O Começo de Um Novo Fim - Dramione escrita por Valkyrie Narissa


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Desculpa novamente pela demora a postar o novo capítulo, estou tendo alguns probleminhas que me impossibilitam de estar atualizando com maior frequência.

Esse capítulo bateu o recorde do último com agora mais de seis mil palavras, aproveitem, pois nem sempre os capítulos sertão grandes assim.

Pequenos spoilers do capítulo:

1) Visita de pessoas inesperadas.
2) O início do fim do relacionamento de um dos casais. (sim sou má)
3) Primeiro beijo? Será?
4) Festa!

Aproveitem e não se esqueçam de comentar.



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Acordei no dia seguinte com a luz da manhã incomodando meus olhos - a luz só entrava em meu quarto graças a um feitiço que a Diretora McGonagall colocou a meu pedido - e um ótimo cheiro de perfume masculino inundava minhas narinas. Tinha um aroma levemente amadeirado, que lembrava muito o perfume que senti com a poção Amortentia.

Passei a mão no rosto na tentativa de despertar para mais um dia e senti meu rosto pregando devido às lágrimas secas em minhas bochechas. Lembranças da noite anterior me atingiram como uma bomba. Lembrei-me do pesadelo em detalhes, dos meus gritos desesperados ao ver o lobo branco sendo atingido, lindos olhos cinza me encarando, Draco cuidando de mim, eu pedindo para ele dormir comigo e... "O QUE? Eu realmente pedi isso? E ele aceitou?"

Como se para confirmar minhas suspeitas abri meus olhos e estreitei a vista para me adaptar a forte luz. Senti algo se mexer embaixo de mim e encarei o loiro que dormia como um anjo. Estávamos em uma posição um tanto peculiar. Eu estava de lado com minha perna direita entre as dele, apoiava com meu braço direito em seu peito desnudo, forte e definido graças ao Quadribol, meu rosto se encontrava no vale entre seu pescoço e sua clavícula - o que explica o cheiro de perfume – e ele me segurava fortemente pela cintura.

Fiquei um tempo admirando a beleza do rapaz, até que me lembrei de quem se tratava e dos seis anos que passei em Hogwarts com ele me maltratando. Ele era a causa de tanto sofrimento que passei nessa escola. Desvencilhei-me de seu aperto e o empurrei para fora da cama fazendo com que ele caísse com um baque surdo.

– O QUE? Ai minha cabeça. - reclamou passando a mão na têmpora direita, provavelmente bateu a cabeça na queda. Ri internamente. - Por que fez isso, Granger?

– Por que dormiu aqui? - ignorei e rebati com outra pergunta. Ele me olhava da cabeça aos pés com um sorriso malicioso e só nesse momento me toquei que vestia apenas uma calcinha tipo shortinho e uma regata um pouco apertada. - ME RESPONDE! - gritei o tirando de seus devaneios enquanto me enrolava em um lençol na tentativa de cobrir meu corpo.

– Nunca imaginei que você teria um corpo desse. Preferia você sem. - apontou para o lençol que eu estava enrolada. - Mas respondendo sua pergunta, dormi aqui porque você - apontou para mim - pediu.

– Em que mundo eu pediria para você dormir comigo? - ri com deboche.

– Você estava gritando enquanto dormia. Você parecia muito desesperada, gritava para deixarem seu namorado em paz e não machucarem seus filhos. - falou - Você tem filhos? - indagou confuso.

– Claro que não! Foi apenas um pesadelo, seu retardado, e eu tenho certeza que não pedi para você dormir comigo. Eu não sou louca de pedir para um idiota, preconceituoso, loiro oxigenado e ex-Comensal para dormir comigo. - com essas palavras eu o atingi e na mesma hora eu me arrependi de proferir tais palavras. Abri a boca para me desculpar, mas ele me interrompeu.

– Eu é que fui louco de aceitar dormir com você. Sujeitinha de sangue ruim nojenta. Terei que desinfetar meu corpo por sua causa. - rebateu. Senti meus olhos arderem, mas não choraria em sua frente.

– Você é um imbecil, Malfoy. Depois de tudo o que aconteceu você não se arrepende de nada? Tantas mortes para nada?

– Você não me conhece e não é ninguém para me julgar. Você não sabe pelo o que eu passei. Você não é perfeita, Granger, ninguém é.

– SAI DO MEU QUARTO! - gritei apontando para a porta e ele obedeceu, saiu pisando duro e bateu a porta de madeira com força em suas costas.

Peguei meus pertences e entrei no banheiro para tomar banho. Deixei a água morna levar todas as minhas lágrimas, não choraria mais por ele. Vesti meu uniforme e saí para o desjejum no salão principal.

~Pov Draco

As palavras de Hermione me machucaram mais do que qualquer Maldição Cruciatus que já recebi de meu pai, de Bellatrix, de outros Comensais e até mesmo de Voldemort. Se eu ouvisse as mesmas palavras ditas por qualquer outra pessoa eu não ligaria, pois sei que se trata da pura verdade. O fato dela ter dito é que machucou, não é fácil ouvir essas palavras da pessoa que você ama.

"Você disse coisas piores para ela durante os seis anos em Hogwarts."

"Eu sei consciência, você está certa mais uma vez."

"Sempre estou."

"Convencida."

"Re-a-lis-ta."

"Eu nunca me arrependi tanto quanto agora."

"Ela sabe que você está arrependido?"

"Não! Irei pedir desculpas para ela agora."

Saí do meu quarto, ainda com a roupa que dormi decidido a passar por cima do meu enorme orgulho e pedir desculpas para a Granger. Não quero ter nada com ela, quer dizer, quero sim, mas ela merece coisa melhor do que eu e farei de tudo para esquecê-la. Bati na porta de seu quarto, mas ela já havia saído para o salão principal. Segui seu exemplo e fui me aprontar. Entrei no salão ofegante, corri como um louco para não perder o café da manhã. Abri as enormes portas de madeira do salão principal e me deparei com duas figuras loiras aparecendo do nada no meio do salão entre as mesas da Corvinal e Grifinória.

~Pov Hermione

Muitos alunos já se encontravam no salão principal quando cheguei, incluindo meus amigos que já estavam comendo.

– Bom dia! - disse me sentando entre Harry e Dino. - Dormiram bem?

– Bom dia, Mi. - disse Harry me abraçando de lado. - Dormi muito bem e vejo pela sua cara que você também. - afirmei com a cabeça lembrando-me da maravilhosa noite de sono que tive dormindo com o loiro.

– Bom dia, Mione. - Gina acenou para mim com mão já que Harry estava entre nós duas.

– Bum dua, Meione. - Rony tentou dizer já que estava com suas bochechas estufada de tanta comida que tinha.

– Tenha modos Rony. - ralhei e todos ao nosso redor riram da cara abobalhada de Ronald.

– Você sabe que ele nunca terá. Bom dia. - disse Luna sentando-se ao lado de Ron.

– Bom dia, Luna. - dissemos todos juntos. Todos não, Rony estava tentando enfiar um pedaço enorme de torta de abóbora na boca. Ele só pode ter colocado um feitiço de expansão indetectável na própria boca para caber tanta comida assim.

Ficamos conversando amenidades até que fomos interrompidos por murmúrios vindos de todas as mesas do salão, olhamos para onde todos olhavam boquiabertos. Um menino e uma menina surgiram do nada no meio do salão segurando um objeto dourado que não consegui identificar. Eram ambos loiros, o menino tinha os olhos castanhos e a menina olhos que variavam do verde ao cinza tempestuoso e pareciam ter a mesma idade. Meus olhos focaram na garotinha, ela me parecia extremamente familiar, só não sabia onde a tinha visto antes.

– HYDRA, SUA IDIOTA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! A MAMÃE VAI NOS MATAR. - vociferou o menino para a menina que já estava com os olhos marejados. Ambos tinham feições espantadas e olhavam para todos do salão.

– Des-desculpa Scorp-Scorpius. - a menininha gaguejou. Ela estava tão triste e indefesa que tive que me conter para não correr e abraçá-la. - Eu sinto muito, não queria fazer isso. Juro que foi sem querer.

– Tudo bem, Hydra. Eu vou dar um jeito. Vai ficar tudo bem, não se preocupe. - disse abraçando a menina.

– Olá, eu sou Minerva McGonagall, diretora de Hogwarts. - disse a velha bruxa se aproximando das crianças com cuidado.

– Sabemos quem você é. Nossos pais e tios falam muito da senhora e do Professor Dumbledore. - a menina disse mais calma. A simples menção do nome do antigo diretor foi suficiente para fazer algumas pessoas derramarem finas lágrimas.

– O que aconteceu? Como vieram parar aqui? – a professora perguntou confusa para os pequenos loirinhos.

– Eu e minha irmã estávamos em casa e encontramos esse vira-tempo nas coisas da minha mãe, pegamos escondido e sem querer ela o acionou e viemos parar aqui. - o salão estava um completo silêncio, não se ouvia nada além da conversa dos três. - Eu acho que quebrou na viagem. - completou após entregar o objeto para ser avaliado pela diretora.

– Sim, realmente está quebrado. Podemos concertar, mas levará tempo. De que ano vocês vieram?

– 2010.

– Qual é nome de vocês?

– Eu me chamo Scorpius Hyperion Granger Black Malfoy e essa é minha irmã Hydra. - quando ele terminou de falar todo o salão encarou o Malfoy, que estava estático na entrada do salão, e a mim estupefatos.

– O QUE? - Malfoy e eu gritamos ao mesmo tempo saindo de nosso transe.

– Mamãe! - a garotinha correu até mim e agarrou minha cintura chorando enquanto o garoto andava calmamente até Malfoy. - Me desculpa mãe. Foi sem querer, eu juro.

– Fique calma, vamos resolver isso. - falei retribuindo seu abraço. - Professora, podemos conversar sobre isso em um local mais reservado?

– Claro, me acompanhem até minha sala.

Nossos passos ecoavam por todo o salão, todos ainda estavam petrificados. Quem diria que a Princesa da Grifinória, sangue ruim, sabe-tudo, rata de biblioteca e santinha de Hogwarts teria dois filhos com o Príncipe da Sonserina, sangue-puro, prepotente, preconceituoso, Ex-Comensal e galinha de Hogwarts? NINGUÉM!

~Pov Hydra

Eu estava com muito medo, tudo isso está acontecendo por minha culpa. Minha mãe e meu pai ficaram calados durante todo o caminho até a sala da Diretora McGonagall, deveriam estar processando o fato de terem dois filhos. Pelos meus cálculos nos voltamos à época em que eles ainda se odiavam, fato confirmado pelos olhares raivosos que trocavam. Meu irmão e eu temos que juntá-los para que possamos existir.

A diretora abriu a gárgula com a senha - não ouvi qual era, pois estava perdida em meus próprios pensamentos - e uma escada espiralada surgiu dando acesso à sua sala. Sentou-se na grande cadeira de diretor e meus pais se acomodaram nas duas cadeiras dispostas a sua frente. Meu irmão e eu sentamos em duas cadeiras transfiguradas pela Professora Minerva ao lado de nossos pais.

– Então... Por favor, se expliquem. - a diretora foi a primeira a se manifestar quebrando o desagradável silêncio que se estabeleceu.

– Meu irmão já disse. Encontramos o vira-tempo nas coisas da mamãe e sem querer viemos parar aqui.

– Entendo. O vira-tempo foi danificado devido à longa viagem e demorará a ser restaurado. Pedirei para o Professor Flitwick começar o concerto imediatamente e até lá vocês dois ficarão com seus pais no salão comunal e deverão frequentar as aulas. – a velha bruxa disse. - Quantos anos vocês tem?

– Preferimos não dizer para não influenciar no espaço tempo. - disse meu irmão com uma seriedade que nunca vi antes. - É melhor nos colocar no primeiro ano.

– Tudo bem, porém vocês perderam mais de um mês de aula e deverão pedir ajuda a seus pais para sanar qualquer dúvida que vierem a ter, pois semana que vem começam os exames. Faremos a seleção dos dois durante o almoço, até lá os quatro estão liberados das aulas para se resolverem em família.

– Ainda bem que não sou mais professor dessa escola. – disse o rabugento Snape em seu quadro. – Não suportaria mais um Malfoy e uma Granger entrando em confusões.

– Snape! – ralhou o professor Dumbledore em seu quadro. – Tenha modos. – olhou para nós com um sorriso terno - Fico feliz de conhecer crianças tão adoráveis como vocês. – sorrimos para o quadro do velho diretor.

– Continuando... Senhorita Granger, você está liberada para fazer quaisquer alterações necessárias no salão dos monitores, ou devo dizer, da nova casa da família Malfoy em Hogwarts e como amanhã será o primeiro passeio para Hogsmeade eu irei liberar os quatro para irem ao Beco Diagonal comprar os materiais necessários para as crianças. - disse a professora com um sorriso de satisfação. Olhei de esguelha para minha mãe e ela estava com um olhar fixo no nada e começava a ficar ofegante. Isso só pode significar uma coisa: ELA TERÁ UM ATAQUE DE RAIVA. Dei um olhar significativo para meu irmão e não demorou muito para ela explodir.

– EU NÃO ACREDITO QUE TIVE DOIS FILHOS COM UM IMBECIL COMO ELE. - gritou para os sete ventos apontando para o papai.

– EU QUE NÃO ACREDITO QUE TIVE QUALQUER TIPO RELACIONAMENTO AFETIVO COM VOCÊ, SUJEITINHA DE SANGUE-RUIM. – rebateu furioso.

– PAI! - Scorpius e eu ralhamos juntos.

– Ignorem-no crianças, infelizmente o pai de vocês não passa de um COMENSAL RIDÍCULO E PRECONCEITUOSO. - gritou a última parte.

– EX-COMENSAL, GRANGER. EX. – enfatizou.

– NÃO FAZ A MÍNIMA DIFERENÇA. – gritou mais uma vez.

– EU TE ODEIO, GRANGER. – uma fina e imperceptível lágrima escorreu pela face de minha mãe quando papai respondeu.

– Se acalmem. OS DOIS. - McGonagall tentou inutilmente apartar a briga.

– NÃO ME MANDE FICAR CALMA, MINERVA. - a professora arregalou os olhos devido à falta de respeito da mamãe com ela. - NUNCA MAIS NOS INTITULE DE "FAMÍLIA MALFOY", NÓS NÃO SOMOS UMA FAMÍLIA E NUNCA SEREMOS. E EU TE ODEIO DRACO MALFOY.

– PAREM! - gritei tão alto que todos ficaram em silêncio imediatamente e me encararam. Meus olhos estavam começando a ficar marejados, mas eu sou uma Malfoy e não choro na frente dos outros. Saí de lá correndo com os olhos embaçados e soluços travados na garganta. Apesar dte nunca ter estado no castelo, eu o conhecia como a palma da minha mão devido às centenas de vezes em que li "Hogwarts: Uma História", meu livro favorito. Fui para o único lugar em que eu poderia pensar em tudo o que está acontecendo, A Torre de Astronomia.

~Pov Hermione

Quando vi minha filha saindo chorando da sala da diretora Minerva meu coração se apertou de angústia e caí na cadeira chorando. Não demorou muito e levantei-me para ir atrás de minha filha, mas fui impedida por Scorpius.

– Deixa que eu falo com ela. Já fizeram bastante estrago por um dia e além do mais nenhum de vocês a conhecem. - dizendo isso saiu em disparada da sala. Nunca palavras me doeram tanto quanto agora, fiz minha filha chorar e meu filho está chateado comigo e não tem nem uma hora que descobri ser mãe.

– Não fique assim, Senhorita Granger. Sei que está sendo difícil para vocês assimilarem tudo o que está acontecendo. – a professora disse de forma carinhosa. - Dessa vez não darei detenções e nem retirarei pontos de suas casas pela falta de respeito de ambos e pela briga desnecessária, mas tentem se comportar, por favor, vocês são monitores chefes e têm que dar o exemplo, principalmente agora que seus filhos estão aqui.

– Obrigada, Diretora Minerva. Desculpe-me pelo meu comportamento. - desculpei-me.

– Desculpe-me também, diretora. - disse Draco de cabeça baixa.

– Já disse que está tudo bem, mas vocês devem ter em mente que eles são seus filhos e que para eles vocês são sim uma família. - olhou para mim me repreendendo - Tentem ao máximo se dar bem e evitar brigas e insultos desnecessários, principalmente os que envolvem os preconceitos que causaram a guerra. - olhou desgostosa para Draco e que assentiu com aceno de cabeça. - Agora vão, vocês devem se resolver com seus filhos. Estarei os aguardando para o almoço.

Despedimo-nos da Professora McGonagall e saímos de sua sala. Fiquei refletindo suas palavras sobre sermos uma família. Terei que conversar seriamente com o Malfoy mais tarde.

– Onde será que eles foram? - disse Malfoy em voz baixa enquanto caminhamos sem direção definida.

– Não sei, mas posso descobrir. Venha comigo. - desviei o caminho e corremos em direção ao salão comunal da Grifinória. - Espere aqui. - voltei minha atenção para o quadro da mulher gorda e disse a senha "Entranhas de Dragão".

Subi correndo as escadas do dormitório masculino caindo algumas vezes e entrei no quarto de Harry. Foi fácil achar sua cama, já que Edwiges II estava dormindo em sua gaiola - Harry detesta deixá-la no corujal com as outras corujas e a deixa em seu dormitório. - abri seu malão, peguei um grande pergaminho velho e voltei para onde Malfoy estava me aguardando.

– Você demorou. - resmungou se aproximando. - O que é isso? - disse apontando para o pergaminho em minhas mãos.

– Isso, meu caro, é o que vai nos dizer onde nossos filhos estão. - ele me olhou com cara de quem não estava entendendo nada, o que é bem plausível, poucos sabem a existência do Mapa do Maroto. Apontei a varinha para o mapa e pronunciei as palavras que o destravariam "Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom." Automaticamente o mapa foi aparecendo e já era possível identificar algumas pessoas e algumas partes do castelo. Malfoy me olhava incrédulo. - Esse é o Mapa do Maroto, mostra tudo e todos de Hogwarts. - olhei atentamente cada pedacinho do velho pergaminho e os encontrei. - Aqui! - apontei para onde se encontrava a miniatura de Hydra e Scorpius no grande mapa. - Eles estão na Torre de Astronomia. - novamente apontei a varinha para o mapa e disse “Malfeito feito". O Mapa se apagou rapidamente, o escondi em minhas vestes e juntos corremos até a Torre.

Subimos a grande escadaria de pedra que leva à Torre. Os choros e soluços já eram audíveis e cada vez que chegávamos mais perto mais aflita eu ficava devido ao sofrimento de minha filha. Olhamos pela fresta da porta e vimos que Hydra estava encolhida em um canto com a cabeça entre os joelhos e Scorpius a abraçava de lado tentando lhe acalmar.

– Hydra, olhe para mim. - ela levantou a cabeça. Seus olhinhos estavam inchados e muito vermelhos devido ao choro. – Você se lembra o que nossos pais nos disseram alguns anos atrás? - ela negou - Você é bem esquecidinha. - riram fraco - Eles nos disseram que nunca se odiaram de verdade. - olhei para o Malfoy e ele ainda encarava os dois loiros na torre. - Mamãe teve uma quedinha por ele do primeiro ao terceiro ano. – corei com a revelação - E o papai disse que ela estava maravilhosa no baile de inverno no quarto ano e que ficou com inveja do idiota do Krum que a acompanhava, mas que só veio olhá-la com outros olhos no final do sexto ano e se apaixonou por ela no sétimo. Nós só precisamos fazer essa chama reacender para que fiquem juntos. - Malfoy e eu nos encaramos com sorrisos bobos, mas logos desviamos o olhar para nossos filhos que já estava de pé. Entramos na torre e fui direto abraçar minha filha.

– Filha, me desculpe. Isso tudo é muito novo para mim, eu só tenho dezesseis anos e acabei de descobrir que tenho dois filhos. Por favor, me perdoe. – implorei.

– Está tudo bem mãe. Eu sei que deve estar sendo difícil para vocês dois. - a abracei mais forte e puxei Scorpius para um abraço triplo.

– Poxa, me excluíram do abraço. - Malfoy dramatizou - Tudo bem, eu estarei lá em baixo se precisarem de mim, mas acho que vou pular daqui para chegar mais rápido. - disse indo em direção a sacada.

– Não seja melodramático Draco. Vem cá. - o chamei e assim nós quatro nos abraçamos. Depois de alguns minutos interrompi o "momento família". - Vamos para o salão, temos muito que conversar.

Caminhamos em silêncio até o salão comunal. Dissemos a senha e Malfoy abriu a passagem para nossos filhos. "Ainda não me acostumei com isso. EU TENHO DOIS FILHOS COM DRACO MALFOY. ISSO É INSANO E TOTALMENTE ERRADO."

– Crianças, vão para o quarto. Eu e sua mãe precisamos conversar. - eles obedeceram ao pai sem questionar e entraram no meu quarto. Desabei no sofá de dois lugares e algumas lágrimas escaparam de meus olhos.

– Eu... Eu... Eu sou mãe. Eu não posso ser mãe, como isso aconteceu? - Malfoy se sentou ao meu lado e enxugou carinhosamente as lágrimas que teimavam em escapar de meus olhos, gesto que me surpreendeu. Malfoy nunca demonstrou carinho com ninguém antes.

– Você é sabe-tudo santinha de Hogwarts, mas eu tenho certeza que você sabe que para eles terem nascido à gente transou. - rimos e dei uma tapa de leve em seu braço. - Aí, doeu. - disse alisando o local do tapa.

– Eu quero dizer, como isso aconteceu com a gente. Sabe, somos Malfoy e Granger, Sonserina e Grifinória. Isso é insano e totalmente errado. Nós nos odiamos, sempre brigamos durante todos os anos nessa escola. Foram seis anos de ofensas. – expliquei.

– Eu sei, também estou bastante surpreso. Pode parecer loucura, mas as palavras da Professora Minerva estão ecoando em minha cabeça e o nosso pequeno momento em "família" na torre me deixou com uma sensação estranha, porém boa. Deixou-me feliz. - não contive um sorriso com tais palavras.

– Comigo idem. – Draco estampava um sorriso maravilhoso em seus lábios e me deu uma súbita vontade de beijá-lo. - Sei que faz pouco tempo, na verdade uma hora e meia, que eles estão em nossas vidas e tudo isso é muito novo, mas eu já os amo.

– Eu também os amo e quero que eles existam. - disse olhando carinhosamente para a porta do meu quarto onde nossos filhos estavam. Nunca vi Malfoy olhando para ninguém assim antes.

– Isso quer dizer que... - deixei a frase no ar.

– Podemos tentar fazer isso dar certo. Você e eu. - meu coração se aqueceu ao ouvi-lo dizer isso. - Podemos tentar ser uma família.

– Sim, podemos. - disse sorrindo.

– Vamos começar de novo. Prazer, eu me chamo Draco Malfoy. - disse estendendo a mão para um aperto.

– Hermione Granger, o prazer é todo meu. - apertei sua mão amigavelmente e caímos na gargalhada. - Vamos esquecer o passado, por favor. – pedi.

– Sim, vamos. Já tem um tempo que quero me desculpar com você e com seus amigos e depois da guerra, da nossa briga quando acordamos e na sala da McGonagall eu percebi o quão tolo eu fui por proferir palavras tão preconceituosas para vocês. Peço desculpa de todo o coração. - não contive as muitas lágrimas que brotaram em meus olhos e não demorou muito para sentir o líquido quente escorrer por minhas bochechas. - Por favor, não chore. Detesto te ver assim. - secou minhas lágrimas com o polegar. Draco estava perto de mim, perto até demais, nossas respirações se fundiram em uma só e eu já podia sentir seu hálito de menta em meu rosto. Meus olhos se fecharam involuntariamente e Draco roçou seus lábios no meu, mas antes que possamos selar definitivamente nossos lábios em um beijo, fortes batidas na porta ecoaram por todo o salão. Malfoy se levantou a contra gosto e abriu a porta, por ela passaram Gina, seguida por Harry, Ron, Luna, Zabini e Parkinson.

– HERMIONE JEAN GRANGER! ONDE ESTÃO OS MEUS SOBRINHOS? - uma cerveja amanteigada para quem adivinhar quem gritou para todos os deuses escutarem. Acertou quem disse Gina Weasley.

– Acalme-se, Gina. E eu estou bem, obrigada por perguntar. - ironizei divertida - Podem se sentar ali nos pufes que eu os chamarei, assim podemos conversar mais tranquilos. - todos se acomodaram e eu bati na porta chamando meus filhos - Meninos venham aqui. -Eles saíram e fomos nos juntar ao resto do grupo. - a ordem estava eu, Draco, Parkinson, Zabini, pufe vago, Gina no colo de Harry, Luna, Rony, Scorpius e Hydra em um círculo.

– Isso é muito esquisito. - disse Harry.

– Totalmente. - completou Rony.

– Eles são a sua cara, Draco. Exceto pelos olhos do garoto que são idênticos aos da Granger. - Parkinson disse estupefata.

– Ainda não acredito que vocês tiveram filhos. Quero dizer, vocês são Granger e Malfoy. Isso é totalmente insano. - disse Luna.

– Ainda estamos surpresos. - disse Draco segurando minha mão disfarçadamente,

– Espera aí. - disse Hydra assustada e com os olhos arregalados. - Por que a tia Gina está no colo do tio Harry?

– Somos namorados. - disse Harry desconfiado.

– Esquece isso, mana. Voltamos à época que eles ainda namoravam. - Hydra acenou positivamente com a cabeça.

– Como assim AINDA? - Gina perguntou ficando da cor de seus cabelos. Dirigiu-me um olhar desesperado e se sentou no pufe entre Harry e Zabini. Eu entendo seu nervosismo, ela ama o namorado e sempre sonhou em ser a Senhora Potter. E com as crises em seu relacionamento e essa notícia não era de se esperar uma reação melhor que desespero por parte dela

– Calma tia, eu vou explicar. - disse Hydra mudando sua posição para se acomodar melhor no pufe em que estava. - Vou começar do início. Meus pais se casaram e Scorpius e eu nascemos, somos gêmeos, alguns anos depois nasceu Cygnus, o caçula da família.

– Que isso minha loira. Três filhos? Que fogo hein. - debochou o moreno, Blásio Zabini, fazendo todos rirem - Assim eu fico com ciúmes da Granger, você é todo meu.

– Do que você está falando tio? - Scorpius começou - Você teve quatro filhos. - todos gargalharam com exceção do moreno que estava tentando não morrer engasgado com um suco de abóbora que pegou no nosso bar particular.

– QUATRO FILHOS? - perguntou alarmado - QUEM É A MÃE?

– Deixa a Hydra continuar. - deu um sinal para irmã.

– Como eu ia dizendo... O Tio Harry e a tia Luna são meus padrinhos, o Tio Blás e a tia Gina são padrinhos do Scorpius e o tio Ron e a Tia Pansy são padrinhos do Cygnus.

– Ownt. Somos todos padrinhos e madrinhas. - Gina estava quase chorando.

– Quer um lencinho? - perguntou Zabini estendendo um lenço para a ruiva. Meus filhos trocaram um olhar cúmplice e os olhei desconfiada.

– Obrigada. – agradeceu sorrindo para o moreno. - Continuem contando.

– Vamos deixar o resto da história para depois. Já está na hora do almoço e os dois terão que fazer a seleção de casas. – disse interrompendo o falatório - Eu estou muito nervosa com isso.

– Calma mãe. - Hydra segurou minha mão. - Vai dar tudo certo. Nós não iremos para a Lufa Lufa. Somos Malfoy esqueceu? – respondeu com o típico ar superior dos Malfoy.

– Ai meu Deus. Meu medo se concretizou. Eles são iguais a você. - apontei para Draco que riu junto dos outros.

– Acho que não terá festa hoje né. - disse Gina cabisbaixa.

– Por que não teria? - perguntei sorrindo e os olhos da ruiva brilharam. - Depois de tanta informação precisaremos de um pouco de distração. - todos concordaram e fomos para o salão principal.

~Pov Draco

"Está sendo muito difícil digerir todas essas informações, tudo bem que eu estou amando ser pai de duas crianças tão maravilhosas e ainda mais com uma mãe dessas."– ri com tais pensamentos. "O que me preocupa é a reação dos meus pais, minha mãe ficará feliz em saber que tem netos, mas meu pai ficará furioso quando descobrir que tem netos mestiços e que EU fui responsável por "sujar" o nome dos Malfoy"

Voltamos para o salão principal para o almoço e a seleção de casas dos meus filhos. Chegamos à porta de entrada atraindo todos os olhares para nós. Professora McGonagall veio ao nosso encontro e levou as crianças para perto do banquinho de três pernas familiar para todos no salão onde se encontrava o famoso chapéu seletor. Cada um se dirigiu para sua respectiva mesa, minhas mãos e testa estavam suadas e meus batimentos cardíacos acelerados, estava muito nervoso e não conseguia disfarçar.

– Se acalme. Vai dar tudo certo. - Pansy disse logo após se sentar ao meu lado segurando minha mão direita tentando me acalmar. Assenti e invés de relaxar fiquei mais nervoso ao ouvir a Professora Candice Grey chamar o nome de meu filho.

– Scorpius Hyperion Granger Black Malfoy. - chamou e o loiro se sentou no banquinho de três pernas. Grey colocou o chapéu em sua cabeça e ele fechou os olhos. Todo o salão estava em completo silêncio, olhei para a Granger e ela não desviava os olhos de Scorpius e apertava a mão de Gina que fazia uma careta de dor. Meus devaneios foram interrompidos por um grito que ecoou por todo o salão.

– SONSERINA! - soltei o ar que nem fazia ideia de que prendia.

Senti alívio e orgulho do meu filho. Ele correu em minha direção e se sentou entre Pansy e eu. Dei um beijo em sua testa seguido de um "Parabéns filho, estou orgulhoso de você.", olhei para a Granger novamente, dessa vez com um sorriso vitorioso nos lábios, segurei o riso ao ver sua cara de frustração.

– Hydra Narcissa Granger Black Malfoy. - o nervosismo voltou. O chapéu não demorou muito para dar o veredicto como foi com o Scorpius.

– GRIFINÓRIA. - a mesa dos leões rompeu em palmas, Granger estava chorando de felicidade. Apesar de minha filha ser a primeira e única Malfoy fora da Sonserina, eu estava feliz em ver o sorriso feliz e estonteante das duas mulheres da minha vida.

~Pov Hermione

Terminamos de almoçar e voltamos para o salão comunal dos monitores, ou como a McGonagall chamou, a nova casa da Família Malfoy. Entramos e todos já estavam bem íntimos, Ronald conversava com Luna e Parkinson, Hydra estava conversando comigo no sofá, Gina estava em um canto discutindo com Harry e parecia ser sério pela cara dos dois e Zabini estava dando dicas de como paquerar as meninas para meu filho, como se ele precisasse já que é filho de Draco Malfoy.

– O que minhas duas grifinórias favoritas estão conversando? – disse Draco se sentando entre Hydra e eu.

– Nada de mais, pai. Mamãe está me falando sobre as aulas. - revirou os olhos. - Estou muito animada para começar as aulas.

– Aposto que sim. - abraçou-a - Estou orgulhoso de você. Você será a melhor grifinória que essa escola já viu. - nós duas o olhamos estupefatas.

– Você não está chateado por eu não estar na Sonserina? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– Claro que não. Quer dizer, foi uma surpresa já que nenhum Malfoy ficou fora da Sonserina, mas você também é uma Granger. Estou orgulhoso de você. - sorrimos e Scorpius se juntou a nós.

– Oi monstrinho, como se sente sendo a ovelha negra da família? - disse Scorpius para a irmã.

– Me erra, garoto. Papai disse que está orgulhoso de mim. - disse de nariz em pé, ato que me fez rir.

– Por que chamou sua irmã de monstrinho? - Draco perguntou.

– É por causa do meu nome pai. Hydra é o nome de um monstro mitológico grego, mas ele sempre esquece o real motivo de eu me chamar assim.

– E qual é? - perguntei.

– A família Black tem como tradição dar o nome de seus herdeiros de acordo com constelações e estrelas. Scorpius é a constelação de escorpião, a minha favorita. - Draco começou a explicar. - Hydra é uma constelação que fica no hemisfério celestial sul e parte no hemisfério celestial norte.

– Entendi. - disse rindo. - Vem cá meu monstrinho. - Disse enquanto puxava minha filha para um ataque de cócegas.

– Odeio interromper esse momento família lindo de vocês, mas temos aula agora. – Parkinson disse se aproximando.

– Verdade vocês tem aula e eu e Gina temos que redecorar esse salão comunal e arrumar um quarto para as crianças. – respondi me levantando do sofá.

– Então vamos logo, quero estar bem longe disso tudo. - disse Draco se despedindo das crianças. - Boa sorte Scorpius.

– Eu não vou ficar aqui. Vou dar uma volta pelo castelo. - E assim todos saíram deixando apenas Gina, Hydra e eu no salão.

– Vamos começar logo com isso. – disse Gina enxugando algumas lágrimas. Pelo visto a briga com Harry foi feia.

Durante toda a tarde trabalhamos feito loucas no salão e nos quartos, redecoramos tudo para tirar qualquer vestígio de Grifinória e Sonserina. Somos uma "família" mista e não quero brigas de casas aqui. Contei para as meninas que Draco e eu decidimos tentar fazer isso dar certo e elas ficaram super animadas, principalmente nossa filha que não conteve lágrimas de felicidade. Porém me arrependi na mesma hora de ter contado já que elas decidiram fazer meu quarto o das crianças e eu teria que dividir o outro com Draco. Pedi para Hydra avisar a todos para tomarem banho nos salões comunais de suas casas e nos encontrar no salão comunal dos monitores para começar a festa do pijama. Gina saiu para se arrumar e pegar a comida com os elfos.

Entrei no banheiro e tomei banho mais longo da minha vida, pensei em tudo que aconteceu hoje e como minha vida deu uma reviravolta. Fechei os olhos e cochilei. O sonho que tive na outra noite em que Hydra estava machucada em uma cabana no meio da Floresta Proibida veio à tona. Acordei assustada e decidi que iria conversar com Draco a respeito.

Saí do banho e vesti meu pijama "sexy" que Gina separou. Uma camisola de seda prata com um decote rendado no busto - eu ainda mato essa ruiva - e um robe preto.

Minutos depois todos chegaram e ficaram maravilhados com a nova decoração do salão. As cores predominantes eram o branco e bege, no lugar do conjunto de pufes verdes, fizemos uma sala de estar clara com um enorme tapete felpudo branco tomando todo o espaço com um conjunto de sofás bege e poltrão ao redor de uma baixa mesa de centro. Todo o espaço era bem iluminado ao contrário do antigo salão que era mais escuro devido à localização nas masmorras. No lugar dos sofás pretos, fizemos uma sala de TV, exatamente, colocamos uma TV de 42' logo a cima da lareira que também modificamos para poder colocar meu aparelho trouxa favorito, um grande sofá chaise de veludo grafite com uma mesinha de centro de madeira clara e decorado com grandes vasos de plantas artificiais e almofadas espalhadas pelo sofá, fizemos essa área mais escura para nossas seções de cinema. O único lugar que não mexemos muito foi à biblioteca, ela continua do mesmo jeito exceto pelas cores das duas poltronas que antes eram vermelhas e agora são beges com alguns detalhes em dourado e acrescentamos uma grande mesa de estudos que coubéssemos nós quatro. O quarto das crianças que antes era o meu foi o mais difícil de fazer, pois se trata de um casal. Decidimos por cores neutras variando do bege ao azul - cor favorita de ambos - duas camas de solteiro separadas por uma mesa de cabeceira com um abajur iluminando e com baús de madeira no pé da cama. Um grande guarda-roupa branco e um sofá bege com almofadas azuis e cinzas decoravam o resto do quarto.

Todos aprovaram a decoração e os meninos adoraram o novo quarto. Gina colocou as comidas e bebidas que Luna ajudou a trazer na mesa redonda de dez lugares que resolvemos não tirar, os meninos estavam conversando no bar enquanto eu olhava tudo admirada. Meus devaneios foram interrompidos por um par de braços rodeando minha cintura.

– Se as crianças estão no seu quarto onde você irá dormir? - perguntou Draco distribuindo beijos em meu pescoço. Ele assim com os outros meninos, apenas trajava uma calça de moletom, no seu caso cinza, deixando o peitoral desnudo.

– Não tão rápido Draco Malfoy. - disse me esquivando de seus carinhos. - Decidimos tentar fazer isso dar certo, porém até ontem ainda nos odiávamos, então, por favor, vamos com calma. - assentiu - E não se preocupe, tem muito sofá que eu posso dormir.

– Não vou deixar você dormir no sofá. - disse colocando as mãos na cintura - Vamos dormir no meu quarto. - me puxou em direção ao quarto que também modificamos. Como eu já sabia que dormiria lá, tratei de modificar também. O único cômodo que levei em conta o gosto de Draco foi o nosso quarto no qual eu fiz em tons mais escuros. Uma grande cama de casal estava centralizada no quarto com a roupa de cama escura, um tapete bege e felpudo tomava todo o espaço da cama e de cada lado havia uma mesa de caberia de madeira escura. - Acho que você já sabia que eu não deixaria você dormir no sofá.

– Sim, eu sabia. Gostou? – perguntei sorrindo.

– Muito. - me puxou pela cintura com uma das mãos grudando nossos corpos, entrelaçou seus dedos da mão livre em meus cabelos e aproximou nossos rostos. Iríamos nos beijar, mas a conversa que escutei dele com a Parkinson surgiu novamente em minha mente e interrompi seus movimentos antes que eu me arrependesse.

– Que bom que gostou. – respondi dura e fria, dei as costas para o loiro e saí do quarto.

~Pov Draco

Adorei as modificações que Hermione, Gina e Hydra fizeram no salão comunal, principalmente em nosso quarto, mas não pude prestar atenção em todos os detalhes, pois Hermione estava com uma camisola extremamente sexy e que se não fosse por minha calça de moletom larga todos perceberiam minha ereção. Estávamos no nosso quarto sozinhos e quase nos beijamos, ela estava tão entregue e do nada se esquivou e saiu.

Saí do quarto e todos estavam na nova sala de estar comendo alguns petiscos e bebendo suco de abóbora, já que Hermione proibiu bebidas alcoólicas por causa das crianças.

– Vem Draco, estávamos esperando você para a Hydra continuar a contar sobre o nosso futuro. - disse Pansy animada. Sentei entre Hydra e Pansy de frente para Hermione.

– Antes de começarem eu quero falar uma coisa. Conversei com Hermione e juntos decidimos tentar fazer isso dar certo. - meus filhos esboçaram um enorme sorriso. - E não tem como conseguirmos fazer isso dar certo sem esquecer o passado e é por isso que eu quero aproveitar que todos estão juntos aqui hoje para me desculpar por tudo que eu fiz durante todos esses anos com vocês, principalmente com o Trio de Ouro. - falei divertido olhando para os três que sorriam. - Com o tempo vocês irão descobrir os meus motivos para ter feito tudo o que fiz, não peço para que concordem, mas sim para que compreendam.

– Você tem minhas sinceras desculpas, Draco. - disse o testa rachada batendo em minhas costas amigavelmente.

– Idem. – o cabeça de cenoura ambulante respondeu e todos os outros concordaram.

– Fico muito feliz que tenham me perdoado. - disse sorrindo. - Agora vamos voltar para as histórias.

– Como eu estava falando antes, o tio Blás teve quatro filhos que se chamam: Thor, Alexia, Charlotte e Nolan Weasley Zabini. – disse e todos arregalaram os olhos ao ouvi o Weasley. - Você se casou com a tia Gina.

– O QUE? EU ME CASEI COM ELE? - perguntou apontando para o sonserino que a olhava com um sorriso malicioso. Weasley fêmea estava vermelha e seus olhos lacrimejaram ao olhar para um Potter indiferente a notícia.

– Sim, se casou. E o tio Harry se casou com a tia Luna e tiveram três filhos. – Scorpius concluiu.

– Nós nos casamos? - perguntou Potter com uma calma invejável para a Di-Lua que assustada e em dúvida afirmou com a cabeça. - Qual é o nome deles?

– James Sirius, Alvo Severo e Lilian Luna. - meu filho respondeu - Hugo e Rose são filhos do tio Ron com a tia Pansy.

A Loira sorriu para o ruivo e sentou em seu colo o beijando ferozmente. Assustando a todos que não sabiam de seu relacionamento às escondidas.

– Ouviu isso amor? Estou tão feliz. - o beijou mais uma vez. - Tivemos dois filhos. - disse animada. Não contive um sorriso largo devido a felicidade e de minha melhor amiga e irmã.

– Perdemos alguma coisa? - perguntou Hermione. Pansy saiu do colo do namorado corada e voltou para o seu lugar de origem.

– Pansy e eu estamos namorando a mais de um ano. – o ruivo sardento respondeu.

– Co... Como... Como isso aconteceu? - Hermione gaguejou.

Weasley - quer dizer, Ronald. Agora combinamos de nos chamar sempre pelo primeiro nome, já que somos todos amigos - narrou toda sua história com Pansy nos privando, é claro, de detalhes mais quentes, desde o encontro na Torre de Astronomia até agora. Quando Ron terminou de nos contar, puxou a loira para seu colo novamente.

– Isso realmente é muito lindo. - disse uma Luna sonhadora. Todos concordaram.

– Olha à hora! - exclamou Gina. - Já está na hora de vocês dois irem para a cama, amanhã terão que acordar cedo para comprar seus materiais. – apontou para os meus filhos que prontamente se levantaram e despediram de todos e foram para o próprio quarto. – Abaffiato – Gina lançou um feitiço selando o quarto dos dois para que não escutassem nada. - Agora a festa pode começar. - com um aceno da varinha o bar se encheu de Hidromel e Firewhisky. Todos bateram palmas em comemoração. - Começaremos com um joguinho típico de festa do pijama. Vamos jogar o “Verdade ou Desafio”.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse capítulo? Mereço reviews? Favoritos? Recomendações?

Quem gostou do Ross Lynch e da Dove Cameron como filhos do nosso casal favorito?

O que acharam da nova decoração da “casa” deles?

Estou muito feliz que Ron e Pansy podem ser felizes sem esconder nada de ninguém.

Desculpem-me por criar esperanças de um primeiro beijo, mas gosto de torturar vocês.

E sim, eu vou acabar com Hinny. Acho muito sem sal esse casal. Julguem-me.

O resto da festa e a visita ao Beco Diagonal e confusões no próximo capítulo... Aguardem.

Só postarei o próximo capítulo quando eu receber uma quantidade de reviews satisfatória. Eu tenho 89 leitores até agora e somente 48 comentários. Qual é galera, assim eu desanimo.