Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 5
Comprinhas e um passeio de carro bem, mais ou menos.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas!!
Eu voltei, e com um capitulo novinho...
Espero que gostem e BOA LEITURA!! ;D



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Continuamos a caminhar em silencio, mas dessa vez o silencio não era constrangedor tava mais pra um silencio do tipo: “depois de hoje o que eu mais quero é dormir”. E só me dei conta de pra onde estávamos indo quando chegamos a auto-estrada.

— Por que estão indo pra cidade? – perguntei.

— O que? – Alex perguntou confuso, aposto que estava perdido em seus próprios pensamentos.

— A cidade, por que estão indo pra lá?

— Há... – ele pareceu um pouco constrangido por não entender a pergunta de primeira – Temos que buscar algumas coisas, tipo comida.

Eu ri.

— Nem me fala em comida, por que eu acho que sou capaz de comer um boi inteiro agora – Meg disse suspirando, Dylan ainda está a carregando, afinal duvido que ela consiga andar mesmo se quiser.

— Um boi só? – Dylan perguntou divertido – Eu sou capaz de comer dois fácil, fácil.

— Nossa gente parece que nunca viram comida – disse rindo.

— Ver eu já vi, mas nem sei mais pra que serve – Alex fez drama e todo mundo riu.

— Ali! – Dylan disse do nada e eu levei um susto.

— Ali o que? – Meg perguntou.

— Aquele jipe – ele disse então eu olhei em frente e vi o que ele estava falando era um jipe verde escuro, parecia novinho e é lindo, tenho que admitir. – Acho que pode ter gasolina e duvido que os donos se importem, o que acham de uma carona?

Todos nos entreolhamos, a resposta é obvia.

— Essa foi a melhor idéia que teve em anos – Alex disse rindo.

— Nossa, valeu mesmo pelo apoio moral – Dylan revirou os olhos e seguimos para o nosso novo veiculo.

Chegamos ao jipe e talvez fosse recompensa por essa merda toda ou só pelo nosso dia mesmo, mas estava tudo lá, a gasolina e a chave na ignição, e depois de Dylan e Alex quase saíram no tapa para ver quem ia dirigir, acabou que o Dylan venceu e pulou no banco do motorista, Alex no do passageiro e eu e Meg no de trás.

Seguimos pela estrada desviando de carros parados e vez ou outra atropelando zumbis que apareciam no meio do caminho.

— Aonde pretendem achar comida? – Meg perguntou depois de um tempo.

— Pra falar a verdade não sabemos – foi Dylan quem respondeu – Vamos só procura, acho eu.

— Sem um plano sem nada? – perguntei.

— Aposto que não estava nos seus planos se encontrar com a gente, estava? – Alex provocou.

— Não, não estava...

— Então – ele deu um meio sorriso – Planos quase nunca dão certo, pelo menos não aqui nesse fim de mundo.

— Talvez e só talvez você tenha razão, mas não me importo e agora também estou com fome, vai demorar muito para chegar aonde quer que vocês queiram ir?

— Não senhorita – Dylan disse sorrindo - Daqui a pouco vamos chegar ao centro e talvez lá encontremos alguma coisa.

Não respondi, apenas assenti com a cabeça, e então encostei no banco e acho que acabei dormindo por que quando dei por mim estava sendo sacudida por alguém.

— Liz, Liz, Liz! – era a voz de Alex, eu abri os olhos devagar e pisquei algumas vezes para focalizar a imagem – Acorda, já chegamos.

— Chegamos? – perguntei meio atordoada enquanto saia do jipe com a ajuda dele.

— Sim - ele parecia divertido com a minha possível cara de retardada.

Esfreguei os olhos e bocejei umas duas vezes antes de acordar de verdade.

— Chegamos a onde exatamente? – perguntei olhando em volta estava tudo parcialmente destruído e tinha alguns zumbis aqui e ali, mas nada preocupante.

— No centro – ele responde e olhou em volta – Eu acho.

— Meg, Meg acorda! – Dylan chamou a sacudindo de leve – Chegamos.

Ela abriu os olhos e olhou em volta e bocejando.

— Ótimo, mas cadê a comida?

— Boa pergunta – Dylan disse a ajudando a se sentar direito no banco.

— O que vamos fazer agora? – perguntei vendo dois deles virem na nossa direção – Já estamos começando a chamar a atenção.

— Nós três – Alex apontou pra mim e pro Dylan – Vamos atrás da comida e Meg você fica no jipe, não é por nada não é só que...

— Tudo bem - ela o interrompeu dando um meio sorriso – Sem poder andar eu só vou atrapalhar e aqui no jipe eu estou segura, mas vocês podem me fazer um favor?

— O que? – perguntei.

— Minhas flechas – ela suspirou olhando para o arco em sua mão – Eu geralmente as pego de volta depois de cravá-las nas testas deles, mas por causa de toda aquela confusão de mais cedo não pude. Então se vocês acharem algumas podem me trazer?

— Claro – falei sorrindo e pegando uma das minhas pistolas – Aqui – a entreguei - Fique com isso por enquanto, não sabemos o que pode acontecer.

Ela sorriu.

— Vou cuidar bem dela.

— Ótimo.

— Certo – Alex disse verificando as balas da AK, hei ele se apossou mesmo da minha arma? – Meg fique abaixada e em silencio, por que aposto que o barulho que vamos fazer lá dentro vai ser suficiente para chamar a atenção deles.

— OK.

— Prontos – ele perguntou pra mim e Dylan.

— Sim – respondemos em uníssono enquanto eu pegava minha outra pistola e Dylan o seu machado – Vamos acabar com eles! – ele completou.

Atravessamos a calçada sem muitos problemas, alguns deles apareceram, mas não valia a pena atirar neles e denunciar nossa posição, então Dylan os cortou sem muita emoção e nós seguimos para o mercado.

— O que vamos pegar? – perguntei quando entramos.

— Qualquer coisa que não esteja vencida ou estragada, dando para comer já serve – Alex respondeu.

Não foi uma resposta lá muito precisa, mas eu captei a mensagem e me apressei quando os vi seguir na nossa direção, malditas gelatinas verdes com olfatos de cães de caça!

Comecei juntando tudo que vi com os requisitos de Alex na minha bolsa vazia, dois pacotes de pães, nunca mais achei que fosse comer pão na minha vida, varias latas ainda dentro da validade, que iam de legumes a carne, talvez pelo menos com a comida hoje seja o meu dia de sorte. Dei mais uma olhada em volta e não encontrei mais nada, o resto ou estava estragado ou tinha sido aberto. Suspirei. A sorte já era!

Segui para a entrada do mercado e quase cai de costas, já tinham quatro deles tentado entrar na loja, sendo impedidos apenas por uma porta de vidro caindo aos pedaços, é não vai demorar para eles entrarem.

— Meninos – chamei.

— O que foi? – Alex respondeu.

— Meninos melhor andarem logo – disse ainda encarando os zumbis que se espremiam em um buraco tentando entrar.

— Já estamos indo – Alex disse derrubando alguma coisa e atiçando ainda mais os zumbis aminha frente – Pode ficar calminha ai.

— Você não está entendendo, venham aqui. – disse – Agora!

Acho que depois disso Alex deve ter se tocado que meu tom não era de brincadeiras, porque ele e Dylan apareceram logo em seguida.

— O que está acontecendo aqui estressa... – Alex não terminou, até o apelido irritante que ele me arrumou ficou no ar quando ele viu a porta que agora estava a menos de um empurrão de cair e quase com o dobro de zumbis tentando passar.

— Isso só pode ser brincadeira – Dylan suspirou guardando o que me pareceu ser um pacote de batatinhas na mochila e preparando seu machado.

— Acho que não – Alex disse pegando a minha AK, ele não vai me devolver ela não?

— Temos mesmo que sair por ai? – perguntei pegando a minha pistola.

— Infelizmente sim, Meg e o jipe estão do outro lado da calçada e não podemos deixar nenhum dos dois para trás – Dylan disse olhando para o jipe que continuava no mesmo lugar que ele havia estacionado.

— Então é melhor abrirmos caminho – Alex disse recarregando a AK e sorrindo – Quer me ajudar estressadinha?

— Com certeza! – disse sorrindo.

Eu e Alex atiramos nos dá frente para podermos passar e Dylan cortou os de trás enquanto corríamos para o jipe.

Praticamente me joguei em cima da Meg no banco de trás e ela não sabia se me tirava de cima si ou gritava de dor, Dylan voou para o banco do motorista dando partida no jipe enquanto Alex ainda corria na nossa direção.

Dylan virou o jipe com tudo na direção da auto-estrada e Alex se segurou nas grades do alto do jipe com uma mão ficando pendurado e atirando com a outra enquanto Dylan nos levava para longe da confusão.

Só depois de nos afastarmos uns duzentos metros do mercado foi que paramos para respirar pela primeira vez.

— Você são loucos – Meg foi a primeira a se pronunciar.

— Isso porque você não viu a coisa toda do meu ponto de vista – Alex disse sorrindo debochado e eu revirei os olhos. Convencido.

— Eai conseguiram algo de bom? – ela quis saber.

— Água – disse Dylan.

— Biscoito – Alex suspirou.

— Enlatados – me pronunciei e todos me olharam – O que? – perguntei sorrindo – Só tenho sorte.

— Põe sorte nisso – Meg suspirou – Sabe há quanto tempo eu não como algo que não seja biscoito ou salgadinho? – eu sabia que era uma pergunta retórica, mas mesmo assim neguei com a cabeça – Duas semanas – ela disse exasperada – Duas semanas! Nunca pensei que diria isso, mas eu trocaria o salgadinho por arroz com feijão sem nem pensar duas vezes.

— Sei do que você está falando – disse Dylan entrando em uma estrada de terra que eu não reconheci – Sempre quis viver a base de refri e pizza, mas nesse momento eu não trocaria um copo de água por nada.

— Isso é pra gente ver o que realmente importa – Alex disse fechando os olhos e encostando a cabeça no banco – Me acordem quando chegarmos.

— Por falar nisso pra onde estamos indo? – perguntei.

— Vocês vão ver – Dylan disse sorrindo travesso.

Eu e Meg passamos mais 15mim. tentando arrancar de Dylan o nosso destino enquanto Alex dormia mais profundamente impossível.

— Calma meninas – ele sorriu – Já estamos chegando.

Dylan estacionou o carro em uma rua cheia de carros abandonados e desceu.

— Vamos – nos chamou abrindo a porta de trás do jipe e pegando Meg no colo fazendo a mesma corar.

— Dá pra você avisar quando for fazer isso? – ela perguntou tentando esconder o rubor nas bochechas.

— Estou fazendo agora – ele disse sorrindo e ela bufou cruzando os braços.

— Que seja! – resmungou.

— Liz você pode acordar a bela adormecida? – Dylan perguntou ajeitando Meg em seus braços – Temos que ir, não podemos ficar muito tempo parados aqui no meio da estrada.

— Tudo bem – disse saindo do jipe e dando a volta para ficar na frente da porta do passageiro, a abri e sacudi levemente Alex.

— Hei! Acorda bela adormecida, chegamos!

— Ham? – ele perguntou com voz de sono o que me fez sorrir.

— Temos que ir, Dylan está prestes a nos lagar aqui.

Ele se endireitou e saiudo jipe esfregando os olhos por causa da luz e olhando pro Dylan.

— Estou mesmo – ele garantiu – Essa gorda é pesada.

— Você me chamou do que!? – Meg praticamente gritou.

— Só disse a verdade – Dylan riu e Meg começou a bater nele e enquanto tentava descer do seu colo.

— Dá pra você ficar quieta? – Dylan tentou segura-la da melhor forma possível – Eu só estava brincando.

Meg bufou de raiva e estava prestes a dizer mais alguma coisa quando Alex a cortou.

— Dá pra vocês calarem a boca!? Daqui a pouco todos os zumbis num raio de pelo menos uns 300 metros vão nos ouvir, se é que já não ouviu!

Meg que ainda estava com a boca aberta para falar alguma coisa só a fechou.

— Ótimo – Alex deu um meio sorriso convencido – Alguém tem mais alguma coisa a declarar antes de irmos?

— Que você é muito mandão! – é eu não consegui ficar calada.

Todos os três se viraram pra me encarar e eu pude ver que Dylan e Meg lutavam para segurar o riso enquanto que Alex me encarou incrédulo.

— Mandão, eu?

— Sim, o que acha que está fazendo agora?

— Evitando que nós todos sejamos mortos. – ele disse simplesmente e eu fui obrigada admitir minha derrota.

— Que seja – suspirei – Vamos logo antes que eu me arrependa disso.

Alex sorriu vitorioso e seguiu para o meio da floresta, espera floresta?

— Nós vamos entrar ai? – perguntei.

— Por que algum problema? – ele perguntou se virando para me encarar.

— Não, mas porque ai?

— Nada melhor do que arvores e mais arvores para confundir aquelas coisas idiotas.

— Mas... – comecei, mas Dylan me cortou.

— Chega de papo e vamos logo antes que algum deles apareça, já estou cansado das suas visitas surpresas.

— Bem – suspirei – Você não é o único.

— Então vamos logo que o pessoal está nos esperando.

— Pessoal!? – eu e Meg dissemos ao mesmo tempo – Que pessoal?

Os meninos riram e nos ignoraram completamente.

— Vamos logo que eu estou morrendo de fome! – foi a ultima coisa que Alex disse antes de seguir em frente.

— Hei espera! – chamei o seguindo – Dá pra você me responder.

— Não – ele riu e eu fechei a cara, é essa conversa não vai levar a nada.

Bufei irritada.

Maldita hora que eu resolvi me juntar a esses idiotas!


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?
Quem será esse "pessoal"?
U.u tretas muahahahaha :D
Tá parei...
Vou ficar esperando a opinião de vocês, please... :)



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