The Last Time escrita por Ana


Capítulo 20
Vinte


Notas iniciais do capítulo

Me matei pra tentar concluir esse capítulo, então acho que mereço um encorajamento do tipo "yey você fez um ótimo trabalho" ou não UHAUH Mas pelo menos me digam o que vocês acharam né amigos.
Resolvi dedicar esse capítulo pra Brenda Camões que, além de leitora é minha mais nova amiguinha s2
Divirtam-se e espero que chorem.



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Corine havia adormecido encolhida em seu canto e despertara quando Bellatrix gritou em seu ouvido para que acordasse.

– Vamos levá-la de volta. Lorde das Trevas tem uma lição para Draco – ela sorria radiantemente.

– Pra onde vocês vão me arrastar agora? – perguntou ela levantando-se.

– De volta para a casa do seu namoradinho. Temos um jantar de família hoje – riu ela.

Grayback aparatou antes de Corine e Bellatrix, deixando-as sozinhas no cômodo deteriorado.

– Está tentando me assustar? – Corine mantinha sua cabeça erguida como se pudesse enfrentar Bella apenas com seu olhar.

– Assustá-la? – a mulher riu mais uma vez sonoramente – Você é tão patética.

Corine puxou sua varinha que a muito vinha escondida dentro de seu vestido, entre seus seios e arriscou desarmar a bruxa mais velha que pairava a sua frente.

– Expelliarmus! – disse na esperança de que a varinha da mulher voasse para fora da sua mão, mas os reflexos de Bella eram impecáveis e o feitiço ricocheteou batendo contra uma das paredes de madeira ao fundo.

– Como ousa? – perguntou Bella direcionando a garota um olhar enfurecido – Você está pedindo para ser morta! Crucio! – exclamou ela vitoriosa.

Corine sentia como se seu corpo estivesse sendo repuxado e como se algo fosse enfiado em seu cérebro, fazendo-a ter a vontade de gritar ou talvez morrer. Era uma sensação terrível, ela mal podia expressar exatamente o que estava sentindo, apenas chorar e se contorcer contra o chão repleto de poeira.

Quando tudo aquilo foi embora ela ainda estava no chão, extremamente cansada e impotente como se não houvesse mais forças, nem líquidos e muito menos proteínas em todo seu ser. Ela como se estivesse morrendo aos poucos, porém ainda assim tivesse uma prolongação de vida apenas para sentir as dores e o sofrimento.

– Isso lhe serve como um aviso, minha querida? – perguntou Bella, apoiando a varinha em seu próprio queixo como quem pensa. Corine apenas a lançou um olhar fraco e raivoso de onde estava – Me parece um sim – então ela riu. Agarrou a garota pelo braço direito e aparatou.

Corine estava jogada no chão de mármore escuro dos Malfoy esperando misericórdia. Sua visão agora estava turva, embaçada e suas mãos tremiam. Sentia que seu corpo começava a se recuperar, porém ainda tinha a sensação de que poderia desmaiar a qualquer momento.

Olhou em volta e lá estavam alguns comensais, Draco sendo parcialmente segurado por Lúcio, que direcionava a ela um olhar de restrição, desprezo e nojo e seus pais.

Seus pais. Corine perdeu o fôlego por um longo espaço de tempo. Sua mãe chorava e seu pai tentava consolá-la de todas as formas ainda sem deixar de observar Corine caída no chão em sua fraqueza absoluta.

– Por quê? Porque John? – questionava sua mãe em voz baixa para seu pai.

Era responsável pela aflição de sua mãe e por seu sofrimento. Sabia que havia provocado aquilo quando se envolvera com Draco. Este ainda lançava-lhe um olhar preocupado, mas Corine sentia aquilo como se fosse piedade, piedade por tê-la envolvido em tudo aquilo antes de saber que ela era uma mestiça. Sentia nojo dela, tinha certeza. E então, com um súbito pensamento, um gesto impensado cuspiu no chão dos Malfoy e estampou o desprezo em seu rosto.

– Ela tem um grande talento para o drama – concluiu Lúcio com um sorriso e alguns comensais riram de sua situação ridicularizadora.

Draco ainda a olhava de seu lugar, mas sem ser repreendido pelo pai para que ficasse em seu lugar.

– Isso é tudo? – perguntou o Lorde das Trevas que agora estava de pé em frente a ela. Corine levantou seu rosto – Cuspiu num chão tão limpo só para igualá-lo a sua condição imunda de mestiça? Coloque-se de pé! Agora.

Corine levantou-se lentamente observando a feição ofídica de Voldemort.

– Pelos boatos que ouvi, Senhor – começou ela – Não sou a única mestiça nessa sala.

Voldemort pareceu sentir-se ofendido. Olhou em volta, encarando seus seguidores e procurando alguma expressão de divertimento entre eles e virou-se para Corine novamente, mas dessa vez levantando sua mão gelada e branca e metendo-a no meio da bochecha da garota em sua frente. Corine perdeu o equilíbrio por um momento breve indo parar no chão novamente. O impacto das mãos do homem contra seu rosto fez com que um pequeno corte se abrisse próximo a seus lábios, que latejavam fracamente.

– Fique longe da minha filha! – exclamou o pai da garota, vindo na direção de Voldemort como se pudesse realmente enfrentá-lo.

– Avada Kedavra! – disse a criatura a sua frente sem algum traço de sentimento em sua voz a não ser o prazer. Um raio esverdeado atingiu John Gouldfye diretamente no peito, fazendo com que seu corpo jazesse no piso gélido com os olhos vidrados e sem vida.

– Não! – gritou a mãe de Corine – Porque está fazendo isso conosco?

Voldemort virou-se para a mulher de cabelos escuros e ondulados como os da filha andando em sua direção e colocando suas mãos no queixo da mesma, olhando seu rosto com atenção.

– Digamos que sua filha prestou serviços a mim e não é mais necessária, agora que sabemos que é uma mestiça. O pai da garota tinha como mãe uma trouxa, a senhora não tem conhecimento de tais fatos?

A mãe de Corine ainda chorava e não dizia uma palavra.

– Se acha que sobreviverá apenas por seus pais serem bruxos e sua família ser sangue puro está totalmente enganada. Bruxos não devem se envolver com uma raça tão repugnante e você deveria saber disso antes. Você envergonhou seu nome, Celine Shire. Sua mãe deve ter ficado tão decepcionada.

Voldemort tinha expressão de desapontamento e deboche. Soltou a cabeça da mulher com força e virou-se para Corine mais uma vez. Chamou Draco a frente e o garoto emergiu, relutante no meio da sala.

– Veja bem meu querido. Deve aprender uma lição hoje: Mestiços sujam sua linhagem e, por mais que deseje estar com uma, por mais que a ame essa garota ainda não deixará de ser uma mestiça. Suja, impura.

Draco mantinha-se em silencio observando a cena. Corine chorava em silencio no chão observando o corpo de seu pai e o sofrimento de sua mãe sob o corpo sem pulso do marido.

– Toma conhecimento disso ou prefere morrer como os pais da garota? – perguntou o Lorde das Trevas apontando discretamente para o casal mais a frente.

– Vá em frente Draco – começou Corine – Diga e ele que eu devo ser morta, que eu não valho nada e que meu sangue está tão sujo que sou indigna de você! Admita que sou totalmente desprezível por meu crime de ter avós não bruxos! Fale ao Lorde das Trevas o quão foi nojento dividir sua cama comigo – sentiu seu coração despedaçar-se por completo após proferir essas palavras. Havia se entregado a Draco e agora era entregue por ele á Voldemort como um animal para o abate.

Lorde das Trevas bateu palmas enquanto todos, inclusive Malfoy, permanecia em silêncio.

– Muito comovente essa sua historia de amor, Draco! Espero que com o tempo a morte dela torne-se menos dolorosa com o tempo.

O Lorde das Trevas levantou sua varinha e abriu os lábios. Corine preparou-se para a morte, prendeu sua respiração e fechou os olhos enquanto apertava seu corpo contra o chão.

– Pare! – gritou Draco estendendo a mão e ficando entre a garota e o bruxo – Por favor, pare!

– Draco, pare de envergonhar-se – reclamou Lucio em seu lugar – Isso é uma vergonha.

Malfoy encarou o pai enquanto algumas lagrimas profundamente tristes rolavam por suas bochechas.

– Eu prometi que não te deixaria morrer Corine – falou ele dirigindo-se a ela sem olhar para seu corpo encolhido no mármore – E não vai, nem que eu tenha que morrer no seu lugar.

– Saia já daí Draco – ralhou Lúcio nervosamente intercalando seu olhar entre o filho e o homem a quem servia tão fielmente.

– Não! – respondeu – Não vou sair daqui. Corine vai sobreviver.

– Não seja idiota – repreendeu a garota levantando-se lentamente pelas costas de Malfoy – Se ele te matar me matará em seguida. Então não adiantará de nada morrer por mim Draco. Escute o seu pai e não se envergonhe.

Celine Gouldfye levantou seu olhar para a filha com um breve sorriso nos lábios. Passou as mãos pelo rosto do marido por um momento. Então se levantou e correu em direção a filha, agarrando seu braço.

– Obrigada por o que quer que tenha feito a Corine, Malfoy – disse tão rapidamente que Draco nem teve tempo para olhar para o rosto da mulher e então elas já tinham aparatado.


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