Sólon Granger Malfoy - Fruto de uma Traição escrita por Filha de Hermes


Capítulo 5
Capítulo 02 - A Chegada


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, pendrive que tava com os capítulos destruído, PC deu pau, note sem net, no fim até de castigo eu fiquei, mas aqui estou.



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Chegou em fim o dia de buscar Sólon Malfoy no aeroporto, seu pais andavam em direção a área de desembarque com sorrisos quase rasgando o rosto. Hermione e Draco tinham os braços entrelaçados enquanto procuravam ansiosos a cabeleira morena do filho, depois de praticamente todos os passageiros do voo vindo dos EUA desceram um rapaz de cadeira de rodas vinha calmamente com duas aeromoças o seguindo carregando dois embrulhos um lilás e outro verde, podia se perceber de longe que o rapaz era grande e musculoso, ele usava uma camisa camuflada aberta com uma camiseta branca por baixo quase se rasgando, uma calça também camuflada e coturnos pretos, tinha os cabelos negros em um corte mais baixo na lateral, os olhos azuis brilhando de ansiedade.

Assim que chegou ao portão foi abraçado por Hermione que chorava de emoção de ver o filho novamente e vivo, Draco abraçou o filho com algumas lágrimas no olhos, mas que ele conseguiu segurar. Palavras eram murmuradas durante o abraço, as aeromoças atrás deles sorriam emocionadas com o reencontro.

_ Eu devia te dar uma surra menino, primeiro por ter se alistado e segundo foi por não ter mandado uma carta sequer depois que acordou no hospital. – falou Hermione com a voz ainda embargada pelo choro dando um tapa no braço do filho.
_ A senhora não vai se livrar de mim tão fácil dona Hermione, eu sempre volto, com uma cicatriz a mais, mas eu sempre volto afinal quem faria vocês dois terem um enfarto a cada notícia do exército americano que passa na TV. – disse Sólon abraçando novamente a mãe.

_ Sr. Malfoy seus filhos. – falou uma das aeromoças atraindo a atenção dos mais velhos.


_ Filhos Sólon? – questionou Draco fazendo o filho abrir um sorriso amarelo.

_ A Anne engravidou um pouco antes deu ser mandado para o Afeganistão, ela queria tirar, mas o vô conseguiu convence-la a não fazer isso, depois que eles nasceram minha vó ficou cuidando deles para mim, assim que eu melhorei fui para casa cuidar deles. – se explicou Sólon enquanto as aeromoças entregavam os dois embrulhos para ele.


POV Sólon Malfoy...

Eu estava nervoso por reencontrar meus pais, afinal fazia quase dois anos que eu não os via, passei o voo inteiro olhando os meus filhos, meus dois milagres que forma abandonados pela própria mãe, eu não sabia como iria cria-los sozinho e ainda sem poder andar, mas eu faria o possível para ser o melhor pai para eles.
Assim que desci do avião e cheguei ao portão de desembarque, recebi aquele abraço que somente minha mãe sabia dar, com meu pai foi basicamente a mesma bronca, mas eu sempre sorria. Confesso que fiquei meio sem graça na hora de explicar o motivo deles não saberem sobre meus filhos.

Olhei para os dois pequenos no meu colo e depois para os meus pais, meu pai tinha um braço em torno da minha mãe e ambos sorriam de alegria e emoção e eu juro que vi uma lágrima escorrendo no rosto do meu pai.

_ Eu gostaria de apresentar a vocês Apolo e Artémis Malfoy. – disse entregando meu garotão a minha mãe e minha princesinha ao meu pai.
Apolo era loiro igual ao meu pai e a Anne, mas tinha meus olhos azuis e segundo minha vó tinha o meu rosto, ele não parava quieto sempre se mexia mesmo enquanto dormia, já Artémis tinha um cabelo idêntico ao meu com seus olhos cinza iguais ao de todo Malfoy, ela era basicamente uma versão morena da mãe.

_ Eles são lindos meu filho. – disse minha mãe enquanto já andávamos em direção a saída.

_ Concordo plenamente Sólon, imagino que você tenha escolhido os nomes? – questionou meu pai e eu respondi que sim com a cabeça – Combinam perfeitamente com eles, só espero que essa princesinha no meu colo quando crescer tenha a mesma antipatia pelo sexo masculino igual a deusa. – concluiu meu pai levando um tapa da minha mãe.

_ Somos dois papai. – concordei levando um puxão de orelha que eu tive que passar a mão depois pra ter certeza que não a tinha perdido.

Entramos no carro do meu pai, seguíamos conversando, paramos rapidamente em shopping para comprar cadeirinhas para os meus filhos, conversávamos sobre o que estava ocorrendo em Londres e nos EUA, os dois me atualizavam sobre os últimos acontecimentos do mundo bruxo, percebi que estávamos seguindo por um caminho diferente.

_ Onde estamos indo? – questionei, minha mãe virou para traz e me deu um sorriso sem graça.


_ Para sua casa. – ela me respondeu.

_ Eu só tenho uma casa em Londres, na verdade um apartamento, que alias fica no centro.

_”Apertamento”, na verdade – meu pai me corrigiu – Seu avô mandou que eu arrumasse uma antiga propriedade dos Malfoy’s, não entendi bem o porquê na hora, mas eu fiz, meu filho agora você tem esses dois para criar e creio que aquele lugar não e nem um pouco adequado. – ele se explicou assim que viu a careta que eu fazia.

Apesar de tudo eu tinha que concordar o apartamento que eu havia comprado em Londres era minúsculo, mas eu somente ficava nele quando vinha visitar os meus pais, tinha um quarto, um banheiro, e uma sala-cozinha que não cabia nem uma mesa, como o prédio era antigo e ninguém mais queria compra-lo eu consegui ficar com ele inteiro, ou seja – três únicos andares sendo os dois de baixo uma garagem e oficina misturadas.

_ Onde será minha nova casa então? – questionei vendo os dois sorrirem por eu ter aceitado tão rápido – Mas eu irei pagar um aluguel ou comprar as terras e isso não se discuti. – explique rapidamente vendo uma carranca crescer no rosto dos dois.

_ Meu filho você não tem que pagar nada, afinal é um Malfoy também. – meu pai tentava me convencer.

_ Eu nunca desde que comecei a ganhar meu próprio dinheiro dependi de vocês para pagar minhas contas e não é agora que isso vai começar. – vi minha mãe deixar uma lágrima escorrer e isso me matou por dentro, acho que fui muito duro.

_ VOCÊ É UM HERDEIRO MALFOY AQUELE LUGAR TAMBÉM É SEU! – meu pai gritou fazendo meu filhos acordarem chorando, me apressei em acalma-los e esperei que ele se acalmasse.

_ Eu não sou e nunca serei um herdeiro dos Malfoy, você sabe disso pai. – disse calmamente vendo seu rosto ficar triste e minha mãe chorar um pouco, ela já sabia o que eu ia falar – Eu sou o filho bastardo, aquele que nasceu fora do casamento, mas eu não me importo nunca me importei, eu sempre tive vocês ao meu lado, mesmo que vocês não ficassem muito tempo, eu aprendi a me virar sozinho diferente dos outros filhos de vocês que cresceram sendo completamente mimados.

_ Por favor meu filho não fale isso. – minha mãe pediu com a voz embargada pelo choro, peguei o rosto dela delicadamente e fiz com que me encarasse.

_Eu sou filho de Draco Malfoy e Hermione Granger, herdei o melhor e o pior de vocês como Dona Ciça sempre lembra inclusive o orgulho e a teimosia, eu sempre fui independente não me tirem isso também, eu tenho uma conta com todo o dinheiro que eu ganhei servindo e ajudando meu avô, posso me manter até eles ficarem um pouco maiores, mas depois eu vou tentar voltar a trabalhar. – expliquei, minha mãe se acalmou e fez um carinho no meu rosto, sabia que ela tinha aceitado, só faltava o loiro emburrado dirigindo.

_ Aceite Draco, nós o criámos para ser assim. – ela apoiou a mão no braço dele e o vi relaxar.

_ Aquele lugar já é seu as terras estão no seu nome, eu passei para o seu nome assim que você nasceu então não quero que você me pague nada, faltam algumas coisas na casa principalmente para os bebês e apesar deu querer comprar tudo vou aceitar sua decisão, sempre te apoiando. - resmungou me fazendo sorrir.

Apoiei-me no vidro e olhei para meus filhos, meu pais podem não ter sido os mais presentes, mas eu queria ser igual a eles, me perdi em pensamentos que nem vi quando chegamos, minha mãe me balançou levemente e apontou para fora, vi uma casa torta com uma mesa lotada de pessoas com vestes caras do lado de fora, me senti um pouco deslocado com aquela roupa simples de soldado. Meu pai pegou minha cadeira de rodas e me ajudou a sentar, minha mãe segurava meu filho e eu minha filha, ele me empurrava em direção à mesa, me sentia cada vez mais nervoso a cada centímetro andado. Assim que paramos ao lado da mesa todas as conversas finalizaram e todos me encararam.

_ Eu senti falta de um garoto loiro na minha loja nos últimos anos. – um ruivo se levantou e andou até minha frente, Fred Weasley.

_ Também senti falta da sua loja Weasley. – estendi a mão que rapidamente foi apertada, ele voltou ao seu lugar, logo após uma senhora de cabelos ruivos e um olhar amoroso parou na minha frente.

_ Muito prazer Sra. Weasley, obrigada por me receber em sua casa, sou Sólon Granger Malfoy. – peguei sua mão direita e levei aos lábios dando um simples beijo.


_ Eu que fico encantada em recebê-lo rapaz. – ela sorriu para mim e começou a apresentar cada um à mesa, meus meio irmãos me olhavam com um pouco de raiva, Ronald só faltou me Cruciar, mas Ástoria sorriu para mim com carinho.

Molly como ela pediu-me para chama-la arranjou um lugar para mim a mesa e me serviu um prato lotado de comida, ela havia se encantado com meus filhos, comia calmamente desfrutando cada sabor, fazia tempo que não comia comida bruxa então era um pouco diferente, principalmente pelo fato da comida do exército ser horrível.

Após todo terminarem de comer Molly junto das outras mulheres começaram a juntar tudo para levar para dentro, os homens iam para sala conversas levando junto meus filhos e os adolescentes subiram um pequeno morro, minha mãe me olhou come se já soubesse o que se passava na minha cabeça e qual seria minha próxima ação. Segui todas as mulheres para cozinha elas lavavam a louça de modo trouxa enquanto conversavam.

_ Gostariam de ajuda? – questionei parado na porta fazendo todas me olharem.
_ Não precisa Sólon pode ir para sala ou lá fora com os mais jovens. – Fleur Weasley disse.

_ Por favor, eu insisto.

_ Realmente não é necessário garoto. – Molly falou sorrindo amavelmente para mim.


_ Por favor, Molly eu me sinto mal por vir até sua casa comer e ainda não lhe ajudar. – depois disso minha mãe finalmente veio ao meu socorro.


_ Deixe Molly ele é assim desde pequeno, sempre ajuda Narcisa em tudo às vezes nem deixa a avó fazer nada, dê-lhe algo pra fazer se não irá ficar insistindo por horas. – D. Hermione ia dizendo enquanto vinha em minha direção, me abraçando e dando um beijo em minha testa, me fazendo sorrir, Molly acabou concordando e me entregou um pano para secar a louça.

Enquanto fazia a tarefa conversava com todas as mulheres, o que no início as deixou um pouco espantada por nenhum de seus filhos falarem assim com tanta naturalidade com elas, elas me perguntavam sobre minha vida, sobre Anne e ficaram com raiva quando eu disse o que ela fez, já eu perguntava sobre dicas para cuidar melhor dos meus filhos, sobre a vida em Hogwarts e várias outras coisas, acabou que mesmo depois de terminar a tarefa ficamos na cozinha conversando.

Fomos interrompidos por um rapaz loiro e outro moreno de olhos verdes, meu meio irmão Scorpius e seu amigo Alvo, eles entraram e pediram alguns doces e cerveja amanteigada que rapidamente lhes foi dado, mas antes de saírem me mandaram um olhar de desagrado que ninguém além de minha mãe e Molly perceberam pois deram um olhar magoado para a porta.

Um pouco depois disso pedi para ir embora, o lugar era ao lado da Toca, separado apenas por uma faixa de árvores, meu pai pegou minhas coisas no carro e eu fui empurrando minha cadeira pelo caminho de pedras enquanto minha mãe e Molly que insistiu em vir levavam meus pequenos, fiquei encantado com o lugar era uma chalé feito de pedra, na frente havia uma varanda com chão de madeira, uma janela de vidro imensa se destacava, a porta de madeira escura, tudo aquilo se parecia novo, mas segundo meu pai ele tinha reformado, assim que entrei me deparei com uma sala rústica e moderna ao mesmo tempo, móveis em madeira um pouco mais clara que a da porta, TV enorme, sofá chumbo, duas poltronas e mesa de centro, a cozinha fazia divisa com a sala separado apenas por um balcão, armários de madeira de cor de mel e bancadas de pedra cinza, um elfo domestico livre que meu pai contratou estava lá seu nome era Nik, o fogão era elétrico e ao lado ficava o forno uma mesa de madeira da mesma cor que os armários ficava no centro, tinha uma porta que eu imaginava dar para os fundos.

Um pequeno corredor com 5 portas saia da sala, um escritório que só tinha uma mesa e alguns armários todos vazios, um banheiro, três quarto já decorados e uma suíte que se assemelhava ao meu quarto na casa dos meus avós, a única mudança era a cama de casal, o banheiro adaptado para cadeirantes, após transfigurarem dois berços para meus filhos no quarto ao lado do meu os três foram embora me deixando sozinho para minha nova vida.


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Notas finais do capítulo

Algum palpite do que vai acontecer a seguir? Lembrando que o próximo já esta quase pronto.
Se alguém acertar eu adianto a postagem.



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