Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 9
Recorde de confusão e... Gasolina?


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!!* Tudo bem com vocês? ~le tenta amenizar a situação~ desculpem mesmo toda essa demora, eu não morri nem nada assim é só que essas ultimas semanas foram uma correria na escola, semana passada foi a semana de provas (as quais eu nem sei se fui bem, diga-se de passagem), e também tive vários trabalhos ai eu acabei me enrolando... Desculpem mesmo... Nem sei se tem mais alguém que ainda lê as minhas fic's, mas se tiver quero pedir desculpas mais uma vez... :)
Espero que gostem do capitulo e que não tenham me abandonado!!
BOA LEITURA!!
*Olá pessoal.



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Quando se diz que “subiu na garupa na moto” implicasse-se em ter uma garupa na qual subir, coisa que essa moto que o Alex arrumou não tem, diga-se de passagem. Então atualmente eu estou praticamente debruçada sobre ele (e sem muita opção) com as mãos em volta da sua cintura, por que veja bem, eu até tentei, durante uns dois minutos me equilibrar em cima da moto sem me segurar nele, e vi que a 500km por hora isso não dá, Ok talvez não estejamos indo tão rápido assim, mas foi o que pareceu.

Estamos indo rápido o suficiente para nenhum zumbi fazer nem menção de vir na nossa direção quando passamos por eles. Menos mal.

Alex fez um zigue-zague maluco entre os carros abandonados no meio da estrada e depois uma curva fechada para direita quase nos fazendo tombar, eu me agarrei com mais força a ele.

— Está querendo nos matar é? – gritei pra ele tentando superar o som do vento.

— Fica calma estressadinha, eu sei o que estou fazendo – ele gritou de volta, se eu pudesse ver seu rosto podia jurar que estava sorrindo. Idiota.

Continuamos com isso por mais uns minutos, o zigue-zague quero dizer, e sempre que uma das gelatinas verdes se aproximava de mais, ele ia para o outro lado, e mesmo morrendo de medo de cair me peguei pensando que a sensação de estar nessa moto com o Alex foi a melhor coisa que me aconteceu desde que essa merda começou, sorri involuntariamente e apoiei o rosto em suas costas, fiquei surpresa quando percebi que ele tinha um cheiro muito bom, uma mistura de menta e terra molhada.

— Daqui mais ou menos uns 30 min. vamos estar na cidade! – ele gritou e eu levei um susto e me separei dele quase caindo da moto. – O que foi estressadinha? Algum problema? – ele debochou rindo e eu não sabia se batia nele ou ficava calada. Optei pela segunda opção e não disse nada, afinal eu preciso dele consciente para dirigir a moto.

Os minutos viraram horas e as horas uma eternidade, mas a cidade parecia ainda estar longe.

— O que você e a Clary estavam conversando? – me vi perguntando depois que não consegui pensar em mais nada pra falar.

— Quando? – ele se fez de desentendido e desviou de um zumbi.

— Pouco antes de sairmos – refresquei sua memória – Quando ela te arrastou da sala.

— Há... Naquela hora? Ela estava me pedindo para levar uma coisa pra ela, só isso. – ele disse e eu percebi que ele não disse que “coisa” é essa, mas resolvi não perguntar mais, deve ser coisa deles.

Deles.

Essa palavra ainda era muito estranha pra mim, fiquei tanto tempo sem usá-la, afinal não tinha eles de quem falar. Sorri mais uma vez no dia, incrível como algumas horas podem mudar sua vida.

Depois disso (finalmente) não demorou muito para chegarmos à cidade, e começamos a andar pelas ruas abandonas à procura de alguma farmácia em que podíamos pegar o precisávamos, mas não demorou muita para uma horda de mais ou menos vinte deles já seguissem o barulho da moto, e nem podíamos correr afinal ainda procurávamos a tal farmácia.

— Ali – Alex disse assim que comecei a ficar apreensiva por causa de todas as gelatinas verdes que estavam nos seguindo.

Esperei pra ver quando ele ia parar a moto, mas isso não aconteceu, ele acelerou e entrou com tudo na farmácia, terminando de arrebentar a porta que já estava em cacos e fazendo com que pedacinhos de vidro caíssem sobre nós, felizmente ambos estávamos de casaco.

— Ficou louco é!? – gritei pulando da moto assim que ela a “estacionou” entre duas prateleiras.

— Não, mas tudo que a gente não precisa agora é que eles cerquem a moto - ele apontou para a entrada da farmácia onde eles já começavam a se juntar. – Vem me ajudar – chamou indo em direção à porta, estava preste a perguntar em que, quando ele começou a empurrar uma das prateleiras vazias em direção aporta a fim de bloqueá-la.

Eu ia continuar gritando com ele por ter tentado nos matar e tals, mas achei melhor deixar quieto e ajudá-lo logo de uma vez. E assim o fiz. 15 min. depois estávamos seguros (na medida do possível) dentro da farmácia.

— Pode pegar o que a Meg precisa e qualquer coisa útil que você achar, eu vou procurar o que a Clary me pediu e ver se acho alguma coisa também.

— Certo – concordei e o vi se distanciar e fiquei tentada a segui-lo para saber o que ele ia pegar para a Clary, mas cheguei à conclusão de que isso seria imaturo de mais, suspirei ao perceber em que estava pensando e fui fazer o meu trabalho.

Revisei todas as prateleiras, mas sem nunca deixar de espiar a porta, as gelatinas verdes já estavam começando a forçar a prateleira que segurava a porta. Não demorei muito para encontrar a prateleira com os absorventes, estavam praticamente intocados, é acho que isso é a ultima coisa com que as pessoas se preocupam no fim do mundo. Peguei todos os pacotes que estavam devidamente lacrados e enfiei dentro da minha mochila, o que? É melhor estar preparada.

Voltei a olhar as prateleiras querendo encontrar alguma algo que pudesse ajudar, mas não tinha sobrado muita coisa, quase todos os remédios e antibióticos já tinham sido levados ou estavam quebrados, mas felizmente achei umas cartelas de comprimidos para dor e febre, um rolo de esparadrapo e um pacote cheio de gaze. Só que isso foi tudo também, não tinha mais nada.

Estava prestes a dizer ao Alex que eu já tinha terminado e que podíamos ir quando um estrondo me fez dar um pulo, meu coração acelerou antes mesmo de eu ver o que tinha causado isso. A prateleira tinha caído, eles estavam entrando.

Merda, merda, merda!

Estavam vindo na minha direção e eu ainda estava parada no mesmo lugar.

— Vamos! – Alex disse ao meu lado me trazendo de volta a realidade e me puxando pelo braço.

Nós corremos em direção a moto e a alcançamos ao mesmo tempo em que eles terminaram de passar por cima da prateleira e alcançaram o chão.

— Merda! – praguejei em voz alta dessa vez.

— Sobe! – Alex disse e não era um pedido, dessa vez nem hesitei.

Ele subiu na moto e eu subi logo atrás e me agarrei a sua cintura, Alex virou a moto com tudo e por instante achei que ele fosse partir pra cima das gelatinas verdes na entrada da farmácia, mas felizmente não fez isso, pelo contrario ele arrancou com tudo em direção aos fundos da loja.

Nós meio que terminamos de destruir a porta dos fundos e esmagamos uma gelatina verde no processo, alcançamos a rua com a moto roncando a todo vapor e chamando a atenção de todos os zumbis num raio de pelo menos uns dois quarteirões, até aqueles que estavam dispostos a entrar na farmácia atrás de nós deram meia volta, é estamos cercados pela segunda vez em menos de um dia, agora é oficial, batemos algum recorde.

Felizmente Alex não ficou para ver se eles iam nos alcançar, acelerou com tudo e seguimos em disparada pela rua. Ele dirigiu sem rumo (ao menos foi o que me pareceu) por uns 10 min. até a quantidade de zumbis atrás de nós diminuiu, assim como a nossa velocidade, estava prestes a perguntar por que íamos parar quando a moto engasgou e parou de uma vez quase nos derrubando.

— Não, não e não, isso só pode ser brincadeira! – Alex praguejou e foi ai que eu vi que a coisa ia mal, desci da moto e ele fez o mesmo.

— O que aconteceu? – perguntei com medo de ouvir a resposta e vendo as gelatinas verdes se aproximando cada vez mais.

— Era só o que faltava – ele resmungou irônico me ignorando, fato esse que resolvi deixar passar. Verificou o tanque de gasolina, então entendi o problema antes mesmo dele falar qualquer coisa – Estamos sem gasolina.

— Isso é uma piada né? – perguntei esperançosa.

— Quem dera fosse – ele respondeu desistindo de olhar o tanque.

— O que a gente faz agora?

— Boa pergunta – ele murmurou olhando em volta, uma das gelatinas verdes estava a menos de dois metros da gente.

— Melhor sairmos daqui – contestei apreensiva, eu definitivamente não quero bater mais nenhum recorde maluco hoje.

Alex olhou em volta e percebeu o obvio, em poucos minutos estaríamos cercados.

— Vamos! – chamou e não precisou dizer mais nada.

Atravessamos a rua e nos enfiamos na floresta, era mais fácil nos esconderemos deles assim. Alex ia à frente e eu vigiava a “retaguarda”. É no mínimo estranho estar aqui no meio do nada com ele, não pelo jeito como acabamos aqui com os zumbis e tals, e sim pelo fato de ele estar aqui comigo, ainda é estranho pra mim pensar que tem alguém em que posso confiar, não vou mentir isso meio que me assusta, como se fosse acabar tão rápido como começou.

— Em Liz... Ei! Você me ouviu? – Alex interrompeu meus devaneios parando e se virando pra mim, me fazendo esbarrar nele, só não cai por que ele me segurou. – Terra pra Liz – ele disse divertido com um sorriso no rosto – Se continuar assim vai ser devorada, literalmente.

— Haha muito engraçado – ironizei me soltando dele – Eu só estava pensando em... Deixa pra lá. O que você quer?

— Saber se está tudo bem com você – ele disse simplesmente e o comentário me surpreendeu.

— Comigo?

— É, por causa de toda aquela confusão na farmácia, a fuga e tudo mais eu esqueci de perguntar se você se machucou.

— Eu é... – me embaralhei com as palavras por um instante, definitivamente isso é novo pra mim. – Estou bem.

— Ótimo – disse simplesmente e voltou a caminhar e eu a o seguir.

Caminhamos por alguns minutos em silencio apenas atentos em ouvir se estávamos sendo seguidos pelas gelatinas vedes. Mas depois de um tempo o silencio começou a me irritar, é a velha Liz tagarela está começando a voltar.

— Onde você aprendeu a atirar? – perguntei quando não consegui pensar em algo melhor.

— Não aprendi – ele disse sorrindo.

— Como?

— Eu nunca aprendi a atirar. Quando essa merda começou eu e o Dylan meio que fomos obrigados a nos virar, como todo mundo estava pegando armas, nós pegamos também, Dylan carregou um machado que tinha em casa e eu meio que roubei a pistola de um policial durante uma briga.

— Você fez o que!? – perguntei com um misto de surpresa e diversão.

— Longa história – ele disse sorrindo. – Mas e você onde aprendeu?

— A atirar? – perguntei e ele assentiu – Com o meu pai, como eu disse, ele era policial, e um dos seus passa-tempos favoritos era atirar e como ele não passava muito tempo em casa e eu queria ficar com ele o máximo de tempo que pudesse pedi a ele para me ensinar.

— Entendo, e essa coisa toda de médica foi com a sua mãe, certo?

— Exatamente.

— Parece que você gosta mais de cuidar das pessoas que atirar nelas, isso é claro se contar que aquelas coisas são pessoas.

— Bem, em minha opinião aquelas coisas não são pessoas, pelo menos não mais, e sim, você acertou, eu prefiro cuidar das pessoas ao invés de feri-las. Queria ser uma médica como a minha mãe antes do fim do mundo. E você?

— Eu o que?

— O que queria ser antes disso? – perguntei fazendo um gesto amplo com as mãos indicando a nossa nova realidade.

— Pra ser totalmente sincero com você eu não sabia e continuo sem saber.

— Nunca quis nada? – perguntei meio incomodada, toda criança já quis ser alguma coisa.

— Um celular com bateria infinita – ele disse divertido e eu acabei rindo com ele.

— Bobo – murmurei entre as risadas e continuaria rindo se não fosse o barulho que ouvimos a poucos metros de nós. Ambos paramos e sacamos nossas armas, a graça subitamente acabou.

O que é dessa vez?


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?
O amor está no ar... Ou será que não? Kkkkkkk
Qual será a treta da vez que a Liz e o Alex arrumaram? Alguém chuta alguma coisa?
U.u fiquem na curiosidade e até a próxima!!
Kisses de pudim *-*



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