É Megan! escrita por HuannaSmith


Capítulo 32
Uma Chance


Notas iniciais do capítulo

Notas do Autor:

Meus amados leitores,

Deixo aqui, gravado em meras palavras, as minhas profundas desculpas pelo atraso na postagem do capítulo, mas como todo atraso de palavra tem sua justificativa, deixo aqui a minha para que entendam, minha família está passando por um momento conturbado, minha avó materna teve que se submeter á um tratamento cirúrgico, mas sempre pensando em vocês, entre cada hora do meu cansativo dia, sempre que me sobrava um tempo, trasformava minhas idéias em palavras. Espero que continuem acompanhando essa linda história.



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Subi rapidamente as escadas e andei até onde a luz no chão me levou, a porta estava entreaberta, bati antes de entrar, Baylee andava do closet para o banheiro, sentei cama e ela fez o trajeto novamente umas três vezes, estava nervosa.

– Baylee what's happening?

– Ah, eu não te contei? Danilo me chamou para um jantar hoje - Baylee passava o delineador em frente ao espelho

– Cool... - ela foi até o banheiro novamente - Baylee! - segurei ela pelos ombros quando voltava - se acalma, nunca te vi assim por causa de um encontro

– Yeah? Look - ela me puxou e sentamos na cama - eu nunca fiquei assim antes, é... é diferente, o Dani... ele me deixa like nervosa, sabe o que é isso?

– Dani... sei sim, senti a mesma coisa quando conheci Davi, contei até para mom

– E o que a tia Pam disse?!

– Que.... É AMOR!

– Stop Megan!

Ela foi até o espelho novamente em quanto eu ria sentada na cama, ela estava realmente muito nervosa, retocando o batom diversas vezes, nunca ficou assim por homem algum, Danilo... Dani, é especial pra ela, talvez como Davi é pra mim.

– Senta aqui - a puxei pelo braço - o que tá acontecendo? Eu nunca te vi assim tão nervosa

– Tenho medo de não estar boa o suficiente

– Boa? Baylee você está linda! É muito mais do que Danilo poderia sonhar - ri baixo - ok? Relax...

Ajudei Baylee a terminar de se arrumar, desde pequenas sempre saíamos com vários meninos, mas nunca nenhum mexeu tanto com ela quanto Danilo, ele realmente se superou, nunca nenhum cara fez Baylee retocar o batom mais de três vezes.

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Jonas entrou no palco pra anunciar o início do Marra Ideia, Megan segurou minha mão, observávamos tudo da coxia, não conseguia esconder minha ansiedade, isso é muito importante, o Júnior precisa ser escolhido.

Abri os olhos e encarei o teto sujo desde a ultima pintura, tudo estava pronto, Megan vai me ajudar com a apresentação, o Júnior tá melhor do que nunca, só falta uma coisa, eu preciso dormir, não adianta de nada chegar na Marra com cara de ressaca.

Meu celular vibrou ao lado do meu travesseiro, era uma mensagem da Megan.

"Eu sei que você tá acordado, então vá dormir, vai se sair muito bem amanhã, xoxo."

Até que me senti mais tranquilo com a mensagem, ela me conhece tão bem, demorou um pouco mas o sono acabou chegando, quase como que "naturalmente", exceto pela minha cara nítida de nervosismo.

Tudo está como deve ser, não existe praticamente nenhuma chance de alguma coisa dar errado durante a apresentação, pensar nisso me tranqüilizou e fez com que eu apagasse completamente.

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– Ele veio te buscar de táxi?!

Megan riu em quanto observava Danilo pela janela.

– Stop Megan! O coitadinho não tem carro

– Ok, now go!

As duas se despediram com um abraço, Baylee abriu a porta e desceu os pequenos degraus, mas antes que terminasse de descer o último, Danilo já estava com a mão estendida para ajuda-la, ela hesitou mas segurou sua mão, ele estava totalmente diferente desde a última vez que se encontraram na Cursed Night.

Com um aceno para a janela, pois sabia que Megan estava espiando, Baylee entrou no táxi acompanhado por Danilo, o frio na barriga aumentou, ela puxou e soltou o ar algumas vezes para se acalmar.

– Tá nervosa? - Danilo perguntou

– No, I'm just... eu só fiquei surpresa com o seu convite, porque tudo isso?

– Quando agente chegar no restaurante te explico

A viagem foi torturada por um silêncio esmagador que reinava dentro do carro, o motorista distraído com seus fones de ouvido, e a falta de diálogo entre os dois sentados no banco traseiro, nada que incomodasse Danilo, ele parecia até bem tranquilo, mas aquilo esmagava Baylee pouco a pouco, mais do que a ansiedade já o fazia.

****

O restaurante ficava em uma rua nobre do Rio de Janeiro, o típico lugar "não tão chique e não tão simples", mas que já era o suficiente para Baylee se perguntar onde Danilo havia conseguido dinheiro para fazer uma reserva.

O táxi parou em frente a entrada, Danilo pagou o mesmo e saiu, novamente ele estendeu a mão para ajuda-la a sair do carro, e por algum motivo, que Baylee desconhece, ela deixou que ele segurasse sua mão, os dois entram juntos.

A mesa reservada era em um lugar silencioso, próximo da janela e longe da música ambiente, fazendo com que a mesma ficasse em um volume perfeito, quase que imperceptível.

Danilo puxou a cadeira para Baylee, novamente ela hesitou mas assentiu, ele se sentou e fez o pedido, como em uma peça ensaiada previamente ele pediu vinho da casa, e Baylee como coadjuvante ia lhe acompanhando, como as notas e a melodia.

– Agora vai me dizer o porque do jantar?

– Por aquela noite na Cursed, eu fui um completo idiota

– Todo mundo fica idiota quando fica bêbado

– Não até antes de beber, eu tava querendo ser alguém que eu não sou, pra te impressionar, mas ai acabei te conhecendo melhor mas eu tinha bebido demais pra voltar atrás, desculpa

– Te desculpo se você parar de dizer que é um idiota

Danilo sorriu para Baylee, com restaurante praticamente vazio, o pedido chegou rapidamente, os dois remexeram a comida, beberam um pouco de vinho, mas os sorrisos e olhares eram inevitáveis, Danilo estava perdoado, isso estava nítido.

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– Now is true Herval, eu preciso ir

– Agora?! Ainda tá cedo, fica mais um pouco Pam - ela o observou - posso te chamar de Pam?

– Cla... ro - ela gaguejou - mas eu preciso ir

Como a Cinderela das 19:30, Pamela saiu do restaurante deixando Herval sozinho na mesa, aquilo realmente não era para ser grande coisa, passaram pouco mais de uma hora juntos, mas pelo sorriso do Herval, havia sido uma grande coisa pra ele.

Ele pediu a conta e em quanto a mesma chegava digitou alguns números do celular, o numero identificado e apareceu "Manuela" na tela, ele confirmou a ligação, foram precisos quatro toques para que ela atendesse.

Tá ligando pra me desejar boa sorte?

– Estou ligando pra te lembrar que você deve ganhar amanhã

E se isso não acontecer?

Isso vai acontecer

A ligação foi encerrada sem despedida, claro que foi Herval quem o fez, o garçom lhe entregou a conta e ele pagou a mesma com o cartão de crédito, o sorriso já não habitava mais o seu rosto.

****

Herval voltou andando para casa, a sua carona havia saído com muita pressa, caminhando pela calçada ele avistou a Plugar ao longe, iluminada apenas pela luz da lua, e do pequeno bar na esquina, quem não conhecesse não adivinharia que era uma Ong.

Distraído com seu prédio, agora a uma distância não muito significativa, acabou parando sua caminhada, um carro preto estacionado ao lado da Plugar chamou sua atenção, fez com que ele parasse imediatamente.

Mas sua observação não durou muito tempo, em poucos minutos o carro seguiu seu rumo em direção a uma das grandes avenidas que haviam ali por perto, mesmo com uma certa desconfiança Herval resolveu esquecer, abriu a porta da Plugar, fechou todos os cadeados e foi para a sua "casa".

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– Agora é a parte em que você vai me deixar em casa e fica aquele clima por uns três dias?

– Não, agora é a parte que eu te levo pra conhecer um lugar - Danilo falava em quanto pagava a conta ao garçom

– Wait, wait, wait, eu...

– Não é nada disso - ele a interrompeu - vamos, você vai gostar

Danilo arrastou Baylee para fora do restaurante, a noite já havia caído completamente, a lua brilhava pendurada no céu, e Danilo ainda a arrastava pelo braço, em quanto os dois andavam pela calçada até um pouco movimentada para o horário.

Baylee estava nitidamente com medo de tudo aquilo, mas lembrou que havia guardado um spray de pimenta na bolça para emergências.

Seja lá onde for que Danilo queria leva-la, não demorou muito, o local ficava na esquina da rua do restaurante, com a pouca iluminação parecia até um pouco assustador, mas foi só Baylee piscar os olhos algumas vezes que, com a ajuda dos pequenos postes de luz, ela conseguiu ver um pequeno parque.

Com árvores, pequenas ruas de pedras para caminhada, pequenos postes de iluminação dispersos em pontos estratégicos, o pequeno parque se destacava, ele realmemte encantador, era como se chamasse você a dar uma volta ou simplesmente sentar na grama e contar as estrelas.

Danilo não se contentou apenas em olhar, convidou Baylee a entrar, e novamente como em uma peça ensaiada, já sabia onde leva-la, era um banco de ferro e madeira rústica um pouco distanciado dos outros, bem ao lado de um dos postes de luz e de frente para um pequeno lago que passava por ali para dizer um "oi".

Os dois sentaram e contemplaram a beleza do parque, respirando fundo Baylee deixou o ar puro e o frio da noite entrar pelos pulmões, o barulho da água batendo entre as pequenas pedras só deixava tudo mais vivo.

– Meu pai me trazia aqui quando eu era pequeno, não é um ponto turístico mas queria que você conhecesse

– Eu amei, realmente um dos melhores lugares daqui

– É... - ele falou quase suspirando

O silêncio começou a se formar novamente, mas Danilo estava determinado a fazer com que isso não acontecesse, respirou um pouco e finalmente tomou coragem de dizer a Baylee o que estava guardado em seu peito.

– Baylee... - ele segurou a mão dela - eu... eu gosto de você

– Eu também gosto de você, Dani

– Não, eu gosto de verdade de você, nunca senti isso por ninguém, e eu sei que essa é só a terceira vez que eu te vejo mas.... se você me der uma chance, eu vou ficar muito feliz

– Como assim uma chance?

Danilo não usou palavras para responder, preferiu dar uma resposta muda. Devagar e quase parando, ele foi chegando mais perto do rosto de Baylee, até toca-lo delicadamente com a ponta dos dedos, as respirações se entrelaçaram, os narizes eram os próximos, sem hesitar ou deixar que ela o fizesse, Danilo a beijou, e aquele beijo, foi a resposta.


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Notas finais do capítulo

Agradeço á todos que continuam acompanhando, e sim, Danilo e Baylee ainda vão aparecer muito nas estrelinhas dessa história, o que acharam do mais novo "casal"? Beijos.