Quando os outros vingadores chegaram no laboratório digital, Tony e Bruce examinavam um grande holograma, parecia uma esfera, com várias conexões e sinapses, mas era como se estivesse estilhaçado.

– O que é isso? – Steve pergunta assim que entra na sala.

– Isso. – Stark começa. – É, ou era, o JARVIS. Toda a estrutura dele, o centro de controle.

– Ah sim... – Steve assente.

Natasha solta um sorriso de lado e passa a mão no ombro de Steve, ela achava engraçado e até fofo as vezes, como Steve ficava deslocado no meio de tanta tecnologia. Mas até que ele se adaptava rápido.

Ele olhou para ela e correspondeu rapidamente o sorriso.

– Bom, eu não sei se tem conserto. – Tony diz. – Mas não posso me concentrar nisso agora...

– Nesse momento temos que pensar em como achar aquela coisa, ou descobrir o que ele quer. – Clint fala.

– Sim, exatamente.

– Mas como? – Thor pergunta confuso.

– Eu não sei... temos que, dar um jeito, não sei. – Stark começa a andar de um lado para o outro.

– Por que não tentamos procurar algo, ou alguém que talvez tenha conexão com ele? Ou com os gêmeos? – Natasha sugere. – Não precisa ser diretamente ele, certo?

Tony suspira e parece estar pensando sobre o que a viúva tinha dito.

– Você tem razão Romanoff.

– Sim, eu sei que tenho. – ela dá um sorriso orgulhoso por poucos segundos, o que faz Steve sorrir também.

– Tony, nós temos arquivos impressos guardados, não temos? - Bruce pergunta.

– Temos sim. – o Homem de Ferro responde. – Um monte, eu só preciso saber onde foi que a Pepper guardou aquelas caixas.

– Então trate de descobrir logo. – Natasha rebate.

– Certo, eu vou ligar pra ela. – Tony fala, e se retira já discando no celular.

– Bom... – Bruce respira fundo. – Eu vou ficar aqui e esperar.

– Eu também tenho que fazer uma ligação. – Barton fala, ele olha para Natasha e ela pisca para ele, já sabendo para quem ele ligaria.

Então ele se retira da sala também, Thor apenas dá um aceno de cabeça e também sai andando pelo corredor. Ficam Steve, Natasha e Banner.

– Então Doutor... você acha que podem consertar o JARVIS? – Steve fala tentando bolar um assunto.

– Eu realmente não sei. – Bruce fala. – O sistema ficou muito degenerado.

– Ah.

– É uma pena. – o doutor finaliza.

– É... é mesmo.

Natasha tenta segurar uma risada, Steve e Bruce não eram nenhum pouco próximos, e não pareciam estar muito confortáveis olhando um para a cara do outro, sem assunto. Então a espiã sentiu misericórdia pelos dois e decidiu acabar com aquele constrangimento.

– Bom, então, depois que o Stark fazer a ligação, achar os documentos e tudo mais... Vocês chamam a gente ok? – ela diz para Bruce.

– Ah, okay. – ele concorda.

– Ótimo, vamos Steve? – ela olha para o Capitão que estava calado e quieto.

Ele levanta o olhar.

– Sim, sim. Vamos.

Natasha acena de cabeça para Bruce e Rogers faz o mesmo, e os dois saem juntos pelo corredor.

***

– A idéia de procurar nos arquivos foi boa... – Steve comenta para Natasha.

Os dois estavam almoçando juntos no quarto do Capitão, pizza.

– É, eu sei. – Romanoff responde, ela estava deitada na cama de Steve de barriga para baixo, apoiada nos cotovelos com as mãos segurando seu pedaço de pizza.

– Convencida. – ele ri. Steve estava sentado no chão de carpete, com as pernas cruzadas, também comendo sua pizza.

– As vezes eu fico vendo vocês, e penso como são lerdos.

– Como assim?

– Nós mulheres, temos extintos que vocês não tem. – ela diz se sentando na cama.

– Aham. – Steve ri novamente.

– Você não concorda? – Natasha o olha em desafio.

– Eu? Eu não falei nada...

– Tá, sei. – ela estreita os olhos.

– Enfim. – Rogers fala depois que termina seu pedaço. – Vamos voltar e falar com o Stark, ver o que ele e o Bruce já descobriram.

Natasha geme preguiçosa.

– Anem, tem que ser agora? – ela também termina seu pedaço e rola na cama de Steve, se espreguiçando e ficando de barriga para cima.

O capitão ri e anda até ela, sentando ao seu lado na cama.

– Sim, tem que ser. – ele sussurra.

– Mas nós concordamos que eles nos chamariam, lembra? – ela pega um travesseiro e põe no rosto.

– Sim mas...

– Larga de ser chato Steve! – ela joga o travesseiro que estava em seu rosto na cara de Steve, e começa a gargalhar.

Ele olha pra ela com uma falsa expressão de indignado, e ri junto com a ruiva.

– Ah, é assim?

Natasha continua rindo, ela se senta na cama e engatinha até o colo dele.

– Me desculpe. – ela sussurra no ouvido do loiro, o fazendo rir e beijar o pescoço da mulher.

– Vou pensar no seu caso. – o capitão responde.

Ela ri novamente, e deposita um selinho nele.

– Pra quem o Barton ia ligar? – Steve pergunta repentinamente.

Natasha o olha surpresa por um segundo e dá de ombros.

– Por que você acha que eu vou saber?

– Humm, por nada, é que eu percebi sua piscadela pra ele.

Romanoff ri mais uma vez.

– Percebeu foi?

– Foi, e não gostei nada.

– Era só pra uma mulher que ele está paquerando...

– Ah tá.

Os dois riem.

– Então, vamos? – Rogers insiste.

– Não Steve... vamos deitar e descansar um pouco, eles vão chamar a gente.

– Nat, larga de ser preguiçosa.

– Não. – ela sai do colo dele e se deita novamente na cama, mergulhando o rosto em um travesseiro. – Vai você, se eles já tiverem achado você vem e me chama.

– Natasha, vem logo, anda. – ele acaricia as costas dela, que suspira.

– Assim que eu não vou querer ir mesmo.

Rogers ri, ele acaba deitando e abraçando a ruiva. Ela se vira para ele e sorri.

– Ontem à noite. – ela começa. – Foi uma das noites que eu mais dormi bem em muito tempo.

Steve sorri.

– Claro, você estava exausta.

Ela ri surpresa.

– Não era pra menos, não é Rogers? – Natasha sussurra.

– Não era mesmo, nossa brincadeira foi exaustiva.

Ela ri mais ainda, e beija o capitão.

– Agora podemos ir? – Steve pergunta depois que o beijo acaba.

– Ai meu deus! Tá bom! – Natasha exclama, e os dois se levantam da cama rindo, arrumam o quarto e vão a procura de Tony.