[HIATUS] Trying not to love you escrita por PC Boêta


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA, pra começar hahaha.
Tive uns problemas que não pude postar antes e hoje eu nem ia postar também porque tô doente porém fiz esse esforço então sejam legais e COMENTEM, vlw.
Boa leitura e espero que gostem.



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POV HERMIONE

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça que não desejo nem para os meus piores inimigos... Ou talvez sim, para Bellatrix. Uma dor de cabeça tão forte que não conseguia nem abrir os olhos. Era sábado e eu tinha combinado de ir visitar o orfanato com meus pais. Levantei lentamente da cama amaldiçoando cada gota de álcool que eu havia ingerido na noite anterior... Inclusive as gotas que me fizeram ficar fora do meu estado sóbrio aceitando desafios contra Gina. Balancei a cabeça tentando me livrar desse pensamento incômodo quando uma dor muito mais incômoda me atingiu logo acima da orelha. Que beleza! “Hoje o dia vai ser perfeito” pensei comigo mesma revirando os olhos. Revirar os olhos pode, anotado.

Me debrucei sobre a pia olhando o reflexo de meus olhos vermelhos no espelho. Eu estava péssima. Revirei os olhos novamente. Coloquei a banheira para encher enquanto olhava no armário debaixo da pia onde guardava minhas poções e remédios trouxas para emergências como aquelas. Tomei a poção e minha mente clareou um pouco enquanto as pontadas na cabeça diminuíam significativamente aos poucos. Lavei o rosto e tirei a roupa lentamente pra depois entrar na banheira e deitar confortavelmente na água morna que relaxava meus músculos de forma gradual. Fechei os olhos pensando em como eu havia sido estúpida em aceitar o que quer que Gina tenha me proposto naquela aposta. A noite de ontem ainda está meio nebulosa na minha cabeça mas depois precisarei conversar com ela sobre a bobagem que fiz. E vou voltar atrás na minha decisão seja ela sobre o que for. Com esse pensamento eu dormi. E dormi tanto que quando acordei meu telefone celular estava tocando em cima da mesa de cabeceira que ficava ao lado da cama. Dei um pulo da banheira me sentando assustada tanto com o toque repentino do celular quanto com a água quase fria que agora me rodeava. Balancei a cabeça clareando meus pensamentos e percebendo que minha dor de cabeça havia passado sendo substituída por um cansaço mental que eu não experimentava há algum tempo.

Saí da banheira me enrolando em uma toalha branca felpuda, que sempre ficava pendurada no cabide ao lado do chuveiro, e corri para o quarto pegando meu telefone e começando a me desculpar com minha mãe ao atender.

“Bom dia mamãe, desculpe ter demorado pra atender... Eu estava tomando banho e perdi a noção do tempo.” Disse depressa.

“Tudo bem, Mione. Só liguei pra avisar que seu pai e eu estamos quase chegando ao orfanato... Vai conseguir nos encontrar lá?” ela perguntou com um pingo de decepção na voz. Eles estavam contando comigo para enfrentar aquele momento e eu não podia deixá-los na mão. Era um momento importante para mim também. Afinal a criança seria minha irmã. Ou irmão.

“Claro, mamãe. Só vou vestir a minha roupa e já estou saindo.” Acrescentei com uma voz animada que não transmitia completamente meu estado de ânimo no momento. Muita coisa rodava pela minha cabeça inapropriadamente para o momento... Como bocas em minha bochecha. Isso não deveria estar tirando minha atenção das coisas.

“Estaremos te esperando. Não demore, querida.” Ela disse e desligou sem nem me dar tempo para responder.

Suspirei, joguei o celular em cima da cama bagunçada e me encaminhei para o closet. Vesti uma calça jeans básica, com lavagem escura e uma camiseta sem mangas branca. Penteei meus cabelos e trancei-os rapidamente nas costas. Apliquei um pouco de maquiagem sobre as olheiras e um batom matte nos lábios. Eu estava indo conhecer meu futuro irmão, não precisava parecer uma modelo de revista. Revirei os olhos pra essa consideração. Eu nunca pareceria uma modelo de revista com aquele tanto de curvas, de qualquer forma. Expirei o ar com força na frente do espelho e me sentei na beira da cama para calçar minhas botas de cano curto. Pretas. Sem nenhum detalhe demais. Peguei minha jaqueta de couro, preta também, e minha bolsa com os documentos e a varinha e desci para o fundo de minha casa vestindo a jaqueta ao constatar que o frio que havia começado ontem não terminaria tão cedo. Com um estalido, eu aparatei em um beco próximo ao lugar que minha mãe havia me dito que ficava o orfanato. Apressei meus passos e quando virei a primeira esquina eu os vi me esperando em frente à um prédio comum, com tijolos vermelhos sobressalentes em alguns cantos e um jardim bem cuidado na frente. Na placa lia-se: “St. James Children’s Home”. Sorri e acenei para meus pais que se viraram e se encaminharam para a porta de madeira escura bem polida atrás deles com pressa demais para me esperarem. Revirei os olhos e sorri... Seria mesmo um longo dia. E ainda eram apenas nove horas e trinta e sete minutos.

POV DRACO

Rolei na cama acordando de mais um pesadelo. Um pesadelo estranho. Talvez nem fosse um sonho ruim. Tudo dependia do ponto de vista. Bom, eu não havia sonhado com tortura, nem comigo mesmo virando Comensal da Morte, nem com a guerra. Sonhei com duas mãos pequenas encostadas em meu peito enquanto dois grandes olhos castanhos me encaravam semicerrados. Eu ainda podia sentir o toque. Passei minhas próprias mãos sobre o peito tentando me livrar da sensação esquisita que o sonho ainda me fazia ter.

Na noite passada eu havia bebido muito. Principalmente depois do incidente com a Granger do lado de fora do bar. Blas disse que eu precisava beber afinal não é todo dia que quase se ganha uma aposta... Ou eu teria dito isso? Não me lembro. As lembranças estão confusas. Depois de entrar no bar e contar à ele o que havia acontecido começamos realmente a beber descontroladamente. As garotas estavam começando a passar mal então as levamos para suas casas e voltamos para nos divertir mais. Depois disso tudo fica um pouco mais nebuloso em minha mente. Não consigo responder exatamente o que aconteceu... Só posso dar certeza sobre duas coisas: eu beijei uma garota mas não me pergunte como ela era, eu não sei, e eu e Blas fomos os últimos a sair daquele bar. Não sei que horas cheguei mas já estava amanhecendo e eu esperava dormir, no mímino, até o horário do almoço. Assim teria tempo pra descansar e não desapontaria minha mãe deixando-a almoçar sozinha em pleno final de semana quando ela já era obrigada a passar a semana toda em companhia da nossa velha elfo doméstico, Dotta, e mais nada. Deitei de lado olhando para o relógio que ficava em cima de minha mesa de cabeceira. Nove e trinta e sete. Que diabos aconteceu comigo para acordar essas horas da manhã, em um sábado e depois de ficar enchendo a cara a noite inteira? Bufei desgostoso e virei de lado na esperança de conseguir dormir mais um pouco até que percebi que, com a sede incontrolável que fazia minha garganta ressecar, eu não ia dormir. Nem agora e nem daqui a meia hora.

À contra gosto me levantei devagar. Minha cabeça estava bem mas a sede que eu tinha me fazia crer que a minha ressaca não seria tão ruim quanto eu merecia. Desci as escadas e entrei na cozinha parando quando cheguei em frente à geladeira. Peguei a jarra de água e enchi um copo. Bebi sofregamente pensando se toda a alegria da noite anterior valeria a pena com a quantidade de água que eu teria que tomar pra me sentir suficientemente bem. Balancei a cabeça lentamente pensando que não. Mas era inevitável. Eu não sou do tipo que deixa de fazer algo pelas consequências. Eu gosto de me desafiar independente de qual será o resultado... Sinceramente, eu nem penso se haverá uma consequência. Eu só quero conseguir o que desejo. E em todas as áreas da minha vida sempre fui assim... Ganancioso. Não vejo isso como um problema afinal nada disso passa de uma forma de ambição.

Coloquei o copo na pia e a jarra na geladeira e subi para tomar um banho. Nada de banheira por hoje... Decidi. Tirei minha roupa suavemente e entrei no box ligando a ducha fria. Meus músculos se retesaram de surpresa mas rapidamente se acostumaram com a temperatura e eu já conseguia aproveitar meu banho de cura-ressaca. Depois de me lavar meticulosamente, me enrolei na toalha que eu tinha separado e deixado em cima da pia. Andei até o closet e encarei meu tórax nu no espelho. Eu não era forte. Não era gordo nem magro. Era definido. Comum. O quadribol havia me deixado esguio com suas práticas frequentes e exigentes mas eu havia relaxado com meu corpo após Hogwarts e estava com um corpo... Normal. Mas isso não me deixava feliz e eu voltaria a praticar algo. Com toda certeza.

Pesando as alternativas de atividades que eu poderia fazer para retomar meu corpo, pesquei uma calça jeans e uma camiseta branca (por milagre, eu gostava de preto) e me vesti. Depois de arrumar meus cabelos cuidadosamente decidi que iria mais cedo para a mansão Malfoy tentar passar um tempo de qualidade com minha mãe. Ela estava precisando e eu também. Na verdade, eu tinha dúvidas em que ela poderia me ajudar. E poderia ajudar a ganhar minha aposta com Blas. Pensando nisso, saí de casa, virei no primeiro beco que encontrei e aparatei em frente aos portões de ferro retorcido que tanto conhecia.

POV HERMIONE

O lugar era arejado e bem limpo, dava pra sentir o cheiro de água sanitária de leve no ar. As crianças não estavam à vista mas eu podia ouvir um barulho ruidoso vindo de uma sala próxima. Estávamos na recepção e a mulher que nos atendeu estava vestida impecavelmente com um uniforme de calça azul marinho e camisa branca com um emblema de duas mãos se apertando e uma auréola sobre elas. Ela usava o cabelo preso em um coque firme na nuca e seu rosto estava livre de maquiagem.

“Bom dia! Meu nome é Angelita, em que posso ajudar?” ela perguntou eficiente com um sorriso educado nos lábios. Minha mãe logo se apressou ao balcão para explicar a situação enquanto eu ficava mais atrás conversando com meu pai que me perguntava com um vinco entre as sobrancelhas:

“Você não está com uma cara muito boa, minha filha. Aconteceu algo? Está se sentindo bem?”

“Estou bem... É só que eu saí ontem com a Gina e os meninos e bebi mais do que devia.” Apertei minha testa com os dedos e o olhei.

“Você não precisava ter vindo, querida... Sabe como sua mãe é.” Ele revirou os olhos com um sorriso carinhoso nos lábios. Era reconfortante ver o quanto mamãe e papai se amavam mesmo depois de tanto tempo juntos.

“Precisava sim... Afinal hoje vamos decidir o nosso futuro. Essa criança fará parte da minha vida também!” eu disse animada batendo palmas duas vezes e sorrindo. A senhora da recepção nos encaminhou à um corredor lateral.

“As crianças estão tomando o café da manhã agora e depois será hora de irem para a biblioteca do prédio... Vocês tem preferência pelo sexo?!” ela perguntou virando no próximo corredor à direita e parando na frente de duas portas de correr da mesma cor que a madeira escura da entrada.

“Não.” Mamãe respondeu. “Não temos preferência pré-definida. Qualquer um será bem vindo.” Sorriu para mim e papai ao dizer isso o que foi acompanhado de sorrisos nossos também.

“Tudo bem. Vamos ver o que vocês acham então...” Angelita abriu a porta para um salão grande com algumas mesas de estilo piquenique. As mesas dispunham de bancos compridos dos dois lados e estavam abarrotadas de crianças. Imediatamente um cabelo loiro, quase branco, chamou minha atenção no meio dos outros cabelos. Também estava sentado no meio das outras crianças. Comendo. E, por um momento, meu coração disparou. No segundo seguinte se encheu de amor.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro porque, como sempre, eu não revisei e bla-bla-bla.
Digam o que acharam, por favor. Afinal, quem tem 10 minutos para ler um capítulo também tem 1 minuto para comentar um "gostei" ou um "não gostei" no final dele.
É isso.



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