P.o.V Hermione

Ele se virou, sorrindo.

Não era um sorriso, sarcástico, irônico, de escárnio, frio, malvado. Era apenas um sorriso, que você, tem, quando você se sente bem, e feliz. É tão raro vê-lo ultimamente em pessoas, que o expõe a todas as horas, que me surpreendi ao vê-lo em Malfoy.

– O quê, quer falar comigo Malfoy? - Perguntei, querendo chegar logo no ponto.

Vi ele, revirar os olhos e voltar a encarar o céu. Vestia um terno totalmente preto. Estava muito elegante. Olhei para a minha própria roupa. Uma calça jeans meio rasgada (é a moda no mundo trouxa), uma blusa branca, e um casaco verde claro, aberto.

– Está linda, Granger. - Disse ele em um tom cansado.

Arregalei os olhos que fiquei parecendo o Zoiudo de Um Faz de Conta que Acontece, feito pelo Adam Sendler! (Eu amo filmes trouxas).

– Obrigado? - Disse, mas com um quê, que de interrogação.

Vi ele bufar e voltar a me encarar

– Hermione. – Quando ele disse o meu nome, senti os pelos de minha nuca se erriçarem. - Por quê simplesmente não consegue aceitar um elogio vindo de mim? - Ele disse, nervoso, passando as mãos pelo cabelo loiro.

– E-eu... - Ele me interrompeu.

– Me escute. - Ele disse ríspido. E se aproximando, estávamos perto. - Não espero que acredite em mim, mas, droga! Hermione, eu gosto de você. Não me interrompa. - Ele disse, quando eu ia falar algo. DEUS, DRACO MALFOY GOSTA DE MIM! - Desde, que eu vi aquela menina, de cabelos armados, metida a sabe tudo, eu sempre quis estar perto dela...Ela me fascinava... mas o Santo Potter, e Weasley Pobretão não davam espaço.. - Ele riu de lado.

Agora nossos corpos estavam em uma aproximação perigosa.

– e então ela foi ficando a cada ano mais bonita, inteligente, e forte. E a cada ano, odiando a mim. - Ele disse, com o olhar vago. - É obvio que eu tenho culpa. Mas, não quer dizer, que foi por quê eu quis. - Ele levantou a mão e fez menção de acariciar meu rosto, mas eu me esquivei. ele suspirou e deu um sorriso de lado. - Típico. Não se entregue de vez ao inimigo não é Hermione?

Coisas com que eu estava enlouquecendo:

1- Uma declaração de Draco Malfoy

2- Malfoy me chamando pelo primeiro Nome.

3- Uma aproximação deveras perigosa.

Ele me empresou na parede, e me olhava de um jeito diferente. Um sorriso malicioso estava em seu rosto. Ele sussurrou em meu ouvido.

– E então Hermione? - Disse ele me causando arrepios. - Uma chance?

Eu até então, não conseguia dizer nada, como ele queria que eu reagisse a algo assim?

Ele suspirou e depositou um beijo no canto de minha boca. A ultima coisa que vi naquela, noite, foi cabelos loiros sumindo.

P.o.V Draco

Então, eu tinha admitido para mim, e para ela, sobre uma atração, paixão desejo e algo mais, que eu sentia desde o primeiro ano. E que ficou mais forte no terceiro ano.

Draco, Draco... nem mesmo sendo sincero, o cara safado, não se vai? Claro que ele notou aquele decote. O corpo curvilíneo. Os lábios tão chamativos. Mas não podia fazer muita coisa. É claro que ela não ia, simples assim se estregar a ele. Ele era o inimigo.

Porém... uma certa garota podia saber, se a Granger teria correspondido? Era errado usar Adria, obvio. Mas ele acabava de jogar sua honra sonserina e Malfoy no ralo, se declarando para a sabe tudo. E o pior, o Weasley-ainda-acho-que-nunca-beijou-uma-garota gosta da Granger. Toda a Hogwarts sabe disso, menos ela. Tsc Hermione, tão esperta para algumas coisas, tão lerda para outras. E tinha o Santo Potter. Eles eram próximos. Se a Weasley Fêmea, não tirasse olhares esfomeados do Potter, qualquer um diria que eles estariam juntos.

Decidi, ir ver como ia detenção de Adria, antes de ir deitar. Precisava mudar os pensamentos.

P.o.V Adria

Eu estava esfregando aquela mancha a o quê? Duas horas? Merlin, o quê o tio Snape deixou cair?! Vi a monitora Corvina voltar do banheiro e me ver limpando. ela rio para si mesma e disse:

– Nem se incomode em limpar isso aí. Nunca vai sair. - Seu tom foi gentil.

Eu assenti, e voltei a olhar. Nada mal, a última coisa era aquela mancha. Se eu não tivesse crescido, vendo os elfos trabalharem, e sem contar ajudando eles as vezes, (que mamãe nunca saiba disso!), nunca teria arrumado, a sala.

– Uau. Não vejo esse lugar limpo desde... desde nunca. - Disse uma voz fria. Draco...

– Claro que não. Por quê ninguém limpou de verdade. - Resmunguei. Vi ele, dispensando a Cherry. - Até Cher!

– Até Ad. - Ela disse sorrindo.

– Como foi? - Perguntei, jogando os materiais de limpeza em um caldeirão. E me sentei, em uma cadeira. - Digo, você e Hermione?

Ele me olhou de canto, e deu de ombros.

– Te conto no caminho para sua comunal.

***

– Como assim você beijou a Hermione? E se declarou para ela?! – Eu perguntei, quase surtando. Eu sabia que ele gostava dela!

– eu quase beijei ela. - Corrigiu ele irritado. - E pare de praticamente gritar.

– Desculpe. - disse, virando em um corredor. - e então? O quê quer que eu faça? - Perguntei. Conviver com Draco todos esses anos, me ensinaram, que cada segredo, vem com um preço.

– Eu quero que descubra se ela gosta de mim. - Ele disse. E depois acrescentou. - E se faça de desentendida. Finja que não sabe de nada. Vai ser mais fácil falar com ela.

Suspirei e assenti. Em frente ao quadro que levava a comunal, sorri e dei um beijo na bochecha dele.

– 'Noite Drack!

– Noite, Ad. - Ele sorriu e se foi.

Entrei na comunal suspirando. Que cansaço... quanto trabalho... e nem estou direto no meu terceiro dia de aulas...