... ─ Harry continuou.

─ Eu sei. ─ Interrompi. ─ Vem comigo. Vamos falar com Dumbledore. É tudo o que podemos fazer. ─ Disse, a contragosto.

─ E quem é esse? ─ Daphne perguntou com desdém.

─ Um monitor da Lufa-Lufa. ─ Dei de ombros. ─ Tchau, Edgecombe. Como eu disse, não preciso de você. ─ Sorri friamente para ele, que olhava para nós três, incrédulo.

Quando vi, já estávamos quase à frente do bichinho estranho que guardava a entrada da sala do Dumby.

─ Não me importo com qual é a senha. Apenas saia, ou eu te explodo, Puerico. ─ Chamei-o pelo nome que Godric deu quando o criou.

─ Sem educação. ─ Ele resmungou, afastando-se e liberando a entrada.

─ Olá, Puerico. ─ Daphne sorriu. Puxei-a junto com Harry antes que começassem a conversar com o bicho. Bati na porta de Dumbledore, que mandou abrir.

─ Quem são vocês? ─ Ele perguntou curioso, mas logo olhou estranho para Harry. ─ James Potter? Seus olhos estão diferentes...

─ Hm, não. ─ Harry respondeu desconfortável. ─ Meu nome é Harry.

─ Viemos do futuro. 1994, para ser exata. ─ Falei de supetão. ─ Meu nome é Liyarah Skyford, ele é Harry Potter e ela, Daphne Greengrass.

─ Do futuro? ─ Dumbledore pareceu chocado. ─ O que vieram fazer aqui?

─ Foi um acidente. Tocamos em algo estranho, então tudo começou a girar e paramos aqui. ─ Menti perfeitamente e ele pareceu acreditar.

─ Bem, isso explica tudo. Deve ter sido um vira-tempo desregulado. ─ Ele ponderou. ─ Só temos algo a fazer, então... Disfarçá-los como estudantes.

─ Não seria melhor apenas dizer a verdade? ─ Dei de ombros. ─ Não é como se fossemos contar nada mais do que nossos nomes e quem são nossos pais.

─ Bem, isso é uma possibilidade muito boa. Está quase na hora do jantar, então irei apresentá-los. ─ O velho sorriu.

─ Em que casa ficaremos? ─ Daphne perguntou curiosa.

─ Bem, levarei o chapéu e ele os selecionará novamente. ─ Dumbledore deu de ombros.

─ Não podemos apenas ficar em nossa antiga casa? ─ Eu franzi a testa.

─ Uma pessoa muda quando passa pelas barreiras do tempo, Srta. Skyford. ─ Ele sorri misterioso.

─ Se você diz. ─ Dou de ombros.

Caminhamos junto com o velho até o Salão Principal, onde uma boa quantidade de alunos já estava. E todos eles olharam para nós quando entramos. Dumbledore fez aparecer três cadeiras a mais na mesa dos professores, aonde sentamos e esperamos todos sentar.

─ Albus? ─ A professora McGonagall pergunta ao chegar lá e nos ver. ─ Quem são eles? E porque o garoto se parece com o Sr. Potter?

─ Agora não, Minerva. Você logo irá descobrir! ─ Ele sorri.

Quando todos os alunos chegaram e os burburinhos a cerca de nossa presença se acalmaram, ele se levanta.

─ Queridos alunos. Com certeza estão se perguntando sobre esses três adolescentes ao meu lado. Eles chegaram agora a pouco para uma visita um tanto inesperada, eu admito. Eles na verdade não são de nosso tempo, são do futuro... ─ Ele faz uma pausa, dando espaço para os burburinhos recomeçarem. ─ Peço que não os incomode com perguntas, pois eles não poderão responder todas elas. Apenas trate-os bem e tenha consciência de que alguns de vocês poderão ser pais ou familiares destes. E apesar da curiosidade, evitem pressioná-los. Agora, faremos a seleção deles antes do jantar, já que não sabemos por quanto tempo ficarão aqui. ─ Dumbledore terminou com um sorriso e virou-se para a professora McGonagall, entregando-lhe o chapéu.


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