Story of Us escrita por Sophie Valdez


Capítulo 10
James Sirius é bipolar


Notas iniciais do capítulo

Hello!!!!!

Enfim, cheguei, mais um capitulo, espero que gostem. Tem tanta expectativa para a VOLTA que eu até estou insegura.

Mais uma recomendação! To tão feliz! Obrigada DOMINIQUE DELACOUR! Alias adorei seu nome!kkkkkkk

Boa leitura!



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A vida as vezes é estranha, ela te pega de surpresa e te derruba. E não esperava estar nesse campo, usando esse vestido preto e vendo o caixão da minha querida avó Apolline descer para debaixo da terra. Nesses seis anos que morei na França nós nos tornamos muito próximas, ela era uma mãe, amiga, confidente e treinadora ao mesmo tempo, e depois de ir dormir ontem... não acordou mais.

Meus pais estavam preocupados comigo, afinal fui eu que encontrei minha avó morta de manhã. Eu te me desesperado, berrado, chorado... mas agora no enterro eu só conseguia me lembrar das coisas boas.

_ Domi... – focalizo minha irmã na minha frente segurando meus ombros. Vicky estava com os cabelos loiros em um corte Chanel que a deixava muita madura, mas seus olhos azuis estavam vermelhos pelo choro. – Nós vamos para casa... para casa da vovó.

_ Ok. – digo somente me aproximando dos meus pais e de Louis. Minha mãe estava devastada e ainda assim se mantinha forte, eu a admirava por isso já que sempre tive problemas para controlar minhas emoções.

Na casa ficamos sentados na sala por horas falando vez ou outra de alguma coisa banal ainda imersos naquele estupor pós-velório. E foi apenas no jantar que meus pais tocaram no assunto que eu temia.

_ Dominique, agora que sua avó se foi acho melhor você voltar para casa. – meu pai disse deixando o garfo de lado e cruzando as mãos sobre a mesa.

_ Mas eu ainda não terminei a escola, e posso ficar aqui na França por mais um ano. – argumento incomodada. – Já tenho 17 anos.

_ Não vai vir com essa conversa de novo. – ele diz com uma expressão muito séria. – Eu permiti que visse morar longe de nós com apenas 11 anos, mas você tinha alguém para cuidar de você... Agora, eu não vou deixar você ficar aqui sozinha!

_ Eu posso ficar na escola! – exclamo.

_ Você tem que ficar com sua família. – ele rebate suavizando um pouco a voz. – O seu lugar É com a família... Você vai voltar conosco amanhã.

Eu não respondi, apenas abaixei meus olhos para o prato vazio pensando em novamente voltar para minha casa. Na verdade eu não tinha muita coisa contra, sentia uma falta imensa de toda minha família, daquela confusão na Toca aos Domingos e das piadas dos meus tios. Mas tinha criado uma nova vida aqui na França.

Sobre amigos tinha apenas uma pessoa que importava, Giulia. O resto que estava sempre grudado em mim era só um bando de gente falsa que queria ibope. Eu fiquei bem popular em Beauxbatons, me tornei a princesa , titulo que eu não dava importância, mas que me ajudou a mudar aquela escola. As pessoas me respeitavam e algumas me admiravam.

Claro que ser a princesa da escola não impediu que eu sofresse. Quando tinha quinze anos me apaixonei pelo filho da professora de balé, Charles Rúfon, um moreno lindo, alto e musculoso. Nós começamos a namorar em pouco tempo depois da diretora ter descoberto nossos “encontros”. Mas como minha vida sempre tem uma inclinação para o desastre...

Foi a cinco meses atras, Charles tinha terminado comigo por uma besteira que eu não engoli então fui tirar satisfação. O que descobri? Que ele estava transando com Clémence e que tinha me largado por que eu não lhe deu o que ele queria. Ela deu... literalmente.

_ Você vai se adaptar direitinho em Hogwarts de novo. – minha irmã disse quando já estávamos deitadas no meu quarto. – E pode até tentar entrar pro time!

_ Vicky, eu não voou mais. – murmura amargurada e ouço Vicky suspirar.

Pouco antes dos meus quinze anos eu sofri um acidente com minha vassoura enquanto voava pelos terrenos da escola. Minha vassoura se descontrolou do nada e cai com tudo perto da torre Norte. Meus ferimentos foram cuidados com perfeição, mas assim que tentei voar novamente senti um pavor terrível. As pessoas chamaram de trauma, e por causa desse negócio idiota eu não voei nunca mais. Só Merlin sabe a falta que eu sinto.

_ Bom, você vai ficar tonta com tanta novidade. Qual foi a ultima vez que viu o pessoal todo? Dois ou três anos atras? – Vicky disse tentando manter uma conversa animada contando sobre os rolos dos meus primos. Aquele pessoal tinha as melhores histórias e eu sempre adorava receber cartas deles. Só não recebia de um primo... e era melhor assim. – Ah, e Louis com certeza gosta de alguma menina, eu sinto isso! Você pode espionar em Hogwarts para descobrir e me contar!

_ Victorie Weasley e sua mania de se intrometer na vida amorosa dos irmãos. – comento rindo e recebo um travesseiro na cara. – Ei!

_ Eu só me preocupo ok? – ela diz fazendo uma cara não muito convincente. – Sou a favor do amor!

_ Ah claro, esqueci que você virou uma romântica incorrigível depois que começou a namorar o Teddy. – digo dando uma piscadela e estranho a expressão dela fechar. – Qual o problema?

_ Teddy... – ela suspira pulando na minha cama e quase me jogando para o chão. – Nós namoramos a tanto tempo, e ele está muito estável no emprego e eu também... Não sei o que impede ele de me pedir em casamento.

_ Talvez ele esteja com medo. – opino dando de ombros.

_ Medo? De que? – ela indaga nervosa. – Nós somos apaixonados, pelo menos eu acho que ele me ama. Eu com certeza amo ele. Nós podemos enfrentar a vida a dois numa boa! Não tem porque ele não pedir!

_ Ei, calma! – digo me afastando um pouco. – Sinto muito, não sou boa com conselhos românticos.

_ Isso é consequência da sua infância. – ela murmura encarando o teto. – Se passasse mais tempo comigo e nossas primas você teria um pensamento mais delicado. Mas preferiu correr pra todo lado com James e Fred.

Revirei os olhos com aquele comentário sem pé nem cabeça e a expulsei da cama para dormirmos, e naquela noite tive um sonho estranho onde voava dando gargalhas ao lado de mais alguém que não consegui identificar.

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Demorou um pouco para ajeitar minha mudança mas deu tudo certo e enfim voltei para a Inglaterra. Era domingo, dia de reunião da família Weasley, momento perfeito para eu reencontrar todo mundo e estava super ansiosa. Me aprontei rápido com um vestido branco que ganhei da minha avó e sai apressando todo mundo.

Assim que aparatamos em vi um grupo reunido em uma enorme mesa no jardim. Hoje estava quente e ensolarado então o clima estava perfeito. A primeira pessoa que me viu foi Tia Hermione, que me deu um abraço apertado e foi imitado por todos os outros.

_ Tá linda hein?- Tio Jorge disse me fazendo dar uma voltinha como sempre. – Gui vai ter que tomar muito cuidado com os safados...

_ Largue de besteira Tio Jorge. – digo rindo. – Cadê os outros?

_ Ah, os jovens estão reunidos em algum lugar da casa. – ela responde com uma voz teatral. – Acho que não querem se misturar com os velhotes aqui.

_ Não se preocupe Tio, é só servir a comida que eles vêm correndo. – digo dando uma piscadela e ele ri em resposta. Corro até a entrada da casa e escuto conversas altas lá de dentro. Sinto meu coração bater mais forte e respiro fundo sorrindo ao ouvir um grito de Lily, mas quando vou abrir a porta alguém a puxa do outro lado.

_ ... totalmente desnecessário. – James dizia ainda olhando para dentro da Toca enquanto eu me equilibrava novamente. Ele olhou para a frente e arregalou os olhos para mim. James continuava o mesmo, ou quase. Estava mais alto e musculoso do que me lembrava, os olhos continuavam entre o castanho e o verde e os cabelos, bagunçados com sempre.

_ O-oi... – gaguejo vergonhosamente enquanto ele parece tentar se recompor.

_ Nique? – ele pergunta meio hesitante e sinto uma nostalgia ao ouvir o apelido.

_ Dominique? - Fred aparece do nada.

_ Surpresa! - exclamo o abraçando e ele acaba me levantando do chão. – Que saudade loirinha.

_ Também senti saudade! – digo e ele me solta. A próxima a me abraçar é Molly, que com certeza está diferente, com uma mecha roxa no cabelo e um monte de anéis e pulseira. Lucy sorriu me abraçando e perguntou por Louis.

_ Meu Merlin! Você virou uma patricinha! – Rox exclama fazendo uma careta para minha roupa. – Isso é horrível!

_ Não, isso é Prada. – digo fazendo uma posse de modelo e ela ri me abraçando.

_ Não critique a rainha de Beauxbatons Rox. – Rose diz me abraçando. – Até que enfim você voltou!

_ Na verdade é princesa, mas ok. É bom voltar. – respondo recebendo um abraço de Alvo. – Por Merlin Alvo, como você cresceu!

_ Falando assim até parece que é muito mais velha que eu. – Alvo diz bagunçando meu cabelos, eu faço bico e tento arrumar até ser atacada por Lily.

_ Você tá tão linda! Quanto tempo! Eu estou tão animada. A gente podia fazer uma festa do pijama só com as primas, o que acham? – como sempre a caçula dos Potter começou a tagarelar sobre a nova TV que o Tio Harry comprou enquanto eu abracei Hugo.

_ Ela não vai parar tão cedo né? – pergunto pro ruivo enquanto Lily continua falando e ele ri.

_ Não, ela só cala a boca enquanto come. – Hugo responde revirando os olhos, eu rio dessa vez e os outros começam a se sentar na sala até sobrar apenas eu e James em pé. Ele se encostou na parede de braços cruzados e ficou me encarando com a testa franzida.

_ Tudo bem James? – pergunto arqueando as sobrancelhas.

_ Tudo ótimo, e você? – ele responde com uma voz fria.

_ Ótima.

_ Ótimo. – ele repete ainda me encarando e eu sustento o olhar, inconscientemente me lembrei de anos atras, quando nos encarávamos conversando só com o olhar, planejando nossas próximas aventuras. Desviei os olhos e me sentei ao lado de Fred enquanto Lily ainda falava.

*

Depois de um delicioso jantar e de me lambuzar com a sobremesa, algo me puxou para o jardim, caminhei calmamente por ali vendo um ou outro gnomo correndo entre os ramos. Eu amava essa desorganização do jardim da Toca, era aconchegante e calmo. Girei os pés e comecei a andar de volta para os outros quando ouvi um barulho estranho, algo como uma bola batendo. Me virei e fui até o fim do jardim onde um pequena clareira se estendia entre a floresta e a plantação de trigo.

Apesar do escuro consegui ver James em sua vassoura já que ele não voava muito alto. O barulho vinha de algumas bolas que ele jogava em alvos desenhados nas arvores. James grunhia e jogava a bola com força a fazendo voltar a quicar muitas vezes no chão. E sentei por ali e fiquei observando-o lançar uma, duas, três quatro vezes, cada vez com mais força.

_ Está fazendo o que aqui? – ele pergunta de repente e fazendo sobressaltar.

_ Olhando as estrelas. – digo com sarcasmo. – E você? O que faz aqui no fundo, sozinho, jogando bolas nas arvores?

_ E isso te importa? – ele rebate sendo um grosso de carteirinha.

_ Você vai parar de ser arrogante e responder minha pergunta?

_ Só quando pararmos de conversar por perguntas, isso é irritante e não leva a lugar nenhum. – James diz descendo da vassoura.

_ Então para de gracinha e me responde.

_ Sinceramente Dominique, eu não devo nenhuma explicação de nada para você desde o dia que me abandonou e foi para a França. – ele diz sumindo com as bolas com o floreio da varinha e me encarando. – O que você quer aqui hein? Voltou para Inglaterra e quer ser minha amiga de novo?

_ Nem pensar. – respondo cruzando os braços. – Você foi um péssimo amigo. – Ele parece ficar surpreso com minha resposta. – Só estava curiosa.

_ Bom, sendo assim, você e sua curiosidade podem se retirar.

_ Desde quando você é tão grosso? – pergunto e ele se aproxima de mim ficando alguns centímetros de distancia.

_ Desde quando você é uma patricinha metida? – James rebate, mas algo na voz dele me tira a ação. Ele não perguntou com a sua nova usual voz fria e sarcástica. Olhei em seus olhos e por um instante pude ver o menino sorridente que corria comigo o dia todo brincando em meio a gargalhadas. – Hein? Nique... desde quando você é isso?

_ Já disse que o metido aqui é você. – enfim digo me afastando e ele volta a fechar a cara. – E não me chame de Nique.

_ Como quiser alteza. – ele faz uma reverencia e vai embora me deixando parada ali por alguns instantes meio confusa, mas uma coisa eu sabia, James Sirius era bipolar, só pode.

_ Domi! Tá fazendo o que aqui no fundo? – Lily pergunta se aproximando de mim. – Nós estamos combinando sobre a festa do pijama. Eu queria assistir um filme romântico, mas Rox quer comedia, Molly quer ver um drama, Lucy adorava aventura e Rose sempre escolhe uma adaptação e fica falando como o filme e diferente do livro. Então achamos melhor você escolher. Tá tudo bem?

_ Hm? Ah, sim, tudo. – sorrio e vou com ele para a frente da casa onde todos estão. – E eu gosto de terror.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sejam sinceras..
Só para avisar, o relacionamento de James e Dominique vai ser meio lento, aos poucos, então tenham paciencia.

Comentem. favoritem, acompanhem! Beeijos e até o proximo!