Depois de dormir sentindo muita dor de cabeça, as preocupações e os medos estavam acabando comigo. Finalmente acordei sentido um peso na alma e no coração, abri meus e me deparei com duas esmeraldas me encarando com curiosidade, sentei na cama e a puxei pra um abraço apertando tentando passar o máximo de carinho possível. Ela subiu seu olhar e ficou analisando meu rosto olhando em meus olhos, acho que ela estava curiosa com alguma coisa.

“Mamãe, quem é Edward?” – congelei na hora que ela falou, como ela sabia? Será que alguém contou pra ela? Não, muito improvável. Senão ela não perguntaria quem era ele. É agora não dá mais pra fugir dessa conversa.

“Querida, onde você ouviu esse nome?” – eu tinha que saber pra poder começar com essa conversa difícil, sem falar que eu queria muito saber como ela sabe sobre Edward.

“Eu acordei e vim pro seu quarto e a senhora estava sorrindo, então eu resolvi observar seu sono e a senhora começou a falar enquanto dormia ‘Edward, não vá’, ‘eu te amo’”. – nossa tinha tanto tempo que eu não falava enquanto dormia que me esqueci desse pequeno detalhe – “Então mamãe! Quem é esse moço? Sabe eu conheci um Edward esse fim de semana.

Wow! Agora estou nervosa, como assim ela conheceu o Edward e eu não estou sabendo? Ah! Mas agora mesmo que eu vou saber de tudo.

“Meu bem vamos descer preparar nosso café e conversar, eu tenho algumas coisas pra te falar e a senhorita também tem que me contar essa historia de conhecer pessoas e não me contar, ok?” – fui falando enquanto descíamos pra cozinha. Enquanto estava preparando nosso desjejum resolvi perguntar.

“Querida?” – que difícil, não sei por onde começar.

“Sim mamãe” – ela disse enquanto comia sua panqueca que eu havia terminado de fazer.

“Agora me conta, como você conheceu esse rapaz chamado Edward?” – esse era um bom começo, pra falar a verdade eu estou muito curiosa pra saber disso.

“Ah! Eu estava lá na festa da dinda brincando quando eu esbarrei nesse moço, a gente conversou um pouco e depois tia Kate apareceu e eu voltei a brincar.” – nossa eu não tinha pensado nessa possibilidade, quero dizer, numa festa com muitos convidados qual a porcentagem de pai e filha se encontrarem e ainda mais a Kate não me contou nada a respeito.

“E você gostou dele? Digo, ele foi simpático com você?” – fiquei olhando sua expressão pra ver o que ela diria.

“Nossa!! Ele foi muito legal e parecia que eu já tinha visto ele antes. Sabe, como se eu já o conhecesse” – ela nem imagina o quanto. – “Ele é o mesmo Edward do sonho mamãe?” – aff! Que ela não vai esquecer disso nunca mais.

“Minha linda! Eu disse a você que queria conversar e ele faz parte do assunto” – é agora ou nunca. – “Você sabe que eu quase nunca comento com você a respeito do seu pai porque isso dói demais em mim, certo?”.

“Certo.”

“Então...” – ela me interrompeu antes que terminasse.

“Mamãe você vai me contar sobre meu pai? Puxa vida não acredito.” – ela disse toda contente – “E o que o rapaz que eu conheci tem haver? Por acaso ele conhece meu pai?” – agora ela estava curiosa.

“Sim filha, eu vou te contar sobre seu pai e sim aquele rapaz tem muito haver com a nossa historia”. – vamos lá mais uma vez, ela tentou interromper mais fiz sinal que não pra ela e continuei – “Seu pai e eu vivemos um amor muito lindo, mas que não durou, não da parte dele. Seu pai foi embora e não sabia que eu estava te esperando, na verdade nem eu sabia quando ele partiu”.

“Ele depois de você claro! Foi a pessoa mais importante da minha vida e continua sendo até hoje. Eu nesses dois anos que estive sem a presença dele continuei o amando com todas as forças do meu coração, e agora do nada ele está de volta”. Já estava chorando e nem tinha percebido.

“Não chora mamãe! Sei que a senhora sofre, mas não deve chorar.”

“Tudo bem filha, chorar faz bem de vez em quando.” – disse e comecei de novo – “A tia Alice é sua tia de verdade, não de sangue claro. Mas ela é irmã adotiva do seu pai”. – ela me encarou em choque.

“Isso quer dizer que meu pai estava no casamento?” – eu assenti – “Mamãe, qual o nome do meu pai?” – talvez ela nunca me perdoe, mas vou ter que falar.

“E - Edward Cullen” – gaguejei na hora de falar, estava muito nervosa e ansiosa.

“Não acredito! Eu conheci meu pai e não sabia.” – ela disse se levantando da cadeira e andando de um lado a outro na cozinha – “Porque não me contou antes sobre meu pai. Se eu soubesse, eu poderia ter reconhecido ele e...” – não deixei que ela terminasse.

“Calma filha! Eu não te cotei nada porque eles haviam ido embora e não havia indícios de que voltariam agora eles estão aqui e pretendem ficar”.

“Meu pai já sabe de mim?”

“Ainda não! Eu queria te contar primeiro e saber sua opinião sobre conhecê-lo”.

“É claro que eu quero, só tenho medo de ele não gostar de mim” – ela disse com uma carinha muito triste, corri pra abraçá-la.

“Quem em sã consciência não gostaria de você, heim? Você é a pessoinha mais cativante que já conheci, sem falar que Edward vai te adorar quando souber que você é sua filha. Você não disse que vocês tinham se dado bem lá no casamento? Então”.

“Quando a senhora pensa em me apresentar a ele?” – essa foi rápida.

“Eu tenho que conversar com ele minha querida, esclarecer muitas coisas” – com certeza isso será meu próximo passo – “Vou marcar com ele no próximo fim de semana, até lá você já se familiarizou com a idéia de ter um pai, sem falar que estaremos mais tranqüilas e você vai poder curtir melhor seu papai”.

“Tudo bem eu vou esperar o fim de semana”

“Certo, agora vamos nos arrumar, pois você esta atrasada pra escolinha e eu para o trabalho”. – disse já arrumando as vasilhas na pia e guardando tudo.

Depois da nossa conversa seguimos pra escolinha, a deixei por lá e fui para o supermercado. Eu sou gerente do Hipermercado mais popular de Forks. O dia foi muito corrido sem falar que no final da tarde teria que esclarecer algumas coisas com Jacob. Passei na escolinha e peguei Nessie, ela estava muito eufórica hoje. Mal entrou no carro e cochilou, tadinha toda esta historia deve estar deixando ela com os nervos a flor da pele, sem falar na ansiedade para o fim de semana. Não sei qual das duas esta mais ansiosa eu ou ela.

Cheguei em casa e Jacob já me esperava, sei que não devo satisfações a ele, mas ele é meu amigo sem falar do tal imprinting. Mal terminei de estacionar e Jake já veio abrindo a porta do carro pra tirar Nessie de lá.

“Hei vamos com calma! Até parece que vai tirar o pai da forca Jake” – já estava saindo carro.

“Calma porque não é você que esta dormindo de mau jeito nesse carro” – ele disse já indo em direção a casa.

“É você tem razão, vamos entrar e você a coloca na cama pra gente conversar um pouco.” – abri a porta e indiquei as escadas

“Certo” – ele disse subindo as escadas, não demorou muito e ele já estava na minha frente na sala.

“Pronto agora nos dois” – disse se sentado no sofá me olhando – “Me conta essa historia dos sanguessugas terem voltado.”

“Não fale assim deles, você sabe muito bem que eles são diferentes e além do mais são da família, quero dizer... Parentes da Nessie.”

“Realmente, não posso discordar, mas isso não muda o fato do eles são.” – a raiva dele era palpável.

“Que seja Jake! Eu não quero ficar discutindo com você.” – realmente eu não queria discutir com ele – “Olha, eles voltaram realmente e pretendem ficar. Alice já sabe que é tia de Nessie e a mesma já esta sabendo de toda a historia”.

“E ela como reagiu?” – perguntou com curiosidade estampada na face.

“Ela reagiu muito bem e quer conhecer o pai, na verdade mal esta se contendo de tanta euforia”.

“Essa baixinha sempre me surpreende e quando você vai apresenta – los?” – ele perguntou cheio de admiração.

“Nesse fim de semana. Tenho que conversar com ele e esclarecer alguns pontos”. – eu não queria ter que enfrentar meus medos.

“Você vai voltar com ele?” – ele perguntou agora cauteloso, ele sabia que essa historia mexia muito comigo.

“Na verdade Jake eu não sei de mais nada da minha vida, tudo que eu lutei pra esquecer esses anos todos, os muros que eu ergui em torno de mim pra suportar a ausência dele, todos sem exceção ruíram esse fim de semana quando eu pus meus olhos nele de novo”. – desabafei em meio a um choro retido a muito tempo, fazia tempo que eu não chorava na frente de alguém.

“Não fique assim, tudo vai terminar bem!” – ele veio sentou ao meu lado e me abraçou.

Assim eu espero Jake, assim espero... Eu não agüento mais sofrer!

Ficamos assim abraçados até meu momento de fragilidade terminar. Nessie não acordou e dormiu a noite toda, Jake foi embora e voltaria no outro dia assim como fazia sempre.

E assim se passou a semana, Nessie e eu conversamos mais a respeito de Edward, ela estava muito curiosa com relação a ele. Alice sempre vindo aqui brincando e conversando com minha pequena. Ela tentava ver o futuro pra saber o que iria resultar minha conversa com seu irmão, mas não conseguia, acho que ela foi afetada pelo meu meio poder, eu acho.

Eu não consigo controlar esse poder, pois ainda não sou uma vampira por inteiro. Quando tive Nessie, Eliazar disse que eu tinha um poder e como eu não tinha sido totalmente transformada esse poder não poderia ser controlado por mim, mas quando isso ocorresse seria um dos mais fortes poderes que já existe, tenho até medo dos Volturis se eles ficarem sabendo. Ele só não me contou qual poder eu teria depois de transformada totalmente e o que eu tenho agora pode bloquear certos poderes.

No decorrer da semana eu visitei Charlie e contei da volta dos Cullens, ele não gostou a principio, mas não discutiu o assunto. Pra ele é meio difícil aceitar minha historia. Sei que ele realmente não entende como minha filha cresce tão rapidamente e eu com certeza não posso contar que o pai da minha filha é um vampiro e que a filha e neta dele também são.

E finalmente o tão esperando fim de semana chegou...

Continua...