Natasha estava com a barriga doendo. Se era de fome? Talvez. Mas provavelmente era da gostosa gargalhada que tinha acabado de dar.

Depois de alguns minutos conversando, ela e Steve decidiram treinar juntos. Ele pôs as luvas de treinamento, e Natasha iria socar as mãos dele, mas depois de uns minutos assim, Natasha decidiu pregar uma peça no amigo, e em vez de socar na mão dele, ela tentou dar uma rasteira nele, mas Steve estava tão seguro no chão, que quem escorregou e caiu foi ela. E agora gargalhava sem parar.

– Você está bem? - Steve ajudava a amiga a se levantar, segurando o riso.

– Si... sim. - Natasha ainda ria feliz.

– O que foi isso? - Steve perguntou começando a rir.

– Eu tentei te derrubar com uma rasteira mas, me atrapalhei e caí. - Natasha sorria como uma boba.

– Ah sim... - Steve riu feliz.

– É Steve... pelo visto você é duro na queda.

Os dois riram. E ficaram se olhando por alguns segundos, mas o momento foi quebrado.

– Er... bom dia Capitão, Agente Romanoff. - Bruce se encontrava na porta da sala observando os dois, um pouco desconfiado.

– Bom dia. - Natasha e Steve falaram juntos se afastando e disfarçando.

– Eu queria mostrar uma coisa a vocês, já que são os únicos que eu encontrei acordados por aqui.

– Ah sim, claro. - disse Steve

– É, estamos subindo. - completou Natasha.

Bruce olhou para Steve e depois para Natasha, ainda desconfiado, mas decidiu não falar nada. Ele acentiu e seguiu pelo corredor na direção do elevador.

A viúva Negra e o Capitão América se olharam.

– O que será que é? - Steve perguntou curioso.

– Não sei... - Natasha respondeu.

Depois de alguns segundos de silêncio, Steve resolveu quebrar o gelo.

– Bom, então é melhor nós subirmos certo?

– Sim, claro. - Natasha respondeu.

Os dois recolheram suas coisas e foram juntos até o elevador. Natasha apertou o botão para subir e as portas de ferro se fecharam. O silêncio era constrangedor.

– Acho que deve começar a treinar suas rasteiras Agente Romanoff. - Steve disse com um sorriso provocante no rosto.

– Haha, claro... geralmente eu sou boa em golpes envolvendo as pernas, a culpa não é minha se você é o Capitão América. - ela disse se virando para ele, com um sorriso malandro.

– Ora, se você é tão boa assim, não devia ter errado só por esse motivo bobo não acha?

– Ummm... está me desafiando Rogers? - ela o olhava com um sorriso no rosto.

– Depende, se você entende isso como um desafio, então sim.

– Ok. Então que tal agente se encontrar hoje na sala dos rings, às sete da noite?

– Fechado.

– Ótimo.

Os dois estavam de frente um pro outro, com sorrisos desafiadores estampados no rosto. O elevador parou e as portas se abriram. Estavam no andar de Natasha, que era um abaixo do de Steve. Ela saiu do elevador e se virou pra ele.

– Não vai se atrasar Steve. Hoje anoite eu acabo com você.

– Veremos...

Ela sorriu e seguiu para seu quarto.

Steve saiu em seu andar, ainda pensando no que havia acontecido ali. Ele admirava muito Natasha, mas sabia que os dois eram colegas, e amigos. Ele não alimentaria nenhum sentimento a mais que isso, seguiu para seu quarto. Tomou um banho rápido, só para tirar o suor e a sujeira do treinamento, e vestiu uma calça jeans, uma camiseta verde escura e foi para o andar dos laboratórios.

Quando chegou, Natasha, Tony e Bruce já estavam lá conversando. Ele sabia que não devia reparar nisso mas, Natasha estava usando uma calça escura e uma blusa azul marinho. A blusa tinha um decote reservado, mas ainda assim era atraente, e era justamente isso que ele não devia estar reparando, as curvas de Natasha. Cintura fina, pernas delineadas...ele repreendeu a si mesmo quando se pegou reparando isso.

– Bom dia gente. - disse ele ao se aproximar dos companheiros.

– Bom dia Capitão. - Disse Bruce.

– Como vocês acordam tão cedo num domingo? - resmungou Tony, o rosto ainda sonolento.

– Bom dia Steve... - Natasha cumprimentou com um sorriso de canto de boca. - denovo.

– Denovo é? - Tony perguntou desconfiado. - Hummm...

– O que você queria mostrar Bruce? - Natasha disse querendo mudar a atenção de Tony para outro assunto.

– Bom, eu estava conferindo a distribuição de vendas de algumas armas e, notei que muitas vendas estão concentradas em uma só região. - disse Bruce, levando os amigos para um painel, onde continham informações sobre o que ele estava falando. - Bem aqui... num lugar mais afastado de Nova York. De início pensei que fosse só mais uma coincidência, mas depois eu fui conferir se algum tipo de radiação era liberada daquele local.

– E...? - Tony agora parecia muito interessado, e olhava para o peinel concentrado.

– E, eu vi que os níveis de radiação sendo liberados naquela região estão uns 63% acima da média. - disse Bruce sério.

– 63%?! - Tony chega deu um pulo. - JARVIS, como não me alertou disso antes?

– " O senhor não me pediu para mapear aquela área, senhor." - disse a voz de JARVIS , que parecia estar em todo lugar.

– Então faça isso pra mim agora. - disse Tony, que andou até o canto do laboratório e pegou uma xícara de café, de uma cafeteira que tinha em cima de uma mesinha.

– Mais alguma coisa? - perguntou Steve para Bruce.

– Bom, por enquanto não. Eu só estava aqui pensando... muitas armas e munições foram vendidas para aquela localização, e agora o nível de radiação está 63% mais alto.

– Você acha que tem algo errado acontecendo lá? - Steve agora estava bastante interessado.

– Ah não! Claro que não! - disse Tony com ironia. - O nível de radiação só aumentou em mais da metade, claro que está tudo bem! Imagina!

– Então... Bruce! O que você acha que pode estar acontecendo lá? - disse Steve ignorando Tony. Natasha piscou para Steve.

– Bom, acho que podem estar construindo algo bélico, ou... talvez montando algum tipo de laboratório químico.

– E o que vamos fazer? - Natasha se manifestou.

– Eu tenho uma solção simples! - disse Tony com um olhar vitorioso no rosto. - Alguém vai lá, ver o que realmente está acontecendo, e se tiver algo anormal, bota tudo pelos ares... bum! - Tony fez um gesto como o de uma explosão.

– Bom, acho que alguém poderia ir lá, só conferir mesmo. - disse Bruce.

– Quem? - Natasha perguntou.

– Quem mais poderia ser? Eu! Obvil! - disse Tony. - Eu e mais alguém pra me dar um... auxílio.

– Ótimo, e quando?

– Hoje mais tarde... - disse Tony.

– Bom, vou avisar os outros. - Disse Natasha, se retirando da sala.

Tony e Steve a acompanhavam com o olhar enquanto ela saía.

– Aiai... se não fosse pela Pepper... - disse Tony olhando saliente para Natasha.

– É... - disse Steve também acompanhando Natasha com o olhar.