O Preço do Poder escrita por Leh


Capítulo 3
Recepções


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Obrigada quem leu e comentou me animou bastante. Boa leitura



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Elinor estava ao lado do leito onde o rei Fergus deitava-se, a rainha tinha seu olhar melancólico em direção do marido, mas ela tentava não demonstrar. Segurava fortemente a mão do mesmo, que tentava corresponder, por mais fraco que seu aperto pudesse parecer naquele momento, seu olhar estava semicerrado e sua respiração lenta e fraca, mas ainda estava vivo, ele não parecia ter esperança e nem fingia que tinha, ao contrario do restante de sua família. Elinor pensou nas mil maneiras de esconder a guerra do rei, mas ele poderia se sentir ofendido de ser excluído das ações principais de seu reino e não era a intenção dela. Principalmente tratando-se de uma guerra.

–Vai ficar tudo bem, meu amor. – Ela comentou tentando passando mais firmeza em seu aperto de mão, não com brutalidade, mas apenas para demonstrar que ela acreditava naquilo.

Fergus fechou os olhos por poucos segundos, ele e sua esposa não dividiam da mesma fé.

–DunBroch precisa de um novo rei...Merida precisa se casar. – Sua voz era fraca e falhava muito, mas Elinor entendeu perfeitamente, arregalou os olhos por um instante, nem ela concordava mais com aquilo. Merida era livre para escrever a própria historia, ela não interferiria nas decisões da primogênita.

–Fergus não diga isso, você ficará bem. – Elinor sentiu seus olhos esquentarem, mas ela não permitiria mais que seus olhos lacrimejassem, ela não precisava chorar naquele momento.

Fergus estava fraco de mais para discutir, por isso, suspirou derrotado da futura argumentação da mulher ao seu lado, em se tratando disso, ele sabia que ela o ganharia pela sabedoria. Lentamente ele soltou-se da mão de Elinor e se virou na cama ficando de costas para rainha que entendeu o recado, ele não mudaria sua decisão, era compreensível, uma guerra sem rei era tão surreal. Mas era Merida, se a jovem não estivesse pronta ela não casaria, Elinor temia a fúria da filha. Ela não conseguia dizer que diria para a filha casar-se.

Ela agradeceu mentalmente pelas batidas fracas na porta e pela figura feminina que apareceu na porta.

–Minha rainha, os Lordes chegaram e a aguardam. – Disse Maudie delicadamente.

–Está bem, Maudie, eu já vou descer. – Respondeu a rainha, evitando que sua voz saísse tremida, com sucesso, mas Maudie sabia que Elinor não estava bem apenas suspirou triste e saiu da presença dela.

Elinor enxugou as lagrimas que se formavam em sua face, e decidiu manter sua postura rígida e delicada como de uma rainha e foi até o Salão Principal.

Os homens curvaram-se representando toda a quantidade de seus exércitos e descendentes que se encontravam atrás que apenas fizeram uma curvatura mínima com a cabeça.

–Como está o Rei Fergus? – Perguntou Lorde Dingwall. Elinor abaixou seu olhar por poucos segundos, mas preferiu mudar de assunto, o que não passou despercebido pelos lordes, mas os mesmos preferiram não questionar, muito menos discorrer sobre um possível casamento com a futura descendente do trono das longínquas terras da Escócia. A Ranha poderia agradecer pela sensibilidade que eles demonstraram naquele momento difícil.

–Já souberam do ataque que tivemos essa manhã... – Comentou Elinor com sua índole sábia de sempre. Os homens a sua frente colocavam toda a atenção nela enquanto ela falava. Mesmo assim ela foi interrompida pelo primogênito do clã Macintosh.

–Com todo respeito rainha, mas precisamos de um plano de ataque e defesa o mais rápido o possível, para isso precisamos de um rei. – Ele comentou com sua postura convencida, como se fosse dono da palavra, mas nesse momento o Lorde Dingwll voltou a falar, antes que Elinor contra argumentasse.

–A claro, e você propõe que você seja o líder. – Ele disse irônico, fazendo com que seus homens dessem gritos de comprovação, incentivando a breve discussão.

–Você se acha muito superior a nós não é mesmo, Macintosh? – Acrescentou MacGuffin mostrando os punhos para ele, em um convite para a briga física.

–Parem! depois vocês resolvem suas aversões. – Terminou Elinor com as sobrancelhas levemente contraídas uma contra a outra e os braços cruzados perante os homens que deram-lhe atenção imediata.

–Por favor, trabalhem juntos quanto a isso. Eu resolverei o problema da liderança. – Os homens hesitaram por um instante, mas logo concordaram indo em direção a um lugar apropriado para isso. Mesmo sabendo da situação da família Real, eles queriam a solução imediata.

–Jovens vão atrás de Merida, ela saiu pela manhã. – Elinor não se preocupava com a filha no sentido de segurança, mas se a filha visse os seus “pretendentes” ela poderia escolher um deles e seus problemas com aqueles senhores estariam acabado. Ela deu um pequeno sorriso ao ver o brilho no olhar deles, passou a ser uma competição não em um jogo formal, mas de forma justa, mesmo Elinor sabendo que nenhum era digno de sua filha, ela deveria escolher um.

Eles fizeram uma pequena reverencia antes de saírem correndo pela porta. Os lordes lançaram um olhar interrogativo à Rainha, que apenas deu de ombros sentando se na cadeira próxima.

[...]

–Então vocês vão falar onde estou antes que eu arranque a língua de vocês?

Astrid observava a figura dos trigêmeos ruivos desconfiada, embora eles estivessem de frente ao inimigo eles não demonstravam medo, apenas curiosidade, principalmente em vista de seu grande dragão apenas a alguns metros dela. De tantos outros nativos da região a loira teve o azar de se encontrar com crianças que não entendiam nada de reféns de guerra, ou pior nem sabiam que ela era, de fato, uma inimiga de guerra.

–Onde achou? – Perguntou um deles, o mais corajoso, deduziu Astrid. O pequeno apontava com os olhos brilhando para o animal que estava disperso aos acontecimentos de sua treinadora. Astrid respirou tentando manter a calma. Estava ali há mais tempo que previu estar. Ela torcia para que Soluço não estivesse em Berk notado sua ausência.

Os trigêmeos se entreolharam como se a simples apresentação fizesse com que a loira com roupas engraçadas deixassem com que os três saciassem a curiosidade da fera próxima a eles.

–Eu sou Hamish, esses são Harris e Hubert. Você está no reino de nosso pai Fergus...

O pequeno ruivo continuou a falar, mas Astrid simplesmente não dava mais atenção. Ela tinha dado certo, agradeceria a Odin depois de seu feito. Aqueles eram da linhagem real. Astrid sentiu seu peito acelerar e sua respiração alterar-se, suas mãos soavam frio enquanto ela apertava seu machado mais forte nas mão, ela deu um imperceptível passo em direção dos pequenos e levantava devagar sua arma a ponto dos pequenos que se contradiziam em qualquer coisa que o pequeno Hamish tivesse dito, começando, assim, uma discussão aleatória.

Mas ela parou de andar ao sentir o risco da flecha a acertando de raspão na bochecha, ela passou a mão no pouco sangue que se fez presente em sua mão e desviou o olhar no horizonte, onde tinha uma ruiva ao lado de seu cavalo. Ela julgou pelo cabelo ruivo, não era mãe das crianças, aparentava ter a mesma idade que ela. Ela era a irmã dos trigêmeos.

–Eu acertaria se quisesse. Se afaste deles. – Merida gritou para a loira, Merida lançou seu olhar sobre o dragão dela, afinal das onde aquelas pessoas com dragões vinham?

Astrid riu. A família Real fizera questão de presencia-la, que honra. Ela poderia acabar com aquilo naquela hora, estava irritada pela flecha intrometida de Merida. Mas antes que ela pudesse reagir para atacar a garota, seu dragão reagiu e foi em direção de Merida que sacou a espada no momento que a fera caiu sobre o seu corpo a levando ao chão, ela conseguia conter os dentes da fera longe do seu rosto, mas suas mãos estavam trêmulas pelo esforço.

Foi quando viu a claridade se formar na boca da fera, e se preparou para a morte, trancando os olhos fortemente.

Mas de repente ela sentiu seu corpo leve novamente, ela abriu os olhos para ver seu milagre. Ela viu o réptil negro rosnando em direção do azul que retribuía, mas se afastava em direção da loira que quase matara seus irmãos. Ela estava confusa quando o homem que fingia ser um deus apareceu do lado dela com olhar de desaprovação direcionado a cena da desavença entre os dois dragões. Ele olhou Merida no chão com o semblante confuso. Ele lhe estendeu a mão. Ela encarou algumas vezes sem saber o que fazer por alguns segundos, esperou que ele desistisse da posição, mas não o fez, por isso, derrotada pelo olhar esverdeado que parecia que não ia desistir, ela aceitou a ajuda, mas se distanciou desconfiada.

Ele desviou o olhar dela e olhou para frente e andou com passos largos e rígidos em direção da loira que tinha seu semblante irritado, parecia que eles iriam discutir, os trigêmeos se direcionou para ela e por segundos ela abaixou a guarda.

–Vocês estão bem? – Ela perguntou, mesmo já sabendo a resposta, ela sabia que era uma pergunta obvia, mas ela não evitou. Os três fizeram que sim com a cabeça e subiram em Angus. Ela olhou em direção ao casal perante si.

–...Somos vikings, Soluço, essa terra nos pertence. – Ela argumentava os dois tinham opiniões diferentes um do outro e nenhum parecia decair perante o argumente do outro.

Merida estremeceu ao ouvir a palavra “viking”.

–Chega Astrid, vamos conversar em Berk. – Ele disse por fim, Astrid arfou irritada, e esperou Soluço dar as costas em direção à Banguela, foi quando ela viu seu caminho livre, Soluço a olhou de canto e pode cogitar um “não”, mas seu caminho até a jovem ruiva estava livre, e ela queria descontar aquele arranhão em seu rosto, com um pouco de juros claro. Merida se preparou para o ataque, ela conseguiria contê-lo com sua espada, mesmo Astrid se aproximando rapidamente.

E assim aconteceu, Angus saiu em disparada com os trigêmeos montados em si. Merida segurou o ataque com dificuldade mais conseguiu manter, seu olhar era direcionado de frente à figura de Astrid que a encarava com tanta intensidade no olhar. Ela se afastou um pouco apenas para atacar novamente. Sem sucesso, pois Soluço se pois na frente fazendo Astrid recuar.

–Calma, eu vou te proteger. – Disse Soluço de canto para a princesa que levou seu olhar incrédulo à ele.

–Eu não preciso ser protegida. – Ela disse como se ele tivesse a ofendido. Soluço levou a mão até a testa como se estivesse se amaldiçoando pela tentativa frustrada de fazer as pazes com ela, depois das primeiras impressões, era claro que não ela era curiosa e corajosa demais para precisar de um herói.

Ele viu uma lança passando a centímetros de sua cabeça e olhou em direção de onde tinha vindo, eram três homem que usavam... Saias.

Ele olhou em direção a Merida, e ela manteve o olhar baixo como se não quisesse acreditar na figuras peculiares se aproximando.

Soluço achou seguro se afastar da ruiva em direção a Banguela, assim como Astrid fez com Tempestade, ela estava visivelmente irritada com tudo aquilo. Ela estava tão perto do fim, ela seria a heroína da guerra por matar os descendentes do Rei Fergus e tudo que Soluço fez foi atrapalha-la e envergonha-la perante seu inimigo.

–Princesa Merida está bem? – Perguntou o jovem Macintosh colocando a mão no ombro da jovem e ela repetiu para si mesma.

–“Eu não preciso ser protegida” – Ela comentou baixo só para ela ouvir.

Os outros encararam os dragões levantarem voo, era tarde de mais para atacar.


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Notas finais do capítulo

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