O Príncipe dos Sonhos escrita por Lisie


Capítulo 7
...e ele a deixou entrar.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora! Falta de inspiraçao é horrível!
Bem, eu poderia ter postado um capítulo mais ou menos só para não ficar muito tempo sem postar, mas não é para isso que eu escrevo. Me esforço bastante pra escrever com qualidade, e acho uma falta de respeito com os leitores ficar postando palavras de forma qualquer. Portanto, espero que esse capítulo seja o suficiente para matar a saudade... Boa leitura!



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“– Eles ficam olhando. Dá medo. – ela disse assustada.

– Calma. Alguma hora alguém vai se pronunciar...

– Vou pressioná-los com o meu olhar maligno. Enquanto isso você pensa em um plano, ok?

– Pode deixar – ele pensou - Vou falar alguma coisa e deixar de sussurrar!”

E ninguém disse nada.

Chris ainda estava meio pasmo com o que acabara de acontecer. Ele e Jennifer estavam em uma biblioteca cheia de arquivos secretos, encarando uma menina com um livro na mão e um garoto absurdamente gato. Ao menos para Christopher.

Enfim, alguém teve coragem de dizer alguma coisa:

– Não viemos machucar ninguém, Vossa Alteza – pronunciou-se a menina de cabelos cacheados .

– Como ousam invadir o castelo, adentrar na Biblioteca Real e dizer essas míseras palavras? – Chris estava ofegante de nervoso, torcendo para soar tão confiante como gostaria. Ele jurava que falar dessa forma não estava nos formulários sobre “Como Portar-Se Diante De Assassinos”, mas provavelmente ele não deve ter prestado muita atenção nessa aula – Expliquem-se, senhor e senhorita.

Os rebeldes se entreolharam e de repente começaram a rir.

– Vossa Alteza, acho que nós não devemos te explicar nada – disse o menino, ajeitando os óculos com um olhar de superioridade – Viemos apenas pegar o que é nosso. Achava que príncipe era mais hospitalar! – ele riu enquanto andava na direção de Christopher e Jennifer – Se quer sair com esse rostinho intacto, são vocês que devem obedecer nossas ordens.

A selecionada respirou muito fundo quando o rebelde passou a mão em seu rosto. Ela realmente queria sair dali com o rosto bem intacto. Mesmo.

Chris continuava com a cabeça bem erguida, mas sabia que ficar fazendo pose de machão só traria mais problemas. Respirou fundo (pela milésima vez) e concordou com a cabeça. Ele tinha um plano: daria um jeito de pegar a chave que estava na porta que dava para o telhado e também tentaria pegar o livro que a garota segurava.

Primeiro passo:

– Certíssimo, senhor... – Chris fez cara de interrogação.

– Me chame de Nate. – o rebelde respondeu.

– Então, senhor Nate, o que deseja que façamos?

– Bem, siga o corredor para a esquerda, desça as escadas, vire à direita, abra a sétima porta, desça mais escadas e alcance o quarto-do-pânico – como um rebelde poderia saber tão bem o palácio, Chris não sabia. Mas tinha que por em ação seu pequeno plano.

Segundo passo:

– Sim, senhor Nate. Faremos isso, né Jennifer? – ele olhou para ela, que estava um pouco mais atrás dele e também na frente da entrada para o telhado. Ficou olhando para ela e para sua barriga (na verdade era para ser a chave, porém ele não tinha visão raio-X). Depois de um momento, Jennifer se tocou no que ele queria dizer lentamente tirou a chave da porta e agarrou na mão, bem firme. Sua sorte era que os rebeldes estavam bem entretidos: o garoto pressionando Chris com os olhos e a menina chamando reforços no corredor.

A selecionada percebeu algo que não tinha reparado até agora. O palácio estava infestado de invasores. Como ela estava perto da janela, dava para ver de relance que havia várias pessoas lá fora, carregando coisas, batendo papo, andando para lá e para cá. A situação era ainda mais apavorante.

Terceiro passo:

Chris pegou Jennifer pela mão lentamente e agarrou também a chave. Olhou para aquele rebelde malignamente gato e começou a conduzir sua amiga até a porta de saída da biblioteca. Quando se viu no corredor, deu de cara com dois rebeldes armados, ao lado da menina de cabelos cacheados ainda sem nome. Ela apontou para eles com a cabeça e os guarda-costas param ao lado do príncipe e da selecionada.

Chris segurou a mão de Jennifer com mais força. Olhou para o corredor. Pensou nas aulas de Artes Marciais. Lembrou-se de seus deveres como príncipe. E então correu.

Quarto passo:

– Pegue o livro! – Chris gritou e então surrou o brutamonte que estava atrás dele. Inclusive, um brutamonte meio lesado.

Com um soco na altura das orelhas, o primeiro rebelde caiu. O segundo, que estava a sua esquerda, recebeu um chute naquele lugar e se contorceu no chão.

Numa velocidade surpreendente, ele correu e agarrou Jen, segurando a mão livre dela e seguindo velozmente pelo corredor. Jennifer não sabia o que Chris estava tramando, mas tinha uma sensação revigorante e ironicamente assustadora, gelando e aquecendo seu sangue a cada passo que dava. Passavam voando pelos rebeldes e, aos poucos, um amontoado gigantesco de pessoas correndo atrás deles se formou.

Correram. Correram muito.

E então deram de cara com a sétima porta, já no primeiro andar, e rapidamente Chris encaixou a chave, abriu a porta, empurrou Jennifer, entrou e fechou a porta. Nesse instante, um estrondo quase jogou a porta em cima deles, porém resistiu.

Ofegante, Jennifer perguntou;

– Que barulho foi esse?

– O estrondo? Ah, deve ter sido só as pessoas se chocando contra a porta mesmo. – Chris respondeu com um sorriso de alívio no rosto, satisfeito por ter realizado seu plano.

Missão cumprida.

Descendo as escadas que dão no quarto-do-pânico, Jennifer ficou indagada sobre a importância daquele livro que havia resgatado. Afinal, eles estão com esse livro, mas os rebeldes ainda estão coma biblioteca inteira!

– O que torna esse livro mais especial, Príncipe?

– Como assim?

– O que torna esse livro diferente dos outros, por que nós esforçamos tanto para pegar esse livro se os rebeldes ainda tem acesso aos outros?

– Bem, tem um segredo – Christopher dizia enquanto descia as escadas – promete que não contará a ninguém? – Jennifer fez que sim com a cabeça – Ok. Então... esse é o único livro verdadeiro na biblioteca! Tcharam! –ele abriu os braços e sorriu.

Jennifer pensou na possibilidade do pessoal do Palácio não ser tão despreparado quanto parecia. Havia bastante inteligência nessa jogada de proteger as coisas botando idênticos falsos no lugar delas.

Chris sabia que os rebeldes sabiam. Seria pura coincidência pegarem logo o livro verdadeiro? Não, lógico que não. Poucas pessoas daquele Palácio sabiam, certos guardas, ele, sua mãe, Zoey. Não tinha como alguém de fora descobrir a menos... que alguém de dentro tenha revelado.

**

Annie não conseguia respirar. Era quente, abafado. Havia uma venda em seus olhos, tudo que via era preto. Escutava o som de água e estava balançando e balançando.

Sentiu vontade de vomitar, estava enjoada. Havia algo em sua boca. Seria uma meia?

Annie não queria saber se era. Onde estava. O que aconteceu. A única coisa que passava por sua cabeça era como estaria sua irmã-gêmea.

Annie rezou para que ela se mantivesse forte.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Se sim, comente! Se não... Também comente! Hahaha
Onde vc acha que Annie está? Ou quem seria o espião? Pd flr! Sou tda ouvidos =)



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