Human escrita por Sra Somerwesley, Mrs Hiddleston


Capítulo 16
Capítulo 15 - Monster


Notas iniciais do capítulo

Hello people! Cara, passamos dos 100 comentários! Muito obrigada a quem comenta ou já comentou!

ATENÇÃO: Houve um erro na parte em que a Crissie conta o segredo dela (cap anterior). Então pedimos, por gentileza, que releiam aquela parte que já foi modificada

Sem mais delongas, boa leitura!



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(Sou só um homem com uma vela para me guiar

Estou resistindo para escapar do que está dentro de mim

Um monstro, um monstro

Me transformei em um monstro

Um monstro, um monstro

E isso está ficando cada vez mais forte)

[Monster - Imagine Dragons]


POV Crissie


Eu havia acabado de acordar do meu cochilo da tarde, porém, não estava com fome. Decidi dar uma olhadela nas câmeras de segurança.
– JARVIS, a sala de estar. Por favor. - balbuciei com um bocejo.
– Sala de estar, 17:31:43. - disse ele enquanto a imagem da sala de estar aparecia na tela do meu computador.
Ali parecia estar tudo OK. Peraí; não. Bucky, pelo amor dos céus, como você vai conseguir mexer num Ipad com o braço biônico? Tem que usar o outro! O outro!
Alguns segundos depois Tony aparece e pergunta a ele:
"Você viu a Nath?"
"Acho que está no quarto, preparando o discurso. Como sempre", responde ele sem olhar diretamente para Tony.
"Vou ver se ela ainda não enlouqueceu" resmunga ele e sai em direção ao quarto.
– Siga ele, JARVIS. - digo interessada no que pode acontecer a seguir.
– Como quiser.
Tony continua andando até chegar na porta da Nath e dizer:
"Nath? Filha, posso entrar?"
"A porta está aberta" grita ela de dentro do quarto.
Tony entra enquanto a tela do meu computador se 'teleporta' para a câmera do quarto de Nath.
"Nath, tem algo muito importante que eu preciso te contar", diz ele ao fechar a porta. "Será que pode prestar atenção em mim?"
"Mas é claro" ela diz parecendo preocupada e vai até ele. "Aconteceu alguma coisa?"
"Nath, eu falhei com você", disse enquanto a abraçava forte.
"Mas não é culpa sua", retrucou ela "Como iria saber que eu estava sequestrada?"
"Não é isso" diz ele soltando-se do abraço e olhando nos olhos dela. "Bem, lembra quando fizemos aquela cirurgia para tirar o Extremis de você?"
Ela assentiu. Aquilo só aumentou o meu mau pressentimento, pois tinha certeza que a situação não acabaria bem.
"O médico avisou que seria arriscado, ainda mais por você ser tão nova. Mas acabamos aceitando" percebi a dificuldade em sua voz para achar as palavras certas. "Você tomou a anestesia e a cirurgia começou, enquanto eu e Pepper assistíamos tudo. Estava tudo ocorrendo bem até eles tirarem o Extremis de você. Sua pressão caiu e os seus batimentos cardíacos paralisaram. Eles tentaram a todo custo te trazer de volta, mas de nada adiantava. Então eu mandei que colocassem o Extremis novamente".
Nath ouvia com bastante atenção, perplexa.
"Seus batimentos voltaram; como se nada tivesse acontecido, foi aí que eu percebi que o Extremis fazia parte de você, não podia viver sem ele"
Lágrimas se formaram em seus olhos, mas ele logo as secou antes que Nath percebesse.
"Então quer dizer que você sempre soube disso e nunca me disse nada?!", gritou ela com raiva.
"Nath..." chamou ele com a voz baixa, tentando colocar a mão em seu ombro.
Nath se levantou bruscamente, rejeitando o gesto e tanto eu quanto Tony ficamos surpresos. Sem dizer mais nada, ela saiu correndo do quarto sem olhar para trás. Tony até tentou dizer a última parte, mas mesmo se o tivesse feito, ela não teria lhe ouvido. Desliguei o computador de súbito e peguei um casaco antes de correr atrás dela.


POV Nath


Caminho pelas ruas de New York pelo que parece uma eternidade. Já consigo pensar, mesmo que não tão claramente. Lembro-me de quando Pepper ainda tinha o Extremis, quando caiu daquela altura enorme e sobreviveu, como se nada tivesse acontecido.
Eu preciso ter certeza da minha teoria. Encaro a grande torre do relógio, afastada do centro caótico de New York e decido que vou fazer isso. Entro na igreja e faço a cruz, sorrindo para o padre.
– Posso ir lá em cima? – pergunto – Acho a arquitetura do relógio incrível. Gostaria de olhar de mais de perto. – peço docemente.
– É claro minha filha, tenha cuidado. – ele concede e me aponta uma escada.
Subo os degraus rapidamente, de dois em dois e chego logo ao topo.
Eu não sou mais apenas humana. Sou mais do que isso. Sou possivelmente invencível. E tenho que ter certeza disso antes de fazer coisas mais graves. Mas e se não der certo? Devo começar a ter medo de morrer? Porque não consigo sentir medo da morte, pelo menos não depois de ter lido A Menina Que Roubava Livros. Será que a Morte é legal daquele jeito? Será... Não, peraí, eu não vou morrer. Ou vou?
Dou um passo à frente e olho para o chão. Volto para trás me agarrando a um ponteiro do enorme relógio. Estou com medo agora. Não, não, eu não posso ter medo! Tenho que fazer isso! Fecho os olhos e respiro fundo, mas antes de fazer qualquer outra coisa, sinto uma mão tocando meu ombro.
Abro os olhos e olho para a figura ao meu lado.
– Crissie! - digo com um misto de felicidade e raiva ao vê-la ali. - O que... o que veio fazer aqui?
– Vim te impedir. Nath, não seja tola; se pular de uma altura dessas vai morrer!
– Eu tenho que fazer isso, você não entenderia.
– Acha mesmo? Nath, eu sei melhor do que qualquer um como você está se sentindo - ela olha pro chão por um momento, como se não tivesse certeza do que deveria dizer. - Um monstro - murmura por fim.
Fito as luzes metropolitanas da cidade por um momento até minha mente dar um estalo.
– Você sabia disso - digo com a voz baixa.
– Como?
– Sabia do Extremis e tudo mais, não sabia? Por isso me contou da sua mutação ontem.
Ela hesitou por um momento antes de assentir.
– O que mais ele iria me dizer antes de eu sair correndo?
– Aquelas injeções que te davam na H.I.D.R.A. eram uma mistura semelhante ao Soro do Super Soldado.
Eu assenti, digerindo aquela informação.
– Então tenho que fazer isso.
Crissie tentou me impedir uma última vez, em vão, mas antes que ela pudesse fazer algo eu me viro de costas, fecho os olhos e pulo.
Não entre em pânico. Não estou em pânico! Ok, eu estou em pânico. Tento não pensar na hipótese de se espatifar no chão e morrer lentamente se afogando em próprio sangue. Abro os olhos e me debato em busca de algo para segurar, mas só encontro o ar. Fecho os olhos e me preparo para o intacto.
Ele não vem. Invés disso sinto algo macio me amparar e continuo com os olhos fechados. Eu estou no céu? Sério que eu fui pro Elísio? Gente! Que milagre!
– Não me surpreende a burrice que fez pular daquele relógio - ouço uma voz masculina dizer e subitamente abro meus olhos.
– Lo-Loki? – gaguejo encarando os olhos verde-esmeralda do deus, em choque.
– Creio que sua irmã já tenha lhe dito que estou vivo, então não sei o porque de sua surpresa – ele diz friamente.
– É só... – começo – Ah, esquece. – desisto frustrada. – Por que me segurou? – pergunto curiosa.
– Porque você iria morrer. Tem o Extremis em seu corpo, mas isso não significa que é imortal – ele explica.
– Eu só queria testar. – resmungo.
– Então teste de modo seguro. – Loki retruca.
– Me coloque no chão. – peço e Loki me pousa suavemente no chão logo em seguida, vejo Crissie ao seu lado e ela está me olhando sorrindo enquanto tenta recuperar o fôlego.
– Tenho que ir agora. Se lhe perguntarem quem a pegou, se recuse a falar. Eles não podem saber que ainda estou vivo. – diz e olho para ele confusa, Loki sorri irônico e me mostra um Tony sem armadura correndo até onde estou, mas ainda não consegue me ver, ou seja, nem a Loki. Viro-me para o deus novamente e vejo que ele já se foi, deixando um leve pó dourado pairando no ar.
– Você tá ferrada, irmãzona. – Crissie me informa debochada.
– Ele nem deve estar tão nervoso, Crissie, larga de dra...

– NATÁLIA DE ANDRADE STARK! – Tony grita transtornado quando me vê. Oh, droga!

Esse é o momento que a Nath pula da torre (pra quem quiser ver): http://www.youtube.com/watch?v=EK3bPpaYTJY


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Notas finais do capítulo

E surpresa! Vocês não esperavam por isso, né? HAHA.
Comentem o que acharam :3



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