Everything Has Changed escrita por Anne Atten


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, quero agradecer a minha amiga Be por ter dado a ideia de como tinha que ser o encontro Petherin, eu adorei ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ Também quero agradecer a Camila por ter recomendado ♥ ♥ ♥
Esse capítulo é POV do Peter, o encontro Petherin (ai to animada pra lerem esse cap asokasokamok)
Boa leitura!



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Sexta feira, dia 29 de agosto de 2014, um jovem chamado Peter morreu de nervoso.

É, acho que seria um bom título pra uma manchete de jornal. Porque sim, eu to sentindo que vou morrer de tanto nervoso.
Primeiro que eu tive que pedir um super favor pro meu pai. Foi depois de ter falado com a Lydia ontem que eu finalmente tive uma ideia decente.
–Pai, preciso da sua ajuda. – disse pra ele ontem, depois de chegar da escola.
Meu pai trabalha na pizzaria, mas além disso, tem uma empresa. Ele estava no horário de almoço quando eu disse isso pra ele.
–Pode falar.
Fui até ele meio hesitante. Quero dizer, não é todo dia que se chega pedindo pro seu pai perder o lucro dele por um dia.
–Seguinte, eu chamei a Katherin pra sair.
Ele sorriu.
–Mas isso é ótimo! Onde vai levá-la?
–Daí que você entra. – comecei. –Eu chamei ela na segunda feira, mas só consegui pensar em onde levar a Katherin hoje. – respirei fundo. –Será que tem como você fechar a pizzaria amanhã?
Meu pai me olhou como se eu fosse um doido.
–Que? Que ideia é essa? Sexta feira é um dos dias mais frequentados!
–Sim, eu sei, pai, mas é por uma boa causa. Faça isso pelo seu filho. – meio que implorei.
Ele ficou um tempo me encarando, mas então riu.
–Certo, percebo que quer usar a pizzaria.
Expliquei pra ele todo o meu plano o qual ele disse que é bem original e ótimo.
–Então... Posso levá-la lá amanhã?
–Filho, por mais que eu ache uma ótima ideia todo esse seu plano, não posso fechar a pizzaria. – disse ele e bufei, irritado. –Mas o que podemos fazer é: chame ela pra ir na parte da tarde, então poderei abri-la depois.
Melhorou um pouco.
–Mas, pai, encontros não são de noite?
Ele parou pra pensar.
–É, mas continua a mesma coisa. Não altera nada no seu plano. – falou meu pai e se levantou. –E pra te dar mais tempo, chame-a as quatro horas. Podem ficar por lá até as sete, abrirei mais tarde.
Fiz que sim com a cabeça.
–Valeu. – falei achando que era isso. Ganhei o que queria.
Pobre e inocente Peter.
–Ah, vocês vão ter que dar uma geral no lugar.
Revirei os olhos.
–Não posso fazer uma garota limpar a pizzaria e nem arrumar mesas no nosso encontro!
Meu pai me deu um tapinha no ombro.
–Aproveita e mostra pra ela que é um cara forte e trabalhador. Ela vai te amar.
Não consegui deixar de rir.
Mas voltando, a segunda coisa que deu meio errado é que eu tive que mudar o horário e acho que isso não foi muito legal da minha parte. Mas o que eu podia fazer? Nada!
Agora estou parado na frente do espelho, tentando decidir como deixar o meu cabelo.
Eu juro que tentei me distrair o dia todo, mas não deu não. Só conseguia pensar no encontro e o que a Katherin vai achar da minha ideia. Talvez eu devesse ser mais tradicional. Agora já era.
Já tomei meu banho e me vesti. Nada demais. Calça jeans escura, blusa preta, jaqueta jeans e sapato também preto.
Bagunço meu cabelo e coloco a parte da frente mais pra cima e pro lado.
É, to bem. Só na aparência mesmo, porque por dentro parece que eu vou vomitar. Não que ter encontro com a Kath me faça querer vomitar, é que eu estou nervoso demais.
Saio do quarto. Minha mãe está na sala vendo televisão. Vou até ela.
–Então, como estou? – pergunto.
Ela sorri.
–Ótimo, Peter. Seu primeiro encontro, certo?
–De verdade, sim.
Já fui com algumas garotas no cinema, mas nenhum era um encontro.
–Seu pai disse o seu plano, essa menina é sortuda. – diz minha mãe.
Sorrio.
–Eu sei, não é todo mundo que pode sair com o Peter aqui.
Nós dois rimos.
–Mas ainda são três horas. – diz ela com a testa franzida. Sento-me ao lado dela. –Por que já tá pronto?
–Não tinha o que fazer então já me arrumei logo. – digo dando de ombros.
–Não vai levar nada pra ela?
Olho pra minha mãe sem entender.
–Como assim?
Ela revira os olhos.
–Ah, garotos, sempre iguais! - fala ela. –Não vai comprar nenhuma flor pra Katherin?
–Mãe, eu to levando ela pra uma pizzaria, não é a coisa mais romântica do mundo.
–E daí? Garotas gostam de flores!
A verdade é que já pensei em levar flores, mas eu não sabia quais e também fiquei com medo de ficar estranho.
–Mãe, acho que não é uma boa levar uma flor pra ela hoje. Mas valeu pela dica. – me levanto do sofá e então me lembro de uma coisa. -Será que posso pedir um táxi pra levar a gente? Acho que não é legal se a minha mãe estiver me levando pro meu encontro.
Ela me olha brava, mas faz que sim com a cabeça.
Volto pro quarto e fico tamborilando os dedos em cima do meu celular, impaciente. A hora não passa nunca.
Três e dez.
Três e vinte.
Três e meia.
Três e quarenta.
Ligo pro táxi, hora de ir, se eu quiser chegar a tempo. Decido esperar na entrada do condomínio e volto pra sala.
–Mãe, to indo. Volto mais tarde.
–Filho, vem cá. – diz ela dando um tapinha no sofá, ao lado dela.
Lá vem.
–Mãe, o táxi deve estar chegando.
–Só quero dizer que eu estou orgulhosa de você, chamando ela finalmente pra sair. Foi corajoso da sua parte. E quero dizer pra você não beijá-la se não tiver um clima.
Meu rosto esquenta e eu engasgo.
–Eu não vou ficar falando de beijo com você, mãe.
Ela ri do meu desespero.
–Tá bom, só avisando.
Dou um beijo na bochecha dela e saio de casa, agora não tem mais volta. Vou até o porteiro do meu condomínio e ele abre o portão. Fico encostado na parede com as mãos no bolso e avisto o táxi, é o Tavares. Ele me conhece faz tempo.
Respiro fundo e entro no carro.
–Boa tarde. – falo e passo o endereço da Katherin.
Ele começa a dirigir. Fico batendo o pé no chão e ele me olha. Paro de fazer o barulhinho irritante.
–Você parece nervoso. – comenta ele.
Abro um sorrisinho.
–Sim, estou.
–Tem haver com garota?
Faço que sim com a cabeça.
–Sua namorada? Por que se brigaram, mesmo que seja culpa dela, peça desculpas, jovem. E leve flores.
Solto uma risada.
–Não é minha namorada, mas obrigado pelo conselho. – respondo. –É um encontro.
–Entendo. – diz ele. –Seu primeiro encontro, é? – assinto e ele dá um tapa leve nas minhas costas. –Quem diria. Te vi nascendo e agora vai ter o primeiro encontro.
Sorrio e em pouco tempo estamos na casa da Katherin. Desço do carro e quatro horas em ponto, aperto a campainha. Quem abre é o pai dela.
Minhas palmas das mãos começam a suar. Já falei com o pai da Katherin várias vezes, mas nunca estive buscando a filha dele pra um encontro!
–Boa tarde. – acho melhor começar assim.
–Quais são suas intenções com a minha filha? – pergunta ele com expressão séria.
Engasgo e começo a tossir. Katherin chega do lado dele e o reprova com o olhar.
–Pai, volto de noite. – diz ela e dá um beijo na bochecha dele, vindo pro meu lado.
O pai dela fica nos observando e por fim, sorri. Quase suspiro em alívio.
–Bom te ver, Peter. – e fecha a porta.
Dessa vez suspiro. Katherin ri.
–Seu pai sabe como deixar uma pessoa mais nervosa do que já estava. – falo ainda tenso. –Achei que ele ia me matar ali.
–Ele só queria te encher. – fala ela.
Finalmente tenho a chance de ver como ela está. Cabelos soltos, uma blusa de manga comprida azul escura, uma saia cinza escura e sapatilhas.
Observo-a sem piscar e ela fica vermelha.
–Peter, tá me deixando sem graça.
Pisco e sorrio.
–Desculpa. É que não tinha reparado o quanto você tá bonita hoje. – ela abre um sorriso tímido. –Não que você não esteja bonita nos outros dias, é só que...
Ela me dá um beijo na bochecha, fazendo eu ficar quieto e meu coração acelerar.
–Obrigada, você também está bonito.
Ficamos nos olhando sem falar nada e daí eu percebo que estamos no meio da rua e tem um carro esperando a gente.
–Vamos. – falo e seguro a mão dela, indo para o carro. Entramos nele.
–Oi. – diz ela pro Tavares, sem soltar a minha mão.
Me controlo pra não sorrir como um idiota.
–Boa tarde, senhorita. – diz ele. –Onde vamos agora? – pergunta ele pra mim.
Katherin me olha curiosa, uma vez que ela não sabe. Falo só pra ele e ela não consegue ouvir. Tavares faz que sim com a cabeça e volta a dirigir.
–Poxa, Peter. – reclama ela.
Dou risada.
–Terei que fechar seus olhos. – falo e coloco uma mão em seus olhos. –Não vale espionar.
Ela sorri. Cara, ela é tão bonita.
Ficamos conversando um pouco e Tavares para o carro na frente da pizzaria.
–Bom encontro, vocês dois. – diz ele.
Abro a porta pra Katherin, sem tirar a mão dos olhos dela.
–Obrigado. – falo e ele faz sinal de positivo.
Fecho a porta do táxi.
–Posso ver agora? – pergunta ela ansiosa.
–Falta pouco. – asseguro a ela.
Vou até a porta da pizzaria e abro-a com a minha chave. Fecho em seguir e entramos. Passo por todas as mesas até chegar ao lugar onde fazemos as pizzas.
–Tem uma pequena escada aqui. – alerto ela.
Katherin desce os degraus às cegas, mas estou atrás dela caso ela caia.
–Pronto, agora pode ver. – falo e tiro a minha mão.
Ela olha pra parte de fora da pizzaria e depois pra mim.
–Mas aqui tá fechado.
Faço que sim com a cabeça.
–Exato. Sabe fazer pizza? – ela faz que não com a cabeça. –Imaginei, por isso te trouxe aqui. Não tinha ideia do que a gente podia fazer, então pensei em te ensinar.
Katherin sorri.
–Gostei, Peter.
–Sério? – pergunto feliz. Fiquei com medo dela odiar.
–Sério. – responde ela. –Sabe, eu nunca precisei aprender a cozinhar. Eu tenho tudo que eu quero, tenho uma pessoa que faz minha comida. Vai ser legal aprender a fazer um comida.
Vou até um armário e pego dois aventais. Estendo um pra Katherin e ela pede pra eu amarrar a parte de cima. Coloco os cabelos dela pra frente e faço um nó.
–Pronto. Agora, você vai conhecer o chefe Peter.
Ela ri.
–Certo, chefe Peter, o que temos que fazer?
Ela se senta na bancada, do lado dos ingredientes.
–Gosta de pizza do que?
–Marguerita e Chocolate.
Comemoro internamente. Acertei.
–Primeiro a gente faz a massa. – falo.
–Certo. – diz ela e vem pro meu lado.
Explico pra ela como tem que fazer e juntos, montamos a massa.
–Olha, consegui fazer alguma coisa. – diz ela rindo.
Rio junto.
–Quer fazer pizza do que primeiro?
Katherin leva a mão no queixo, pensativa.
–Vamos fazer a de Marguerita primeiro, pode ser?
–Claro.
Mais uma vez, trabalhamos juntos. Conversamos enquanto fazemos as pizzas e rimos várias vezes. Está saindo melhor do que eu imaginei. Katherin rouba um pedaço de queijo e cruzo os braços, tentando não rir.
–Pode olhar, vou continuar comendo o queijo. – diz ela rindo.
–Pode comer, comprei pra você mesmo. – falo dando de ombros.
Ela sorri.
Colocamos a pizza de Marguerita no forno, a de chocolate já está montada.
–Hey, Peter, tem um pouco de trigo no seu nariz. – diz ela.
Levo a mão no nariz.
–Não tem nada.
Katherin pega um pouco de trigo, coloca na mão e passa um dedo na ponta do meu nariz.
–Bom, agora tem. – diz ela rindo.
–Ah, é assim? – falo e pego outro pacote de trigo.
Katherin joga mais em mim e eu começo a jogar trigo nela também. Nós dois rimos que nem duas crianças.
–Toma, Katherin! – falo e jogo.
Ela ri.
–Esse é seu máximo, sério? – diz ela passa trigo no meu cabelo.
Quero ver pra sair depois, mas no momento não to nem aí. Paramos por um momento, rindo. Estou apoiado na bancada ao lado dela. Um pedaço do cabelo dela está no rosto, então coloco-o para trás da orelha.
–Obrigada. – diz ela.
Dou de ombros e seguro o rosto levemente, parando de sorrir. Katherin também fica séria. Inclino o meu rosto sem pensar e ela faz o mesmo. Nossos narizes se tocam e quando vou beijá-la, o relógio apita, indicando que já está na hora de tirar a pizza.
–É, hum, acho melhor você tirar do fogo antes que queime. – diz ela sem graça.
Acontece que eu também estou sem graça. Solto o rosto dela e faço que sim com a cabeça, indo até a pizza. Tiro-a do forno e coloco-a em cima da bancada.
–Aí está, a sua primeira pizza. – falo pra ela, quebrando o clima estranho.
Ela sorri.
–Vamos ver se tá comestível.
Olho pra ela fingindo estar ofendido.
–Claro que está comestível, eu que ajudei! – protesto e ela ri.
Vejo que já são cinco horas, acho que conversamos demais, porque pizzas não demoram pra ficar prontas.
Pego uma mesa e abaixo as cadeiras.
–Tá com fome? – pergunto.
–Muita fome, comi a última vez no almoço. – confessa ela.
Sorrio e puxo uma cadeira pra ela sentar. Pego os pratos, talheres e guardanapos.
–Quer beber alguma coisa?
–Pode ser guaraná, não gosto tanto de coca cola.
–Sério? Somos dois. Não sei o que as pessoas veem na coca cola!
–Exato! – concorda ela.
Pego duas latinhas e a gente come a pizza e falamos sobre guaraná. É, num encontro e falando de guaraná. Comemos sujos de trigo mesmo.
–Ok, eu vou explodir se comer mais, mas mesmo assim, quero comer a pizza de chocolate. – diz ela e bebe um gole do seu refrigerante. –Dessa vez, eu coloco no forno. – diz ela como se fosse uma coisa muito importante, e se levanta.
Vou atrás dela.
–E se você se queimar?
–Eu não vou me queimar. – assegura ela.
–Aprecio sua boa vontade, mas não vou deixar que se queime. – falo ficando na frente dela.
Katherin cruza os braços.
–Mas é só colocar lá.
–Eu sei, só tenho medo de se machucar. Já me queimei algumas vezes, principalmente nas primeiras vezes que fiz.
Ela no fim acaba concordando e logo nossa pizza doce está pronta. Voltamos a comer.
–Então... Quantas garotas já trouxe aqui? – pergunta ela.
Solto uma risada.
–Nenhuma, esse é meu primeiro encontro. – falo.
–Sério? – pergunta ela parecendo surpresa. –Bom, é meu primeiro encontro também.
–E você está gostando?
Katherin sorri.
–Sim, Peter.
–Eu fiquei pensando em mil coisas pra fazer, não saia nenhuma ideia boa. – confesso.
–Eu adorei, de verdade. – diz ela e vejo que está sendo sincera. –Obrigada por não ter me levado pra um restaurante ou coisa do tipo, eu ficaria sem saber o que falar.
Dou risada.
–Eu também, já fiquei nervoso de estar sozinho com você, imagina com um monte de gente ao redor.
–Pois é. – diz ela e ri. –Estou me divertindo, bastante. E comendo bastante também. – nós dois rimos.
–Escuta, quer aprender a fazer mais uma coisa?
–O que? – pergunta ela já se levantando.
Sorrio com o entusiasmo dela.
–Acho que não aguento mais nada, mas te passo a receita e você pode fazer em casa.
–Também acho que vou explodir. – fala ela. –Mas o que é?
–Caramba, você é curiosa, hein. – comento rindo.
Ela sorri.
–E você é muito misterioso.
–Faz as coisas mais legais isso, não faz? – pergunto.
–Qualquer coisa que envolva você é legal. – diz ela e ao notar o que disse, fica vermelha. –Quer dizer...
–Não precisa explicar. – falo pra ela.
Ela suspira aliviada.
–Obrigada. – diz ela parecendo nervosa.
Dou de ombros e passo pra ela a receita de um doce de chocolate que servem aqui. Olho pro relógio e vejo que são seis e meia.
Arregalo os olhos.
–Aconteceu alguma coisa? – pergunta ela.
–Não. Sim. Não. Quer dizer, sim.
Katherin dá risada.
–Tenho que arrumar esse lugar, meu pai deixou eu te trazer aqui e ficar só até às sete horas. E daí vai abrir direto. – falo. –Tenho que abaixar as cadeiras, limpar a nossa bagunça e tudo mais.
–Tudo bem, eu te ajudo.
Faço que não com a cabeça.
–Eu te chamei, deixa que eu arrumo. Não se preocupa.
Mesmo assim ela me ajuda a colocar as cadeiras no chão. Trocamos as toalhas das mesas e eu limpo o trigo do chão. Katherin pede pra ajudar, mas não deixo, afinal eu a chamei.
–Cinco pras sete. – fala ela no instante em que eu terminei de arrumar tudo. –Conseguiu.
–Conseguimos. – corrijo. –Se não tivesse me ajudado, mesmo eu dizendo pra não ajudar, - ela ri com isso. – não teria terminado.
–Eu sei. – brinca ela. –Sou indispensável, sem mim você não conseguiria. – diz Katherin com os braços cruzados.
Dou um passo pra frente, ficando próximo dela.
–De 1 à 10, que número dá pra esse encontro?
–10. – responde ela, e logo acrescenta. –Não, acho que 9,9.
Franzo a testa.
–Isso porque não deixou eu colocar a pizza no forno. – fala ela rindo.
Sorrio e dou mais um passo pra frente, dessa vez um pequena distância nos separando.
–E que nota dá pra esse beijo? – falo e inclino o rosto pra frente, vendo ela fazer o mesmo.
Nossos lábios se encostam e meu corpo recebe uma onda de calor.
–Peter, seu pai disse mesmo que ia... – começa um dos caras que trabalha aqui.
Me separo da Katherin no mesmo instante. Ambos estamos vermelhos de vergonha. Ela olha pro chão.
–Ahn, desculpa interromper. – fala ele com um sorrisinho.
–Não interrompeu nada não. – falo.
Katherin assente.
–É, nada mesmo. – diz ela. –Eu já estava de saída.
–Eu te levo pra casa. – falo e saímos da cozinha.
Nem chegamos mesmo a nos beijar, no fim das costas. Nossos lábios só se encostaram, não foi nem um selinho.
Passa um táxi na rua e voltamos pra casa dela. Desço do carro quando chegamos e falo pro moço esperar.
Não falamos nada no caminho.
Acompanho-a até a porta e nos olhamos. Katherin troca o peso de um pé para o outro, sem saber o que falar. Também não sei o que dizer.
–Hum, foi bem legal hoje. – diz ela por fim. –Tchau. – então ela se aproxima de mim e encosta os lábios nos meus, dessa vez é um selinho mesmo e não que nem aconteceu na pizzaria.
Meu coração acelera e logo ela se separa, corando como nunca.
–Tchau. – falo com um sorriso bobo estampado na cara e ela entra na casa me deixando encarando a porta por uns dois minutos.


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Notas finais do capítulo

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