O outro lado da Cicatriz escrita por Céu Costa, Raio de Luz


Capítulo 12
Conexão Reversa


Notas iniciais do capítulo

Olá denovo! Desculpe o tempinho sem postar, mas é que minha coruja roubou minha inspiração e não quis devolver! Kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531765/chapter/12

Pov. Sophie

Todos os alunos saíram da sala, para irem as suas outras aulas.

– Professor Snape, escusa. - eu me aproximei de sua bancada.

– Diga, Sophie. - ele falou, com sua voz fechada e nasal. Qualquer um que ouvisse, diria que sou louca. Mas ele estava sendo gentil comigo. Me chamou pelo meu primeiro nome.

– Mecié fora professor de poçòns, ouil? - eu perguntei.

– O que quer saber? - ele olhou para mim.

– O professor Slughorn nos mostrou umas poçòns como exemplo, aula passada. - eu comecei - Uma delas era conhecida como a mais poderosa poçòn de amor já existont.

– Sim, é a Amortentia. Ela é bastante eficaz para criar uma passageira paixonite platônica, como seu professor deve ter mencionado. - ele voltou a mexer em seu livro de anotações - Agora, se pensa que vou te dar a receita...

– Oh, non, non! - eu o interrompi - Minha pergunta é o extremo oposto!

Ele olhou para mim, largando sua pena.

– Ela tem cura? - eu perguntei, e um leve sorriso se manifestou em seu rosto.

– Olha Sophie, a cura é, ao contrário do que o seu professor pensa, bastante simples, - ele se dirigiu a um armário atrás de sua sala - embora não seja algo que todo aluno tenha em seu kit de poções, é uma planta muito usada na medicina bruxa. Aqui está.

Ele me entregou uma caixa. Nela estava escrito Composto de Bezoar.

– Esta é a cura? - eu perguntei.

– Sim, esta é a herbácia mais eficaz para o caso de uma intoxicação, principalmente cerebral ou respiratória. - ele fechou a porta de seu armário - Pode te livrar da morte ou de namorar um garoto extremamente feio, contudo, vou ter que pedir que não mostre isso ao Slughorn, ou ele vai me contradizer denovo e denovo. A forma mais eficaz é uma poção própria para isto, porém, Bezoar funciona satisfatoriamente.

– Merci, monsenhor! - eu sorri. - Posso ficar com isso?

– Eu ia pedir que ficasse, afinal, convivendo com a Srta Scolfh sabe se lá quando isto vai ser necessário. - ele sentou em sua mesa outra vez.

– Merci denovo, monsenhor! - eu sorri.

Saí da sala de Snape, e Belle me encontrou nas escadarias.

– O que o Snape te disse? - ela perguntou.

– Ele me deu isto. - eu mostrei a caixa para ela.

– Para quê? - ela nem olhou a caixa.

– Me proteger de você!

***

A aula de Slughorn estava difícil. Tínhamos que preparar uma poção para envelhecer. Eu olhei no meu livro, mas a receita também parecia incorreta.

– Belle, isto está errado! - eu falei.

– Quieta, Sophie! Isto é uma prova! - ela me repreendeu.

Eu comecei a olhar para o meu livro, e minha cabeça latejava. Não sabia o que fazer.

– Abaixa o fogo. - uma voz sussurrou no meu ouvido.

Eu olhei para os lados, mas ninguém mais me observava.

– Abaixa, senão vai queimar! - a voz tornou a repetir.

Desconfiada, eu abaixei o fogo.

– Isso, agora, misture lentamente. - a voz continuou.

Eu fechei meus olhos. Eu podia me ver na bancada, na aula de Slughorn. Mas ele estava ali. Ele estava do meu lado, com roupa de quadribol, mas segurava o livro de poções dele. Harry Potter estava me ajudando.

Peguei a pá, e comecei a mexer o cozido, que saía fumaça.

Ele continuou, me dando instruções, cuidando para que eu não errasse.

– Agora, acrescente lentamente 25g de semente de Belladona. - ele falou.

– Eu coloquei 25g faz cinco minutos! - eu retruquei.

– Certo, apenas faça o que eu disse. - ele pediu gentilmente.

Coloquei as 25g de sementes no caldeirão, e então ele me mandou socar os outros 50g com um pilão, até que virassem pó, e cortei em rodelas os dez rabos de rato.

– Muito bem, Sophie, agora adicione os rabos de rato. - ele disse.

– Eles estão boiando! - eu avisei, assim que os coloquei.

– É normal, deixe que cozinhem por mais 3 minutos. - Harry falou docemente.

– Como estamos indo aqui, Srta Sullen? - Professor Slughorn se aproximou da minha bancada.

– Bem, senhor, eu acho. - eu suspirei.

– Por que está cozinhando de olhos fechados? - ele olhou para o meu rosto, e eu abri os olhos, fazendo Harry desaparecer do meu lado.

– Me ajuda a concentrar, mecié. - eu sorri.

Ele me olhou, com aquela expressão característica de confusão e desconfiança. Depois, apenas emitiu um gemido e saiu, olhando para a mesa da Belle.

– Certo, Sophie, enquanto isso, pegue a vasinha com hidromel. - Harry voltou a falar - Separe a bile de tatu do hidromel, usando uma peneira, em outra vasilha.

– Tá, mas o que é a bile de tatu aqui? - eu olhei para a vasilha.

– É o objeto dourado, Sophie. Vai saber quando escorrer. - ele disse.

Eu peguei uma tigela, e coloquei uma peneira em cima da borda. Depois, peguei a vasilha com hidromel e despejei lentamente o conteúdo na peneira. Uns objetos nojentos ficaram na peneira. Eram meio dourados, por causa do hidromel. E Harry sussurrava em meu ouvido.

– De que cor está a poção? - ele perguntou.

– Azul bem claro, quase branco, eu acho. - olhei rapidamente para o caldeirão.

– Despeje o hidromel da vasilha que você peneirou no caldeirão.

– Agora tá escurecendo! - eu avisei, enquanto despejava.

– Isso é normal. - ele riu.

Seguindo suas instruções, eu peguei aquela coisa dourada, e salpiquei com as sementes de Belladona moídas, e joguei na poção.

– Certo, Sophie, você chegou a um ponto complicado, escute-me atentamente. - ele falou, sério.

– Tudo bem.

Eu mexi a poção por exatos cinco minutos no sentido horário, e outros cinco no sentido contrário, despejando lentamente as 100g de pêlo de bode. A poção ficou bem azul, minha cor preferida.

– Monsenhor Slughorn! - eu chamei, erguendo a mão - Acho que terminei!

Ele se aproximou de mim. Pegou um frasco da minha mistura, e bebeu. Seu rosto ficou ainda mais enrugado, seus cabelo ficaram mais grisalhos e ralos, e sua voz parecia sussurrada e cansada.

– Está perfeita! - ele sussurrou, rouco - Tão boa que poderia burlar a segurança do Ministério da Magia!

Harry do meu lado sorria, com sua roupa de quadribol. De prêmio, ele me deu um frasco da poção que eu mesma preparara.

– Como você conseguiu aquilo? - Belle perguntou, enquanto saíamos da sala - A minha ficou preta!

– Acho que foi sorte. - eu ri, vendo Harry rir do meu lado.

– Não, não foi sorte. - Belle olhou do meu lado - Certo, Harry?

– Você consegue ver ele? - eu me assustei, sussurrando.

– É claro que eu consigo! - ela cruzou os braços - Mas os outros alunos não, e a meu ver, nem o Slughorn.

– Mas como? - eu perguntei.

– Sei lá, magia. - Belle sorriu, tirando um baralho do bolso. - Pegue uma carta.

– Sophie, tenho que ir, o treino já vai começar. - Harry avisou.

Depois disso, nunca mais ouvi a voz dele naquele dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parece que alguém descobriu um segredinho...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O outro lado da Cicatriz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.