Contos Fragmentados escrita por Maria Antônia Freitas


Capítulo 7
Mente Perturbada - Sobrinha Ruiva.


Notas iniciais do capítulo

A esquina da Rua 23 sempre ficava sombria no segundo sábado de todo mês, os bares não abriam por algum motivo. As pessoas viajavam, a eletricidade ficava ruim e a movimentação era de 2 pessoas em 2 horas.
O dia perfeito para um sequestro ou assalto, e a menina ruiva caminhava até o ponto de ônibus todas as noites de sábado, às 20h15.
No segundo sábado de Dezembro, ela estava seguindo sua rotina, com um vestido de festa preto acima dos joelhos, o “look” perfeito para a balada.
Sem notar minha presença, ela passou por mim, e assim consegui pegá-la por trás, tampando sua respiração com um pano umedecido com álcool, mantive minha mão pressionada contra seu nariz por 1 minuto, até a garota perder a consciência.



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“O vídeo se iniciou, a data que aparecia no rodapé era: 22/12/2013 e o local era o quarto do Papai.
Maria Cecília estava presa inconsciente na cadeira, e seu cabelo ruivo estava preso em um coque perfeito.
Na cena, aparece a minha pessoa com uma tesoura, e em seguida corto o lindo cabelo ruivo da garota.
Recordo-me de ter calculado tudo para aquele dia. Seria minha primeira vítima, e eu não poderia estragar tudo.
Saio de perto do corpo, e caminho até a cama que se encontra ao lado esquerdo do vídeo, e se passam 25 minutos até a garota acordar.

Ao despertar, seus olhos, ainda meio perdidos, buscaram algo familiar no quarto, mas a única coisa que a garota poderia reconhecer era o meu fino rosto. Logo, a própria começa a procurar uma forma de sair da cadeira, volto para perto dela, mas carrego algo grande em minhas mãos.
Seus olhos desesperados temem a morte, mas aquela não era a hora.”

Pausei o vídeo, e olhei para o Senhor Figueiredo.

–Como sou um bom garoto, quero muito ouvir sua opinião sobre essa cena. –disse retirando o pano de sua boca.

–SOCO... –o velho começou a dizer.

Peguei um esmagador de nozes e quebrei seu dedo anelar.

–Se tentar gritar mais uma vez, eu faço isso com o seu pinto! –disse olhando em teus olhos negros.

Ele apenas concordou, e retirei novamente o pano de sua boca.

–Por favor, diga-me que você não vai abusar dela... –conseguiu dizer o velho.

–Ah, faça-me o favor, seu velho imundo, eu não sou o Padre Martinato, aliás, você irá adorar ver o que fiz com ele. –disse dando sequência ao vídeo.

–Oi docinho, veja o seu novo look. –disse eu levantando o espelho.

–AI ME... –começou a garota.

–Não grite menina tapada, será pior.

–O que você fez com o meu cabelo? –disse a menina chorando em um tom mais baixo.

–Ele não será útil para o resto do processo.
Voltei a tampar sua boca com o pano, terminei de raspar seu cabelo e sai do quarto.”

Pulei 30 minutos do vídeo, e parei na parte final. Antes de continuar, olhei para o velho e comecei a dizer:

–Olha, eu não sou uma pessoa má, apenas estou fazendo a justiça. A sua querida sobrinha era uma vadia. –peguei uma caixa preta que se encontrava nas prateleiras.

–Vadia? Ela só tinha 15 anos! –disse o senhor Figueiredo.

–Olha, o mundo estava muito avançado, naquela época. Sua sobrinha trocou mensagens comigo durante 9 meses antes de morrer, e olha, ela não era apenas uma criança. –consegui dizer arqueando levemente minha sobrancelha esquerda. – E se fosse uma criança, era uma criança muito fogosa.

–Não brinque com isso, seu ordinário. –disse o velho com sangue nos olhos.

–Já brinquei.–removi uma peruca da caixa preta feita com os lindos cabelos ruivos da garota.

“A cena agora mostrava a pequena ruiva com a cabeça baixa, e mais pálida que o normal. Seus finos braços já não estavam mais tensos, seus olhos estavam cansados e suas forças sumiram.
Apareço novamente, com algo em minhas mãos, deixo o objeto escuro perto da cadeira, e removo a fita de sua boa, e digo:

–Meninas como você, deveriam ter mais cuidado quando forem falar sobre os garotos mais velhos.

Saquei o estilete que estava em meu bolso, e abri sua boca, pegando a língua vermelha da garota e a cortando em um único golpe.
Guardei a língua em um recipiente de vidro e voltei-me para ela.”

Interrompi o vídeo, retirando da caixa um pequeno vidro, com a língua da garota dentro.

–Acho que isso deve ficar com você. –novamente ri, e coloquei o vidro ao lado da cadeira de balançar.

“A expressão da garota se perdia em dor, seus olhos choravam como cachoeiras, e o sangue que saía de sua pequena boca coloriam seu pescoço branco.
Peguei o objeto escuro, e despejei o líquido inflamável que se espalhava ao redor da menina.
Seu último olhar era pedindo piedade, mas, minha cara, piedade era algo que só tive até os meus 4 anos de idade.
Saquei minha caixa de fósforo, e com uma única reação, incendiei o corpo da garota, que se debateu tentando alguma escapatória.

Olhei para câmera e sussurrei:

–Cadê o seu Deus agora?

O vídeo se encerrou e me voltei para o velho.

–Bom, acho que você merece entender o único motivo para eu ter feito isso com uma pequena garota. –disse com um tom sério.

–Não há motivos que justificam um assassinato, seu ridículo. –disse o velho Pastor alterando o tom de voz.

–Realmente, nada justifica, mas o meu motivo para ter feito tal coisa há 12 anos atrás é que ela era sua sobrinha favorita, e diga-me, qual seria a graça em matá-lo sem fazer você sofrer, sem fazer você ver a morte de quem tu ama? Seria muito fácil só queimar o teu corpo, ou matar só você. Não gosto de coisas fáceis.

O velho abaixou a cabeça e perguntou:

–Todos eles... –sua voz falhou- Todos eles que sumiram foi porque você os matou?

–Talvez, teve alguns, como o Jhon, aquele moreno bonito, e o cantor japonês, o tal do Lucas Yokota, que foram mortos por outras pessoas. Mas fique tranquilo, já me vinguei desses outros assassinos amadores.

O velho manteve-se calado.

Me aproximei dele com um estilete, rasguei sua blusa, deixando a mostra seu peitoral. Estiquei a lâmina e marquei ao lado esquerdo de seu peito, um fino traço reto. Representando a morte da pequena menina ruiva.


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Notas finais do capítulo

R.I.P MAMA.



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