The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 42
Bônus ─ Surpresa de Aniversário


Notas iniciais do capítulo

The Heiress teve quase 150 comentário, tendo apenas 28 capítulos e 38 acompanhamentos. Poderia até ter mais se eu não tivesse dado uma fraquejada feia e parado de postar por quase um ano. :P Mas, TH2, que já passou de 40 capítulos, o dobro do que TH1 tinha, com quase o mesmo tanto de acompanhamentos (34), tem só 120 coments. Não estou reclamando, sério mesmo. Na verdade estou grata pelas incríveis pessoas que gastam seu tempo lendo a fic, tendo o prazer de comentar e me fazer feliz... Eu só queria saber se o rumo que estou tomando está deixando vocês felizes, se estou realmente agradando vocês...
Façam um esforço, nem se for pra comentar um oi. Eu queria ao menos saber se os 34 acompanhamentos estão ali só de enfeites, ou se tem realmente alguém lendo e gostando. Eu escrevo a fic com tanto carinho, queria receber o mesmo carinho de vocês.
Mas, SEM PRESSÃO! hihihi
Enfim, aqui está o bônus. Boa leitura! *-* s2



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[Bônus] Surpresa de Aniversário

POV. Matt

Eu havia acordado mais tarde do que o normal. Minha mãe, Janet ─ adotiva, mas mesmo assim, mãe ─, estava cantarolando na cozinha. Subitamente lembrei-me que dia era hoje: meu aniversário, 23 de julho.

Faltava pouco mais que uma semana para eu voltar para Hogwarts e ver a Lya. Eu tinha certeza de que ela sabia quem eu era, eu já havia dado as dicas antes no Acampamento. Mas hoje, tudo o que eu queria, era que ela estivesse aqui. Eu duvidava que ela soubesse que era meu aniversário, mas mesmo assim...

Suspirei, procurando forças para sair da cama. Quando as encontrei, ─ ah não! Vou mesmo ter de levantar! ─ fui me arrumar e então saí do quarto. Assim que pisei na cozinha, minha mãe veio logo me abraçar.

─ Matt, meu amorzinho! ─ Ela me apertava. ─ Bom dia, querido. Feliz aniversário!

Sorri para ela, abraçando-a de volta e dando um beijo em seu rosto. Cabelos loiros, olhos azuis brilhantes e um sorriso encantador. Eu jamais se esqueceria de minha amada mãe. Ela era uma das coisas mais preciosas que eu tinha, assim como minha Lya.

─ Obrigado, mamãe. Bom dia! ─ Cumprimentei-a.

─ Eu fiz seus pratos preferidos para o café da manhã, meu bem. Panquecas com calda de chocolate, seu leite com mais chocolate do que o normal e é claro, sua bebida extra, a mais do que favorita. ─ Disse ela, indo até a mesa, com um sorriso no rosto.

─ Minha bebida extra? ─ Perguntei franzindo a testa. ─ Mãe! Você não... Onde arrumou isso?

─ Tenho meus meios, Matt. Agora coma! Temos muito a fazer. ─ Ela sorriu, não respondendo o que eu queria saber.

Sangue. Ela tinha arrumado sangue. Onde diabos minha mãe arranjou sangue? Às vezes era um saco ser vampiro, porém ter uma forma humana tinha muitas vantagens. Uma delas era raramente precisar de sangue. Mas já estava passando da hora de eu me alimentar. Peguei a garrafa térmica e a aproximei do nariz, inalando fortemente.

Rapidamente, a garrafa voou de minha mão, tamanho meu choque. Apertei minhas mãos em punho, sentindo um profundo terror me envolver. Eu jamais havia me descontrolado daquela forma.

─ Matt? ─ Minha mãe se assustou. ─ O que tem de errado com sua bebida?

─ Mãe... A pessoa... Esse sangue... ─ Comprimi os olhos, mas logo relaxei. Tinha que ser ela, claro. ─ Você recebeu esse sangue de alguém, certo?

Minha mãe suspirou, sentando-se a minha frente.

─ Uma garota bonita veio aqui, dizendo que era um presente de aniversário. Pensei em recusar, mas ela jurou pelos deuses que não te faria mal. ─ Ela contou. Seus olhos azuis brilhavam em preocupação. ─ Será que... Ela me enganou?

─ Não é isso. ─ A tranquilizei, porém sentindo-me frustrado. ─ Ela é... Minha namorada. ─ Limpei a garganta, constrangido.

─ Oh, isso é maravilhoso! ─ Mamãe sorriu alegremente. ─ Mas, você não se sentiria bem ao beber o sangue dela, certo?

─ Er... ─ Fiquei vermelho. Eu não poderia explicar isso, de forma alguma! ─ Na verdade ela tem um cheiro muito bom, mas acho que... Bom, não importa mãe. Apenas ignore esse acontecido, certo?

Peguei a garrafa novamente e com um feitiço a fiz desaparecer. Eu a guardaria para muito, muito, muito, muito mais tarde.

Após isso, mamãe ficou me importunando com perguntas sobre Lya. Fiz um esforço para resumir a Lya: linda e irritante; uma versão feminina de Hades, porém ela deve ter a benção de Afrodite, porque sabe ser romântica, graças aos deuses! Ela era perfeita. Eu me apaixonei por ela desde a primeira vez que a vi, quando ela fez uma cara estranha de irritação. E descobri que a amava quando ela me deu a primeira patada. Trágico!

─ Matt, agora que você já comeu, vá ao mercado para mim querido? Compre uma cartela de ovos, farinha e açúcar. O resto eu tenho em casa! ─ Mamãe pediu-me e eu sorri ao adivinhar pra que eram essas coisas.

Ela ia fazer um bolo. Aposto que seria de chocolate, que era meu favorito. O de baunilha vinha em segundo lugar.

─ É claro mamãe. Volto logo! ─ Falei e sai de casa, indo em direção ao mercado que ficava a uns cinco quarteirões.

Porém, uma sensação incômoda me dizia que eu estava sendo seguido. Olhei para trás, para os lados, para baixo e até para cima, mas não achei nada. A não ser que uma formiguinha carregando uma folha conte como perseguidora.

Quando eu estava quase chegando, antes de virar a esquina, senti algo escurecer minha visão. Uma venda foi colocada em meus olhos e antes que eu pudesse me livrar, meus pulsos foram amarrados e eu fui jogado em um saco. Sim, em um saco.

─ Pegamos o garoto, Scott. E agora? ─ Uma voz masculina perguntou.

─ Agora damos o recado, Hitler. ─ Outra voz respondeu. Arregalei os olhos, mesmo não enxergando nada por causa da venda. Hitler? Essa é boa. Eu estava sendo raptado por malucos!

Ouvi um dos caras digitando algo num celular, logo em seguida o barulho de uma ligação soou. Estava chamando. Logo um zumbido soou.

─ Alô, câmbio? Boss! Pegamos o garoto. E agora?

Outro zumbido soou. Meus ouvidos ardiam por causa do barulho horrendo. Quem quer que fosse sabia sobre minha audição vampírica e tinha se prevenido.

─ Certo Boss. Câmbio desliga.

Eu não acredito nisso! Quem era esse Boss? Porque eu estava sendo raptado? Lya vai rir tanto da minha cara se ela descobrir... Droga, ela nunca vai descobrir isso. Nunca!

Fui arrastado dentro do saco para, provavelmente, um carro. Sim, era um carro. Tive a confirmação quando ouvi o barulho do motor sendo ligado.

O motorista era mais doido do que as três irmãs da carruagem da danação. Mas isso não era o pior. O pior foi quando ligaram o som e começou a tocar uma música horrível em alto e bom som. Provavelmente a intenção deles era me torturar em quanto não chegássemos até o tal Boss.

Um dos caras soltaram uma gargalhada.

─ Hitler, meu amigo. E o encontro ontem? Como foi?

─ O encontro? Que encontro? Ah, sim o encontro... Então, o encontro...

Tive vontade de gritar o mandando calar a boca e parar de falar tanto a palavra “encontro”. Mas, minha boca também estava tampada.

─ Ah, Marcy é uma loucura. O jeitinho que ela anda...

─ Ou quando ela balança os ossinhos, Hitler...!

─ Sim, uma perdição, Scott.

─ Infernal!

─ Até demais.

A conversa sem sentindo dos malucos foi interrompida com uma freada brusca.

─ Ih, Scott... Acho que errou o caminho! Boss disse que era pista dois.

─ Não, não, Hitler. Era a três.

─ Dois.

─ Três.

─ Dois.

─ Três.

─ Ah, quer saber, vamos pela pista um.

─ Beleza.

Meus olhos já estavam doendo com a escuridão que me cercava. Não era como a escuridão dos olhos da Lya, era uma escuridão incômoda. Eu me sentia cego, mudo e incapaz de sair dali.

O que aconteceria comigo? Será que eu voltaria a ver os olhos da Lya mais uma vez? Ou sentir seu cheiro? Talvez se eu tivesse bebido o sangue que ela mandou, eu não teria sido pego desprevenido.

─ Merda, Scott! ─ O tal Hitler gritou. ─ É um penhasco! Eu disse que era no três!

─ Perdi o controle do carro! ─ Scott gritou.

─ Vamos fugir, vamos fugir. ─ Hitler berrou, e quando vi, fui jogado ao chão e amassado por dois caras ossudos.

─ Hmf gunf numph ─ Tentei falar, pedir socorro ou mandar eles pro Tartáro, mas não deu.

─ Calado, garoto. Vamos ter de ir a pé, agora. Satisfeito, Scott?

─ Ah, cale-se, Hitler. Se você tivesse prestado atenção, nós já estaríamos lá.

Fui levantado do chão e chacoalhado para tudo quanto é lado. Eu sentia que poderia vomitar, se minha boca não estivesse tampada. Quando percebi fui jogado ao chão novamente.

─ Finalmente. ─ Hitler cochichou pro tal Scott.

─ Olá, meninos. ─ Uma voz enjoativa cumprimentou. ─ Demoraram, hein?

─ Marty! ─ Os dois exclamaram como idiotas apaixonados. ─ Nossa deusa! Está magnífica!

─ Oh, obrigada, garotos. ─ A tal Marty agradeceu. Quase tive uma overdose de doçura, de tão melosa que era sua voz.

Por favor, me tirem daqui! Acho que não vou conseguir respirar por mais tempo!

─ Vamos, é pra hoje. ─ Outra voz falou. Parecia ligeiramente familiar...

─ Desculpe-nos, senhor. Devemos levá-lo até Boss? ─ Hitler perguntou.

─ Sim, leve-o. ─ A pessoa concordou.

Fui arrastado e então senti que me tiraram do saco. Cai deitado no chão quando retiraram a venda de meus olhos e me soltaram. Devido a tontura e o mal estar, não consegui fazer nada. Quando abri os olhos, percebi que dava no mesmo eu estar vendado ou estar ali. Estava tão escuro quanto antes.

─ Mas que droga é essa? ─ Resmunguei, levantando-me.

De repente, levei um susto enorme quando um barulho gigantesco soou.

─ 5. ─ Vozes gritaram.

─ 4.

─ 3.

─ 2.

Houve um silêncio.

─ 1! ─ E novamente, um estrondo.

Do nada, as luzes acenderam, deixando-me cego por alguns minutos. Quando voltei a enxergar, eu estava cercado por diversas pessoas do acampamento. E no centro estava Lya me olhando com uma cara de riso.

─ O-O que? ─ Gaguejei. ─ O que está acontecendo?

─ Feliz aniversário, Matt! ─ Percy gritou, do meio da multidão.

─ Yeah! ─ Sr. D. berrou.

Até ele, por aqui?

─ Aê, filhão! ─ Meu pai, Ares, gritou abraçando uma loira parecida com a Lya. Ahn? Ah, Afrodite. Ela tomava a forma de quem eu admirava. O cabelo loiro provavelmente era por causa da minha mãe.

─ Vamos lá, pessoal! ─ Lya gritou, olhando para o povo e então todos começaram a cantar. ─ PARABÉNS PRA VOCÊ, NESTA DATA QUERIDA...

Quando terminou toda a gritaria, todos vieram me cumprimentar. Por último foi a Lya, que me abraçou e me beijou.

─ Parabéns, Matt. Gostou da surpresa? ─ Ela riu.

─ Precisavam me sequestrar? ─ Eu murmurei irritado, mas desmanchei a careta de bravo ao olhar em seus olhos que estavam num tom de verde brilhante.

─ Foi ideia minha. Minha sogra ajudou, sabia? ─ Ela deu um sorriso satisfeito.

─ Claro que foi ideia sua. De quem mais seria? ─ Sorri. ─ Mas o que minha mãe tem a ver com isso?

─ Bem, ela foi muito legal comigo quando apareci lá. Quando ela descobriu que eu era sua namorada e que queria te fazer uma surpresa, ela aceitou de cara. Combinamos os detalhes e pronto. ─ Lya contou orgulhosa. ─ E Scott e Hitler te sequestraram.

─ Quem diabos são esses caras? ─ Franzi a testa.

─ Ah, Scott é um carinha aí que achei no submundo e o Hitler é o Adolf Hitler, sabe? Fiz ele de escravo. Homens-caveiras são muito úteis para carregar sacolas de compra e sequestrar namorados alheios. ─ Ela riu.

─ Então você é a Boss?

─ Aham, eu sou a chefa.

Dei risada e então olhei fixamente em seus olhos, assim como ela olhou nos meus.

─ Lya, eu te amo. Mesmo você sendo uma maluca que mandou me sequestrar.

─ Eu também te amo, meu velhinho. Feliz aniversário, amor. Pague-me depois, quero recompensas por agir tão melosa.

Ri da cara dela e a abracei.

─ Eu adorei a surpresa. Mas... Não me sequestre mais, ok? Eles jogaram o carro num penhasco!

─ QUÊ? ─ Ela arregalou os olhos, e então começamos a rir.

Sim, aquele era o melhor aniversário de sempre. Mesmo que eu tenha sido sequestrado, jogado em um saco, e carregado e chacoalhado por todo quanto é lado... Só de olhar nos olhos da minha Lya, já valia a pena!

[Fim]


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Notas finais do capítulo

Sei que não ficou tão grande, mas a intenção era contar como a Lya arrumou uma forma de fazer um niver surpresa pro Matt. Sequestrar o namorado é tudo, MUAHMUAHMUAH!
Pras girls que namoram, fica a dica. Sequestrem seus namorados! *-* Só não joguem o carro em um penhasco, please.
Até o próximo capítulo. Ah, e quero saber o que acharam, hunf.
Ouviram, fantasminhas? Estou vendo vocêêêês...
Beijos! s2



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