Ela, apesar de disfarçar bem, não engoliu as atitudes de Freddie depois que o namoro entre eles acabou, tentou esquecer de todas as formas, mas como todo ser humano, sabemos que lidar com sentimentos é muito mais difícil que prova de química, física e álgebra no mesmo dia. E saber que Carly e Freddie se beijaram foi a gota d’agua pra ela, podia ser sua melhor amiga e seu melhor amigo ali, mas, magoou demais o coração daquela garota, a raiva deu espaço a decepção e a consequência seria fugir da realidade. Primeiro ela pensou em ir para Los Angeles, para colocar suas ideias em ordem, conhecer melhor o país em cima da sua moto, mas desistiu quando recebeu uma carta de aceitação na NYU (New York University),agradeceu à Deus, pois a noticia veio em boa hora, queria e muito ter uma nova vida, em outro lugar.

Sam evitava Freddie desde o fim das aulas no Ridgeway, e quando Freddie soube por Spencer que Sam viajaria para NY dali a pouco,não pensou duas vezes em ir o mais rápido possível, precisava saber o porque dela também estar indo embora.

Flashback on

A rua estava deserta, e as folhas no chão indicavam que o outono era a estação que predominava o lugar, Freddie desceu do carro e apertou a campainha, segundos depois ela abre a porta, sua primeira reação foi de surpresa, depois deu lugar a um sorriso desajeitado e permitiu que ele entrasse.

–Então o que faz aqui Freddienub?

–É verdade o que o Spencer me disse? Que você vai embora?

–Eu ia te contar

–Quando? Quando estivesse no aeroporto?- Sua voz se exaltou um pouco.

Sam ri debochada

–Claro que não, eu só não... não sabia como dizer isso, o fim do iCarly, a Carly ter ido embora e agora sabe...eu também, o Spencer chorou quando eu disse que também ‘’estava caindo fora’’, foi difícil pra mim você sabe ele é como um irmão pra mim.

–A Carly já sabe?- Acalmou-se um pouco

–Sim, ela te contou que vai morar por lá mesmo?

–Já, desculpa mas, de uma hora pra outra eu perdi tudo.

Sam queria ironizar aquela situação pra esconder o quão aquelas palavras de Freddie a partiram o coração e a deixaram frágio, mas não nesse momento.

–Eu sinto muito, mas veja pelo lado bom, você pode ir morar lá na Itália agora, fazer a faculdade dos seus sonhos na Sorbonne e...ficar com a Carly.

–Não eu...- Inusitou-se surpreso

–Quando ia me contar que se beijaram?

–Sam eu...

–Esquece eu não tenho que saber.

–Espera eu quero te explicar, só..como soube? Ela te contou?- Aproximou-se um pouco dela.

–Não eu..estava no estúdio pegando o meu controle que eu ia dar pra Carly, então você entrou e eu me escondi.

–Por que?

–Não queria que me visse chorando, eu estava muito triste com a Carly indo embora.

Silencio

–E logo depois a Carly entrou e então, eu vi tudo.

–Imagino que tenha visto que...-Ele perguntou receoso

– É , vi quando você ''comemorou''- Suspirou cansada e se dirigiu a cozinha que ficava ao lado da sala.

–Sam você...se importou com isso?- Perguntou levantando-se até a cozinha também.

–Claro que não!?-Mentiu. Você é livre faz o que quiser com quem quiser.

–Ah- Não era isso que ele queria ouvir.

–Mas só pra você saber Sam, sim eu comemorei, mas hoje eu me pergunto porque fiz isso, foi mais pelo momento sabe? A Carly sempre...-Não pôde terminar a frase.

–Foi o amor da sua vida?-Ergueu as sobrancelhas.

Ele a olhou incrédulo, será que ela não percebia que ele a amava demais pra ouvir isso da própria Sam?

–Sam eu vou repetir isso pela milésima vez, não amo a Carly.

–Se você diz- Falou retornando a sala com um copo de água nas mãos.

–Freddie agora eu tenho que subir, tenho que terminar de arrumar minhas malas, viajo amanha.

Aquele ''viajo amanha'' fez Freddie se entristecer, ainda tinha esperança de que ela dissesse que não iria mais.

–Então você vai mesmo.

–É minha faculdade, é um novo rumo da minha vida eu sinto muito.

Silêncio

–Eu...é vou indo então- n/a(Idiota era só beijar ela agora rs) –Vou sentir sua falta. Se dirigiu até ela e a abraçou, como ele desejou pode-lá beija-la e manter ela consigo, mas pra ele, o fato dela ter visto tudo, tirava todo o direito dele sobre ela, que ela estava certa em não querer ficar com ele.

Abraçaram-se, ambos querendo guardar pra sempre em suas memorias cada detalhe, o cheiro, o toque, mesmo ambos querendo e muito um ao outro o orgulho de Sam e a falta de coragem de Freddie falaram mais alto, ele foi embora, ela o levou até a porta e no mesmo instante sentiu seu mundo cair, assim que ele entrou no carro e ela fechou a porta, lagrimas quentes já escorriam em seu rosto, ela tentava ser forte, mas ninguém é feito de pedra não é mesmo? Correu até as escadas e entrou no quarto, debruçando-se em sua cama a chorar copiosamente. Já Freddie, durante o caminho de volta ao Bushwell, lembrava da época em que namoraram, e do primeiro e ultimo beijo que deu em sua amada Sam, no quanto foi burro em permitir ela sair da vida dele assim, e em como superar o que estava em seu coração agora. Mas cá entre nós, superar não existia no vocabulário do coração de Freddie em relação a Sam, e ele sabia que sempre...sempre iria ama-lá, seja aonde ela estivesse. Chegou no apartamento, ouviu algumas reclamações de Lewbert na portaria e outras de sua mãe quando chegou ao 8º D, trancou-se em seu quarto, não aguentou mais e chorou, chorou como uma criança sem seus pais, chorou porque sabia que a culpa era dele de ter perdido Sam e que agora, não se podia fazer mais nada.

No outro dia Sam arrumou-se despediu-se de Pam, tentaram ser fortes, mas ficaram abraçadas por uns 10 minutos, apesar de tudo, se amavam, Sam foi sozinha até o aeroporto, sua mãe disse que seria mais doloroso se a acompanhasse e que Melanie depois ligaria para desejar boa sorte em New York, entrou no taxi e olhou para sua casa e sua vizinhança, suspirou e disse ao morotorista - aeroporto por favor.

Era por volta das nove da manhã, Freddie acordou e foi direto ao banheiro fazer suas necessidades, olhou-se no espelho, lavou o rosto, e lembrou que por essa hora Sam já estava a caminho do aeroporto, pensou, pensou e disse -Não posso perder você Sam. Banhou-se o mais rápido que pôde e vestiu-se apressadamente, pegou as chaves do carro e correu até a sala onde a Sraº Benson assistia algo sobre bactérias.

–Onde vai querido? Por acaso não vai nem tomar café?

–Mãe agora eu não posso, tenho que correr o mais rápido possível.

–Mas...

–Tchau mãe!

Chegou no estacionamento as pressas e lutou com as chaves do carro para que entrassem de uma vez para que pudesse ligar o carro

–Droga, preciso ficar mais calmo, desse jeito não vou sai nunca daqui!- Respirou fundo e deu partida. Atravessou sinais fechados, acelerou um pouco mais o motor e em pensamento rezava para que Sam ainda estivesse lá.

Desceu na entrada no aeroporto e travou o carro o mais rápido que pôde, entrou correndo aeroporto a dentro procurando dentre aquele monte de gente sua loira demoníaca.

Sam já estava no embarque, esperando dar exatamente nove e meia da manha para poder entrar de vez naquele avião. Faltava apenas um minuto quando a voz de embarque do aeroporto avisou ''Senhores passageiros de New York, por favor se dirijam ao portão de embarque''. Ambos ouviram aquela frase, Freddie atento a chamada de embarque a procura do portão certo, e Sam entrando no portão de embarque, algo em seu coração doía, olhou mais uma vez para trás antes de entrar, suspirou fundo e foi uma das ultimas a entrar, seguido de um casal de coreanos. Os portões se fecharam e Freddie exausto pelo cansaço percebe que aquele voo já vai dar partida, e que a sua Sam estava nele.