Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

OITO MESES DE FANFIC GENTE DO CÉU, O TEMPO TÁ PASSANDO RÁPIDO DEMAAAAAAAAIS!
Como sempre quero agradecer a todos os leitores e queria pedir pra que vocês todos comentassem, porque fico chateada quando não tem comentários.
Queria pedir desculpas pela demora pra postar, é que eu estava com provas e isso não me deixou tempo pra escrever.
Boa leitura :3



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Eu acho que eu vou morrer de ataque cardíaco de tanto que eu corro. Continuo ofegante tentando passar a garota do meu lado direito. O cabelo dela tá solto e toda hora bate na minha cara. Toda hora.
Olho pro lado já irritada e ela abre um sorrisinho.
–Sem querer. – diz ela. Alerta de falsidade.
Nem perco minha saliva discutindo, só continuo correndo. Eu preciso de ar, preciso de água. Preciso de um beijo do Thomas...
Balanço a cabeça. Não preciso de beijo dele. Não mesmo. Pra que eu precisaria beijar o Thomas? Até parece!
Acabo passando a chatinha de cabelo preto e continuo correndo. Olho pra esquerda e tem uma outra garota de outra escola. Ela parece perceber que estou a poucos centímetros na frente dela e tenta dar uma rasteira em mim. Mas quem acaba caindo é ela, já que eu desvio e ela perde o equilíbrio. Solto uma risada e continuo correndo.
Olho pra frente e vejo que falta pouco pra linha de chegada. Respiro fundo e um outro ser simplesmente brota do meu lado, me deixando meio desorientada.
Como se fosse em câmera lenta, eu deslizo pelo chão enquanto ela corre. Sinto meu joelho ralar por causa das pedrinhas do chão e quando ela vai passar a linha, minha mão direita já passou a um milissegundo.
Continuo deitada e sorrio, tentando recuperar o ar.
–E a vencedora é Lydia Miller!
E só ouço o pessoal da minha escola gritar. Tento gritar também, mas aí lembro que minha cara tá meio que na terra e não to afim de engolir nada desse chão.
A treinadora logo chega e estende a mão, ajudando-me a me levantar.
–Parabéns, menina! – diz ela dando um tapinha nas minhas costas.
Agradeço com a cabeça apenas, já que estou morta de cansaço e ela me oferece um copo de água. Bebo tudo de uma vez.
–No final de tudo vai ter a entrega de medalhas. – assinto e apoio as mãos nos joelhos, meu coração acelerado pela corrida. –E como vai o seu amigo?
Olho pra ela sem entender num primeiro momento, aí lembro que o Thomas caiu e fui atrás dele.
–A última vez que o vi a enfermeira tinha dado um remédio pra ele. – e aí eu me declarei pra ele quando ele estava dormindo e o beijei, porque sou muito covarde pra fazer isso quando ele tiver acordado. –E acho que vou lá ver como tá a situação dele.
A treinadora faz que sim com a cabeça.
Minhas pernas estão detonadas, então vou voltando do campo sem pressa alguma. Umas pessoas que estão por aqui dão tapinhas nas minhas costas e quando chego na quadra, passo por ela na lateral já que quem vai jogar futebol está se aquecendo.
Vejo a Katherin e sorrio. Ela vem até mim.
–Parabéns!
Vejo que ela vai colocar o braço ao redor dos meus ombros, mas ela recolhe-o.
–Deixa pra lá, você tá toda suada.
Nós duas rimos.
–Eu preciso comer alguma coisa.
Nesse momento eu desejo que alguém me coloque num carrinho de supermercado e me puxe.
–Vamos lá. – diz ela com ânimo e eu solto um resmungo, mas sigo-a.
Chegamos no pátio e felizmente não tem ninguém na fila da cantina. Vou até a moça e peço um açaí.
–Só isso? – pergunta ela.
Eu já ia falar “Sim”, mas então me lembro que já vou ver o Thomas e ele deve estar acordado.
–Vou querer o enrolado de presunto e queijo. – falo e entrego o dinheiro.
–Nossa, Lydia, que gorda você. – diz a Katherin rindo e faço uma careta.
–Não é pra mim.
Eu fico até meio assustada com a reação dela. Ela parece que vai ter um ataque.
–Que foi menina?
–É pro Thomas? – ela grita e algumas pessoas até olham, mas acho que ela não tá nem aí.
–É.
O grito que ela dá em seguida me faz dar um tapa na minha testa, me xingando. Eu não devia ter falado, agora ela vai ficar me enchendo.
–Que belezinha, Lydia!
Reviro os olhos.
–Eu to sendo legal, não posso?
–Legal até demais! Gastando três e cinquenta com o Thomas!
Bufo e pego as coisas.
Eu meio que não falei pra ela que gosto do Thomas, tipo acho que ela percebe e tudo mais. Nem pras minhas melhores amigas eu cheguei e disse “hey, gosto dele”, mas é claro que elas sabem.
–Vai querer ir na enfermaria comigo?
–Eu até queria, mas...
–Mas o que? – pergunto já sentindo que lá vem.
–Não quero quebrar o clima e tudo mais.
Poderia bater nela, mas minhas mãos estão ocupadas. Entramos no corredor e o Peter aparece.
–Ganhou, Lydia? – faço que sim com a cabeça e ele sorri. –Isso aí! – ele dá um tapinha nas minhas costas e olha pra Katherin. –Oi.
–Oi.
–Eu vou competir pra natação agora, adoraria te ver lá torcendo.
Ela sorri.
–Estarei lá.
–Ótimo.
O jeito que ele olha pra ela, e ela olha pra ele me faz perceber que não vai demorar muito pros dois terem alguma coisa.
–Vai ver o Thomas? – pergunta o Peter pra mim.
–Vou, ele já acordou?
–Eu acabei de sair de lá e ele tava dormindo. – responde ele dando de ombros e olha de novo pra Katherin. –Vai comigo?
Ela faz que sim com a cabeça e sem pensar duas vezes, ele vai até ela, segura a mão dela e entrelaça os dedos deles. Sorrio que nem uma abobada.
Os dois saem andando de mãos dadas.
–Juízo! – grito sem conseguir me conter e o Peter me olha super vermelho.
Dou risada e sigo meu caminho pra enfermaria tentando me acalmar.
O Thomas não sabe de nada que eu fiz, não tem porque eu ficar nervosa. Estou indo lá como uma amiga preocupada.
–Oi.
A enfermeira que deu o remédio pra ele sorri.
–Vejo que se preocupa muito com ele.
Abro um sorrisinho.
–Posso ir lá?
–Pode sim.
Ando pela enfermaria até chegar na maca dele. O Thomas ainda dorme e me sento numa cadeira, observando-o. Como uma pessoa pode ser tão bonita assim?
Coloco o salgado na minha perna e começo a tomar o açaí com leite em pó e leite condensado. Melhor coisa que isso não tem.
Vejo o Thomas se mexer na cama e logo ele abre os olhos, fechando-os em seguida por causa da claridade. Ele vira o rosto e me vê, sorrindo em seguida.
–Oi. – diz ele.
–Oi.
–Gritei demais?
Dou risada.
–Não muito.
–Obrigado por me trazer aqui, fiquei muito feliz de saber que se importa. – abro um sorriso e ele olha pro salgado. –O que você tem aí?
Me levanto e levo até ele, a outra mão no açaí.
–Comprei pra você. – ele já sorri. –Não se acostuma não, só comprei porque deve estar doendo muito.
–Doer dói, mas ter você aqui faz as coisas melhorarem.
Fico vermelha ao ouvir isso e entrego o salgado pra ele.
–Como foi a corrida? – pergunta ele.
–Digamos que eu ganhei. – falo como se nem me importasse e tomo mais um pouco do açaí.
Ele se senta com um pulo.
–Isso é sério? – assinto. –Vem cá, deixa eu te dar um abraço.
E quem diz “não” pra um abraço dele? Vou até o Thomas e sento-me na beirada da maca, recebendo um abraço. Eu prefiro quando ele tá de pé, porque aí da pra abraçar direito, mas tudo bem assim.
–Parabéns, Lyd! – sussurra ele no meu ouvido e meu coração acelera.
–Obrigada. – sussurro de volta.
Ele não me solta e eu fecho os olhos sorrindo.
–Você é perfeita, sabia? – sussurra ele de novo e meu rosto esquenta. –É linda, inteligente, gentil e ainda ganhou pra gente a corrida!
Desfazemos o abraço e ele coloca meu cabelo pra trás da orelha.
–Não foi nada demais. – falo. –Eu só corri como se fosse o fim do mundo.
Ele ri e recolhe a mão.
–O que você faria se fosse o fim do mundo? – pergunta ele do nada e eu rio.
–Que pergunta é essa?
Thomas encolhe os ombros.
–Acho que eu não posso levantar daqui, então vamos conversar. – ele dá uma mordida no salgado. –Com quem você gostaria de passar o último dia da sua vida?
Especialmente com você.
–Ah eu não sei, eu acho que eu ia gostar de passar com os meus amigos e povo da minha família também. – falo por fim. –E você?
Thomas faz cara de pensativo.
–Com uma garota de olhos castanhos, uma bem estressadinha que tem um cheiro muito bom, um abraço incrível e um sorriso que encanta todo mundo.
Abaixo a cabeça sem saber o que falar e continuo tomando meu açaí, até que ele acaba por completo. Eu e o Thomas ficamos falando sobre coisas bem sem noção e rimos várias vezes. A risada dele é tão boa.
Levanto-me e jogo o copo do açaí no lixo.
–Olha, eu tenho que voltar pra quadra, ver como nossa escola tá indo nas competições.
Ele assente.
–Se precisar de alguma coisa é só me ligar.
–Pode deixar. – diz ele e viro-me pra ir embora. –Lydia!
Olho pra ele de novo.
–Oi.
–Vem aqui.
Vou até ele e minhas palmas das mãos começam a suar.
–Tem uma coisa no canto da sua boca.
Leite em pó com certeza.
Eu já ia tirar, mas ele passa o polegar nos meus lábios bem devagar e quase tenho um ataque do coração. Isso não se faz cara.
–Limpou? – é a única coisa que penso em perguntar.
–Ainda não.
Então ele dá um beijo no canto da minha boca e sem querer viro o rosto, fazendo com que nossos lábios fiquem muito perto.
Fico sem saber o que fazer e fico parada na mesma posição, sem conseguir me mover.
–Ainda tá sujo. – sussurra ele e começo a piscar.
–L-limpa então. – falo totalmente sem pensar.

Isso Lydia, sua cara falar as coisas sem pensar!
Ele fica me olhando como se estivesse perguntando se o que eu falei é sério, então em questões de segundos eu vejo esses olhos castanhos chegando mais perto de mim, e ouço sua respiração como se fosse a minha e quando me dou conta já estou imersa nos lábios dele.
Minhas pernas ficam bambas, o que acontece sempre que estou em um momento desses com o enxerido e me sento na beirada da maca pra não cair. Fico com os lábios dele pressionados nos meus por uns dez segundos. Os lábios imóveis, mas mesmo assim tão quentes e tão bons que eu sinto que vou pegar fogo. É só um selinho e ele quase me mata.
O Thomas separa nossos rostos e continuamos com os narizes grudados. Ele sorri e é aquele sorriso, como diz a G.R.L “ podia iluminar Nova York depois de escuro”. Eu sorrio de volta, ou tento, porque eu só consigo ficar cada vez mais vermelha.

–Agora limpou. – diz ele e morde o lábio inferior.
–Obrigada. – falo tentando não gaguejar. –Foi uma boa limpeza.
Meu rosto esquenta ainda mais e começo a tossir. Eu preciso aprender a controlar o meu cérebro e a minha língua pra não sair falando coisa que não devo!
O Thomas ri e segura a minha mão, entrelaçando nossos dedos.
–Você tá bem vermelha. – diz ele. –Fica mais linda ainda corada desse jeito.
Tenho vontade de falar pra ele que desse jeito eu vou ficar toda hora vermelha, mas nenhuma palavra sai.
–Queria ver se seu pai visse isso.
Fico imaginando qual seria a reação, ele teria um surto.
A enfermeira volta e me afasto do Thomas na mesma hora, passando a mão nos cabelos. Ela olha pra nós dois com um sorrisinho.
–Desculpa atrapalhar o casal, mas tenho que dar remédio pra ele.
–Não somos um casal. – falo junto com o Thomas e o olhar da moça cai nas nossas mãos entrelaçadas e puxo-a.
–Certo... – ela parece desconfiada.
–Tom, eu vou voltar lá pra competição.
Quase me xingo de novo. O nome dele é Thomas, não Tom!
O garoto sorri com o apelido.
–Ok, Lydia.
Me levanto antes que ele me chame de novo e me beije de novo, se bem que eu meio que pedi aquilo.
Só falta eu saltitar de tão feliz que estou, não consigo nem parar de sorrir.
Decido ir ver a competição da natação, se é que ainda está acontecendo. Vejo as pessoas jogando handball, numa mesa do outro lado outros se preparam pro ping pong.
Passo do de novo pela lateral da quadra e vou andando. Tem a biblioteca e mais a frente a piscina.

–Lydia! – ouço a Katherin gritar e viro-me em sua direção.
Sorrio e vou até ela. Não tem ninguém ao redor por enquanto
–O Peter já foi?
Ela nega com a cabeça.
–Começou a pouco tempo, ele ainda não foi.
Olho pra frente e não o vejo.
–Cadê ele?
–No vestiário, junto com todos os meninos. – ela dá de ombros. –Que bom que você veio, quando eu cheguei tinha uns meninos e eles ficaram dando em cima de mim.
Faço uma careta.
–Acho esses caras que ficam assobiando e não sei o que tudo idiotas. Eles acham que a gente é o que? Comida? Eu hein!
Ela ri e nos sentamos em uns banquinhos.
–E se o Peter visse, eles iam ver só. – comento e ela balança cabeça sorrindo.
–Até parece.
Olho pra ela, séria dessa vez.
–Você sabe que ele gosta de você, não sabe?
–Ele nunca disse isso...
Dou um tapa no braço dela.
–Ai!
–Katherin, me diz que você sabe que ele gosta de você!
–Lydia, eu já falei, ele nunca disse nada pra mim!
Reviro os olhos.
–E daí? Não vê o jeito que ele é com você?
Ela solta uma risada e franzo a testa.
–Lydia, olha a pergunta que você tá me fazendo. Ela serve pra você também.
–Como assim?
Katherin me olha como se eu tivesse algum problema.
–Acorda menina, olha como o Thomas é com você! – vou falar, mas ela me interrompe. –E você vai dizer que ele não gosta de você, porque ele também nunca disse. Esse é o fato.
Fico quieta, porque ela tem razão. E eu não tenho 100% de certeza que o Thomas gosta de mim, ainda mais depois daquela Ashley aparecer e tudo mais.
E eu que não vou ter coragem de falar pra ele o que eu sinto.
Lembro do beijo de minutos atrás e volto a sorrir.
–Lydia. – a Katherin me chama, mas não estou nem ouvindo. –Lydia! – ela grita na minha orelha e me assusto.
–Caramba, menina!
–Que cara é essa? – ela abre um sorrisinho. –Pensando no Thomas?
Não consigo fechar meu sorriso.
–Katherin, faz eu parar de sorrir!
Ela dá uma gargalhada.
–O que aconteceu?
Eu sempre vou ter vergonha de falar que beijei ele. Não que eu tenha vergonha dele, é que eu não gosto muito de falar sobre isso.
–Ele me beijou. – falo bem baixo pra que só ela possa ouvir e ela pula da cadeira.
Ela começa a dar pulinhos.
–Katherin, para com isso. – mas ela só pega minhas mãos e eu sou obrigada a pular se eu não quiser cair no chão.
Começo a rir, porque não tenho mais o que fazer.
–Que gatas. – diz um menino ruivo.
Toda vez que eu vejo um ruivo eu lembro da Kriss, aí eu lembro do Jake e se o ruivo tiver olhos verdes como esse daqui da frente, eu tenho vontade de bater.
Reviro os olhos e ignoro-o.
–As princesas têm nome?
Não, idiota, não temos nome não.
Chega outro menino, acho que são da mesma escola. O que chegou agora olha pra mim e me analisa de cima em baixo, sinto meu rosto esquentar.
–Nossa, você é linda. Não quer ir ali dar uma volta comigo não?
–Não, muito obrigada.
Os dois meninos se entreolham e riem.
–Olha, Gabriel, difíceis. – fala o ruivo.
–Tão fazendo charminho pra cima da gente.
Solto uma risada.
–Com licença, mas você tem algum problema?
O ruivo sorri.
–Olha, a princesa fala. – ele se vira pra Katherin. –Já essa é quietinha.
Só vejo ele ir pra cima da Katherin. Sério, eu nunca vi uma coisa dessas. Ele passa a mão no rosto dela.
–Tira essa mão de mim. – diz ela com raiva e tenta empurrá-lo, mas claro que ele é mais forte que ela e segura os braços dela.
–Calma, linda.
Olho pro lado. As meninas daqui estão todas no vestiário, porque não vejo nenhuma. Vejo alguns garotos aparecerem do vestiário.
Cadê os meninos da minha escola? Cadê a droga do professor?
–Solta ela. – esbravejo e já vou partir pros tapas, mas o tal do Gabriel me segura.
Olho pros meninos que estão só observando.
–Façam alguma coisa!
Vejo que nenhum deles se manifesta e todos tem cara de imbecis, que nem o Gabriel e o ruivo.
–Merece, quem manda se fazer de difícil. – grita um e os outros concordam.
Mordo a mão do infeliz que tá me segurando e dou um chute nas partes dele. Ele ajoelha no chão gritando e vou até o ruivo, que está quase beijando a Katherin.
E ela só grita e não chega ninguém. Ninguém!
Já vou tentar soltá-la, mas alguém chega por trás.
–Solta ela, seu desgraçado!
O ruivo vira e eu só vejo o Peter dando um soco no nariz do garoto.
Puxo a Katherin pra longe dele e vejo que ela está branca que nem papel.
–Calma. – falo e abraço-a. –Ei, tá tudo bem.
Pode parecer a coisa mais idiota do mundo ela estar nesse estado, mas não é. Não é nada idiota. Ninguém é obrigado a fazer uma coisa que não quer. Nem que seja um simples beijo, ninguém deve ser agarrado a força.
Eu olho pro lado e o Peter e o garoto ainda brigam. O professor separa os dois.
–O que tá acontecendo aqui?
Como sei que a Katherin não vai conseguir falar nada, eu mesmo falo, morrendo de raiva.
–Acontece que esses garotos tentaram agarrar nós duas e aqueles ali – aponto pros que não fizeram nada. -, só ficaram observando.
O professor solta uma risada.
–Tá rindo do que? – pergunto sem entender.
–Meninas, eles são garotos, só queriam se divertir.
–Então quer dizer que agora é certo agarrar os outros? – pergunto indignada. –O senhor é um completo idiota. – não to nem aí se vou ser punida por xingá-lo.
Peter olha com raiva pra ele e nós três vamos em direção da diretoria.
O Peter abraça a Katherin.
–Fica calma, Kath. Eles não fizeram nada de mal, eu não ia deixar.
–Eu to bem, só fiquei meio assustada, isso nunca aconteceu comigo.
–E nem devia acontecer. – diz ele. –Quem eles pensam que são?
Bufo irritada.
–E o professor? Como ele dá razão pra eles?
Peter desfaz o abraço com a Katherin e segura a mão dela.
–A gente fala com o diretor, com a coordenadora. Seja quem for. Isso não fica assim.
E como eu não sou de deixar barato, fiz o favor de armar maior barraco e os garotos foram expulsos da competição. O nosso professor está com sérios problemas.
O Peter disse que tinha que conversar com a Katherin em particular e eu ligo pra minha mãe, já que não estou nada afim de ficar aqui na escola.
Mas você tá bem? – pergunta ela pela terceira vez.
–Sim, mãe.
–Eu vou ligar pro seu pai ir aí te buscar, não fica sozinha!
Pode deixar, mãe.
Agradeço a telefonista e vou de novo na enfermaria, pra perguntar se o Thomas quer carona já que ele não vai poder voltar de bicicleta.
Hoje eu, a Claire e meu pai vamos numa churrascaria.
A enfermeira não está aqui dessa vez e agradeço por isso, já que fiquei com vergonha dela. Vou entrando na enfermaria e paro quando vejo uma pessoa em pé ao lado da cama do Thomas.
A Ashley está de costas pra mim e vejo o Thomas conversar com ela, mas não consigo escutar o que é.
Já ia perguntar o que ela está fazendo aqui, mas vejo-a beijar ele. E ele não empurra-a.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a Babi pela parte do beijo, porque eu não sabia como escrever.
E eu quis colocar essa parte dos meninos por causa do machismo de hoje em dia. Eu acho simplesmente um absurdo essas coisas e queria passar um pouco disso pra história, já que nunca falei sobre isso antes.
Espero que tenham gostado.
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