P.o.V Hermione

Pra variar, estava na biblioteca. Não estava afim de ter que esbarrar no Ronald que agora estava sendo seguido pelo seu mini fã clube. É incrível como as pessoas que achamos conhecer mudam tão rapidamente quando você “as trai”. Pelo menos eu podia contar co o Harry, que estava sempre do meu lado. O pior, que no sentido literal da frase.

– Harry, pode ir. Eu vou ficar bem aqui. – disse pela centésima vez, desde que ele tinha se sentado na minha frente, em uma das mesas da biblioteca.

– E se o Ron e o fã clube vierem aqui pra te encher? – ele perguntou. – E se o Malfoy aparecer?

Eu sorri e revirei os olhos. Era admirável e estúpido todos aqueles esforços que ele fazia.

– Harry, o Ron não vai vir. Eu sei que não vai. Ele prefere me humilhar se eu estiver com mais alguém. E só temos nós dois aqui. – Fiz um movimento mostrando a biblioteca vazia. Até madame Pince tinha sumido. - E o Draco... bem eu não sei.

E é verdade. Estava tudo ais complicado que o normal. Eu não sabia o quê eu e Malfoy éramos. Éramos... namorados? Bem, acho que não, eu só aceitaria e ele pedisse não do nada ele vier com ‘ela é minha namorada manes’, se ao menos me dizer. Não, eu não tinha ideia do que éramos.

– Tudo bem. – Falou e se levantou. – Qualquer coisa, grite, saia correndo, sei lá.

Eu ri. Ele depositou um beijo no topo da minha cabeça e se foi. Enfim, só. Eu, os livros, o silêncio, a paz. Nada mais do quê o normal. Ou pelo menos era o normal, já que tudo mudou desde que eu e o Malfoy, estamos meio que juntos. Nem tive tempo para pensar no que vamos fazer sobre Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Até Harry pareceu ter se esquecido. Até o olhar dele se mantinha cada vez mais feliz, com um brilho, não mais aquela preocupação de sempre. Nunca gostei daquele olhar. Mas, ele sempre quis dizer que ele estava pensando no que fazer! Ele sabia que corria perigo, e estava tentando mudar aquilo. Agora aquele olhar feliz me dizia, que Harry não estava ao ligado assim no que acontecia. Ou estava? Não se pode dizer que a preocupação com a sua vida é deixada de lado do nada. Não mesmo.

Mas parece que não posso mais ficar só com os meus próprios pensamentos...

Nossa, obrigado por esquecer de mim...

Morra consciência!

Só morro quando você morrer.

Então vou me matar.

A vonnntaaade ;)

Eu sempre perco, meu Merlin!

– Hermio-o-ne? – A voz de Ginny cantarolou pela biblioteca.

– Oi Gin. – Sorri quando a ruiva se sentou na cadeira a minha frente.

– Vai ao jogo de Quadribool? – Ainda com aquela voz cantarolante que me irritava. – É Grifinória contra Sonserina.

Eu arregalei os olhos. É claro! Como não tinha me lembrado? Draco vinha falando sobre o jogo desde a semana passada, mas eu estava com a cabeça em outro lugar.

– Vou Ginny, vou sim. Por quê? – Disse fechando o livro. Não ia acabar a conversa nem tão cedo mesmo.

– Pooooooor quê. – Ela disse cantando, e depois com um olhar sério ela parou de cantar e disse: - Você tem que escolher: Ou a sua casa, ou o seu namorado.

– Eu e Draco não somos namorados... – Disse em defesa minha e dele. – E eu vou torcer para a minha casa! Não importa o quê Draco e eu tenhamos.

Ela me olhor com certo e orgulho.

– PEEEEEEEEEEEEEEEEEERFEITOOOO – Ela gritou.

– Ginervra Molly Weasley! Para de gritar na biblioteca! – Disse em tom de censura.

– Mas só temos nós duas aqui. – Ela Fez biquinho.

– Em falar nisso, cadê todo mundo? – Perguntei

Ela deu um sorriso de lado e deu de ombros.

– Vendo a briga de Malfoy e Ron.

Corri, não esperei que Ginny falasse algo. O quê eu fiz foi largar os livros, e correr para os jardins. Quando cheguei, uma roda de alunos se formavam. No centro, eu sabia que estariam um loiro e um ruivo brigando. Quando cheguei, as pessoas me ignoraram. Tentei passar por elas. Mas eu não consegui. Então fiz o quê me ocorreu.

– Sonorus! – E apontei a varinha para minha garganta. Minha voz muito mais alto soou: - Saiam do caminho, monitora passando!

Saíram do meio, e fui passando. Draco e Ron estavam quase se matando. Não vi direito o estado deles, mas aposto que era sério.

– PAREM!