P.O.V Will

Os dias se passavam e a expectativa sò aumentava,era maravilhoso ver a evoluçāo da gravidez de Louise,que agora estava prestes a entrar no oitavo mês de gestaçāo,era òbvio nossa ansiedade especialmente a minha,que chegava a me causar tremores,eu nunca imaginei que algum dia poderia desfrutar da sensação de ter algo tão importante para se esperar e ainda dividir essa espera com alguém que se ama,a cada momento era ùnico,tudo era uma novidade.

Mas por outro lado,Louise estava sentindo o efeito de uma gravidez dupla,sentia dificuldades para dormir porque não encontrava uma posição certa,reclamava da falta de memòria em algumas ocasiões,isso sem falar no emocional que estava seriamente afetado,o que interferia seriamente em sua auto-estima,nem as roupas recém compradas ajudava melhorar seu ânimo,se eu eu arriscasse a lhe fazer um elogio,ela diria que eu estava desenvolvendo um feitiche por bolas. As consultas se tornaram mais frequentes,agora sabìamos que ela estava esperando um casal (sim,ela estava esperando,me recuso o usar o termo "grávido",qual a dignidade de um homem dizer que está grávido?) e assim iniciamos a reforma em um quarto do anexo para recebe-los e nos mudamos temporariamente para a casa da minha māe que parecia muito feliz em nos receber em sua casa mesmo que por pouco tempo e também a familia de Louise estava mais presente do que nunca em nossas vidas,principalmente a mãe dela,cheia de conselhos e cuidados,isso não era exatamente um incômodo,pelo menos não para mim,infelizmente para Louise a història era outra.
Louise tinha aguentado heroicamente todos os palpites dado pela minha māe,eram coisas leves,conselhos dado de forma muito sùtil do jeito que sò Camila Traynor sabia dar,porém logo isso parou,causando em Louise um abençoado alivio que nāo durou muito tempo graças á māe dela.
Quase todos o dia a Sra Clark vinha nos visitar com o pretexto de passar o dia com a filha,no começo,Louise não se importou muito com essa intromissão,mas as intromissões ficaram mais insistentes e variadas,se antes se retringiam ao esforço sobre o que poderia ou não fazer,agora ia desde o que poderia ou nāo comer e o que era apropriado ou não para se vestir e por ai vai.
Se em nenhum momento é bom ser controlado,imagine por quem estava tão vulnerável emocionalmente como Louise? E eu havia tomado consciência disso desde o episòdio de ciùmes sobre Tabitha,aquilo me fez despertar sobre como o emocional da minha esposa estava sensìvel.
Provavelmente aquela era hora de eu intervir e foi isso que eu fiz,aproveitando a oportunidade de estar sozinho com Sra Clark,mamãe havia saido para fazer compras,Nathan e Tabitha conversavam em outro cômodo da casa e Louise tirava um cochilo no quarto.

–Sra Clark,será que poderiamos conversar?
–Claro,querido... Houve algum problema?– Perguntouva Sra Clark, solicita

–Não,não senhora... É que eu gostaria de conversar sobre Louise–Comecei me sentindo desconfortável.
–Aconteceu alguma coisa com ela?
–Nāo aconteceu nada,é que eu acho que ela está se sentindo desconfortável com a atenção que ela está recebendo,sabe? Todos os conselhos e tudo mais...

Ela não escondeu de inicio a sua surpresa,mas logo compreendeu aonde eu queria chegar,confesso que fiquei aliviado por ela ter entendido rápido.

–Willian,eu entendo o seu ponto de vista sobre como Louise se sente sufocada,mas ela não tem experiência em gestação e com isso pouca noção do que se passa,uma boa menina,mas precisa de orientação.–Disse ela de modo simpático

Vendo por aquele ângulo ela realmente tinha razão ao ponto de me deixar sem argumentos,mas ainda valia a pena tentar mais.

–Mas ainda era bom tentar aliviar isso para o lado dela,eu sei que como todas as mães a senhora deseja o melhor para ela,mas seria melhor dar uma aliviada,não acha?– Eu disse de modo conciliador.

Mas antes que eu soubesse o que ela iria dizer,ouvimos um grito abafado diretamente do quarto,um grito de dor e era de Louise.