Ghostly escrita por Xtraordinary Girl, Kep


Capítulo 8
Ninguém nunca irá saber.


Notas iniciais do capítulo

Kep: HHHHHHHHHHHHHHEEEY Girls!! Tudo bem com vocês? Hum?
Esse capítulo foi feito pela Xtraordinary, mas eu o betei e alterei MÍNIMAS coisas. Só ajustei umas coisas e formatei com itálico, negrito e fiz as poucas correções de ortografia. Eu realmente gostei dele, porque né, ser escrito pela Girl só daria pra ficar legal HEUHEHUEHE
Eu amei os comentários que vocês deixaram, meninas. Eu estou gamando a participação de vocês. São vinte e quatro garotas, apesar de que apenas quatro comentaram. E apenas também, quatro favoritaram. Guys, por favor, cooperem. Eu realmente AMO comentários, então mesmo que for apenas para dar um oi, dê. Seja um leitor Charlie Brown Jr, e comente, favorite e recomende!! Esperamos ansiosamente as leitoras fantasmas, viu?
Bye~~
X. G.: Heeeey, amoras!! Sim, finalmente eu dei as caras por aqui, cap meu betado pela Kep! Espero que gostem e agora eu vou me dedicar mais para essa fic, já que acabei a minha outra semana passada ( triste)
Enfiiim, boa leitura



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Capítulo 06 – Ninguém nunca irá saber

G H O S T L Y

Abri os olhos, ainda sonolenta, me lembrando do dia anterior. O gato, Hogsmead... Era tudo muito confuso ainda. Pisquei algumas vezes, tirando a bola de pelos negra de cima de mim. Olhei vagamente o relógio ao lado de minha cama. Cinco para as sete. Tudo bem, já que a minha aula começava as...

– Por Merlin, não acredito que estou atrasada!- me levantei rápido, vestindo o uniforme e correndo em direção ao banheiro. As camas de todas já estavam vazias, me deixando ainda mais desesperada. Meu cabelo estava muito emaranhado e, pela falta de tempo, o prendi em um rabo de cavalo alto, com a franja solta. Tratei de sair apressada para a aula de DCAT, rezando para não chegar depois do professor.

– Está com pressa, morena? – Potter me interrompeu no meio do caminho, fechando minha passagem ainda no salão comunal. – Não precisa correr, a aula de DCAT foi adiada. Aparentemente, algum aluno do segundo ano explodiu um frasco tóxico e todo o andar está interditado. - Continuou dando de ombros, enquanto eu o olhava desconfiada. - Sem aulas até à tarde.

– Meu nome é Alex, Potter. E por que eu acreditaria em você?

– Só vai ser Alex Potter quando a gente se casar, mas se quiser usar o sobrenome já... – ele respondeu sorrindo e eu bufei, dando-lhe um soco no ombro. – Ei, sem violência. – Falou rindo e massageando o ombro. –Além do mais, eu não mentiria sobre isso, mas se quiser ir até lá para comprovar o que eu disse, vá em frente. Só não diga que eu não avisei. – Terminou me falando feito uma praga de mãe mandona. Rolei os olhos, continuando a andar.

Algo me dizia que James não mentia, mas meu orgulho falou mais alto. Fui andando, sentindo sua presença ás minhas costas. Ouvi uma risada rouca da parte do Potter, que deu meia volta e começou a me seguir, me fazendo apressar o passo.

– Calma morena. Só quero ver a sua cara quando descobrir que eu estou absolutamente certo. – Disse me alcançando, andando ao meu lado.

– Olhe aqui, se você não parar de me chamar de morena eu vou desconsiderar a nossa trégua e a única coisa que você verá vai ser a minha mão na sua cara. – Me descontrolei, virando e dando de encontro com ele. – Mas que droga, Potter, porque você não me deixa em paz? – Disse incrédula, franzindo as sobrancelhas.

– Porque eu te quero, morena. – fechei a cara, embora tivesse gostado da resposta. Logo, abri um sorriso malicioso, o encarando.

– Quer, é? – me aproximei de seu rosto, fazendo a voz mais sedutora que eu conseguia. – Mas infelizmente, seu desejo não vai ser realizado. – Me afastei bruscamente, retomando o caminho e soltando uma gargalhada em seguida. Notei que ele parou de andar, então voltei o olhar novamente para James, que me encarava sorrindo ainda mais.

– Vamos ver se não, morena.

Bati o pé no chão novamente, encarando Fred.

– Troca de lugar comigo, vai! Eu não quero sentar do lado dela! – murmurei a última parte, visivelmente irritada.

A mesa do salão comunal estava toda cheia, e só havia sobrado um lugar: entre Fred e a Barbie maligna, vulgo Dominique. E eu não estava nada disposta a comer ao lado dela. Rose e Roxy riam da minha cara, enquanto a loira nem percebera o que estava acontecendo.

– Nem eu, Alex! Foi mal, mas você que se atrasou. Agora, problema seu.

– Você é um melhor amigo péssimo, Fred Weasley. – murmurei, ainda em pé. Ele soltou um riso baixo, me encarando.

– Eu sei que você me ama, agora senta.

– Não! – dessa vez me deixei falar alto, cruzando os braços. Ok, eu admito, essa atitude foi muito infantil, mas eu pouco me importei.

– Qual é o problema, morena? – o insuportável Sr. Alien Pervertido Potter se intrometeu na conversa, mas antes que eu pudesse responder Dominique me encarou, logo dizendo:

– Ela não quer se sentar, porque é infantil. – senti meu rosto ficar vermelho de raiva e rebati, sem pensar duas vezes.

– Infantil é o escambal! Só não quero sentar do lado de animais e, veja bem, você está logo aqui do lado. – esclareci fazendo a minha melhor cara de desentendida, o que a fez se levantar. Soltei uma risada irônica. – Se irritou, foi?

– Retira o que você disse. – sua voz soou extremamente irritada, o que me fez sorrir um pouco mais.

– Não. Mas se você quiser, eu repito. – senti uma mão no meu ombro e olhei para trás, vendo que James segurava-o. Ele sibilou um “não faça isso”, mas eu o ignorei, continuando. – Eu não sento com animais.

Foi o suficiente para ela avançar em direção a mim tentando agarrar meu cabelo. Agradeci a Merlin que ele estava preso, desviando. Alcancei um tufo de cabelo seu, puxando-o, enquanto a mesma gritava arranhando meu braço. Um garoto que sentava perto de nós tentou segurá-la, mas não deu certo. Aquela garota queria me matar eu, por minha vez, queria matá-la também. Era só vir à oportunidade. Fui para cima dela e teria arrancando-lhe um tufo e algumas lágrimas, se dois braços não tivessem me segurado.

– Se acalma, Alex. – Aquela voz irritantemente sedutora soou nos meus ouvidos e, para minha própria surpresa, eu parei. James não me soltou, mas ficou visivelmente aliviado.

– Eu vou te matar, sua... – ela não terminou.

– O que está acontecendo aqui? – a voz de Minerva foi clara, e só então percebi que ambas gritavam e que nosso “show” já tinha atraído atenção de todo mundo. Merda. Abaixei a cabeça e me encolhi, morrendo de vergonha do circo que eu havia armado. O Potter me apertou mais, me forçando a levantar a cabeça novamente.

– Ela me chamou de vaca! – Dominique argumentou, fingindo chorar, enquanto via fios loiros caindo em seus ombros. Bem feito.

– Opa, isso é uma interpretação equivocada! – James a interrompeu tirando de mim meu sorriso, me defendendo. Encarei-o de olhos arregalados, tentando esconder a felicidade de tê-lo ali brigando com a loira oxigenada por mim. – Ela não disse essa palavra. – Falou com uma insinuação de estar segurando a risada por trás.

– Tem razão. Eu disse animal. Pode ser vaca, cobra... – continuei, com o moreno atrás de mim, agora sem conter o riso no pé do meu ouvido.

– Basta! – exclamou a diretora, me encarando furiosa. – Srta. Corner e Sr. Potter, detenção hoje após o horário de aulas.

– Mas e ela? – questionei pasma.

– Srta. Corner, a Srta. Weasley a ofendeu?

– Não, diretora! – neguei, balançando a cabeça e sorrindo inocentemente. - Dominique Weasley é uma santa... – encarei o redor e percebi que todos os alunos continuavam me encaravam. Soltei os braços de James de mim e caminhei até ela, abrindo um sorriso muito maior. – Do pau oco.

– Senhorita Corner! – ouvi a voz, que já estava me irritando, de Minerva, mas ignorei.

– É, Alex, volte aqui! Ou você tem medo?

Não. Ela não tinha feito aquilo. Dei meia volta e encarei os olhos azuis de Dominique, que brilhavam de raiva assim como os meus. Sabia que qualquer atitude naquele momento me renderia mais uma punição, e ficar um fim de tarde com o Potter já era o suficiente.

– Eu não tenho medo de vermes. – sussurrei para ela e me dirigi à mulher em meu lado, com a minha melhor voz de boa samaritana. – Nos vemos então na detenção diretora. E Potter.

O sol já estava cansado, tendo que esperar mais uma hora para se por. Eram cinco horas da tarde e eu estava na frente da diretoria, impaciente. Potter ainda não chegara e Minerva estava furiosa comigo, por uma coisa que eu nem fiz, ou melhor, fiz, mas ela mereceu.

– Srta. Corner, onde está o senhor Potter?

– Eu tenho cara de quem sei? – respondi brava. Aquela velha já estava me dando nos nervos. – E pelo amor de Merlin, pare de me chamar de Srta. Corner.

– Seja mais educada, disciplina é importante, Srta. Chang. – senti meu sangue ferver nas veias, mas não tive tempo de respondê-la da pior maneira possível.

Chang? – o Potter chegou perguntando e eu lancei um olhar odioso para Minerva, que por sua vez me ignorou.

– Está atrasado, Sr. Potter. Os dois irão limpar a sala dos troféus hoje à noite. Podem ir. – ele seguiu, mas meu braço foi segurado antes que pudesse acompanhá-lo. – Você não deveria ter tanta raiva de sua mãe, Alexandra. Até porque você se parece bastante com ela.

Não respondi somente me soltei bufando e saí correndo para alcançar James. “Você se parece bastante com ela”, até parece. Aquela mulher não é nada minha, e meu nome não é Chang, é Corner.

– Qual é a do Chang, Morena? – ele perguntou, me fazendo virar a cara e dar de ombros, lançando um olhar assassino.

– Não te interessa Potter. Agora pare de se intrometer na minha conversa com a diretora e ande logo, temos uma sala inteira para limpar. – dei o assunto como encerrado, e para minha surpresa ele também.

Fiquei aliviada por James não perguntar mais. Era difícil falar sobre isso e eu não estava disposta a dividir os meus problemas familiares com o garoto que me irritava dia e noite. Suspirei, pensando que um dia aquela história iria vazar e Corner viraria meu segundo sobrenome. Tirei esse pensamento da cabeça, começando a limpar os troféus.

Grifinória sempre ganhava tudo, e Harry Potter era um nome sempre visto.

– Seu pai era um ótimo jogador, hein? – Perguntei distraída, polindo um dos troféus com o nome dele escrito.

– É como dizem, sabe... Eu puxei o talento dele... – ele respondeu e eu revirei os olhos. – E da minha mãe também.

– Ela também jogava? – Continuei agora mais atenta.

– Ginevra Weasley, jogadora profissional. – pude ver seus olhos brilharem e sorri um pouco, vendo o orgulho que ele tinha de falar dela. – E os seus pais, jogavam?

– Não sei. – dei de ombros, voltando a limpar. Logo pude notar, no meio de todos os vermelhos e dourados, um tom de azul escuro. Um troféu da Corvinal.

“Vice-campeões da Competição Anual de Quadribol. Destaque com o jogador Miguel Corner.” Gelei. Meu pai jogava e eu nem sequer sabia. E ele era bom. Onde será que ele estava agora? Será que tinha raiva de mim por eu ter deixado só um bilhete? Ou estava me procurando? Será que a minha mãe tinha o convencido que eu era uma péssima filha? Será que eu ainda iria ganhar um daqueles abraços que só ele dava?

– Ele jogava. – Murmurei baixo, para o moreno do outro lado da sala. Ele levantou a cabeça e veio até mim pegando o troféu, o observando.

– E era bom, pelo visto. Você nunca soube disso? Meu pai ama falar sobre Quadribol... – fiquei quieta, pensando se falaria ou não que eu não sabia o que era magia até ir para Hogwarts. Mas não pude deixar de pensar como seria se eu tivesse crescido em meio a tudo aquilo.

Com certeza teria sido melhor do que o que eu vivi.

– ‘Tá tudo bem? – James segurou meu ombro, me encarando.

Eu balancei a cabeça afirmativamente, desviando o olhar, mas isso não convenceu o garoto. Ele me abraçou, sem falar nada. Tentei me soltar, mas eu realmente era muito mais fraca. Sentia-me desconfortável com aquela cena, mas ao mesmo tempo aquilo era extremamente o que eu precisava desde que saí de casa: um amigo, ou até mesmo uma pessoa que realmente se importasse comigo. Parei de me debater e fiquei quieta, mas sem retribuir o abraço.

Ouvi sua risada fraca, e ele se afastou um pouco, segurando o meu rosto.

– Ver você desarmada é bom, sabia? Você deveria ficar mais assim. – Sorri fraco, aproximando meu rosto do dele sem nem perceber. – Me desculpa por isso.

E depois disso eu não sei direito o que aconteceu.

Por que no momento em que os meus lábios tocaram os dele eu simplesmente esqueci que ele me irritava tanto. Que eu brigava tanto.

A surpresa me congelou, mas logo seus lábios me esquentaram. Fechei os olhos sentindo minha língua saborear a sua, enquanto sua mão entrelaçava com a minha. Respirei fundo continuando a sentir seu sabor, colocando a mão em sua nuca. Como fiquei tanto tempo negando isso?

.

.

.

Oh não. Não, eu não gosto do Potter. Eu ainda o odeio. Mas...

Potter! – Exclamei ainda em êxtase por aquilo ter mesmo acontecido. Toquei meus lábios com o dedo, arregalando meus olhos. Não esperei pela reação dele, só saí o mais rápido possível daquela sala, sendo infelizmente seguida por ele. E, novamente, eu me odiei por correr tão devagar.

– Ei, morena! Foi tão ruim assim? – Soltei uma risada fraca, ainda sem o olhar. – Viu? Você sorrindo é muito mais bonito do que brigando comigo.

– Idiota. – Revirei os olhos, tentando ignorar o formigamento em minha boca.

– Você é impossível, Alex. Será que me chamar de James doí? – Dei uma risada marota e assenti, o fazendo sorrir também. – Ah, é? Vai me chamar de James, sim senhora! -Começando a fazer cócegas em mim. Droga, eu odeio cócegas. Eu não sorrio, nem rio. Eu apenas entro em pânico total me contorcendo feito uma lagartixa doente.

P-para! Po-otter! – Falei já sem fôlego.

– Me chama de James que eu paro! – e ele falava realmente sério. Suspirei agoniada, escapando vagamente de suas mãos, fazendo o que ele havia me pedido.

– Para, James! – Falei rapidamente, sentindo-o largar meu corpo.

– Viu, não doeu nada.

– Vai dormir, Potter. – falei, me recuperando da quase morte cocical. - Ou não, sei lá. – Dei de ombros. -Eu vou.

– Posso ir com você? – Perguntou sugestivamente.

– Idiota.

– Boa noite para você também, morena. –O ouvi enquanto subia as escadarias, com um único pensamento em mente:

Eu beijei James Potter.

Beijei.James.Potter!

E ninguém, ninguém, nunca vai saber disso.

O pior, era que eu, novamente, estava errada.


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Notas finais do capítulo

Merecemos beijos abraços e comentários, não? Espero que sim heuhuehue
Buena Noche, chicas.